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Montillo e a chance de mais um argentino fazer história no Santos

A chegada do meia argentino Walter Montillo ao Santos engrossa a lista de estrangeiros que já jogaram no clube da Vila Belmiro. Desde que o atacante irlandês Harold Cross e o arqueiro francês Julien Fauvel, respectivamente em 1912 e 1913, abriram a fila, 76 estrangeiros atuaram no Peixe, o ex-cruzeirense será o 77º. E foram justamente os conterrâneos de Montillo os gringos que mais vestiram o manto santista. Com o atual contratado, são 26 os argentinos que jogaram no Santos.

Montillo é a esperança de bom futebol em 2013 para o Santos.

Em relação a outros clubes, é um número elevado de atletas vindos de outros países. O Corinthians teve 34 estrangeiros em sua história (sim, a conta já inclui o Zizao); o Botafogo, 58, o mesmo número do Flamengo. E o torcedor santista tem na memória boas lembranças com alguns estrangeiros, talvez a mais evidente para aquele que tem mais de 30 anos seja a passagem do monumental uruguaio Rodolfo Rodríguez, mas, se formos falar apenas de argentinos, há grandes nomes, outros com boa passagem e frustrações daquelas.

Em meados dos anos 40, o atacante Echevarrieta já havia sido ídolo no Palestra Itália, equipe pela qual marcou 114 gols em 127 jogos. Em sua passagem pelo Santos, entre 1942 e 1943, também manteve uma alta média de aproveitamento. Foram 25 jogos com 20 tentos marcados. No entanto, depois de uma derrota para o Corinthians, ele e Magonones foram suspensos pela direção técnica, permanecendo três meses sem receber qualquer remuneração. O argentino seguiu para o Ypiranga (veja mais aqui).

O lendário Ramos Delgado junto com Pelé, na Vila famosa.

Foi no fim da década de 1960, a mais dourada da história alvinegra até agora, que veio do Banfield José Manuel Ramos Delgado, um dos maiores defensores da história alvinegra. No período entre 1968 e 1972, ele foi capitão do Alvinegro, posto que também ocupou na seleção argentina, e colecionou títulos como o tricampeonato paulista (1967-1969) e o Brasileiro de 1968. Encerrou sua carreira na Mais Briosa, a Portuguesa Santista, em 1973, depois de ser o estrangeiro com maior número de atuações pelo Santos: 323 partidas.

Ainda com Ramos Delgado no clube, chegou em 1970 vindo do Racing o arqueiro Agustín Cejas, outro estupendo goleiro que vestiu a camisa peixeira até 1975. Campeão paulista de 1973, venceu, no mesmo ano, a Bola de Ouro da Placar junto com o gremista Ancheta. Foi o terceiro estrangeiro que mais atuou pelo Alvinegro, ficando duas partidas atrás de Rodolfo Rodríguez.

Do mesmo Racing, porém, um jogador do qual se esperava muito, pouco rendeu na Vila Belmiro. Leopoldo Luque tinha sido uma das principais peças da seleção argentina campeão mundial de 1978, mas, já em 1983, com 34 anos, não rendeu no Santos. Em cinco participações, não marcou nenhum gol e quase não deixou recordações para o torcedor alvinegro.

A contratação de atletas argentinos voltaria na dinastia Marcelo Teixeira, iniciada em 2000. Querendo justificar suas promessas de campanha com contratações de peso. Um dos principais nomes foi o argentino Galván, zagueiro vice-campeão brasileiro pelo Atlético-MG em 1999. O bom mesmo da zaga das Alterosas era Gerson Caçapa, mas foi o que se pôde fazer… Sem convencer, o portenho, que os antigos definiriam como “cintura dura”, lento, saiu no começo de 2002, ano em que o time saiu da fila de 18 anos sem títulos importantes.

O argentino Trípodi, gol decisivo, mas só.

Ainda na Era MT, o atacante Frontini vestiu o manto peixeiro, fazendo um gol em nove partidas disputadas em 2005. Depois, em uma leva de estrangeiros trazidos pela nada saudosa DIS, que tinha o chileno Sebastían Pinto e o inesquecível equatoriano Michael Jackson Quiñonez, salvando-se somente o colombiano “Mao” Molina, se incluía o argentino Mariano Trípodi. Ele até fez um gol importante pelo clube, na peleja decisiva contra o Cúcuta na Libertadores de 2008, mas foi só.

