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Chapecoense X Santos – o jogo da virada

Alvinegro quer apagar má impressão deixada após empate com o Grêmio e derrota pra o Internacional pela Copa do Brasil. G3 é a meta

O Santos vai à Arena Condá, em Chapecó, disputar uma partida decisiva para as pretensões da equipe no campeonato brasileiro de 2016. O jogo, que será disputado neste domingo (23), às 19h30, é ainda a oportunidade do time apagar a má impressão das duas últimas partidas, empate em casa contra o time misto do Grêmio, pelo Brasileiro, e derrota para o também misto Internacional, que resultou na eliminação da Copa do Brasil. A peleja é válida pela 32ª rodada da competição.

dorival ricardo oliveira

Dorival Júnior e Ricardo Oliveira em treino. Cabeça fria para a hora da virada (Ivan Storti/Santos FC)

Muito se falou durante a semana a respeito do momento da equipe. Segundo a mídia esportiva – nem sempre confiável, já que boa parte vive à base de offs e segue fofocas de conselheiros – o presidente Modesto Roma Júnior teria se reunido três vezes com Dorival Júnior após a eliminação da equipe do torneio nacional na quarta-feira. A preocupação seria com a apatia dos jogadores em ambas as pelejas e existe a especulação sobre possíveis problemas “extracampo”. Só não se fala quais seriam esses problemas…

Que o time precisa mostrar disposição, isso é claro no contexto, mas precisa também demonstrar mais criatividade ofensiva e novidades em termos de disposição tática. O Alvinegro, apesar de competitivo, tem sido previsível na armação de jogadas no campo de ataque, sendo mais facilmente marcado pelos adversários.

Santos ainda sem Vitor Bueno

Artilheiro do Peixe no campeonato brasileiro, Vitor Bueno segue fora. Depois de 22 dias de tratamento médico, o atleta atuou alguns minutos contra o Grêmio, chegou a finalizar na trave, mas sentiu desconforto depois da partida. A conclusão do departamento médico é que ele necessita de fortalecimento muscular, podendo voltar somente no jogo contra o Palmeiras.

Jean Mota deve retornar à equipe em seu lugar. Como o meia havia disputado a Copa do Brasil pelo Fortaleza, não pode atuar contra o Internacional, tendo Paulinho no seu lugar.

Chape sonha com Sul-americana

O time catarinense está nas quartas-de-final da Copa Sul-americana, e vem de uma derrota, na Colômbia, para o atual campeão da Libertadores, Atlético Nacional-COL. Mesmo voltando de uma viagem desgastante, o técnico Caio Júnior descarta usar um time reserva para enfrentar o Santos. Ainda faltam três pontos para o time se garantir matematicamente na Série A no ano que vem.

Prováveis escalações de Chapecoense x Santos

Chapecoense – Danilo; Gimenez, Thiego, Neto e Dener; Matheus Biteco, Sérgio Manoel e Cleber Santana; Hyoran, Ananias e Kempes;

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato e Lucas Lima; Jean Mota, Copete e Ricardo Oliveira

Arena Condá, em Chapecó (SC)

Domingo, às 19h30 (horário de Brasília)

Arbitragem: Nielson Nogueira Dias apita a partida, auxiliado por Marcelino Castro de Nazare e Bruno Cesar Chaves Vieira

Onde ver Chapecoense X Santos

Premiere 1

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Santos supera Chapecoense na Vila e se aproxima do G4 do Brasileirão 2015

O Santos conseguiu na noite desta quinta-feira uma vitória convincente sobre a Chapecoense, na Vila Belmiro, por 3 a 1, chegando a onze partidas sem perder entre Brasileiro e Copa do Brasil. Agora, a equipe está a três pontos do G4.

Com o Peixe ainda sem Gabriel, contundido, e Lucas Lima, na seleção brasileira, a proposta de sufocar o rival ficou evidente logo no início do jogo. Os visitantes, sem o lateral Apodi, um dos principais jogadores da equipe, também mostrou a que veio de cara: a proposta era segurar a marcação atrás da linha da bola.

Como em outros jogos, o Alvinegro usou bastante os lados, atacando tanto pela direita quanto pela esquerda. A Chape praticamente abriu mão de tentar qualquer lance mais ofensivo, permanecendo durante a maior parte do tempo na sua intermediária. Em parte culpa também do Santos, que ocupou os espaços na intermediária dos visitantes.

O gol não demorou muito a sair, logo aos 15 minutos. Marquinhos Gabriel deu uma bela assistência pelo lado direito para Ricardo Oliveira, no lado canhoto da área, bater de sem pulo e fazer um golaço.

Pouco depois, um lance polêmico. Ricardo Oliveira disputou bola na área com o zagueiro Neto e caiu. Não foi pênalti, mas o árbitro Bruno Arleu de Araújo anotou. O atacante alvinegro bateu no lado direito, mais uma vez, desta vez à meia altura. E, pela quarta vez na temporada, perdeu.

