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Soteldo faz a diferença em vitória do Santos sobre o Botafogo

Venezuelano, junto com Carlos Sánchez, foi fundamental na vitória por 2 a 0 do Alvinegro na 5ª rodada do campeonato paulista

Na Vila Belmiro em um dia chuvoso, o Santos não fez força para vencer o Botafogo de Ribeirão Preto. O que saltou aos olhos foi a partida feita pelos estrangeiros que são titulares absolutos da equipe desde o ano passado.

Em sua primeira partida pelo time no ano, Soteldo mostrou o quão diferente fica o ataque da equipe com sua presença. Na primeira etapa, atuou tanto pela esquerda quanto pela direita, com ótima movimentação e variação de jogadas. Buscou tabelas e passes em velocidade, características quase ausentes nas partidas anteriores do Peixe, dando mais qualidade para o setor ofensivo.

Foi ele quem começou a construção da jogada que resultou no primeiro gol alvinegro. Pela esquerda, de um belo passe por elevação para Eduardo Sasha, que cruzou para Carlos Sánchez marcar aos 20 minutos. O uruguaio também se destacou, tendo seu trabalho de iniciar as jogadas de frente facilitado, já que podia dividir a função com o colega venezuelano.

Após conseguir o gol, o Santos tentou algumas jogadas de ultrapassagem pelas laterais e cruzamentos que priorizaram o segundo pau, mas faltou a famosa intensidade, cobrada nos jogos anteriores. Mesmo com um adversário frágil, que não conseguia armar qualquer contra-ataque – sua proposta de jogo inicial –, o time agrediu bem menos do que poderia. Terminou o primeiro tempo com 70% de posse de bola, mas com somente 6 finalizações.

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Soteldo e Sánchez fizeram a vitória do Santos ser tranquila na noite desta segunda-feira (Santos/divulgação)

Na etapa final o Botafogo até ensaiou sair um pouco mais para o jogo, mas a resposta alvinegra foi rápida. Aos 10 minutos, Soteldo recebeu pela esquerda, passou pelo marcador e cruzou no primeiro pau para Eduardo Sasha marcar seu primeiro gol no campeonato paulista.

Com o domínio da partida, o time conseguiu fazer trocas rápidas de passe, e Jesualdo Ferreira promoveu a entrada de Kaio Jorge no lugar de Raniel, aos 23. Aos 35, Jobson e Renyer entraram nos lugares de Diego Pituca e Eduardo Sasha.

Um jogo contra um time frágil, que não finalizou nenhuma vez ao gol de Vladimir, que ganho uma chance de Jesualdo Ferreira mas não teve como mostrar serviço. Difícil como parâmetro da evolução da equipe.

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Corinthians X Santos – Relembre duas vitórias do Peixe no clássico

Em 2014, Alvinegro Praiano goleou equipe comandada por Mano Menezes por 5 a 1. Na Arena Itaquera, palco da partida deste domingo, Santos venceu por 2 a 1 pela Copa do Brasil de 2015

Neste domingo, às 11h da manhã, o Santos vai a São Paulo enfrentar o Corinthians na Arena Itaquera. Como aquecimento para o clássico alvinegro, lembramos duas vitórias santistas contra o adversário.

A primeira delas aconteceu em 2014, em partida válida pelo campeonato paulista na Vila Belmiro. Foi o primeiro clássico paulista daquela temporada, realizado em 29 de janeiro,  e o Peixe era comandado por Oswaldo de Oliveira, enquanto os rivais tinham Mano Menezes como treinador.

Na ocasião, o Peixe foi impiedoso. Arouca teve atuação de gala, tanto na defesa quanto no apoio ao ataque, ajudando a desmontar o sistema defensivo adversário que tinha Gil, Paulo André e Ralf.

Após o volante abrir o placar aos 12, Gabriel Barbosa, o Gabigol, ampliou aos 21. Thiago Ribeiro marcou duas vezes, e o lateral Bruno Peres também deixou o seu. Os melhores momentos daquela partida estão abaixo.

