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Lembra dele no Santos? Técnico Cuca já vestiu a Dez alvinegra

Muitos lembram da passagem pouco memorável do (ainda) treinador palmeirense pela Vila Belmiro como técnico, em 2008, mas em 1993 ele fez parte do meio de campo do Peixe

O técnico campeão brasileiro Cuca teve uma carreira de 13 anos como jogador de futebol, atuando entre 1984, quando estreou pelo Santa Cruz-RS, até sua aposentadoria em 1996 pelo Coritiba, equipe da sua cidade natal. Entre o primeiro e o último, vestiu a camisa do Juventude, por um ano e meio (1985-1986), e do Grêmio (1986-1989), clube no qual permaneceu por mais tempo (1986-1989) na carreira. Foi para o Valladolid em 1990 mas, no mesmo ano, retornou ao clube do Olímpico.

A partir de 1991, iniciou sua vida de peregrino do futebol permanecendo no máximo um ano nos times por onde passou. Em 1991, esteve no Internacional; em 1992, no Palmeiras. De lá foi para o Santos, onde atuou em 1993. Em 1994, jogou pela Portuguesa e pelo Remo, indo para o Juventude mais uma vez em 1995. No ano seguinte, foi para a Chapecoense e em seguida para o Coxa. Foi convocado e chegou a jogar pela seleção em 1991, com o técnico Falcão.

Quando Cuca veio para o Peixe, foi o reforço mais festejado do início da temporada de 1993. À época, ainda existia a Lei do Passe, mas o futuro técnico era dono de seus direitos, tendo os vendido ao Alvinegro por US$ 180 mil. Junto com ele, vieram o goleiro Maurício, do Novorizontino; o meia Darci, emprestado pelo Rio Branco, e o lateral-esquerdo Silva, vindo da Portuguesa. Haviam saído o meia Edu Marangon, para o futebol japonês, e o zagueiro Nei, para a Ponte Preta.

 

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Cuca em sua chegada ao Santos, em 1993 (Nélson Coelho/Placar)

 

O técnico Evaristo de Macedo contava com bons nomes no meio de campo. Além de Cuca e Darci, já despontava Marcelo Passos, lançado em 1992 por Geninho, e Ranielli. No segundo semestre ainda contaria com o retorno de Sérgio Manoel, que havia sido emprestado para o Fluminense no ano anterior.

No Paulista de 1993, o Santos ficou na primeira fase em quarto lugar, com o mesmo número de pontos de Corinthians e São Paulo, mas com saldo de gols pior. Na segunda fase, caiu no grupo com os dois rivais e o Novorizontino, acabando em terceiro lugar, sendo que somente o primeiro se classificava. Foi o campeonato que o Palmeiras, em seu segundo ano de parceria com a Parmalat, saiu da fila de 16 anos sem títulos.

Veja abaixo gols de Cuca em sua estreia, vitória de 4 a 2 sobre a Portuguesa, e contra o São Paulo, triunfo de 3 a 2.

Já no Brasileiro daquele ano, contando com os reforços do lateral-esquerdo Eduardo, ex-Grêmio; do goleiro Veloso, emprestado pelo Palmeiras, e do zagueiro Ricardo Rocha, emprestado pelo Real Madrid. O comandante Antônio Lopes levou a equipe ao 5º lugar na primeira fase, mas, na fase final, onde só o vencedor de cada grupo de quatro times ia à final, o Alvinegro não foi bem sucedido. Na chave que tinha Corinthians, Flamengo e o vice-campeão da competição, Vitória, o Santos terminou em 3º, com um triunfo, três empates e duas derrotas, três pontos atrás do líder Vitória (à época, a vitória valia dois pontos). Guga foi o artilheiro do Brasileiro de 1993 com 14 gols.

Confira gol de Cuca no empate contra o Vitória, na fase final do Brasileiro.

No total, Cuca fez 44 jogos pelo Santos, marcando 15 gols. Sobre a experiência, ele disse em uma reportagem em 2012. “Quando você entrava no vestiário da Vila Belmiro, tinha um armário lacrado, que ninguém abria, que era o armário do Pelé, e vestir a camisa 10 é um baque. Toda sua infância e juventude passa dentro de você naquele momento. Eu falo que muitas coisas tem seu preço e algumas o seu valor. Essa tem um valor inestimável.”

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Guga, artilheiro do Santos, faz 52 anos nesta terça

Ídolo dos anos 1990 fez dois hat tricks contra o Corinthians. Relembre sua trajetória no Alvinegro

Hoje um dos ídolos dos tempos de vacas magras do Peixe nos anos 1990 faz aniversário. Alexandre da Silva, o Guga, centroavante que ficou conhecido por marcar belos gols contra o Corinthians, faz 52 anos neste 14 de junho.

No início de 1992, o atacante, então com 27 anos, vinha da Inter de Limeira para reforçar a equipe praiana, que buscava sair do incômodo papel de coadjuvante nos campeonatos que disputava. No entanto, demorou a se firmar porque, nas mesma posição, o Peixe tinha Paulinho McLaren.

Mesmo assim, entrava em diversos jogos no lugar ou do próprio Paulinho em finais de partida, ou de Cilinho. Em um dos jogos de um dos quadrangulares finais do Brasileiro de 1992, entrou no lugar do zagueiro Luiz Carlos, já que o Santos perdia para o Vasco no Maracanã por 3 a 2. Participou do terceiro gol do Alvinegro, com uma bela assistência de peito para Paulinho fazer um golaço.

Após a saída de Paulinho, assumiu a condição de titular e ídolo da torcida. Ainda mais depois de fazer dois tripletes ou hat tricks contra o Corinthians. O primeiro, em 1992, uma vitória de 3 a 1 do Peixe. Entre os tentos, um gol de voleio ou meia-bicicleta, de acordo com o gosto do freguês. Já em 1994, em jogo válido pelo campeonato paulista, o Peixe virou de um 2 a 0 para vencer por 4 a 3 no Morumbi, com três de Guga.

Foi artilheiro do campeonato brasileiro de 1993 e, no total, o atacante marcou 74 gols em 101 jogos com o manto sagrado. Após deixar o time, foi para o Botafogo-RJ e outros clubes, onde não alcançou a mesma expressão. Parabéns, matador!

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