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Sport nunca derrotou o Santos na Vila Belmiro – confira o histórico do confronto

Em partida que marca a 8ª rodada do Brasileirão 2016, Alvinegro Praiano defende tabu contra rubro-negros. História registra bons jogos entre os dois, relembre.

Santos e Sport jogam nesta quarta-feira (15), às 21h, na Vila Belmiro, partida válida pela 8ª rodada do campeonato brasileiro de 2016. O Santos vem de duas vitórias seguidas e conta com um tabu a seu favor para conseguir a terceira: jamais perdeu para o rival na Vila Belmiro. São 15 partidas disputadas, com dez vitórias peixeiras e cinco empates. Contudo, convém ter cuidado, já que as últimas três pelejas disputadas pelo Brasileiro em casa terminaram em empate.

No total de confrontos entre Santos e Sport, a vantagem é alvinegra, de acordo com números do Acervo Histórico do Santos Futebol Clube. Em 41 jogos, são 18 vitórias alvinegras, 15 empates e 8 vezes em que o Sport se saiu melhor, somando 64 gols alvinegros contra 45 dos pernambucanos. Entre os dados, algumas curiosidades.

Embora nunca tenha vencido o Peixe na Vila, o Sport se saiu vitorioso uma vez na história do confronto como visitante. Foi em 1996, quando o Santos mandou sua partida contra o rival no estádio do Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, o lateral Anderson Lima foi expulso e o Sport venceu por 2 a 1, gols de Dedé e Chiquinho, com Carlinhos anotando pelos donos da casa.

Quando o palco foi outro, no Pacaembu, o Alvinegro não perdoou. Em partida válida pela semifinal do Brasileiro de 1963, um passeio de 4 a 0 com direito a quatro gols de Coutinho. Também houve um duelo entre os dois disputado no estádio do Arruda, do Santa Cruz, em 1974, com placar final de 1 a 1.

Duas vitórias importantes para o Santos aconteceram no campeonato brasileiro de 1993. Naquele ano, o regulamento da competição dividia os clubes em quatro grupos, classificando-se os oito melhores para a fase final, onde novamente os times eram divididos em dois grupos nos quais o melhor de cada um ia para a final. O Peixe estava na primeira fase no grupo B, de onde saiu o campeão daquele ano, o Palmeiras, fortalecido com o apoio da Parmalat.

No mesmo grupo estava o Sport, que foi derrotado pelos peixeiros duas vezes. Na primeira partida, na Ilha do Retiro, triunfo de 2 a 0 sobre os donos da casa, gols do meia Zé Renato e do habilidoso ponta Almir. Curioso notar a escalação do time naquele dia, que contava com algumas figuras que ainda estão em relativa evidência hoje. O goleiro era Velloso, comentarista da Band atualmente; um dos zagueiros e capitão era Ricardo Rocha, campeão do mundo em 1994 e hoje comentarista da Sportv; Alexandre Gallo, técnico do Náutico, era o volante da equipe, e Cuca, técnico do Palmeiras, entrou no decorrer da partida.

Na segunda peleja do torneio, disputada na Vila, nova vitória alvinegra. Desta vez, 3 a 0 com um triplete ou hat trick do artilheiro da competição daquele ano, o atacante Guga, que fez 52 anos nesta terça (14). O time comandado por Antônio Lopes entrou em campo com Velloso; Índio, Júnior Paulista, Ricardo Rocha (Marcelo Fernandes) e Eduardo; Axel, Márcio Griggio, Darci e Sérgio Manoel; Almir e Guga (Neizinho). A equipe se classificou em segundo, dois pontos atrás do Palmeiras, e ficou em terceiro no quadrangular que tinha Flamengo, Corinthians, e o vice-campeão daquele ano, Vitória.

Outra partida interessante ocorreu em 21 de novembro de 1998, 2 a 1 para o Peixe na Vila em jogo das quartas de final do Brasileiro daquele ano. As eliminatórias eram disputadas por sistema de playoffs em melhor de três, sendo que a equipe de melhor campanha tinha vantagem de dois mandos de campo e conseguia a classificação em caso de igualdade de pontos. O Peixe, comandado por Emerson Leão em sua primeira passagem pela Vila, havia perdido a primeira na Ilha do Retiro por 3 a 1 e empatava em 1 a 1 quando aconteceu um lance inusitado.

