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Atlético-PR X Santos – relembre 5 vitórias alvinegras contra o rival deste sábado

No histórico de confrontos, Peixe leva vantagem sobre o rubro-negro, mas na Arena da Baixada a parada é dura

Atlético-PR e Santos fazem neste sábado (18) um duelo válido pela 9ª rodada do Brasileiro 2016 que pode significar a consolidação alvinegra no G4 ou a aproximação dos donos da casa para essa disputa.

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No histórico de confrontos entre os dois, o Peixe leva vantagem. No total, são 50 pelejas, com 22 vitórias santistas, 14 empates e 14 triunfos, com 81 gols alvinegros e 59 rubro-negros. Em campeonatos brasileiros, 39 partidas, com 19 vitórias do Peixe, 11 empates e 9 derrotas.

Contudo, quando o palco é a Arena da Baixada, a coisa fica mais difícil. Em 15 jogos disputados ali, são 2 triunfos santistas, 5 empates e 8 derrotas. Neste Brasileiro, as três vitórias dos atleticanos foram em casa, além de um empate contra o Atlético-MG. A parada não será fácil, mas se o Peixe quiser lutar pelo G4 e, por que não, pelo título, tem que voltar com pontos do Paraná.

Para manter os bons fluidos, relembre cinco vitórias santistas contra o rival de hoje.

1 – Santos 3 X 0 Atlético-PR – Brasileiro de 1991

O time de Cabralzinho entrou aquela dia na Vila Belmiro, pra variar, diante de um público reduzido, 2.044 pessoas viram o triunfo peixeiro que contou com dois gols do artilheiro da competição daquele ano, Paulinho McLaren. O ponta Almir completou o placar. Naquele dia, o Peixe entrou em campo com Sérgio, Índio, Pedro Paulo, Luiz Carlos (Camilo) e Marcelo Veiga, César Sampaio, Zé Renato (Axel), Edu Marangon e Sérgio Manoel, Almir e Paulinho McLaren.

2 – Atlético-PR 0 X 2 Santos – Brasileiro de 2003

Diego e Robinho ainda faziam parte da equipe que lutava pelo bicampeonato brasileiro e que tinha como grande concorrente o Cruzeiro, time que terminou como campeão. O triunfo foi um dos dois que o Peixe conseguiu contra o rival em seus domínios. Nenê, hoje no Vasco, e Renato marcaram para o Alvinegro.

3 – Santos 4 X 0 Atlético-PR – Brasileiro de 2008

O ano de 2008 esteve longe de ser grande para o Peixe, que penou com um elenco fraco e a instabilidade no comando da equipe. No campeonato brasileiro, o Santos terminou em 15º, sem vaga sequer na Sul-americana e a um ponto da zona do rebaixamento. Mas naquele dia 4 de outubro o Alvinegro honrou o manto, com gols de Cuevas, Molina, Kleber Pereira e Fabiano Eller. Para se ter uma ideia da qualidade da esquadra alvinegra, entraram em campo Douglas, Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Kleber; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Bida (Adriano) e Molina (Pará); Cuevas (Reginaldo) e Kleber Pereira. O técnico era Márcio Fernandes.

4 – Santos 4 X 1 Atlético – PR – Brasileiro de 2011

Uma espetacular apresentação de Neymar no Pacaembu, que tive o prazer de ver in loco. O garoto fez todos os gols do time naquele dia e só não fez o quinto porque o árbitro Francisco Carlos Nascimento anulou um legítimo do craque. O Onze alvinegro entrou para uma galeria não tão pequena de jogadores que marcaram, em um só jogo, ao menos quatro gols com o manto. Confira abaixo:

5 – Santos 5 X 1 Atlético-PR – Brasileiro de 2015

Na última rodada do Brasileiro de 2015, último duelo entre os dois, o Santos, mesmo com uma equipe tida como mista, não perdoou. Ainda sentindo o fato de não ter mais chances no G4 e a perda do título da Copa do Brasil, o Alvinegro contou com Gabriel fazendo dois, Geuvânio anotando outros dois e Vitor Bueno marcando seu primeiro gol com a camisa santista. A equipe terminou o campeonato do ano passado na sétima posição.

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Paulinho McLaren, ídolo nos tempos de vacas magras

O Brasileirão de 1991 foi disputado no primeiro semestre, terminando em 9 de junho com o São Paulo como campeão e o Bragantino como vice. Foram 20 clubes jogando em apenas um turno, classificando-se os 4 melhores. O Santos terminou em sétimo lugar, a cinco do quarto colocado, o Atlético-MG (à época, a vitória valia dois pontos).

O Alvinegro não foi campeão, mas obteve uma marca que não conseguia desde 1983: teve o artilheiro do campeonato. O centroavante Paulinho McLaren marcou 15 vezes naquela competição, com algumas grandes atuações. Contra o Botafogo, por exemplo, em pleno Maracanã fez um hat-trick na vitória santista por 3 a 0. Sobre essa partida, o artilheiro conta aqui: “Houve um momento daquele Campeonato Brasileiro em que o Túlio Maravilha estava com seis gols e eu com apenas três. Então jogamos na reabertura do estádio do Maracanã, que tinha ficado fechado para reformas. No jogo contra o Botafogo, equipe do Túlio, fiz três gols e o Santos ganhou por 3 a 0. Foi aí que assumi a ponta da artilharia para não largar mais”. Ele também fez os dois gols do triunfo do time do treinador Cabralzinho diante do São Paulo, no Morumbi.

Paulo César Vieira Rosa, nascido em Igaraçu do Tietê, em 1963, tinha 1,76 de altura, mas mesmo assim era exímio cabeceador. Não fazia as vezes de centroavante fixo, saía da área e também tinha grande velocidade. No mesmo ano em que se tornou artilheiro do Brasileiro, na Fórmula-1, Ayrton Senna foi campeão mundial pela primeira vez. Ao homenagear o piloto após marcar um gol, consolidou o apelido de Paulinho McLaren, alusão à equipe de Senna.

Em um período de vacas magras para o santista, ter um goleador na equipe era fundamental para a torcida. Entre 1989 e 1992, tempo em que jogou na Vila, Paulinho fez 55 gols e é hoje o 44º artilheiro da história do clube e o 14º pós-era Pelé. O atacante foi convocado para a seleção brasileira principal pelo interino Ernesto Paulo, para a partida de 11 de setembro de 1991, contra o País de Gales. O Brasil perdeu por 1 a 0, mas Paulinho não chegou a entrar em campo.

A partida inesquecível, pelo menos pra mim, do artilheiro, foi o empate em 3 a 3 com o Vasco, no Maracanã, em jogo válido pelo Brasileiro de 1992. O Peixe disputava um quadrangular que definiria um dos finalistas da competição daquele ano e, naquele jogo, Bebeto e Paulinho fizeram três gols cada. O terceiro do santista foi antológico, com um passe de peito do atacante Guga e um incrível sem pulo. O Santos jogou com Sérgio, Dinho, Luís Carlos (depois Guga), Pedro Paulo e Flavinho; Bernardo, Axel, Ranielli (depois Serginho Fraldinha); Almir, Paulinho McLaren e Cilinho. O treinador era Geninho. Confira os gols abaixo e mate a saudade de dois grandes goleadores.

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