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Ponte Preta 1 X 2 Santos – E Dorival mudou o jogo…
Chapecoense X Santos – o jogo da virada
Alvinegro quer apagar má impressão deixada após empate com o Grêmio e derrota pra o Internacional pela Copa do Brasil. G3 é a meta
O Santos vai à Arena Condá, em Chapecó, disputar uma partida decisiva para as pretensões da equipe no campeonato brasileiro de 2016. O jogo, que será disputado neste domingo (23), às 19h30, é ainda a oportunidade do time apagar a má impressão das duas últimas partidas, empate em casa contra o time misto do Grêmio, pelo Brasileiro, e derrota para o também misto Internacional, que resultou na eliminação da Copa do Brasil. A peleja é válida pela 32ª rodada da competição.

Dorival Júnior e Ricardo Oliveira em treino. Cabeça fria para a hora da virada (Ivan Storti/Santos FC)
Muito se falou durante a semana a respeito do momento da equipe. Segundo a mídia esportiva – nem sempre confiável, já que boa parte vive à base de offs e segue fofocas de conselheiros – o presidente Modesto Roma Júnior teria se reunido três vezes com Dorival Júnior após a eliminação da equipe do torneio nacional na quarta-feira. A preocupação seria com a apatia dos jogadores em ambas as pelejas e existe a especulação sobre possíveis problemas “extracampo”. Só não se fala quais seriam esses problemas…
Que o time precisa mostrar disposição, isso é claro no contexto, mas precisa também demonstrar mais criatividade ofensiva e novidades em termos de disposição tática. O Alvinegro, apesar de competitivo, tem sido previsível na armação de jogadas no campo de ataque, sendo mais facilmente marcado pelos adversários.
Santos ainda sem Vitor Bueno
Artilheiro do Peixe no campeonato brasileiro, Vitor Bueno segue fora. Depois de 22 dias de tratamento médico, o atleta atuou alguns minutos contra o Grêmio, chegou a finalizar na trave, mas sentiu desconforto depois da partida. A conclusão do departamento médico é que ele necessita de fortalecimento muscular, podendo voltar somente no jogo contra o Palmeiras.
Jean Mota deve retornar à equipe em seu lugar. Como o meia havia disputado a Copa do Brasil pelo Fortaleza, não pode atuar contra o Internacional, tendo Paulinho no seu lugar.
Chape sonha com Sul-americana
Prováveis escalações de Chapecoense x Santos
Chapecoense – Danilo; Gimenez, Thiego, Neto e Dener; Matheus Biteco, Sérgio Manoel e Cleber Santana; Hyoran, Ananias e Kempes;
Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato e Lucas Lima; Jean Mota, Copete e Ricardo Oliveira
Arena Condá, em Chapecó (SC)
Domingo, às 19h30 (horário de Brasília)
Arbitragem: Nielson Nogueira Dias apita a partida, auxiliado por Marcelino Castro de Nazare e Bruno Cesar Chaves Vieira
Onde ver Chapecoense X Santos
San-São: Santos tem vantagem sobre o São Paulo no século 21
Se no histórico dos confrontos o Tricolor tem mais triunfos, desde 2001 o Peixe é quem se dá melhor. Em mata-matas, são sete confrontos, todos vencidos pelo Alvinegro
Santos e São Paulo fazem um dos principais jogos da 30ª rodada do campeonato brasileiro de 2016 nesta quinta-feira, às 21h. O palco do confronto será o Pacaembu, já que as duas diretorias fizeram um acordo para mandar os dois clássicos da competição neste no estádio.
Na partida do primeiro turno, com torcida única alvinegra, deu Santos por 3 a 0.
No histórico do clássico paulista, o Tricolor tem mais triunfos que o Peixe. São 119 vitórias são-paulinas contra 100 santistas, com 67 empates entre ambos nos 286 jogos disputados. Contudo, é sempre bom lembrar que, assim como em outros confrontos contra times do Trio de Ferro, o Alvinegro jogou mais fora do que dentro da Vila Belmiro , sendo 95 pelejas no estádio que faz 100 anos.
Mas, no século 21, a vantagem é do Santos. Desde 2001, são 27 triunfos, 18 derrotas e dez empates em 55 jogos. A equipe paulistana tem mais vitórias no Pacaembu, 37 contra 23, em 71 partidas, só que o Santos sustenta, atualmente, uma invencibilidade de 14 jogos no estádio. Sua última derrota foi na primeira partida da final do Paulista de 2014 contra o Ituano, em 6 de abril daquele ano.