O meia Eduardo Marques, que havia marcado o primeiro gol e ostentava a camisa 10 naquela tarde, chutou de longe e a bola entrou pela lateral direita da rede onde costumava ficar a Torcida Jovem. Viola comemorou o “gol” e, ato contínuo, torcedores que estavam ali atrás (eu incluído) comemoramos o tento, alguns sabendo que a bola realmente não havia entrado (eu incluído novamente). O árbitro Jorge Travassos Errado deu o gol mas, após consultar o auxiliar e, provavelmente, com uma mãozinha de repórteres de campo, voltou atrás. Róbson Luís marcaria o tento da vitória depois.

Como se vê, a história recente promete um bom jogo hoje na Vila Belmiro.

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Flamengo X Santos – confira cinco grandes vitórias do Alvinegro

Santos e Flamengo disputam neste domingo (2), no Maracanã, sua 116ª partida. No histórico do confronto, o Peixe leva vantagem sobre o Rubro-Negro: são 44 vitórias, 31 empates e 40 derrotas, com 173 gols feitos, 154 sofridos e um saldo positivo de 19 tentos para a equipe da Vila Belmiro.

Entre todos estes jogos, alguns são históricos e estão frescos na memória do torcedor, como os 5 a 4 que os flamenguistas, com Ronaldinho Gaúcho, aplicaram no Alvinegro de Neymar em 2011. Mas como este é um blogue santista, vamos atrair bons fluidos lembrando de cinco grandes triunfos peixeiros contra os rivais cariocas. Na verdade, quatro vitórias e um empate com um gosto de título.

1920 – Santos 6 x 0 Flamengo

Esta foi a primeira partida disputada entre os dois times, e já ficou marcada com uma bela goleada alvinegra. Na peleja disputada na Vila Belmiro, Ary Patuska e Castelhano anotaram duas vezes cada, com Arnaldo Silveira e Constantino completando o placar.

A partir daqui, uma curiosidade. Demoraram seis jogos, ou quase 19 anos, para que o Peixe perdesse pela primeira vez para o Flamengo, o que ocorreu em 1939, um amistoso disputado na Vila Belmiro que terminou em 6 a 3 para os cariocas. Na primeira peleja oficial entre ambos, duelo válido pelo Rio-São Paulo de 1952 no Pacaembu, deu Santos: 4 a 1 com dois gols de Cento e nove, ambos de pênalti, Nicácio e Tite (não, não é o treinador do Corinthians, mas este grande craque santista aqui).

Entre os flamenguistas que entraram em campo naquele 4 de julho, alguns nomes peculiares como o goleiro Kuntz, Telefone, Japonês e um homônimo do narrador, também rubro-negro, Galvão Bueno.

1961 – Flamengo 1 X 7 Santos

Essa partida, válida pelo Rio-São Paulo daquele ano, teve arrecadação recorde à época e contou com um público de 90.218 torcedores. É a maior goleada registrada no duelo.

Naquele dia 11 de março, marcaram para o Peixe Pelé (3), Pepe (2), Dorval e Coutinho. Além da linha mágica que contava com Mengálvio como armador, atuaram pelo Santos na peleja histórica Laércio, Mauro (Formiga) e Fioti (Feijó), Zito (Urubatão) e Calvet.

Aquele ano de 1961 foi mágico para o Alvinegro da Vila Belmiro. Se você quer saber mais, clique aqui.

1995 – Flamengo 0 X 3 Santos

A vitória peixeira no Maracanã veio logo depois de uma partida naquele campeonato brasileiro de 1995 que quase causou a demissão do técnico Cabralzinho. O Santos havia jogado contra o Vitória, no Barradão, no domingo anterior, e tomado uma piaba de 4 a 0, fora o baile, com dois gols marcados por um ex-santista, Paulinho Kobayashi.

Poucos acreditavam em um bom desempenho alvinegro naquele dia, mas ele veio. Marcos Adriano, lateral-esquerdo que tinha vindo justamente da equipe rubro-negra, abriu o placar aos 8 da etapa inicial, e Camanducaia fez o segundo aos 34.