A superioridade santista no primeiro tempo foi evidente, e os números comprovam. Enquanto a Chapecoense fez uma finalização somente ao gol, facilmnete defendida por Vanderlei, o Peixe, além do gol, chegou com perigo em finalização de Marquinhos Gabriel, em belo lance, pra fora, mantendo 61,2% da posse de bola.

Para o segundo tempo, o treinador Vinicius Eutrópio tirou Ananias e João Afonso para a entrada de Camilo e Cléber Santana. A equipe visitante passou a ter mais posse de bola e chegou com perigo à meta alvinegra aos 11 minutos, em finalização de fora da área. Mas, dois minutos depois, Geuvânio fez um lance que já está se tornando típico. Limpou pelo lado direito da área da Chapecoense e finalizou no ângulo direito de Danilo. Um tiraço indefensável e que não foi comemorado pelo atacante, bastante xingado pela torcida santista (parte dela na Vila tem esse péssimo hábito de não apoiar os próprios jogadores) por ter errado uma jogada segundos antes.

Àquela altura, Léo Cittadini já havia substituído Neto Berola, outra vez com desempenho decepcionante. Depois de tomar o segundo gol, a equipe gaúcha veio pra cima novamente, mas Vanderlei conseguiu segurar tanto os cruzamentos na área como finalizações mais perigosas do rival. A fatura, porém, estava para ser liquidada. Em jogada ensaiada no lado direito após batida de escanteio (é ótimo ver que a equipe hoje treina…), a bola foi parar na cabeça de Ricardo Oliveira, que fez seu 14º gol no Brasileiro. Na temporada, já são 27 gols em 45 partidas e, com a camisa alvinegra, são 48 tentos em 77 jogos. é o 6º maior artilheiro peixeiro no século 21.

O centroavante saiu para a entrada de Nilson e Narquinhos Gabriel, logo depois, cedeu lugar a Rafael Longuine. Ainda que tivesse o controle da partida, o Santos fez valer a lei de tomar gol de ex-jogador quando o zaguerio Neto, depois de escanteio cobrado do lado direito da defesa peixeira, marcou. Aliás, depois disso a equipe ainda tomou algum sufoco em bolas aéreas, tipo de situação que não acontecia há tempos na defesa alvinegra.

A se destacar ainda a grande partida feita por Victor Ferraz, que exerceu grande papel na marcação, com desarmes providenciais, e também no apoio ao ataque. O preocupante foi a provável contusão de Geuvânio no final da partida, uma peça fundamental técnica e taticamente no esquema de Dorival Júnior. Agora o Santos chega a 33 pontos na tábua de classificação. O que parecia pouco provável há dois meses, começa a ser uma realidade. O Peixe chega na disputa de uma vaga da Libertadores no Brasileirão.

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Chapecoense 1 X 0 Santos – jogo com jeito de reprise

Mais uma vez o Santos demonstrou a apatia que o tem caracterizado em jogos fora de casa. Mas, diferentemente de outras ocasiões, jogou melhor no segundo do que no primeiro tempo. Não dá pra simplificar e dizer simplesmente que o time é “preguiçoso” ou que faz corpo mole – embora às vezes dê essa impressão. O buraco é mais embaixo.

Primeiro, é necessário analisar como surgiu o gol da Chapecoense. Mais uma vez foi construído pelo lado esquerdo da defesa santista, com Apodi avançando e finalizando contra o gol de Wladimir. O lance deixou aquela dúvida se se tratava de uma bola indefensável de fato. A meu ver, não era. Embora faça uma ou outra boa atuação, não é possível se enganar e dizer que o arqueiro está à altura da meta alvinegra. Hoje, não está.

Mas ele não pode carregar a culpa do gol sozinho. O Peixe é invariavelmente assediado pelo lado canhoto da sua intermediária, e não é à toa. No jogo contra o Avaí, por exemplo, Gilson Kleina colocou o meia Roberto para forçar a jogada individual nesse setor. Deu certo, foi por ali que aconteceu a falta que resultou no gol.

Isso ocorre porque a marcação santista tem que começar na frente, com um dos atacantes que atuam pelos lados acompanhando o lateral. Geuvânio faz as vezes do lado direito, mas Robinho não faz o papel da mesma forma do lado esquerdo, cabendo às vezes para Lucas Lima desempenhar a marcação. Com essa alternância algo confusa em determinados momentos, somando-se a deficiência na cobertura dos volantes, o lateral fica “vendido” na marcação. E estoura na zaga. Podem reparar que é invariavelmente por esse lado que o adversário procura atacar o Santos, seja o lateral Chiquinho, Victor Ferraz ou Caju.

Jogadores da Chapecoense comemoram gol de Apodi (Foto: Chapecoense/Flickr)

Jogadores da Chapecoense comemoram gol de Apodi (Foto: Chapecoense/Flickr)

Falta variação tática para o Santos

Difícil jogar do mesmo jeito em qualquer situação, empatando, ganhando ou perdendo. O Santos não faz isso, mas demora a mudar. Hoje, após o gol, a equipe continuou atuando da mesma forma e, em todo o primeiro tempo, não fez uma finalização certa sequer – descontando uma cabeçada de Ricardo Oliveira que mal pode se considerar finalização. Na etapa final, após os dez minutos, começou a dominar e chegar com perigo no gol da Chapecoense.