Outra curiosidade se relaciona a um dos personagens do clássico. O centroavante Ricardo Oliveira, que também tem passagem pelo rival, anotou 75 gols até agora com a camisa santista e sua maior vítima é justamente o Tricolor Morumbi. O Pastor já balançou 8 vezes as redes do rival atuando com o manto alvinegro.

Ricardo Oliveira é algoz do São Paulo atuando pelo Santos (Foto Ivan Storti/SantosFC)
Prováveis escalações de Santos e São Paulo
Na segunda-feira (10), o técnico são-paulino Ricardo Gomesdeslocou Buffarini para a lateral esquerda e promoveu o retorno de Wesley. A equipe treinou com Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Buffarini; Hudson, Thiago Mendes, Wesley e Carlinhos; Robson. Chavez fez fortalecimento muscular, mas provavelmente será o titular no lugar de Robson. O peruano Cueva, que retorna após partida das eliminatórias pela seleção peruana na quarta, deve ficar à disposição, assim como Mena.
O Peixe deve contar com o retorno do meia Lucas Lima, que fica no banco na partida da seleção brasileira, nesta terça (11), contra a Venezuela no país vizinho. Vitor Bueno voltou a treinar, mas ainda não tem condições físicas nem ritmo de jogo para o clássico, já que sequer foi liberado para trabalhar com bola. Assim, Dorival Júnior deve entrar em campo com Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz e Zeca; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima; Jean Mota, Copete e Ricardo Oliveira.
Brasileirão 2016 – O histórico de Santos e Fluminense
Times fazem partida decisiva nesta quarta (5). O histórico de confrontos entre ambos é equilibrado, mas Peixe tem ampla vantagem na Vila Belmiro
Mais decisão. Em partida válida pela 29ª rodada do campeonato brasileiro de 2016, o Santos enfrenta nesta quarta-feira (5) o Fluminense, às 21h, na Vila Belmiro. O Peixe está dois pontos à frente do Tricolor, e precisa da vitória não apenas para afastar um concorrente direto, mas também para se aproximar do G3, o que garante o acesso direto à fase de grupo da Libertadores.
O histórico de jogos entre os dois é bastante equilibrado, com uma vitória de vantagem para os cariocas. Segundo o Acervo Histórico Santos Futebol Clube, são 92 partidas, com 36 vitórias santistas, 37 tricolores e 19 empates. O Peixe fez 149 gols e levou 152. Na Vila Belmiro, no entanto, a história é outra. São 30 duelos, com 15 triunfos peixeiros, 8 empates e 7 derrotas.
Para o torcedor do Santos, obviamente que o encontro entre as duas equipes remete à semifinal do Brasileiro de 1995, uma partida épica do Alvinegro na qual Giovanni fez uma das maiores partidas que eu e muitos outros torcedores viu um jogador fazer com o manto sagrado. Vale a pena relembrar.
Prováveis escalações de Santos e Fluminense
Com Lucas Lima na seleção brasileira e Vitor Bueno ainda no departamento médico, Dorival Junior deve colocar em campo os meias Jean Mota e Vecchio. David Braz segue no lugar do também contundido Gustavo Henrique.
Já o Fluminense não conta com o goleiro Diego Cavalieri, que será substituído por Júlio César, e segue sem o lateral Jonathan, substituído por Wellington Silva.
Ficha técnica de Santos e Fluminense
Auxiliares: Pablo Almeida da Costa e Celso Luiz da Silva – MG
Técnico: Dorival Júnior.
Técnico: Levir Culpi.
Ricardo Oliveira e Paulinho marcam em seus retornos e Santos vence Atlético-PR
Peixe cresce no segundo tempo e se mantém no G4 do campeonato brasileiro com vitória na Vila
Em uma partida fundamental contra um adversário direto por vaga no G4, o Santos bateu o Atlético-PR por 2 a 0 na tarde deste sábado (1º), na Vila Belmiro. Agora, o Alvinegro tem 48 pontos, dois à frente do Fluminense e seis atrás dos líderes Palmeiras (que joga amanhã) e Flamengo.
Diante de um público pequeno na Vila Belmiro (infelizmente, não é pra variar…), o Santos começou como sempre faz em casa, tentando pressionar o rival no campo de ataque. O problema é que, com Vecchio substituindo Vitor Bueno na equipe, o time perde um pouco dessa mobilidade na marcação à frente. O campo pesado, em função da chuva, também favoreceu o Atlético-PR, que conseguiu se resguardar e não sofrer pressão dos alvinegros.
