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Flamengo X Santos – confira cinco grandes vitórias do Alvinegro

Santos e Flamengo disputam neste domingo (2), no Maracanã, sua 116ª partida. No histórico do confronto, o Peixe leva vantagem sobre o Rubro-Negro: são 44 vitórias, 31 empates e 40 derrotas, com 173 gols feitos, 154 sofridos e um saldo positivo de 19 tentos para a equipe da Vila Belmiro.

Entre todos estes jogos, alguns são históricos e estão frescos na memória do torcedor, como os 5 a 4 que os flamenguistas, com Ronaldinho Gaúcho, aplicaram no Alvinegro de Neymar em 2011. Mas como este é um blogue santista, vamos atrair bons fluidos lembrando de cinco grandes triunfos peixeiros contra os rivais cariocas. Na verdade, quatro vitórias e um empate com um gosto de título.

1920 – Santos 6 x 0 Flamengo

Esta foi a primeira partida disputada entre os dois times, e já ficou marcada com uma bela goleada alvinegra. Na peleja disputada na Vila Belmiro, Ary Patuska e Castelhano anotaram duas vezes cada, com Arnaldo Silveira e Constantino completando o placar.

A partir daqui, uma curiosidade. Demoraram seis jogos, ou quase 19 anos, para que o Peixe perdesse pela primeira vez para o Flamengo, o que ocorreu em 1939, um amistoso disputado na Vila Belmiro que terminou em 6 a 3 para os cariocas. Na primeira peleja oficial entre ambos, duelo válido pelo Rio-São Paulo de 1952 no Pacaembu, deu Santos: 4 a 1 com dois gols de Cento e nove, ambos de pênalti, Nicácio e Tite (não, não é o treinador do Corinthians, mas este grande craque santista aqui).

Entre os flamenguistas que entraram em campo naquele 4 de julho, alguns nomes peculiares como o goleiro Kuntz, Telefone, Japonês e um homônimo do narrador, também rubro-negro, Galvão Bueno.

1961 – Flamengo 1 X 7 Santos

Essa partida, válida pelo Rio-São Paulo daquele ano, teve arrecadação recorde à época e contou com um público de 90.218 torcedores. É a maior goleada registrada no duelo.

Naquele dia 11 de março, marcaram para o Peixe Pelé (3), Pepe (2), Dorval e Coutinho. Além da linha mágica que contava com Mengálvio como armador, atuaram pelo Santos na peleja histórica Laércio, Mauro (Formiga) e Fioti (Feijó), Zito (Urubatão) e Calvet.

Aquele ano de 1961 foi mágico para o Alvinegro da Vila Belmiro. Se você quer saber mais, clique aqui.

1995 – Flamengo 0 X 3 Santos

A vitória peixeira no Maracanã veio logo depois de uma partida naquele campeonato brasileiro de 1995 que quase causou a demissão do técnico Cabralzinho. O Santos havia jogado contra o Vitória, no Barradão, no domingo anterior, e tomado uma piaba de 4 a 0, fora o baile, com dois gols marcados por um ex-santista, Paulinho Kobayashi.

Poucos acreditavam em um bom desempenho alvinegro naquele dia, mas ele veio. Marcos Adriano, lateral-esquerdo que tinha vindo justamente da equipe rubro-negra, abriu o placar aos 8 da etapa inicial, e Camanducaia fez o segundo aos 34.

A propósito, aquele era o Flamengo que viu o “ataque dos sonhos” se transformar no “pior ataque do mundo”. Sávio, Romário e Edmundo não fizeram valer a fama e as expectativas do torcedor, sendo que naquele dia só os dois primeiros atuaram na equipe comandada por Washington Rodrigues.

O meia Robert completou o placar aos 43, dando início ali a uma recuperação que garantiria ao Peixe o título de campeão do segundo turno em seu grupo e uma vaga nas semifinais. Depois desse dia, a equipe empatou fora de casa com o Paraná e conseguiu cinco vitórias em sequência, contra Corinthians, Palmeiras, Paysandu, Botafogo e Guarani.

1997 – Flamengo 2 X 2 Santos

Bom, essa não é exatamente uma vitória, mas foi a partida que deu ao Peixe o título de campeão do Rio-São Paulo daquele ano. Não foi o que nos tirou da fila de troféus importantes, mas era bom comemorar uma conquista, ainda mais obtida em um Maracanã com mais de 70 mil presentes.

Logo antes da partida, Romário recebeu o prêmio de melhor jogador da competição, o que já era estranho. Como também era peculiar a regra que garantia vantagem ao Rubro-Negro por ter feito uma campanha melhor. Bastava uma vitória em dois jogos para os cariocas se sagrarem campeões. Na partida de ida, no Morumbi, o Peixe havia vencido por 2 a 1, gols de Alessandro Cambalhota e Macedo.