A estreia de Rafael Longuine, que entrou no lugar de Leandrinho, foi justamente pra corrigir o problema do lado esquerdo. Funcionou por um tempo, quando os donos da casa recuaram e deram espaço para o Peixe atacar. Robinho começou a atuar mais livre, não ficando preso apenas à ponta esquerda. Mesmo sem atuar bem, confundiu a marcação catarinense. E Ricardo Oliveira também saiu mais da área, abrindo espaços na defesa da Chapecoense, embora atuando bem abaixo do seu nível.

Mas a alteração que colocou Longuine foi a única que teve como objetivo mudar taticamente o Santos. A outra foi forçada, a lesão de Valencia, substituído por Lucas Otávio. Mesmo perdendo, Marcelo Fernandes – ou seu auxiliar Serginho Chulapa, já que o titular foi expulso no primeiro tempo – abriu mão da terceira mudança. Isso é inexplicável, não há justificativa. E não se trata de algo novo.

Ou Marcelo Fernandes passa a usar mais do arsenal que tem no elenco, ou sua timidez vai acabar comprometendo sua permanência à frente do time. E a campanha peixeira no Brasileirão.

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Santos joga contra a Chapecoense e o cansaço no Brasileirão

O Santos enfrente a Chapecoense às 16h deste domingo, na Arena Condá, tentando driblar um alegado cansaço por parte do time. Pelo menos é o que diz o treinador Marcelo Fernandes, o que justificaria o desempenho ruim da equipe no segundo tempo contra o Sport.

“É normal ter altos e baixos. As dificuldades surgem por causa da qualidade dos nossos adversários”, disse o técnico. Bom então há que se achar formas de contornar isso, porque na Série A e nas outras competições que o Peixe disputar até o fim do ano – Copa do Brasil ou Copa Sul-Americana – só tem rival qualificado. Se o problema é cansaço, tem que ter elenco, mas não basta ter elenco sem colocar os reservas para jogar durante as partidas pra adquirirem ritmo de jogo. E isso Fernandes só tem feito quando obrigado.

Hoje Leandrinho entra como titular, já que Renato fez uma pulsão por conta de dores que sentia no músculo posterior da coxa esquerda. De resto, a equipe é a mesma que foi derrotada pelo Sport em uma atuação estranha do Alvinegro. Thiago Maia, que entrou no jogo contra os pernambucanos, está novamente entre os relacionados.

Histórico da Chapecoense contra o Santos

Trata-se de um confronto com curta história. A Chapecoense esteve na primeira divisão do campeonato brasileiro em 1978 e 1979, voltando em 2014, quando conseguiu sua melhor colocação, 15º lugar. E foi só nesta edição que as equipes que se enfrentam hoje se confrontaram.

O Peixe venceu no primeiro turno de 2014, em peleja disputada na Vila Belmiro. Um 3 a 0 com gols de Rildo, Gabriel e Diego Cardoso, com Oswaldo de Oliveira à frente da equipe. Já no segundo turno o técnico era Enderson Moreira e o Santos empatou na Arena Condá com gol de Bruno Uvni. Leandro Pereira, que está no Palmeiras, fez o tento de empate dos catarinenses.

Quem joga na Chapecoense?

Talvez o jogador mais conhecido do elenco da equipe de Chapecó seja o centroavante Roger, de 30 anos. Revelado na Ponte Preta, foi campeão da Libertadores com o São Paulo em 2005 e tem passagens por inúmeros clubes como Palmeiras, Fluminense, Vitória, Sport, futebol japonês… Foi vice-artilheiro do Catarinense com dez gols.

O lateral Apodi, em jogo contra o Corinthians (Chapecoense/Flickr)

O lateral Apodi, em jogo contra o Corinthians (Chapecoense/Flickr)

Outro rosto conhecido é do lateral Apodi, 28 anos, que atuou no Santos em parte da triste campanha da equipe no Brasileiro de 2008, a pior do Peixe na Era dos pontos corridos. O meia Camilo é o destaque na coordenação do meio de campo, e já está no segundo ano de clube.

A Chapecoense também tem Edmilson, ex-Vasco, no banco de reservas, além da revelação do estadual. O meia Hyoran, cujo nome é uma homenagem a… Johan Cruyff, o cérebro da seleção holandesa de 1974.

Confira abaixo as prováveis escalações de Chapecoense e Santos:

Chapecoense X Santos

16h, na Arena Condá – Chapecó

Chapecoense – Danilo; Apodi, Rafael Lima, Vilson e Dener Assunção; Bruno Silva, Elicarlos, Gil e Camilo; Ananias e Roger. Técnico: Vinícius Eutrópio.

Santos – Vladimir; Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Valencia, Leandrinho e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

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