A partir da metade do primeiro tempo, os visitantes passaram a ficar o maior tempo com a posse de bola, mas, tirando uma finalização de fora da área, também não ameaçavam o sistema defensivo do Peixe. Até ali, a falta de criatividade imperava no jogo e as chances de gol praticamente não existiam. Partida truncada, sofrível para quem assistia.
Lucas Lima, como em outros jogos, se esforçava, mas não conseguia. Talvez parte da irritação que tem demonstrado tenha a ver justamente com o excesso de erros cometidos, típicos da má fase pela qual todo jogador passa em algum momento. Mas foi dos pés dele que nasceu o lance do gol alvinegro. Um belo passe de longa distância para Vecchio, que dominou e foi derrubado (ou se chocou) pelo goleiro Weverton. Pênalti bem cobrado por Ricardo Oliveira, que voltava de contusão. Placar aberto aos 30.
Depois da inauguração do placar, o jogo continuou na mesma toada, com o Santos não criando e também não sofrendo com o rival. A etapa final começou mais agitada, com Hernani carimbando o travessão de Vanderlei, em cobrança de falta, aos 3, provocando um contra-ataque rápido do Alvinegro, e quase letal. Após rebote de Weverton na finalização de Thiago Maia, Lucas Lima chutou para fora, e Copete não alcançou a bola.
Aos 15, Vecchio saiu para a entrada de Jean Mota, uma substituição que fazia sentido não pela qualidade, já que o meia argentino vinha fazendo uma boa partida taticamente, mas pelo contexto do jogo, que exigia mais opções de velocidade à frente, com uma transição mais rápida da defesa para o ataque.
Aos 18, quase saiu uma pintura de Lucas Lima, que passou por três defensores dos paranaenses, mas finalizou para fora. Com o jogo em uma zona em que pouca coisa acontecia, Dorival Júnior colocou Paulinho, voltando de contusão, no lugar de Copete, que simplesmente não produziu coisa alguma ofensivamente. E a alteração, vaiada pela torcida e cornetada nas redes sociais, deu resultado.
Foi o atacante que marcou o segundo, aos 40, depois de belo cruzamento de Renato. Ainda quase marcou o terceiro depois de passe de Ricardo Oliveira, que Weverton evitou com uma defesa sensacional. No fim, um triunfo fundamental que mantém o time no G4 e com um bom futebol, jogado no segundo tempo, contra um rival forte.
Santos 0 X 0 Flamengo – com empate, Peixe chega à liderança provisória do Brasileirão
Agora, Alvinegro seca Palmeiras e Grêmio no fim da rodada. Desfalques e mando “fora de casa” atrapalharam planos de Dorival
Um rival em ascensão no Brasileiro, cinco desfalques e uma partida que estava planejada para ser jogada na Vila Belmiro, com a torcida a favor, e que foi disputada em um estádio com grande maioria de torcida rival. Apesar dessas adversidades, o Santos saiu com um empate sem gols contra o Flamengo na noite desta quarta-feira (3) da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).
Um acordo feito em 2015 negociando-se o mando de jogo teve que ser cumprido agora, justamente quando o Alvinegro tinha a possibilidade de, em seus domínios, derrotar um adversário direto e garantir a liderança da competição. Agora, tem que torcer para Palmeiras e Grêmio não vencerem para terminar a 18ª rodada no topo da tabela.
O acordo revela duas coisas: primeiro, uma visão míope do clube e, segundo, uma descrença na própria equipe. Se o clube estava em condições difíceis do ponto de vista financeiro no ano passado, que se negociassem somente mandos relativos àquele campeonato, e não ao de agora. Ou não era possível conceber uma equipe brigando por títulos nesse ano?
Outro dado denuncia a miopia. A renda total da partida, que teve um público de 21.799 pessoas e R$ 1.748.455. O clube tem direito a 60% dessa renda (R$ 1.049.073) e mais um valor pago em 2015 e não divulgado. Se a partida tivesse sido disputada na Vila Belmiro, talvez a renda se aproximasse dos R$ 500 mil, tomando-se como referência o jogo contra o Cruzeiro, o que dá uma diferença de R$ 600 mil. Mas se pegarmos um dado como a premiação do Brasileiro de 2015, isso vale a pena?
