Apesar da derrota alvinegra, gol de Neymar foi eleito em votação da Fifa o mais bonito de 2011. Relembre como foi essa obra de arte
Foi em um dia 27 de julho de 2011 que Neymar fez um golaço que lhe garantiu seu primeiro Prêmio Puskas, de gol mais bonito do ano, em votação realizada pela Fifa.
O jogo Santos X Flamengo aconteceu na Vila Belmiro e era uma partida válida pelo campeonato brasileiro daquele ano. Borges já havia marcado duas vezes para o Peixe àquela altura e, aos 26 da etapa inicial, Neymar ampliaria com uma pintura. Um lance em que saiu de dois marcadores, tocou para Borges passar de primeira, e seguiu adiante passando por mais dois marcadores, sendo o último, Ronaldo Angelim, driblado com um “rolinho” por baixo das pernas.
O tento só não seria mais festejado pela torcida porque, mesmo abrindo 3 a 0, o Santos permitiu a reação do Flamengo ainda no primeiro tempo, que terminou empatado em 3 a 3. Elano chegou a perder um pênalti com uma cavadinha infeliz, quando a peleja ainda estava 3 a 2 para a equipe da Vila. No final, o time rubro-negro, em grande apresentação de Ronaldinho Gaúcho, venceu por 5 a 4.
Mas o resultado são águas passadas. O que fica mesmo é o golaço do menino Neymar, que rodou o planeta. Relembre o lance antológico:
No histórico de confrontos, Peixe leva vantagem sobre o rubro-negro, mas na Arena da Baixada a parada é dura
Atlético-PR e Santos fazem neste sábado (18) um duelo válido pela 9ª rodada do Brasileiro 2016 que pode significar a consolidação alvinegra no G4 ou a aproximação dos donos da casa para essa disputa.
No histórico de confrontos entre os dois, o Peixe leva vantagem. No total, são 50 pelejas, com 22 vitórias santistas, 14 empates e 14 triunfos, com 81 gols alvinegros e 59 rubro-negros. Em campeonatos brasileiros, 39 partidas, com 19 vitórias do Peixe, 11 empates e 9 derrotas.
Contudo, quando o palco é a Arena da Baixada, a coisa fica mais difícil. Em 15 jogos disputados ali, são 2 triunfos santistas, 5 empates e 8 derrotas. Neste Brasileiro, as três vitórias dos atleticanos foram em casa, além de um empate contra o Atlético-MG. A parada não será fácil, mas se o Peixe quiser lutar pelo G4 e, por que não, pelo título, tem que voltar com pontos do Paraná.
Para manter os bons fluidos, relembre cinco vitórias santistas contra o rival de hoje.
1 – Santos 3 X 0 Atlético-PR – Brasileiro de 1991
O time de Cabralzinho entrou aquela dia na Vila Belmiro, pra variar, diante de um público reduzido, 2.044 pessoas viram o triunfo peixeiro que contou com dois gols do artilheiro da competição daquele ano, Paulinho McLaren. O ponta Almir completou o placar. Naquele dia, o Peixe entrou em campo com Sérgio, Índio, Pedro Paulo, Luiz Carlos (Camilo) e Marcelo Veiga, César Sampaio, Zé Renato (Axel), Edu Marangon e Sérgio Manoel, Almir e Paulinho McLaren.
2 – Atlético-PR 0 X 2 Santos – Brasileiro de 2003
Diego e Robinho ainda faziam parte da equipe que lutava pelo bicampeonato brasileiro e que tinha como grande concorrente o Cruzeiro, time que terminou como campeão. O triunfo foi um dos dois que o Peixe conseguiu contra o rival em seus domínios. Nenê, hoje no Vasco, e Renato marcaram para o Alvinegro.