O Santos campeão do Rio-São Paulo de 1997, com calção estrelado (Pisco del Gaiso/Placar)

Mesmo com todo um clima adverso, o Alvinegro saiu na frente com um gol de falta de Ânderson Lima aos 33. Mas Romário empatou de pênalti aos 37 e virou no final do primeiro tempo, aos 45.

Foi na volta do intervalo que brilhou a estrela de Vanderlei Luxemburgo, egresso do Palmeiras e em alta à época. Para ir atrás do empate que dava o título ao Peixe, colocou o desconhecido atacante Juari no lugar do lateral esquerdo Rogério Seves. E deu certo: o garoto marcou aos 32 do segundo tempo e o caneco veio pra Vila. Com o time atuando com calções estrelados…

Embora possa ser menosprezado, aquele Rio-São Paulo de 1997 foi um exemplo de organização, com algumas inovações na área técnica. Em seis partidas (só os oito grandes participaram), o Peixe levou R$ 2,5 milhões, somando premiação, rendas e mais uma quantia de uma telepromoção. A média de público foi de 20.422 pessoas, mais que o dobro do Brasileiro do ano anterior, que teve 10.913.

Também houve novidades como a possibilidade do tempo técnico para instrução dos treinadores aos atletas, o limite de faltas por equipe (15, com tiro livre direto sem barreira na 15ª infração) e limite de faltas individuais, cinco por jogador.

2000 – Flamengo 0 X 4 Santos

Aquele era o primeiro ano da gestão Marcelo Teixeira, que voltava ao clube após ter sido presidente em 1991-1992. As promessas eram hiperbólicas e o novo mandatário estreava como “mecenas”, ao estilo de Paulo Nobre, com a diferença que parte do dinheiro investido teve que ser devolvido mais adiante (fora outros problemas…)

Vieram naquele primeiro semestre de 2000 nomes como Carlos Germano, Valdir Bigode, Ânderson Luiz, Élder, Galván, Fábio Costa, Márcio Santos, além dos retornos de Caio Ribeiro (então só “Caio”) e Ânderson Lima. Após ser vice-campeão paulista, o time do técnico Giba buscava na Copa do Brasil a chance de sair do jejum de títulos que incomodava (e como) o torcedor. Assim, o confronto contra o Flamengo válido pelas quartas de final do torneio eram parte do caminho que o Alvinegro precisava trilhar e um bom resultado naquela primeira partida disputada no Maracanã era fundamental.

Não foi só um bom resultado, mas sim um ótimo, que praticamente definiu a vaga para o Peixe. Dodô marcou os dois primeiros, aos 31 e 34 e Caio anotou também duas vezes, aos 9 e 22 da etapa final.

O hoje comentarista da Rede Globo chegou ao Santos em 1997 e atuou na equipe até meados de 1998, quando foi emprestado justamente ao Flamengo. Lá, se deu bem e fez uma excelente parceria com Romário, mas o clube da Gávea não se esforçou para comprar os direitos do meia-atacante, que retornou à Vila Belmiro no início daquele ano. A vingança de Caio, magoado com os dirigentes rubro-negros, veio naquele dia.

No jogo da volta, o Peixe conseguiu nova vitória, por 4 a 2, com um hat trick de Dodô e um gol contra de Maurinho. O Santos só pararia nas semifinais, sendo eliminado pelo Cruzeiro, campeão da competição.

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Corinthians marcou mais gols contra Rogério Ceni, mas média do Santos é similar à do rival

No dia da partida entre São Paulo e Corinthians pela Libertadores de 2015, corintianos comentam que segue a contagem regressiva para o centésimo gol do time contra Rogério Ceni. Antes do jogo da noite desta quarta-feira (21), o Alvinegro paulistano marcou 94 vezes no ídolo tricolor, em 65 partidas disputadas.

Levando-se em conta este post no Blog do Odir, publicado após o jogo disputado entre Santos e São Paulo pelo Campeonato Paulista de 2011, um triunfo peixeiro por 2 a 0, o Peixe havia balançado as redes de Ceni 78 vezes em 51 duelos.

Pesquisando os jogos que ocorreram depois disso, tendo como base as fichas técnicas das partidas desde então, houve mais 14 encontros entre as duas equipes. No entanto, Ceni esteve ausente em quatro delas: duas vitórias alvinegras por 3 a 1, uma derrota por 3 a 2 e outra por 1 a 0. O Santos tem, jogando contra Ceni, 24 vitórias, 17 empates e 20 derrotas em um total de 61 pelejas. E marcou 88 tentos contra o goleiro, em 61 partidas.