As premiações da CBF no ano passado foram de R$ 10 milhões para o campeão, R$ 6,3 milhões para o vice, R$ 4,3 milhões para o 3º, R$ 3,2 milhões para o 4º e R$ 2,2 milhões para o quinto. Ou seja, para quem briga na parte de cima da classificação, um, dois pontos ou mesmo gols de saldo podem representar uma diferença de R$ 1 milhão a mais de R$ 3 milhões Isso sem se levar em consideração o retorno em imagem e marketing de estar disputando o título ou o G4. E de se sagrar campeão.
Falta ver um pouquinho mais longe.
O jogo Santos X Flamengo
Mesmo com os desfalques dos três olímpicos, de Lucas Lima e de Ricardo Oliveira, o Santos fez um jogo quase equilibrado com o Flamengo. Criou oportunidades, é verdade, mas também sofreu apuros, em especial na parte final do jogo quando os rubro-negros pressionaram em busca do gol.
Na primeira etapa, o Alvinegro sofreu com as descidas de Pará pelo lado direito, em especial quando encostavam ali Willian Arão e Marcelo Cirino. No segundo tempo, Dorival Júnior corrigiu essa falha, buscando marcar melhor os lados do campo e dobrando a marcação com os meias e atacantes. Deu certo em boa parte do tempo, mas o time perdeu também parte do poderio ofensivo, apostando mais nos contra-ataques.
Vitor Bueno e Copete chamaram a responsabilidade diante das ausência da equipe. O primeiro se saiu melhor que o segundo, e Rodrigão, embora esforçado e até criando uma ou outra oportunidade, é de uma diferença técnica grande para Ricardo Oliveiras. Em relação às opções de banco, Dorival não tinha nomes que efetivamente pudessem mudar o jogo à sua disposição. Tanto que o “clamor” das redes sociais era pela entrada de Yuri, um volante. O comandante alvinegro colocou o volante no final da partida, além de Joel e Elano, que pouco produziram.
Jean Mota, assim como Vecchio nas duas partidas anteriores, mostra desentrosamento, mas não só. Também tem dificuldades para acelerar o jogo, tal o meia argentino, nas horas em que isso é preciso. Com a proposta de jogar com velocidade, várias vezes isso trava o contra-ataque da equipe e permite a recomposição da defesa rival. Isso aconteceu na partida de ontem.
Os destaque positivos foram o goleiro Vanderlei, discreto mas muito eficiente quando foi chamado, e Gustavo Henrique. O zagueiro marcou a maior parte do tempo o atacante Guerrero, que quase não viu a cor da redonda nos 90 minutos. O nível de concentração do jogador foi muito bom e sua presença nas bolas aéreas, ferramenta bastante usada pelos cariocas na etapa inicial, foi crucial para o Santos sair com um empate da Arena Pantanal.
Copete e Vitor Bueno fazem a diferença e Santos derrota o Vitória
Em partida emocionante, Peixe vence mais uma fora de casa e fica a três pontos do topo da tabela
Não foi um jogo fácil para o torcedor do Santos, já que o Alvinegro sofreu duas vezes o empate no decorrer da peleja, mas, no fim, o Alvinegro conseguiu mais uma importante vitória fora de casa, superando os desfalques do trio olímpico, assegurando a vaga no G4 e se aproximando dos líderes.
Dois nomes se destacaram no triunfo. Jonathan Copete participou dos três gols, sendo o autor da assistência do primeiro, fazendo o segundo, e iniciando o lance do terceiro. Além disso, mostrou disposição durante os 90 minutos, não deixando a peteca do time cair mesmo quando o cenário parecia nebuloso. É o tipo de atleta que contamina, no bom sentido, o resto da equipe. Além disso, como a equipe prioriza o jogo coletivo, por vezes os lances individuais podem ser necessários e nesse aspecto o colombiano não tem medo de chamar a responsabilidade.
Outro destaque foi Vitor Bueno. Fez o primeiro do Santos e acreditou no lance do gol da vitória, dando assistência para Jean Mota. Uma atuação importante que o consolida como artilheiro santista na competição, com sete tentos, mas que, principalmente, aumenta sua autoconfiança já que vinha de uma sequência de partidas bastante apagadas. Com a ausência do trio olímpico, ele vai ter que aparecer.
Não se pode tirar o mérito também de Dorival Júnior. Nas redes sociais, muitos torcedores contestaram a opção de começar jogando com Léo Cittadini ao invés de Yuri, substituto natural de Thiago Maia. No entanto, a opção se dava pelo fato de a equipe, na partida contra o Gama, ter tido dificuldades para fazer a transição para o ataque com velocidade, penando também na saída da bola quando pressionada pelo rival. Yuri pode também dar essa contribuição, mas Cittadini fez a função em outras ocasiões e desempenhou bem o papel até cansar na etapa final. Algo, aliás, que ocorre com frequência, talvez pela exigência do papel que lhe cabe.