3 – Santos 4 X 0 Atlético-PR – Brasileiro de 2008
O ano de 2008 esteve longe de ser grande para o Peixe, que penou com um elenco fraco e a instabilidade no comando da equipe. No campeonato brasileiro, o Santos terminou em 15º, sem vaga sequer na Sul-americana e a um ponto da zona do rebaixamento. Mas naquele dia 4 de outubro o Alvinegro honrou o manto, com gols de Cuevas, Molina, Kleber Pereira e Fabiano Eller. Para se ter uma ideia da qualidade da esquadra alvinegra, entraram em campo Douglas, Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Kleber; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Bida (Adriano) e Molina (Pará); Cuevas (Reginaldo) e Kleber Pereira. O técnico era Márcio Fernandes.
4 – Santos 4 X 1 Atlético – PR – Brasileiro de 2011
Uma espetacular apresentação de Neymar no Pacaembu, que tive o prazer de ver in loco. O garoto fez todos os gols do time naquele dia e só não fez o quinto porque o árbitro Francisco Carlos Nascimento anulou um legítimo do craque. O Onze alvinegro entrou para uma galeria não tão pequena de jogadores que marcaram, em um só jogo, ao menos quatro gols com o manto. Confira abaixo:
5 – Santos 5 X 1 Atlético-PR – Brasileiro de 2015
Na última rodada do Brasileiro de 2015, último duelo entre os dois, o Santos, mesmo com uma equipe tida como mista, não perdoou. Ainda sentindo o fato de não ter mais chances no G4 e a perda do título da Copa do Brasil, o Alvinegro contou com Gabriel fazendo dois, Geuvânio anotando outros dois e Vitor Bueno marcando seu primeiro gol com a camisa santista. A equipe terminou o campeonato do ano passado na sétima posição.
Santos e Flamengo disputam neste domingo (2), no Maracanã, sua 116ª partida. No histórico do confronto, o Peixe leva vantagem sobre o Rubro-Negro: são 44 vitórias, 31 empates e 40 derrotas, com 173 gols feitos, 154 sofridos e um saldo positivo de 19 tentos para a equipe da Vila Belmiro.
Entre todos estes jogos, alguns são históricos e estão frescos na memória do torcedor, como os 5 a 4 que os flamenguistas, com Ronaldinho Gaúcho, aplicaram no Alvinegro de Neymar em 2011. Mas como este é um blogue santista, vamos atrair bons fluidos lembrando de cinco grandes triunfos peixeiros contra os rivais cariocas. Na verdade, quatro vitórias e um empate com um gosto de título.
1920 – Santos 6 x 0 Flamengo
Esta foi a primeira partida disputada entre os dois times, e já ficou marcada com uma bela goleada alvinegra. Na peleja disputada na Vila Belmiro, Ary Patuska e Castelhano anotaram duas vezes cada, com Arnaldo Silveira e Constantino completando o placar.
A partir daqui, uma curiosidade. Demoraram seis jogos, ou quase 19 anos, para que o Peixe perdesse pela primeira vez para o Flamengo, o que ocorreu em 1939, um amistoso disputado na Vila Belmiro que terminou em 6 a 3 para os cariocas. Na primeira peleja oficial entre ambos, duelo válido pelo Rio-São Paulo de 1952 no Pacaembu, deu Santos: 4 a 1 com dois gols de Cento e nove, ambos de pênalti, Nicácio e Tite (não, não é o treinador do Corinthians, mas este grande craque santista aqui).
Entre os flamenguistas que entraram em campo naquele 4 de julho, alguns nomes peculiares como o goleiro Kuntz, Telefone, Japonês e um homônimo do narrador, também rubro-negro, Galvão Bueno.
1961 – Flamengo 1 X 7 Santos
Essa partida, válida pelo Rio-São Paulo daquele ano, teve arrecadação recorde à época e contou com um público de 90.218 torcedores. É a maior goleada registrada no duelo.
Naquele dia 11 de março, marcaram para o Peixe Pelé (3), Pepe (2), Dorval e Coutinho. Além da linha mágica que contava com Mengálvio como armador, atuaram pelo Santos na peleja histórica Laércio, Mauro (Formiga) e Fioti (Feijó), Zito (Urubatão) e Calvet.
