Arquivo da tag: Chiquinho

Santos não dá chances ao Corinthians e vai às quartas de final da Copa do Brasil

Ampliando sua série invicta para nove partidas (seis no Brasileirão e três na Copa do Brasil) e obtendo a terceira vitória sobre o Corinthians em três jogos disputados em 2015, o Santos não deu sopa para o azar e definiu rápido o segundo duelo válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Tendo uma vantagem de 2 a 0 na primeira peleja, o Alvinegro Praiano não se intimidou com o campo e a torcida adversárias, indo para o jogo exercendo sua marcação pressão, com muita mobilidade dos homens da frente e dificultando ao máximo a saída de bola dos donos da casa. Foi só com tiros a longa distância que o Corinthians tentou ameaçar o Peixe, que, além do gol de Gabriel, aos 14 minutos, obrigou Cássio a fazer outras três defesas na etapa inicial, enquanto Vanderlei não foi exigido.

No segundo tempo, com a vantagem ampliada, o Santos seguiu com sua compactação e marcação forte no campo adversário. Tite colocou Cristian no lugar de Bruno Henrique, que tinha cartão amarelo, mas a mudança não alterou o jogo no setor em que o Alvinegro dominou: o meio de campo. Mesmo que Renato não tenha feito uma partida brilhante – foi em um erro seu que saiu o único tento corintiano na partida –, errando passes acima da sua média, seu papel tático ao encurtar a marcação do principal atleta adversário na armação, Renato Augusto, foi fundamental. E Thiago Maia, mais uma vez, mostrou que é uma das mais importantes peças no time.

Só quando Dorival Júnior promoveu a entrada de Chiquinho, totalmente sem ritmo de jogo, e de Leandrinho, nos lugares de Geuvânio e Thiago Maia, o time começou a perder terreno para o rival. Mas àquela altura a fatura estava liquidada, com o segundo tento do time feito por Ricardo Oliveira, aos 19.

Lucas Lima mais uma vez foi quem deu o ritmo para a equipe, prendendo a bola quando necessário e dando o belo passe para Geuvânio servir Gabriel no primeiro gol. Mas é necessário destacar o papel de Dorival Júnior, não só no confronto de hoje como desde sua chegada à vila Belmiro. No intervalo, o camisa 11 do Peixe, quando questionado por um repórter sobre o espaço oferecido pelo Corinthians que ele aproveitou, respondeu que a equipe sabia que espaços seriam dados e a situação de jogo foi treinada no decorrer da semana. E uma equipe bem montada, com o talento que alguns jogadores do Santos têm, é a receita da alegria do torcedor santista.

Na Copa do Brasil, o Santos agora aguarda o seu adversário que virá no sorteio realizado na próxima segunda-feira (31).

1 comentário

Arquivado em futebol, Santos, Século 21

Em horário de Desafio ao Galo, Santos tem empate com sabor de derrota contra o Sport

Na manhã/início de tarde deste domingo o Santos acabou sofrendo um empate no último minuto de jogo contra o Sport, na Vila Belmiro. Tomou dois gols em falhas individuais, mas há que se reconhecer o mérito do adversário, uma equipe bem armada por Eduardo Baptista. O Alvinegro, ao contrário, tem falhas crônicas que se repetem a cada partida.

Os donos da casa começaram a partida pressionando no campo adversário, e até os 14 minutos levaram muito perigo ao rival dominando a partida. Mesmo assim, o Peixe tomou contra-ataque dos rubro-negros logo no início, em seu setor esquerdo da intermediária, uma falha que se repete constantemente e que tem origem na marcação do ataque, se consolida com a falta de cobertura no meio de campo, e estoura nos laterais/zaga.

Justiça seja feita, o ataque se movimentou bastante, e Ricardo Oliveira saiu muito da área, ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pelejas. Porém, o time teve problemas na finalização e naquele chamado último passe. Só chegou ao gol quando Daniel Guedes, que teve boa atuação até ser substituído por Chiquinho no começo do segundo tempo, aparentemente contundido, subiu ao ataque.

O jovem acertou um cruzamento para Robinho, que cabeceou certo, para o chão, seguindo-se uma defesa espetacular de Danilo Fernandes. Ricardo Oliveira, em impedimento crasso, cabeceou no travessão e, na volta, o Rei das Pedaladas finalizou de voleio. Tento irregular, mas que coroava uma boa partida do Peixe até ali. Eram 42 do primeiro tempo e o Alvinegro podia ir para o intervalo e se armar para ampliar a vantagem na etapa final.