O Santos terminou o campeonato paulista de 2014 como vice-campeão, perdendo nos pênaltis para o Ituano.

Outro momento recente marcante foi a vitória peixeira em 2015, na partida válida pela Copa do Brasil. Foi o primeiro triunfo santista na nova casa do rival.

O Santos havia vencido a primeira partida do duelo, válido pelas oitavas de final do torneio, por 2 a 0. Com a vantagem, Gabriel fez o primeiro aos 15 e, no segundo tempo, Ricardo Oliveira praticamente selou a classificação logo aos 20 da etapa final. Romero ainda faria o gol solitário do Corinthians.

O time de Dorival Júnior terminou a Copa do Brasil como vice-campeão.

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Santos bate Inter de Limeira na melhor partida com Jesualdo à frente do time

Alvinegro vence por 2 a 0 na Vila Belmiro e equipe mostra mais criatividade e opções ofensivas do que nos dois jogos anteriores do campeonato paulista

Na noite desta quinta-feira, contra a Inter de Limeira, na Vila Belmiro, Jesualdo Ferreira optou por uma equipe modificada, poupando jogadores e testando opções no meio e no ataque. Ficaram de fora Alison, Carlos Sánchez e Eduardo Sasha, além dos contundidos Marinho e Arthur Gomes da frente e de Soteldo, ainda na seleção pré-olímpica da Venezuela.

Como a Inter de Limeira, comandada por Elano Brumer, foi um time que entrou com duas linhas bem próximas, uma de cinco e outra de quatro jogadores, atuando bem atrás, deu campo para o Santos jogar.

Mais uma vez Felipe Jonathan foi essencial na armação ofensiva, e foi pelo lado esquerdo que saiu o primeiro gol do time, de Raniel, aos 22, uma bela finalização de fora da área. O tipo de jogada fundamental contra equipes que atuam muito na intermediária.

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Raniel foi o artilheiro da noite, mostrando boa movimentação no ataque (Reprodução)

O atacante marcou de novo ainda no final do primeiro tempo, aos 44, após escanteio cobrado pela direita por Diego Pituca.

Durante a etapa inicial, o Peixe mostrou qualidades ausentes nas duas primeiras partidas. O time se movimentou melhor pelo meio, com Evandro se deslocando bem e dando passes importantes na parte ofensiva. Jobson também mostrou qualidade ao fazer o jogo por dentro, chegando a entrar dentro da área, algo que Alison não faz.

Na segunda etapa, Elano colocou Tcharlles no lugar de Airton Moisés, mais um jogador à frente para buscar reduzir a desvantagem no placar. E o Santos, com a vantagem de dois gols, voltou sem a mesma intensidade do primeiro tempo, o melhor jogado pela equipe em 2020. Com o sistema defensivo bem postado, o Alvinegro foi ameaçado em tiros de longa distância, mas contou com a sorte e com Everson em uma ocasião.

Jesualdo promoveu três trocas no decorrer do segundo tempo. Sánchez entrou no lugar de Felipe Jonathan, Alison substituiu Evandro, e o garoto Renyer, de 16 anos, fez sua estreia como profissional com a saída de Tailson.

E o Uribe?

Desde que chegou ao Santos, certamente esta foi a vez em que Uribe teve mais chances de gol. Ao menos duas oportunidades cara a cara com o goleiro rival Rafael Pin que foram desperdiçadas. Problemas com domínio de bola e decisões erradas na hora de finalizar comprometeram estes e outros lances do atacante.

Uribe apresenta uma notória ansiedade ao jogar, mas hoje mostrou não só disposição, mas também oba movimentação, abrindo espaços, fazendo o pivô e dando opções para os companheiros do meio de campo. Precisa dominar os nervos para ser útil à equipe.

 

 

 

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Santos supera o Guarani no sufoco, em outra apresentação ruim

Mesmo com um jogador a mais em quase todo o segundo tempo, Alvinegro precisou marcar nos acréscimos para assegurar a vitória

Mais uma vez o Santos jogou mal e precisou contar com um gol contra aos 48 minutos do segundo tempo para vencer o Guarani, no Brinco de Ouro, nesta segunda-feira, por 2 a 1.