Aquele ano de 1961 foi mágico para o Alvinegro da Vila Belmiro. Se você quer saber mais, clique aqui.
1995 – Flamengo 0 X 3 Santos
A vitória peixeira no Maracanã veio logo depois de uma partida naquele campeonato brasileiro de 1995 que quase causou a demissão do técnico Cabralzinho. O Santos havia jogado contra o Vitória, no Barradão, no domingo anterior, e tomado uma piaba de 4 a 0, fora o baile, com dois gols marcados por um ex-santista, Paulinho Kobayashi.
Poucos acreditavam em um bom desempenho alvinegro naquele dia, mas ele veio. Marcos Adriano, lateral-esquerdo que tinha vindo justamente da equipe rubro-negra, abriu o placar aos 8 da etapa inicial, e Camanducaia fez o segundo aos 34.
A propósito, aquele era o Flamengo que viu o “ataque dos sonhos” se transformar no “pior ataque do mundo”. Sávio, Romário e Edmundo não fizeram valer a fama e as expectativas do torcedor, sendo que naquele dia só os dois primeiros atuaram na equipe comandada por Washington Rodrigues.
O meia Robert completou o placar aos 43, dando início ali a uma recuperação que garantiria ao Peixe o título de campeão do segundo turno em seu grupo e uma vaga nas semifinais. Depois desse dia, a equipe empatou fora de casa com o Paraná e conseguiu cinco vitórias em sequência, contra Corinthians, Palmeiras, Paysandu, Botafogo e Guarani.
1997 – Flamengo 2 X 2 Santos
Bom, essa não é exatamente uma vitória, mas foi a partida que deu ao Peixe o título de campeão do Rio-São Paulo daquele ano. Não foi o que nos tirou da fila de troféus importantes, mas era bom comemorar uma conquista, ainda mais obtida em um Maracanã com mais de 70 mil presentes.
Logo antes da partida, Romário recebeu o prêmio de melhor jogador da competição, o que já era estranho. Como também era peculiar a regra que garantia vantagem ao Rubro-Negro por ter feito uma campanha melhor. Bastava uma vitória em dois jogos para os cariocas se sagrarem campeões. Na partida de ida, no Morumbi, o Peixe havia vencido por 2 a 1, gols de Alessandro Cambalhota e Macedo.
O Santos campeão do Rio-São Paulo de 1997, com calção estrelado (Pisco del Gaiso/Placar)
Mesmo com todo um clima adverso, o Alvinegro saiu na frente com um gol de falta de Ânderson Lima aos 33. Mas Romário empatou de pênalti aos 37 e virou no final do primeiro tempo, aos 45.
Foi na volta do intervalo que brilhou a estrela de Vanderlei Luxemburgo, egresso do Palmeiras e em alta à época. Para ir atrás do empate que dava o título ao Peixe, colocou o desconhecido atacante Juari no lugar do lateral esquerdo Rogério Seves. E deu certo: o garoto marcou aos 32 do segundo tempo e o caneco veio pra Vila. Com o time atuando com calções estrelados…
Embora possa ser menosprezado, aquele Rio-São Paulo de 1997 foi um exemplo de organização, com algumas inovações na área técnica. Em seis partidas (só os oito grandes participaram), o Peixe levou R$ 2,5 milhões, somando premiação, rendas e mais uma quantia de uma telepromoção. A média de público foi de 20.422 pessoas, mais que o dobro do Brasileiro do ano anterior, que teve 10.913.
Também houve novidades como a possibilidade do tempo técnico para instrução dos treinadores aos atletas, o limite de faltas por equipe (15, com tiro livre direto sem barreira na 15ª infração) e limite de faltas individuais, cinco por jogador.