Agora, chega Montillo, que se junta a outros dois compatriotas que precisam convencer: o jovem Patito Rodriguez e o atacante Miralles. Quem sabe a mistura não dá samba. Ou um triste tango… para os rivais.

 

Por onde andam em 2013 alguns dos últimos atletas estrangeiros do Santos:

– Frontini – acertou com o Volta Redonda para disputar o campeonato estadual do Rio de Janeiro em 2013.

– Sebastían Pinto – ainda que tenha sido cogitado seu retorno ao Chile, ainda está no Bursaspor, da Turquia.

– Michael Jackson Quiñonez – um dos destaques do Barcelona de Guayaquil, incrivelmente tem sido convocado para a seleção do Equador.

– Mariano Trípodi – poucos atletas têm a honra de jogar no maior clube de um país. Trípodi pode se orgulhar: atua hoje no FC Vaduz, maior equipe de Liechtenstein.

– Molina – foi campeão nacionala da Coreia do Sul em dezembro, atuando pelo Seongnam.

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De novo, o Santos fez história

A partida de ontem do Santos contra o Cúcuta, pela Libertadores, foi mais um episódio notável da trajetória do time. “De tudo, o que valeu foi a vontade” . Foi assim o zagueiro Fabão, ao fim da partida, resumiu a verdadeira batalha que ocorreu Vila Belmiro.

Para continuar lendo sobre a partida, clique aqui.

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O Peixe contra dois colombianos

Para inspirar o Santos e os torcedores na partida contra o Cúcuta, dois vídeos que relembram como outros times colombianos nos fizeram felizes na Libertadores de 2003.

Na primeira fase, o Santos foi a Cali enfrentar o América local. O resultado: um 5 a 1 em que brilhou a estrela de Robinho. Ele driblou, deu chapéu, aplicou um elástico que quase deixou o defensor colombiano no chão… Quando substituído, o Rei do Drible foi aplaudido de pé pela torcida rival. O Alvinegro terminaria a primeira fase com 14 pontos, quatro vitórias e dois empates.

As escalações daquela partida, disputada em 5 de fevereiro:

AMÉRICA DE CALI
Julián Viáfara; Iván López, Luis Asprilla, Pablo Navarro e Rubén Bustos; Jorge Banguero, Fabián Vargas, James López (Leonardo Moreno) e David Ferreira; Julián Vásquez e Oscar Villareal (Romero). Técnico: Fernando Castro

SANTOS
Fábio Costa; Reginaldo Araújo, Alex (Preto), André Luís e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Fabiano); Robinho (Nenê) e Ricardo Oliveira. Técnico: Emerson Leão

Os gols santistas foram marcados por Léo aos 25, e Alex, aos 38 minutos do primeiro tempo. Ricardo Oliveira aos 11 e 43, e Diego, aos 14 da segunda etapa, completaram a festa peixeira. Banguero marcou o tento colombiano aos 36 do primeiro tempo.

Já este vídeo mostra a vitória santista sobre o Independiente de Medellin, na primeira partida da semifinal da mesma Libertadores de 2003. O Peixe venceu por 1 a 0, com gol do atacante Nenê após passe de Robinho, no dia 4 de junho. Na partida de volta, na Vila Belmiro, outra vitória peixeira por 3 a 2. O destaque do rival era o meia Molina, hoje nas fileiras alvinegras.

As formações:

INDEPENDIENTE
Gonzalles; Calle, Baloy e Perea; Vasquez, Restrepo, Jaramillo, Montoya (Alvarez) e Roberto Carlos Cortes; Molina e Moreno. Técnico: Victor Luna

SANTOS
Fábio Costa; Wellington (Nenê), Alex, Pereira e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Robinho e Fabiano. Técnico: Emerson Leão

O destaque

O artilheiro do time e da Libertadores daquele ano, ao lado do argentino Marcelo Delgado, foi o atacante Ricardo Oliveira, que marcou nove gols. Ele conseguiu a marca mesmo tendo ficado fora de três partidas por contusão.

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