Em termos de média de gols contra o goleiro são-paulino, Santos e Corinthians estão em situação similar. Ambos marcaram 1,44 gol contra o arqueiro, com a vantagem corintiana aparecendo apenas na casa dos milésimos: 1,446 contra 1,442.

Mas o Santos tem alguns gols históricos contra o São Paulo no período em que Ceni esteve na meta do clube do Morumbi. Relembre duas partidas abaixo:

Diego deixa Rogério Ceni de joelhos em 2002

Antes da segunda partida das quartas de final do Campeonato Brasileiro de 2002, o goleiro são-paulino e o meia Ricardinho faziam declarações à imprensa dando conta de que seu time reverteria a desvantagem de 3 a 1, derrota sofrida na Vila Belmiro. No final do vídeo abaixo é possível ver a reação de Diego e de Fábio Costa depois de nova vitória santista por 2 a 1 em pleno Morumbi.

Neymar cobra pênalti com paradinha e Robinho faz de letra em 2010

Em partida válida pelo Campeonato Paulista de 2010 disputada na Arena Barueri, um lance antológico. À época em que a paradinha era permitida, Neymar realizou uma cobrança de pênalti que jogou Rogério Ceni para o lado direito do gol, deixando a meta livre para o atacante peixeiro marcar.

Robinho faz de letra contra Rogério Ceni

Robinho faz de letra contra Rogério Ceni

O São Paulo empatou, mas Robinho entrou em campo na etapa final, fazendo sua reestreia pelo Alvinegro após ser emprestado pelo Manchester City. E, aos 40 minutos, o Rei das Pedaladas fez um golaço de letra e decretou a vitória do Peixe.

Em abril de 2010, pouco menos de dois meses após a partida, o goleiro e capitão tricolor tentou fazer um gol de pênalti usando a paradinha da qual foi vítima. Mas não deu muito certo… Confira aqui.

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Campeonato Paulista 2015: os ex-jogadores do Santos que estão no interior

Olhando para os times do interior que vão disputar a primeira divisão do campeonato paulista, é possível montar um time inteiro com ex-jogadores do Santos. Alguns campeões, outros com passagens rápidas, além daqueles que tiveram papéis, para ser bondoso, controversos. Antes de listá-los, é preciso lembrar do clube que conta com o maior número de ex-atletas peixeiros, e que não está no interior. O Palmeiras contratou Arouca e tem ainda no elenco Maikon Leite, Alan Patrick, Robinho (que na Vila Belmiro se chamava só Robson) e pode ter ainda Aranha. O Corinthians tem Fábio Santos (sim, jogou na Baixada) e o recém-contratado Edu Dracena, enquanto o São Paulo conta com Ganso, Alan Kardek e Carlinhos.

Mas vamos a alguns dos jogadores que o torcedor santista vai se recordar (ou não) quando vir da arquibancada ou do sofá.

Mauro, campeão pelo Santos em 2004

Mauro, campeão pelo Santos em 2004

Mauro (Mogi Mirim) – o arqueiro Mauro José Mestriner que tem hoje 37 anos, foi goleiro campeão brasileiro pelo Peixe em 2004. Nunca foi uma unanimidade, mas acabou se tornando titular por circunstâncias.

Fábio Costa havia saído em 2003 e Vanderlei Luxemburgo havia pedido a contratação do chileno Nelson Tapia, arqueiro da seleção local. Apelidado de “Horácio”, personagem de Maurício de Souza, pelos seus supostos braços curtos, perdeu a vaga para Júlio Sérgio que, depois, foi sacado para dar lugar a Mauro, que terminou como dono do gol. No ano seguinte, disputou vaga com Henao, ex-goleiro do Once Caldas, campeão da Libertadores de 2004, mas acabou como suplente de Saulo no Brasileiro. Saiu na temporada seguinte, transferido para o Noroeste.

Wagner Diniz (Marília) – o lateral-direito chegou a fazer sucesso no Vasco da Gama, clube no qual jogou entre os anos de 2005 e 2008. No início de 2009, após a queda do time carioca para a Série B, chegou ao São Paulo, onde teve um desempenho pra lá de modesto. Como o Santos vivia uma crise financeira severa, acabou acertando o empréstimo do atleta em junho, para a disputa do campeonato brasileiro.

Em agosto, o então presidente do Santos Marcelo Teixeira anunciou que devolveria o jogador ao Tricolor. Diniz era a terceira opção da posição, que contava com George Lucas (!) e Pará (!!).