Se no jogo contra o Red Bull Bragantino as triangulações entre meia/lateral/atacante chegaram a aparecer vez ou outra, em especial no primeiro tempo, contra o Guarani elas rarearam um pouco mais, praticamente desaparecendo no lado esquerdo.

O time buscou a movimentação sempre para deixar o corredor aberto para o cruzamento pelos lados do campo. Algo a que o torcedor estava pouco acostumado, ver a bola quase toda hora pelo alto à procura de algum atacante na área.

Em que pese essa falta de criatividade, foi assim que saiu o gol do Santos na primeira etapa. Aos 21, Felipe Jonathan cruzou pela esquerda e Arthur Gomes se posicionou bem, saindo da marcação do miolo da zaga e acertando uma bela cabeçada.

Jogando no 4-1-4-1, com Alison à frente da linha de laterais e zagueiros na defesa e os atacantes fechando o meio de campo para ocupar os espaços quando atacados, o Alvinegro pouco foi ameaçado na etapa inicial.

A expulsão a 1 minuto do segundo tempo de Lucas Ribeiro parecia acenar para um jogo mais tranquilo para o Santos. Mas isso não aconteceu. O Guarani tornou mais aguda sua proposta de subir a marcação e atrapalhar a saída de bola do Peixe, mesmo expediente usado pelo Red Bull na estreia santista, e levou perigo ao gol de Everson até o empate. Um escanteio após uma bola recuperada na defesa alvinegra. Na jogada ensaiada bugrina, Everson falhou e Rafael Costa anotou de cabeça.

O gol castigou o Santos que foi pouco incisivo mesmo com um atleta a mais. A equipe cadenciava a bola quase sem pretensão ofensiva e, depois de tomar o gol, passou a sentir ainda mais dificuldade para atacar já que o Guarani se postou mais atrás.

O Bugre quase chegou a virar aos 40, mas Everson salvou o time em uma defesa providencial. Já nos acréscimos, aos 48, a sorte sorriu para o Santos, embora a equipe não merecesse pelo futebol jogado. Jean Mota cobrou falta para a defesa do goleiro e Pablo acabou chutando contra o próprio gol no reflexo.

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Santos teve muitas dificuldades na partida, mas conseguiu vitória no sufoco (Ivan Storti/Santos FC)

É cedo para falar, mas…

A parte física pesou, é fato, mas a proposta de jogo de Jesualdo Ferreira ainda não se tornou visível. Há um esboço com triangulações, jogadas pelas laterais com cruzamentos na área, mas até aqui um repertório ofensivo muito fraco e previsível.

Falta velocidade na transição da defesa para o ataque, e também mais jogadores participando das ações à frente. Pituca não se adaptou ainda para participar das jogadas ofensivas do lado esquerdo e as trocas pelo meio quase inexistem.

De positivo, pode-se destacar a melhora de Raniel quando atuou pelo lado direito, sendo o atacante mais perigoso do Santos na etapa final. Uribe, por outro lado, quando entrou, mostrou mais uma vez pouca mobilidade, não conseguindo finalizações mesmo com as bolas alçadas na área.

O Santos não vai ter o futebol vistoso do ano passado. Mas precisa ser efetivo.

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Santos de Jesualdo estreia com empate na Vila Belmiro. Poderia ter sido pior…

Com desfalques, o Alvinegro chegou a tomar sufoco do Red Bull Bragantino. Na estreia, foi possível ver as mudanças táticas em relação a 2019

O Santos não passou de um empate em 0 a 0 com o Red Bull Bragantino nesta quinta à noite, na Vila Belmiro. Um confronto de dois times da Série A, mas, justiça seja feita, se alguém deveria sair com a vitória seriam os visitantes.