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Em jogaço, Santos derrota o Vitória no Barradão por 3 a 2
O treinador também acertou nas mexidas. Tirou Ricardo Oliveira e Lucas Lima, com a entrada de Rodrigão e Fernando Medeiros, mais para poupá-los, já que não pode se dar ao luxo de perder atletas a essa altura. E também promoveu a entrada de Jean Mota, autor do gol da vitória, substituindo Cittadini.
De ponto negativo, fica mais uma vez a fragilidade da equipe na bola pelo alto. Tomou dois gols desta forma e o Vitória forçou por ali seu jogo, realizando 43 cruzamentos contra dez do Peixe. Mas, por outro lado, as jogadas aéreas funcionaram no ataque.
Lucas Lima mais uma vez não teve um desempenho à altura do que se espera, o que pode ser fruto de uma questão de condição física, mas as alternativas que Dorival propôs tem funcionado. Sempre no limite do elenco que o Santos tem. Empolga o torcedor, mas também é motivo para se preocupar.
Vitória X Santos – Peixe luta contra os desfalques para se manter no G4
Alvinegro tenta apagar má imagem deixada na partida do meio de semana, contra o Gama pela Copa do Brasil, para seguir no topo da tabela do Brasileiro. Confira possíveis escalações
Vitória e Santos têm objetivos distintos para o jogo de hoje, às 18h30, no Barradão. Os donos das casa têm 19 pontos na competição e estão no 12º lugar na tabela, a 2 da zona do rebaixamento. Contudo, estão a seis jogos sem saber o que é derrota, numa busca pela recuperação.
Já o Alvinegro Praiano quer apagar a péssima imagem deixada na peleja contra o Gama, disputada no meio de semana pela Copa do Brasil. O empate em 0 a 0 deixou evidente o quanto a equipe sentiu falta do trio olímpico Zeca, Thiago Maia e Gabriel, mas dois desfalques naquela ocasião retornam à equipe: Renato e Ricardo Oliveira.
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Vitória X Santos – relembre quatro triunfos do Alvinegro contra o rival do jogo deste domingo
Para o duelo, os rubro-negros não vão contar com o atacante Marinho, um dos destaques da equipe. Mas terá o reforço de dois atletas no meio de campo. Um dele é Serginho, meia prata da casa do Santos que foi emprestado até o final do ano. Outro que deve pintar, pelo menos no banco de reservas, é Sherman Cárdenas, contratado também por empréstimo junto ao finalista da Libertadores Atlético Nacional, da Colômbia.

Ricardo Oliveira, desfalque no meio de semana contra o Gama, retorna ao comando do ataque no jogo contra o Vitória (Ivan Storti/ Santos FC)
No time da Vila Belmiro, além dos retornos de Renato e Ricardo Oliveira, a novidade entre os relacionados que viajaram a Salvador foi a ausência de Paulinho e Elano. Confira abaixo os relacionados para o confronto e as prováveis escalações:
Relacionados do Santos para o jogo contra o Vitória:
Goleiros: Vanderlei e Vladimir
Laterais: Caju, Daniel Guedes e Victor Ferraz
Zagueiro: Gustavo Henrique, David Braz e Luiz Felipe
Meias: Fernando Medeiros, Jean Mota, Léo Cittadini, Lucas Lima, Rafael Longuine, Renato, Vitor Bueno, Valencia, Emiliano Vecchio e Yuri
Atacantes: Jonathan Copete, Joel, Ricardo Oliveira e Rodrigão
Prováveis escalações de Vitória e Santos
Vitória – Caique; Diego Renan, Kanu, Victor Ramos e Euller; William Farias, Marcelo, Vander e Serginho; Dagoberto e Kieza. Técnico: Vagner Mancini.
Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Caju; Yuri, Renato e Lucas Lima; Vitor Bueno, Copete e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.