Robinho marcou, mas não foi suficiente para o Santos vencer o Sport (Ivan Storti/Santos FC)

Robinho marcou, mas não foi suficiente para o Santos vencer o Sport (Ivan Storti/Santos FC)

Não foi o que aconteceu. Se o Santos martelou mas teve dificuldade para chegar à abertura de placar, o Sport empatou com facilidade. Diego Souza, ainda se recuperando de uma virose, entrou em campo e deu mais dinâmica ao time pernambucano, e os visitantes conseguiram empatar em falha de Lucas Lima. Ele deu um passe errado na intermediária e Rithely roubou, passando para o bom Joelinton, sozinho em uma defesa pega de surpresa.

O meia peixeiro, sempre se entregando demais na partida, se redimiu ao cobrar um escanteio preciso na cabeça de Werley, que caprichou mais que seus colegas atacantes e deu a vantagem ao Santos aos 24. Àquela altura, o Alvinegro já contava com Gabriel, pela primeira vez no Brasileiro e depois de muito tempo entrando no gramado antes dos 35 da etapa final. Ele substituiu Geuvânio, aos 20.

Depois, outro fato incomum. Ricardo Oliveira, já visivelmente cansado como costuma acontecer nos últimos 45 minutos, deu lugar a Rafael Longuine. O meia entrou bem e a equipe, mais leve com as duas alterações, passou a frequentar mais o ataque, desperdiçando chances. Uma, em especial, poderia ter definido a partida quando Robinho serviu Lucas Lima, que cruzou para Gabriel, sozinho, bater para fora aos 42. Não se pode culpar o garoto, que tem sido pouco utilizado talvez de forma injusta, mas jogador que está na reserva e tem uma chance de ouro dessas, tem que fazer.

O castigo para o Santos veio aos 47. Renato perdeu a bola também na intermediária, o Sport trançou a bola no campo santista e, de novo, o meia inexplicavelmente abriu a marcação sobre Neto, que passou para Renê servir Samuel Xavier. Vladimir tocou na bola, mas não evitou o tento.

Ao fim, o Sport, mais bem arrumado e tendo sofrido um gol irregular, mereceu o empate. O Sport marca forte no meio de campo e sabe apertar o assédio ao adversário no campo rival, o que resultou em seus dois tentos. Quando colocou Diego Souza e o meio de campo ficou mais frágil, colocou Élber no lugar de Joelinton e, mesmo com uma armação diferente, não deixou de atacar. Soube variar para conseguir um ótimo resultado. Falta essa versatilidade ao Santos.

Grande público na Vila Belmiro

Fruto da promoção feita pela diretoria alvinegra e talvez também pelo novo horário, 11h do domingo, o que lembra as partidas do antigo Desafio ao Galo, o público foi grande na Vila Belmiro. Foram 13.481 pessoas, com uma renda, contudo, baixa: R$ 321.055.

Confira os gols e melhores momentos de Santos X Sport

Deixe um comentário

Arquivado em Sem Categoria

Santos X Cruzeiro – hora de arrancar no Brasileiro

Após a final do campeonato paulista, quando bateu o Palmeiras por 2 a 1, o Santos disputou três partidas, duas contra o Maringá e uma contra o Avaí. Em nenhuma delas a equipe empolgou mas agora, passadas duas semanas da conquista do estadual, é hora de acordar para o Brasileiro.

Para a partida deste domingo, às 16h, na Vila Belmiro, o Peixe não contará com Valencia, que viajou à Colômbia para conhecer sua filha. Lucas Otávio deve ser seu substituto e Renato e Chiquinho retornam à equipe.

A surpresa entre os relacionados de Marcelo Fernandes para a peleja foi a ausência de Gustavo Henrique, que perdeu a vaga no banco para Paulo Ricardo. O meia Rafael Longuine aparece mais uma vez entre os reservas e existe a expectativa de que possa estrear hoje.

Marcelo Fernandes tem um teste difícil contra o Cruzeiro (Ricardo Saibun/Santos FC)

Marcelo Fernandes tem um teste difícil contra o Cruzeiro (Ricardo Saibun/Santos FC)

O Cruzeiro, obviamente, está focado na Libertadores e agora sabe que seu adversário de quarta-feira será o River Plate, após a eliminação do Boca pela Conmebol. Mesmo assim, não fará o que fez na estreia na Arena Pantanal, quando escalou os reservas e foi derrotado pelo Corinthians. O time deve entrar quase com a força máxima para encarar o Alvinegro.

