Elano deixa o time para Levir Culpi com duas vitórias em duas partidas. Alvinegro precisou jogar apenas o primeiro tempo para assegurar triunfo
O Santos conseguiu uma vitória importante contra o Atlético-PR na noite deste domingo (11), na Arena da Baixada. Soube aproveitar o desespero do rival e, em contra-ataques bem realizados na etapa inicial, garantiu 2 a 0 e somente segurou o resultado no segundo tempo. Agora, tem 9 pontos na competição.
No primeiro tempo, o Santos soube explorar bem as jogadas pelas pontas, com Copete e Bruno Henrique se movimentando bem, assim como Kayke, que atuou a maior parte do tempo mais centralizado. Precisando do resultado, o Atlético-PR buscou pressionar o Alvinegro em seu campo, deixando espaços preciosos para os contragolpes.

Kayke fez o “doblete” contra o Atlético-PR
E foi assim que o time visitante chegou ao primeiro gol. Bruno Henrique roubou a bola no meio de campo e esperou a passagem de Thiago Maia pela direita. O meia recebeu e serviu Kayke, de cara pro gol, não desperdiçar. Eram 26 minutos.
O lance que abriu o placar, uma jogada bem construída coletivamente, tem o dedo do interino Elano. Em relação ao esquema de Dorival, ele plantou mais Renato à frente da zaga, soltando mais Thiago Maia, que no jogo contra o Botafogo já havia chegado mais à frente. Tendo espaço para trabalhar a bola como o Atlético-PR ofereceu, ficou mais fácil para um atleta que tem qualidade de passe como o meia peixeiro.
Thiago Maia plays deep but times his long runs well. Here is his assist to Kayke. Santos leading away vs Atlético-PRpic.twitter.com/91MbUd7fl7
— Seleção Brasileira (@BrazilStat) 11 de junho de 2017
O segundo gol também veio em um contra-ataque veloz, com Bruno Henrique passando rasteiro, para Kayke marcar novamente aos 35. Mais uma vez, Maia estava na área, puxando a marcação para deixar o companheiro de time livre.
INTERVALO na Arena da Baixada!#AtleticoPR 0x2 #Santos
Noite de Kayke até aqui, 2 gols. Esse o 2ºpic.twitter.com/AAUGnaHVVA
Via @goleada_info— PitaqueirosDaBola (@Pitaqueiros) 11 de junho de 2017
Houve ainda outros três contra-ataques que poderiam ter resultado em gols, mas as equipes foram para o intervalo com 2 a 0 como resultado parcial. Eduardo Baptista, na volta para a etapa final, pôs Éderson e Grafite no lugar de Douglas Coutinho e Matheus Rossetto, radicalizando na proposta de acuar o Peixe com uma maior presença no campo adversário., plantando sempre dois atacantes mais plantados disputando com a zaga alvinegra.
Os donos da casa passaram a usar a bola aérea como arma principal, e quase única, levando perigo ao gol de Vanderlei. Chegaram às redes duas vezes por meio desse expediente, mas em lances de impedimento bem marcados. Elano colocou Alison no lugar de Thiago Maia, aos 17, não só para reforçar a marcação mas também por conta do desgaste físico do titular.
O Santos passou a se defender mais sem conseguir aproveitar as chances de contra-ataque. As inúmeras bolas lançadas na área fizeram com que Elano colocasse o zagueiro Cleber Reis no lugar de Vitor Bueno, mais uma vez apagado. Jogando na função e Lucas Lima, quando teve oportunidades, o meia não aproveitou.
Entre as alterações proposta por Elano, cabe ressaltar que os dois laterais, Daniel Guedes e Jean Mota, jogaram mais focados na defesa do que no apoio ao ataque. Guedes fez 5 das 11 faltas cometidas pelo Peixe até sua saída de campo, aos 41, expulso por ter feito cera já com um cartão amarelo recebido, . Infelizmente ainda não mostrou estabilidade para disputar o lugar de Victor Ferraz que, mesmo com atuações irregulares, se mostra mais efetivo que o suplente.
Com as mudanças feitas pelo interino nos dois jogos em que dirigiu o time, Levir Culpi tem mais elementos para fazer com que o Santos volte a jogar o bom futebol de 2016. O clássico contra o Palmeiras pode ser a oportunidade de iniciar uma virada na competição.