Barradão, em Salvador (BA)
Horário: 18h30 do domingo (24)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques – PR (ASP-FIFA)
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo – MG (FIFA) e Celso Luiz da Silva – MG (CBF-1)
Onde ver Vitória X Santos
Premiere e SporTV
Santos 3 X 1 Ponte Preta – Peixe faz a lição de casa e seca rivais no domingo
Em partida que marcou a volta de Ricardo Oliveira, Alvinegro garante permanência no G4 e torce contra os três times que estão acima na tabela do Brasileiro. Mesmo com vitória, Dorival Júnior desabafou e cobrou a diretoria: “Está na hora de pensarmos grande”
O Santos conseguiu uma vitória importante na noite de sábado (16), na Vila Belmiro, contra a Ponte Preta. Os 3 a 1 com gols de Victor Ferraz, Vitor Bueno e Gabriel garantiram a permanência do clube no G4 até o fim da rodada (salvo uma improvável vitória do Atlético-PR contra o Vitória por onze gols de diferença). Os santistas torcem neste domingo contra os três times que estão acima dele na tabela, Palmeiras, Corinthians e Grêmio, para chegarem mais perto do topo.
De acordo com o Footstats, o Santos trocou no total um passe a mais do que na partida contra o Palmeiras, 395, mas com quase metade dos erros do jogo anterior: foram 32 contra 60. Finalizou mais vezes na noite de sábado (12 X 9) e fez muito mais desarmes (23 certos contra 6).
Isso se explica pela diferença de contexto entre os dois duelos. No jogo contra o Alviverde, o Palmeiras exerceu durante a maior parte do tempo uma marcação atrás da linha da bola, se postando no próprio campo de defesa. Estando atrás do placar desde os 21 do primeiro tempo, o técnico Eduardo Baptista, da Ponte Preta, resolveu ousar e, no intervalo, substituiu o volante Matheus Jesus por Felipe Menezes, subindo a marcação do seu time. Os visitantes chegaram a levar algum perigo ao gol de Vanderlei, exigindo ao menos duas defesas difíceis na etapa final – uma delas enquanto estava 1 a 0 -, após tê-lo exigido somente em uma ocasião no primeiro tempo. Finalizaram ainda com perigo outras duas vezes, quando o Peixe já havia aberto uma vantagem maior.

Gabriel beija o escudo do Santos depois de seu gol, o terceiro da equipe. Despedida? (Foto: Ivan Storti/ Santos FC)
Mas a ousadia de Baptista acabou custando para seu time, mostrando o perigo que é buscar pressionar o Santos em seu próprio campo. O contra-ataque funcionou e Ricardo Oliveira mostrou que faz a diferença em sua volta. Primeiro deu assistência a Vitor Bueno, depois de receber bela enfiada de bola de Gabriel. No lance do terceiro gol, dividiu com a zaga fazendo com que a bola sobrasse para Gabriel fazer. Com ele, definitivamente o Peixe é outro, muito mais perigoso.
A Ponte conseguiu seu tento de honra no final, com Rodrigão perdendo uma oportunidade antes do apito do árbitro. Uma vitória importante contra um adversário direto pela vaga no G4. A escalada peixeira continua.
O desabafo de Dorival Júnior: “vamos buscar títulos ou buscarmos uma equipe nova a todo o momento?”
Depois da partida, o técnico Dorival Júnior contrariou seu habitual estilo comedido e cobrou uma postura da diretoria do Santos em relação a possíveis saídas de atletas na janela de transferências. Como a comemoração de Gabriel no terceiro gol do time teve toda pinta de despedida e ao menos dois observadores de times de fora, Barcelona e Borussia Dortmund, estiveram na Vila Belmiro para observar Lucas Lima, o comandante peixeiro se mostrou preocupado com sua equipe, que ainda vai sofrer com os desfalques certos do trio olímpico nas próximas pelejas.
“Se quisermos buscar algo melhor na competição, será com atuações como essas que tivemos nos últimos jogos. A produção que o Santos tem com todos os jogadores à disposição é muito forte. Agora sairão três jogadores (para as Olimpíadas). Não há como suprirmos isso sem tempo para prepararmos essas saídas. Os jogadores que temos podem até suprir essas ausências, mas a tendência é de encontrarmos dificuldades nas próximas partidas para mantermos o nível de atuação que estamos tendo”, disse Dorival.
Sobre Gabriel, ele ainda cobrou uma postura da diretoria. “É difícil falar que esse é o momento dele sair. Mas torço para que isso não aconteça nesse momento e espero que a diretoria pense nisso. Está na hora de pararmos de ter que montar a equipe durante a competição. Temos que pontuar o nosso torcedor para mostrar o que queremos: vamos buscar títulos ou buscarmos uma equipe nova a todo o momento? Está na hora de pensarmos grande. É preciso que o clube se posicione.” Ele está mais do que certo, o que o Santos quer nesse Brasileiro, afinal?