Leandro Damião, em função de um acordo de cavalheiros, não enfrentará o Santos. O lateral direito Mayke, com dores musculares, deve ser poupado, e Marcelo Oliveira pode tanto deslocar o volante Henrique, ex-Santos, para a posição, ou escalar Eurico ou Ceará, também ex-Peixe. Outro atleta que atuou na Vila Belmiro, Eugenio Mena, pode ser poupado.

Confira abaixo as prováveis escalações de Santos e Cruzeiro:

Santos X Cruzeiro – 16h do domingo (17) na Vila Belmiro

Santos – Vladimir, Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Lucas Otávio, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

Cruzeiro – Fábio, Henrique, Manoel, Bruno Rodrigo e Fabrício; Willians Farias, Willians e Arrascaeta; Marquinhos, Willian e Henrique. Técnico: Marcelo Oliveira.

Leia também:

O histórico de Santos e Cruzeiro – relembre cinco goleadas do Peixe sobre o rival

1 comentário

Arquivado em futebol, Santos, Século 21

Vencer para convencer – Santos pega o Maringá às 19h30 pela Copa do Brasil

O Santos entra em campo hoje, às 19h30, na Vila Belmiro, classificado para a próxima fase da Copa do Brasil. O 0 X 0 e o 1 X 1 são favoráveis ao Peixe, que na partida de ida, com os reservas, empatou em 2 a 2 com o Maringá.

Mas hoje não basta ao Alvinegro a classificação, que parece bem encaminhada embora não seja possível relaxar. O time deve uma boa apresentação à torcida, já que a estreia no Brasileirão, contra o Avaí, deixou o santista com uma pulga atrás da orelha. Com um péssimo segundo tempo disputado na Ressacada, o desempenho expôs as falhas da equipe no início de um campeonato longo e que costuma castigar os elencos.

Robinho é sempre esperança de um belo futebol (Ivan Storti/Santos FC )

Robinho é sempre esperança de um belo futebol (Ivan Storti/Santos FC )

Para a partida de hoje, o Santos não deve contar com o lateral Chiquinho, que levou uma pancada nas costas na peleja contra o Avaí, e com Renato, que sofre de um incômodo no posterior da coxa esquerda. Seus substitutos devem ser Cicinho, com Victor Ferraz indo para a lateral esquerda, e Leandrinho.

O único reforço do clube até o momento para a competição, Rafael Longuine, pode estrear nesta quarta-feira, já que está relacionado pela primeira vez. A provável escalação do Santos contra o Maringá deve ter Vladimir, Cicinho, David Braz, Werley e Victor Ferraz; Valencia, Leandrinho e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira. Além deles, estão também na relação de atletas peixeiros Gabriel Gasparotto, Gustavo Henrique, Zeca, Lucas Otávio, Elano, Marquinhos Gabriel, Rafael Longuine, Lucas Crispim e Gabriel.

Ivan Storti/Santos FC

Deixe um comentário

Arquivado em futebol, Santos, Século 21

Avaí 1 X 1 Santos – Marcelo Fernandes, não seja um Claudinei

O empate de ontem entre Avaí e Santos mostrou, como no segundo jogo da final do Paulista contra o Palmeiras, o Santos caindo de produção e de intensidade no segundo tempo. Com a vantagem, conseguida na etapa inicial pelo gol de Robinho, o Alvinegro mais uma vez mostrou uma certa acomodação e aceitou a mudança de postura do adversário sem reagir, mesmo tomando o empate.

Na partida decisiva do estadual, Oswaldo de Oliveira colocou Cleiton Xavier em campo após perder Dudu expulso, passando a explorar as laterais do campo. O Peixe, que teve Geuvânio punido com o cartão vermelho, não conseguiu acertar sua marcação pelos lados, lembrando que o onze santista era responsável por barrar o avanço do lateral adversário pelo lado direito. Resultado da inação santista: Ricardo Oliveira estava na marcação do lateral Lucas no tento do adversário, mostrando que a equipe demorou a responder à mudança do rival.