A propósito, aquele era o Flamengo que viu o “ataque dos sonhos” se transformar no “pior ataque do mundo”. Sávio, Romário e Edmundo não fizeram valer a fama e as expectativas do torcedor, sendo que naquele dia só os dois primeiros atuaram na equipe comandada por Washington Rodrigues.

O meia Robert completou o placar aos 43, dando início ali a uma recuperação que garantiria ao Peixe o título de campeão do segundo turno em seu grupo e uma vaga nas semifinais. Depois desse dia, a equipe empatou fora de casa com o Paraná e conseguiu cinco vitórias em sequência, contra Corinthians, Palmeiras, Paysandu, Botafogo e Guarani.

1997 – Flamengo 2 X 2 Santos

Bom, essa não é exatamente uma vitória, mas foi a partida que deu ao Peixe o título de campeão do Rio-São Paulo daquele ano. Não foi o que nos tirou da fila de troféus importantes, mas era bom comemorar uma conquista, ainda mais obtida em um Maracanã com mais de 70 mil presentes.

Logo antes da partida, Romário recebeu o prêmio de melhor jogador da competição, o que já era estranho. Como também era peculiar a regra que garantia vantagem ao Rubro-Negro por ter feito uma campanha melhor. Bastava uma vitória em dois jogos para os cariocas se sagrarem campeões. Na partida de ida, no Morumbi, o Peixe havia vencido por 2 a 1, gols de Alessandro Cambalhota e Macedo.

O Santos campeão do Rio-São Paulo de 1997, com calção estrelado (Pisco del Gaiso/Placar)

Mesmo com todo um clima adverso, o Alvinegro saiu na frente com um gol de falta de Ânderson Lima aos 33. Mas Romário empatou de pênalti aos 37 e virou no final do primeiro tempo, aos 45.

Foi na volta do intervalo que brilhou a estrela de Vanderlei Luxemburgo, egresso do Palmeiras e em alta à época. Para ir atrás do empate que dava o título ao Peixe, colocou o desconhecido atacante Juari no lugar do lateral esquerdo Rogério Seves. E deu certo: o garoto marcou aos 32 do segundo tempo e o caneco veio pra Vila. Com o time atuando com calções estrelados…

Embora possa ser menosprezado, aquele Rio-São Paulo de 1997 foi um exemplo de organização, com algumas inovações na área técnica. Em seis partidas (só os oito grandes participaram), o Peixe levou R$ 2,5 milhões, somando premiação, rendas e mais uma quantia de uma telepromoção. A média de público foi de 20.422 pessoas, mais que o dobro do Brasileiro do ano anterior, que teve 10.913.

Também houve novidades como a possibilidade do tempo técnico para instrução dos treinadores aos atletas, o limite de faltas por equipe (15, com tiro livre direto sem barreira na 15ª infração) e limite de faltas individuais, cinco por jogador.

2000 – Flamengo 0 X 4 Santos

Aquele era o primeiro ano da gestão Marcelo Teixeira, que voltava ao clube após ter sido presidente em 1991-1992. As promessas eram hiperbólicas e o novo mandatário estreava como “mecenas”, ao estilo de Paulo Nobre, com a diferença que parte do dinheiro investido teve que ser devolvido mais adiante (fora outros problemas…)

Vieram naquele primeiro semestre de 2000 nomes como Carlos Germano, Valdir Bigode, Ânderson Luiz, Élder, Galván, Fábio Costa, Márcio Santos, além dos retornos de Caio Ribeiro (então só “Caio”) e Ânderson Lima. Após ser vice-campeão paulista, o time do técnico Giba buscava na Copa do Brasil a chance de sair do jejum de títulos que incomodava (e como) o torcedor. Assim, o confronto contra o Flamengo válido pelas quartas de final do torneio eram parte do caminho que o Alvinegro precisava trilhar e um bom resultado naquela primeira partida disputada no Maracanã era fundamental.

Não foi só um bom resultado, mas sim um ótimo, que praticamente definiu a vaga para o Peixe. Dodô marcou os dois primeiros, aos 31 e 34 e Caio anotou também duas vezes, aos 9 e 22 da etapa final.