2000 – Flamengo 0 X 4 Santos
Aquele era o primeiro ano da gestão Marcelo Teixeira, que voltava ao clube após ter sido presidente em 1991-1992. As promessas eram hiperbólicas e o novo mandatário estreava como “mecenas”, ao estilo de Paulo Nobre, com a diferença que parte do dinheiro investido teve que ser devolvido mais adiante (fora outros problemas…)
Vieram naquele primeiro semestre de 2000 nomes como Carlos Germano, Valdir Bigode, Ânderson Luiz, Élder, Galván, Fábio Costa, Márcio Santos, além dos retornos de Caio Ribeiro (então só “Caio”) e Ânderson Lima. Após ser vice-campeão paulista, o time do técnico Giba buscava na Copa do Brasil a chance de sair do jejum de títulos que incomodava (e como) o torcedor. Assim, o confronto contra o Flamengo válido pelas quartas de final do torneio eram parte do caminho que o Alvinegro precisava trilhar e um bom resultado naquela primeira partida disputada no Maracanã era fundamental.
Não foi só um bom resultado, mas sim um ótimo, que praticamente definiu a vaga para o Peixe. Dodô marcou os dois primeiros, aos 31 e 34 e Caio anotou também duas vezes, aos 9 e 22 da etapa final.
O hoje comentarista da Rede Globo chegou ao Santos em 1997 e atuou na equipe até meados de 1998, quando foi emprestado justamente ao Flamengo. Lá, se deu bem e fez uma excelente parceria com Romário, mas o clube da Gávea não se esforçou para comprar os direitos do meia-atacante, que retornou à Vila Belmiro no início daquele ano. A vingança de Caio, magoado com os dirigentes rubro-negros, veio naquele dia.
No jogo da volta, o Peixe conseguiu nova vitória, por 4 a 2, com um hat trick de Dodô e um gol contra de Maurinho. O Santos só pararia nas semifinais, sendo eliminado pelo Cruzeiro, campeão da competição.
Neste domingo (1), o Atlético-PR vai enfrentar um adversário que jamais conseguiu superar como visitante no campeonato brasileiro. Em 16 pelejas, foram 12 vitórias do Santos e quatro empates, sendo que em quatro oportunidades eles se enfrentaram fora da Vila Belmiro, como será amanhã.
Peixe e Furação já duelaram 45 vezes e o retrospecto favorece o Alvinegro. São 19 vitórias do Santos, 12 empates e 14 derrotas, com 71 gols pró e 56 contra. Em Brasileiros unificados, a vantagem peixeira é maior: 16 vitórias, 9 empates e 9 derrotas.
O primeiro encontro entre os dois ocorreu em 12 de dezembro de 1926, no Durival Britto, em Curitiba. O Peixe venceu por 3 a 1, gols de Camarão (2), um de Hugo, com Polaco marcando para o Furacão. De lá pra cá, alguns confrontos importantes, como o embate válido pelas quartas-de-final da Libertadores de 2005. Na Arena da Baixada, o Atlético levou a melhor vencendo por 3 a 2 e, na volta, na Vila Belmiro, sem poder contar com Ricardinho e Robinho que não foram dispensados pela seleção brasileira de Carlos Alberto Parreira, o Santos foi derrotado por 2 a 0.
Mas como esse é um blogue santista, vamos lembrar de alguns grandes jogos do Alvinegro. A maior goleada peixeira foram dois 4 a 0, um ocorrido em 1943 e outro no Brasileiro de 2008, ambos na Vila Belmiro. Este último foi uma peleja em uma temporada ruim para ambos, que terminaram o torneio um ponto da zona do rebaixamento. Veja os gols e abaixo, destaque para o golaço do atacante paraguaio Nelson Cuevas, um dos dois que ele marcou vestindo a camisa santista.
Outra partida memorável aconteceu no Brasileiro de 2011, no Pacaembu. Neymar fez quatro gols (teria feito cinco se um tento legal não tivesse sido anulado) e só não fez chover naquela tarde de sábado. Confira abaixo.
RT @Glauber_Braga: Toda participação de Pedro Cardoso foi interessantíssima. Destacamos esse trecho em que ele articula uma reflexão impres… 4 days ago
RT @lucasdsbarros: O Santos passou vexame no campeonato em que a taça se chama “Rei Pelé”.
Que decepção pro maior jogador de todos os temp… 3 weeks ago