Ontem, mais uma vez a lateral foi o calcanhar de Aquiles peixeiro na etapa final. Desta vez, no segundo tempo Gilson Kleina colocou Roberto, que atuou no lado esquerdo da defesa santista, forçando a jogada individual e fazendo com que os donos da casa por vezes tivessem superioridade numérica no setor. A pressão era evidente e, mais uma vez, o Santos pouco fez para responder à alteração tática do Avaí.

Pra voar alto no Brasileirão, Santos vai ter que ousar...

Pra voar alto no Brasileirão, Santos vai ter que ousar…

É pelos lados o mapa da mina. Do Santos e do adversário

Marcelo Fernandes precisa treinar para que o Peixe possa sair dessa situação de jogo. Treinadores adversários já perceberam que o potencial ofensivo santista depende da subida de seus laterais/alas, que apoiam o ataque dando opções para os meias e os homens de frente. Quando o técnico adversário ocupa esse setor, prega na defesa Victor Ferraz e Chiquinho. Com uma deficiência quase crônica dos dois volantes de fazerem a cobertura pelos lados – defeito em especial de Valencia – a pressão se intensifica e o gol passa a ser questão de tempo.

Uma alternativa para ser utilizada nesse tipo de cenário é justamente explorar as costas da defesa rival pelos lados. E aí entra a coragem e a vontade de vencer do treinador. Ontem, por exemplo, o Alvinegro usou pouco os lados na etapa final, mesmo quando um jogador chegava ao ataque, Robinho, por exemplo, fechava no meio em vez de abrir pela ponta esquerda. Atuava assim também porque não adiantaria ele fazer a jogada pela ponta com apenas Ricardo Oliveira na área contra dois ou mais defensores. Sem a chegada dos homens do meio ou do lateral, a jogada pelo lado, em um campo de grandes dimensões, tem grandes chances de não dar em nada, daí a tentativa do Rei das Pedaladas de jogar perto do centroavante.

Sobre Ricardo Oliveira, aliás, outro pecado do técnico. Ele jogou mal o tempo todo, mesmo assim atuou até o final da partida. Perdeu lances preciosos, chegou a travar contra-ataques matando errado a bola. Estava em um dia ruim, até aí, todos nós temos os nossos. Mas não foi sacado. Fernandes preferiu abrir mão de Geuvânio, que também não tinha boa atuação, e colocar Gabriel fora de seu habitat natural, a área. A alteração foi inócua, ainda mais por ter sido feita aos 34, como tem sido o costume do técnico. Sempre um pouco tarde demais.

Quanto Claudinei Oliveira assumiu o Santos depois da saída de Muricy Ramalho em 2013, dirigia um time que sentia a falta de Neymar. Conseguiu arrumar o sistema defensivo alvinegro, a equipe jogou bem algumas partidas e chegou quase perto de brigar pelo G4. Mas, quando teve oportunidades de ganhar partidas que poderiam mudar a situação do clube na tabela, preferiu não ousar e se satisfazer muitas vezes com um empate, não tentando vencer. Achou que assim, com um desempenho mediano, conseguiria manter o cargo. Não percebeu que um técnico novato precisa na verdade mostrar mais do que os “medalhões”, sendo diferente. E, por que não, ousado.

Marcelo Fernandes não pode repetir o erro de Claudinei. Como já dito aqui, tem um elenco acima dos que o Peixe possuía nos últimos dois anos e, com o relativo enfraquecimento de alguns adversários no Brasileiro, sonhar com o G4 não é nenhum absurdo ainda mais se vierem alguns reforços. Mas precisa saber que deve ter coragem em determinados momentos e situações de jogo. Arroz com feijão não seguram um treinador em início de carreira no banco.

No final das contas, foi o Avaí, que perdeu dois gols inacreditáveis na etapa final, quem deixou de vencer. Não pode ser assim contra um candidato ao rebaixamento.

Gustavo Henrique e Vladimir

Desnecessário dizer que Gustavo Henrique, que entrou no lugar de Werley, dono da imagem do jogo, teve uma atuação ruim. Fez a falta desnecessária que gerou o gol de Marquinhos, ex-Santos, e, ao cometer outra falta similar, tomou o segundo amarelo e foi expulso. Mas é preciso destacar também que, nas duas ocasiões, estava bem longe da área, e só teve essa atitude por conta da inação santista com a blitz que o Avaí promoveu no lado canhoto da intermediária do time. Entrou em uma fria e não foi bem. Mas a culpa não é só dele.