O hoje comentarista da Rede Globo chegou ao Santos em 1997 e atuou na equipe até meados de 1998, quando foi emprestado justamente ao Flamengo. Lá, se deu bem e fez uma excelente parceria com Romário, mas o clube da Gávea não se esforçou para comprar os direitos do meia-atacante, que retornou à Vila Belmiro no início daquele ano. A vingança de Caio, magoado com os dirigentes rubro-negros, veio naquele dia.

No jogo da volta, o Peixe conseguiu nova vitória, por 4 a 2, com um hat trick de Dodô e um gol contra de Maurinho. O Santos só pararia nas semifinais, sendo eliminado pelo Cruzeiro, campeão da competição.

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Um triplete (hat trick) de Neymar e o histórico de Santos X Goiás

Até a partida que acontece hoje (28) no Pacaembu, Santos e Goiás já se enfrentaram em 48 ocasiões e o histórico do duelo é equilibrado. O Santos tem 16 vitórias, 17 empates e 15 derrotas para o clube esmeraldino.

As duas maiores goleadas goianas contra o Peixe aconteceram no mesmo ano. Foi no nada memorável 2008, penúltimo ano da Era Marcelo Teixeira, quando o Alvinegro lutou contra o rebaixamento até a última rodada, terminando a competição em uma nada honrosa 15ª posição, sem garantir vaga sequer na Copa Sul-Americana.

Na Vila Belmiro, a equipe de Cuca tomou um surpreendente 4 a 0 dos visitantes, gols de Romerito, Iarley (2) e Alex Terra. Era a sétima rodada do Brasileiro e aquele era o primeiro triunfo goiano no campeonato, resultado que manteve o Santos na zona do rebaixamento, então em 18º, junto com o próprio time do Centro-Oeste, 17º.

Vendo a escalação peixeira na ocasião dá pra entender a derrota. Fábio Costa no gol, o volante Hudson na lateral-direita, Fabão, Marcelo e Kléber. No meio, Marcinho Guerreiro (e depois ele, Michael Jackson Quiñonez), Rodrigo Souto, Molina (Lima) e Rodrigo Tabata (Patrick). No ataque, Wesley (originalmente atacante, hoje meia no Palmeiras) e Kléber Pereira. No jogo de volta, no Serra Dourada, nova goleada: 4 a 1 para os donos da casa.

O maior triunfo alvinegro no duelo foi também um 4 a 0, em pleno Serra Dourada. Aconteceu no Torneio Adjair Lima de 1980, dois tentos de Aluísio, um de Nílton Batata e outro de Pita. O Peixe comandado por Pepe jogou aquela peleja com Vítor, Nélson, Joãozinho, Neto (Amaral) e Paulinho; Gilberto Costa, Rubens Feijão (Carlos Silva) e Pita; Nilton Batata, Aluísio e Márcio (Claudinho).

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Neymar celebra seu hat trick contra o Goiás em 2010 (Foto: Leoiran/Fotoshow)

Depois disso, a interessante equipe montada por Emerson Leão em sua primeira passagem pelo Santos, em 1998, bateu os goianos outra vez no Serra Dourada por 5 a 2,em partida válida pela Copa do Brasil, competição da qual o Alvinegro saiu invicto nas semifinais após dois empates com o Palmeiras. Os gols santistas foram marcados por Caio (hoje também Ribeiro), Muller (2) e Anderson Lima (2).

Mas uma goleada marcante aconteceu no Campeonato Brasileiro de 2010. O duelo disputado no Serra Dourada começou com gol de Ernando para os donos da casa, aos 11 da etapa inicial, mas a equipe do treinador Marcelo Martelotte virou e goleou por 4 a 1, colocando o Goiás matematicamente na Série B. O Santos entrou em campo com Rafael; Danilo (Maranhão), Edu Dracena, Durval e Pará; Adriano, Arouca (Roberto Brum), Rodriguinho e Marquinhos (Felipe Anderson); Neymar e Zé Love. Danilo marcou uma vez e Neymar fez um triplete ou hat-trick. Confira abaixo os gols.

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