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Pouco inspirado, ataque do Santos quase não produziu durante a partida contra o Red Bull Bragantino (Ivan Storti/Santos FC)

Logo na primeira etapa foi possível perceber algumas mudanças no jeito do Santos jogar em relação à equipe de Sampaoli. Jesualdo gosta das triangulação pelos lados do campo, com atacantes muitas vezes fechando pelo meio abrindo espaço para a descida dos laterais ou para os meias atacarem pelos lados. No primeiro tempo, o time tentou jogadas ofensivas usando o expediente, com Pituca pela esquerda e Carlos Sánchez na direita, mas pouco produziu.

O Santos de Jesualdo também não exerceu marcação-pressão como fazia o onze de Sampaoli em especial no início das partidas. Muitas vezes defende em seu próprio campo apenas com Sasha na frente, posicionando os atacantes e meias para a saída rápida no contra-ataque, condição que o Bragantino não permitiu na etapa inicial.

Atrás, o Santos não passou sufoco. Em poucos momentos o Bragantino buscou subir a marcação, com Alison dando um ou dois sustos quando apertado, já que foi em muitas ocasiões o responsável pela saída de bola, jogando à frente da zaga. Mas Everson foi exigido somente em um chute de fora da área de Claudinho.

Sem a mesma intensidade do ano passado (é preciso levar em conta as condições físicas de início de temporada), o Santos só chegou de fato ao gol de Júlio César com duas finalizações de Sánchez. Uma delas pelo lado direito do ataque, quando ficou sem marcação e chutou de três dedos, e em uma falta cobrada pelo lado esquerdo.

No segundo tempo, Jesualdo tirou Kaio Jorge e colocou o Raniel em seu lugar. O estreante, ex-São Paulo e Cruzeiro, entrou para atuar no lado direito, trocando com Marinho. O Bragantino voltou melhor, ocupando mais o campo de ataque e se aproveitando de passes errados e alguma displicência em jogadas no meio de campo alvinegro. O Peixe pareceu voltar a campo só na finalização de fora da área de Pará, aos 16.

Mostrando a insatisfação com a movimentação no ataque, Jesualdo mexeu novamente aos 18, colocando Arthur Gomes no lugar de Eduardo Sasha. Logo na sequência, Vinicius Munhoz também mexeu, tirando Bruno Tubarão para colocar Tonny Anderson, que pôs Ytalo duas vezes na cara do gol logo depois de entrar. Na primeira oportunidade Everson salvou e na segunda o Santos contou com o travessão para não sair atrás no placar.

Com o Alvinegro inoperante no ataque, o Santos mexeu pela terceira vez. Derlis Gonzales entrou para a saída de Marinho. Aos 30, o time teve todo o trio de atacantes trocado. Mesmo com algumas chances de contra-ataques, três delas desperdiçadas nos pés de Arthur Gomes, os visitantes continuaram levando mais perigo.

É preciso paciência, mas…

O Santos jogou sem Soteldo, talvez o principal jogador da equipe, que está na seleção pré-olímpica da Venezuela, e sem Lucas Veríssimo. E é verdade que o Bragantino é o time mais forte da competição fora os quatro grandes, e está melhor fisicamente já que fez jogos-treino e adiantou sua preparação. Mas alguns sinais merecem atenção.

Alison continua preciso nos desarmes, mas muitas vezes se posiciona mal e erra passes infantis.  Sendo responsável pela saída de bola, pode virar presa fácil para os adversários. Os laterais se portaram mais como laterais defensivos do que como alas, e quando foram à frente não produziram. Se essa for a ideia de jogo, é preciso um meio de campo mais participativo ofensivamente, para compensar um tipo de jogada que foi forte para o time no ano passado.

Se o Santos sofreu para vencer a Ferroviária na estreia do Paulista do ano passado, mostrou uma disposição muito maior na partida, com um primeiro tempo à la Sampaoli, uma marcação avançada que quase não deixava o rival respirar. Hoje, foi possível ver as mudanças no jeito de jogar, mas para o torcedor a falta de intensidade foi algo evidente. É preciso ver a evolução da equipe nas próximas partidas, mas a ofensividade de 2019, se existir, será em outro patamar.

 

 

 

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