Já Vladimir tomou um gol em uma cobrança de falta bem feita por Marquinhos. Não, não era uma bola indefensável. Além disso, repôs mal a bola em mais de uma ocasião, colocando em risco a defesa ao despachar a redonda no próprio campo. Na partida contra o Palmeiras, ensaiou o erro que cometeu contra o Maringá, ao tentar encaixar a bola e soltá-la em duas ocasiões. É um goleiro que tem um reflexo apurado, fazendo defesas à queima-roupa, mas não adianta ter essa virtude se falha em outros fundamentos.

Ficha técnica – Avaí 1 X 1 Santos

Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC)
Data:10 de maio de 2015, domingo
Horário:18h30 (horário de Brasília)
Público: 7.677 pagantes
Renda: R$ 138.100
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA)
Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias e Lucio Ipojucan Ribeiro da Silva de Mattos (ambos do PA)

Avaí: Vagner; Pablo, Antonio Carlos, Jéci e Eltinho; Uelliton, Renan, Renan Oliveira (Roberto) e Marquinhos; André Lima e Anderson Lopes (Everton Silva). Técnico: Gilson Kleina.

Santos: Vladimir; Victor Ferraz, Werley (Gustavo Henrique), David Braz e Chiquinho (Cicinho). Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio (Gabriel), Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

Cartões amarelos: Anderson Lopes e Eltinho (Avaí); Cicinho (Santos)
Cartão vermelho: Gustavo Hernique (Santos)

Gols – Robinho, aos 26 minutos do primeiro tempo; Marquinhos, aos 18 minutos do segundo tempo

4 Comentários

Arquivado em Sem Categoria

Chiquinho é vice-líder em assistências no Santos em 2015

Quando o lateral-meia Chiquinho chegou ao Santos no início do ano, poucos apostavam nele. Vindo do Fluminense, onde chegou a desbancar o ex-santista Carlinhos na lateral-esquerda, o atleta, cujos direitos pertencem ao Coimbra, de Minas Gerais, clube ligado ao BMG, foi o primeiro reforço da nova diretoria do Santos.

Com Caju na seleção sub-20 e Mena saindo para o Cruzeiro, o jogador de 25 anos, que tem no currículo passagem discreta pelo Corinthians e uma mais vistosa pela Ponte vice-campeã da Copa Sul-americana em 2013, teve oportunidade de estrear no primeiro jogo do Peixe no Paulista de 2015, contra o Ituano. Fez um golaço, barrou duas oportunidades do adversário na defesa e mostrou muita disposição.

Chiquinho comemora com a torcida vitória do Santos sobre são-paulinos (Foto: Ivan Storti/Santos FC )

Chiquinho comemora com a torcida vitória do Santos sobre são-paulinos (Foto: Ivan Storti/Santos FC )

No aquecimento da partida contra a Portuguesa, no fim de fevereiro, o jogador sentiu uma contusão no músculo adutor da coxa esquerda, que o deixou fora de combate por um mês. Voltou no clássico contra o Corinthians e, mesmo só tendo disputado nove partidas pelo time na temporada, é o segundo atleta peixeiro que mais deu assistências na temporada.

São três passes para gol em nove jogos, incluindo o milimétrico dado para Ricardo Oliveira fazer o segundo gol alvinegro contra o São Paulo, no último domingo. Ele está empatado com Gabriel, que tem também três assistências, só que em treze jogos. O líder do Santos em assistências na temporada é Lucas Lima, com seis em 18 partidas.

Deixe um comentário

Arquivado em Sem Categoria

Sem confete e serpentina, Santos supera São Bernardo e segue líder do Grupo D

O Santos superou ontem (14) o São Bernardo fora de casa, no estádio 1º de Maio, por 1 a 0. Integrante do grupo A, o Bernô, que havia até então enfrentado o Alvinegro em duas ocasiões (um empate e uma derrota), disputa uma vaga para as quartas de final e talvez seja um dos times mais equilibrados fora dos quatro grandes. Bem armado, sabe marcar e sair para o contra-ataque, mas tem um evidente problema de qualidade técnica.

Já o Peixe mostrou, na partida, defeitos que já tinham aparecido em jogos anteriores. No início, buscou muito o passe longo para o pessoal da frente, errando passes em demasia. No segundo tempo, já com a vantagem conquistada com um gol de David Braz em cruzamento de Chiquinho, aos 9 minutos, os visitantes passaram a tocar muito a bola, invariavelmente sem objetividade, mantendo os donos da casa longe da área.

Foi sem brilho, aquele triunfo “pro gasto”, e que permitiu, mesmo assim, algumas observações. Como disse Robinho após a partida, o Santos continua pecando nas finalizações. Das 15 realizadas ontem, somente quatro foram para o gol e houve oportunidades incríveis, como uma de Ricardo Oliveira. O nove santista, aliás, continua nitidamente sem ritmo de jogo, e deve perder a vaga de titular para Gabriel assim que o avante concluir seu trabalho de recuperação física pós-seleção sub-20. Em forma, Oliveira pode ser útil.

David Braz comemora gol solitário do jogo com Robinho (Foto: Ivan Storti)

David Braz comemora gol solitário do jogo com Robinho (Foto: Ivan Storti)

Quando saca o centroavante, fato que aconteceu em todas as partidas no Paulistão, Enderson costuma colocar Robinho como o tal “falso 9”. Ontem, mesmo antes de ser deslocado para essa função, o atacante jogou próximo à área, pelo meio, o que acaba prejudicando seu desempenho. Sendo um jogador móvel e que desarma melhor que a grande maioria dos homens de frente, faria mais sentido Robinho atuar mais pelo meio quando o time precisa – ou quer – tocar mais a bola do que isolado na frente brigando com os zagueiros no corpo a corpo.

Outra experiência do técnico alvinegro foi colocar Elano no lugar de Leandrinho para fazer a marcação pelo meio e cobertura do lado direito, atuando mais como volante ao lado de Renato. Sem poder contar com Alison, essa opção foi testada em parte do segundo tempo, quando o meia entrou em campo. Contudo, nem a marcação melhorou e, o que talvez fosse o principal objetivo, melhorar a transição para o campo ofensivo aproveitando contra-ataques, também não foi alcancaçado. Nesse caso, influencia também a posição de Robinho e a má atuação de Marquinhos Gabriel, que entrou no lugar de Ricardo Oliveira.

No mais, com uma assistência e um gol em cinco jogos, Chiquinho já se firma como titular, acenando para Caju que o jovem vai ter dificuldades para voltar à equipe. Victor Ferraz, no lugar de Cicinho, não é brilhante mas é mais efetivo defensivamente do que o ex-pontepretano. Aliás, no atual esquema de Enderson, os laterais são mais “laterais” mesmo, e não alas como em boa parte das equipes. O posicionamento defensivo de ambos é em parte responsável pelo time ter sofrido somente um gol em cinco partidas.

Líder do grupo D com 11 pontos, oito a mais que o segundo colocado, o Bragantino,  o Santos tem uma semana para trabalhar até a próxima partida, contra a Portuguesa, domingo, às 17h, no Pacaembu. Oportunidade para alguns jogadores aprimorarem o condicionamento físico até lá. Quem sabe a pontaria também não melhora.

Ingressos para Portuguesa X Santos no Pacaembu

A torcida do Santos terá a maior parte da carga de ingressos na partida contra a Portuguesa, domingo (22), no Pacaembu. Mesmo tendo o mando da partida, o clube rubro-verde vai ficar com a parte do Tobogã, para buscar mais renda com o jogo.

Os ingressos podem ser comprados no site do Ingresso Fácil e também nos seguintes pontos de venda:

• Pacaembu (das 11 às 18 horas)
• Canindé (das 11 às 18 horas)
• Vila Belmiro (das 11 às 18 horas)
• Anacleto Campanela, em São Caetano do Sul, (das 11 às 18 horas)

Campeonato Paulista 2015

Ficha técnica – São Bernardo 0 X 1 Santos

São Bernardo

Daniel; Rafael Cruz, Luciano Castán, Diego Jussani e Vicente; Daniel Pereira (Vanger), Carlinhos (Jean Carlos), Marino, Magal e Cañete (Maikon); Lucio Flavio

Técnico: Edson Boaro

Santos

Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Werley e Chiquinho; Renato, Leandrinho (Elano), Lucas Lima e Geuvânio (Lucas Otávio); Robinho e Ricardo Oliveira (Marquinhos Gabriel)

Técnico: Enderson Moreira

Deixe um comentário

Arquivado em futebol, Santos, Século 21

Santos supera campeão paulista e estreia com vitória na Vila

A expectativa para a estreia do Santos, de acordo com a mídia tradicional em geral, não era das melhores. Menos por conta do adversário, o Ituano, que mesmo sendo o atual campeão paulista, não tem um elenco que causa medo em um time grande, mas por conta da real crise financeira do clube e do alentado desmanche sofrido pela equipe.

Saíram do time o goleiro Aranha, o zagueiro Edu Dracena, o lateral esquerdo Mena, o volante Arouca e o atacante Leandro Damião. Destes, somente Arouca era uma unanimidade na torcida, sendo que os outros três tiveram desempenhos irregulares no ano de 2014. Em especial o ex-centroavante do Internacional, que dispensa comentários adicionais. Mesmo benquisto (não mais) pelos torcedores, o volante que hoje está no Palmeiras tem problemas constantes de contusão. Em 2014, por exemplo, dos 68 jogos da equipe, Arouca atuou em 32. E foi seu ano mais efetivo na Baixada.

Por outro lado, o Alvinegro manteve seu ídolo maior, Robinho, e trouxe alguns reforços como Elano, Ricardo Oliveira, Chiquinho, Valencia e o goleiro Vanderlei. Nenhum deles inconteste, mas o primeiro que estreou na noite de hoje já mostrou a que veio. Chiquinho, meia, lateral e o que mais vier, vestiu a camisa que era de Mena e fez algo que o chileno nunca conseguiu em 61 partidas oficiais pelo Peixe. Gol.

Foi aos 29 minutos do primeiro tempo, e foi um golaço. Lucas Lima cobrou falta, a bola bateu na barreira e voltou para Chiquinho acertar um belo sem pulo no lado esquerdo do gol de Diego Neto. Era o segundo tento peixeiro na peleja. O primeiro foi de Geuvânio – que sofreu a falta que resultou no segundo gol alvinegro – logo aos 6, uma linda finalização de fora da área que deixou o arqueiro de Itu sem reação.

Chiquinho já havia sido destaque, aliás, ao desviar duas finalizações do Ituano no mesmo lance, após o Santos ter aberto o placar. Ali foi praticamente a única chance real da equipe do interior na primeira etapa, embora os donos da casa tenham diminuído o ritmo após um começo intenso. Alguns buracos na transição do meio de campo deram relativo espaço para os rubro-negros, que paravam na marcação de Alisson, Renato e da linha defensiva. Gustavo Henrique, sem ritmo, destoou, mas foi socorrido quando preciso.

Lucas Lima foi o condutor, para variar, mas exagerou no individualismo. Robinho, jogando como um camisa 9 e ficando muito de costas para a marcação, se sacrificou pelo time e, tirando um ou outro lance plástico, mais abriu espaços do que fez seus habituais lances na etapa inicial. No segundo tempo, quando talvez o Ituano tenha pensado em reagir, o Santos tratou de matar qualquer pretensão do rival. Geuvânio, mais uma vez, passou para Lucas Lima na direita, que devolveu para o garoto fazer seu segundo gol na partida, terceiro do Peixe.

A partir daí, o segundo tempo se desenrolou como um lento apagar das luzes; os visitantes, sem força ofensiva, e os donos da casa chegando com algum perigo, mas não convertendo. Enderson Moreira aproveitou para trocar todo o ataque, sacando primeiro Geuvânio para colocar Ricardo Oliveira; depois Thiago Ribeiro para a entrada de Elano e por fim Robinho, que foi substituído por Lucas Crispim.

Como foi a tônica para os grandes nessa rodada de estreia, o Santos fez três e não teve dificuldades. Não é o melhor dos parâmetros, mas a equipe mostrou que não sente uma falta tão terrível dos jogadores que foram embora. E ainda vai contar com o retorno de Gabriel e Caju, que estão na seleção sub-20, e Cicinho (tá, esse não conta tanto), contundido. Além da estreia do arqueiro Vanderlei, vindo do Coritiba, no lugar do sempre pouco confiável Vladimir, que atuou hoje. Pra quem disse que o Peixe estava na pior, até que a estreia foi boa.

Craque do jogo: Geuvânio – fez dois gols e ainda sofre a falta que resultou no 2º gol do Peixe.

Menção honrosa: Chiquinho – fez um golaço, salvou dois lances na defesa e mostrou garra. jogo bom pra ganhar o torcedor.

1 comentário

Arquivado em futebol, História, Santos, Século 21