André Luís mostra cartão amarelo para o árbitro

André Luís mostra cartão amarelo para o árbitro

André Luís (Mogi Mirim) – contratado junto ao Guarany de Bagé para as divisões de base do Peixe, o zagueiro, que foi para as Olimpíadas de Sidney, em 2000, se notabilizou em 2001, por ter escorregado no lance em que Gil cruzou para Ricardinho marcar um fatídico gol do Corinthians nas semifinais do Paulista. Emprestado ao Fluminense, voltou em 2002 para formar a dupla de zaga conhecida como as “Torres Gêmeas”, junto com o zagueiro Alex.

Ficou no Santos até 2005, quando foi negociado com Portugal. Passou ainda por Botafogo, onde mostrou um cartão amarelo para um árbitro em partida da Sul-Americana, São Paulo, Fluminense de novo, Portuguesa e mais alguns clubes. Aos 35, volta ao futebol paulista.

Leonardo (Ituano) – zagueiro que, com 18 anos foi titular do time campeão brasileiro de 2004. Tido como outra grande promessa das divisões de base do Peixe, foi negociado para o Shakhtar Donetsk no ano seguinte, voltando por empréstimo em 2007, sendo pouco aproveitado pelo mesmo treinador de três anos antes, Vanderlei Luxemburgo. Atuou na Ponte Preta em 2014.

Fabiano Eller (Red Bull) – o zagueiro campeão mundial pelo Internacional em 2006 não estava sendo aproveitado pelo Atlético de Madrid em 2008, quando foi contratado pelo Santos, dirigido então por Cuca. Ele vinha substituir Betão, que havia sido transferido para o Dynamo de Kiev, e viveu aquele turbulento Brasileiro em que o clube lutou contra o rebaixamento, com um time medíocre dirigido ao final por Márcio Fernandes.

Com a equipe e o clube em crise no final da gestão de Marcelo Teixeira, o defensor ganhou as manchetes ao brigar com goleiro Fábio Costa após partida contra o Marília no Paulista de 2009 e em agosto do mesmo ano saiu do Peixe para retornar ao Internacional. Saiu atirando contra a diretoria, acusando o clube de oferecê-lo a São Paulo e Grêmio e de ter sido injustiçado.

Eli Sabiá (Botafogo-SP) – vindo do Criciúma para Ribeirão Preto neste ano, Eli Sabiá foi outro que chegou ao Santos em um time pouco talentoso, em 2009. Contratado por empréstimo junto ao Paulista a Jundiaí em maio daquele ano, o jogador não permaneceu em 2010, sendo devolvido ao clube do interior e indo para o Atlético-PR, no segundo semestre.

O zagueiro marcou seu primeiro tento como profissional com a camisa do Santos, na partida contra o Corinthians válida pelo Brasileiro. Mas o Alvinegro Praiano foi derrotado por 2 a 1. Naquele dia o time entrou em campo com Felipe; George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Emerson (Pará), Rodrigo Mancha, Róbson (Germano) e Paulo Henrique Lima; Madson (Neymar) e Kléber Pereira.

Paulo Henrique (Portuguesa) – o lateral-esquerdo, que foi da base do Alvinegro, é daqueles jogadores que o santista tem que fazer esforço pra lembrar. Fez somente seis partidas pela equipe como profissional, tendo ido para o rio Ave, de Portugal, em 2013, com somente 20 anos. Depois, foi negociado para o Palmeiras em 2014 e hoje está na Lusa. Precisa mostrar a que veio.

Jorge Eduardo (Osasco-Audax) – vindo do Audax por empréstimo para ser campeão da Copinha pelo Santos em 2014, o meia-atacante foi utilizado algumas vezes na equipe principal no ano passado, mas a negociação para a sua permanência emperrou. O clube de Osasco exigia R$ 300 mil por 60% dos seus direitos econômicos, sem dinheiro em caixa, o Peixe devolveu a promessa, que vai disputar o Paulistão pelo seu time de origem.

Rychely, que recebeu apelido de "Kléber Pereira" por parecer com ex-jogador do Peixe

Rychely, que recebeu apelido de “Kléber Pereira” por parecer com ex-jogador do Peixe

Rychely (Red Bull) – você pode até não se lembrar, mas Rychely foi campeão da Libertadores de 2011 pelo Santos. Atacante veloz vindo do Santo André, chegou em maio e ganhou vaga no elenco da competição sul-americana por conta da lesão de Diogo. Foi emprestado para o Vitória no segundo semestre e depois passou por Paulista, Goiás, Ceará e Chapecoense.

Dimba (Penapolense) – primo do artilheiro do Goiás de mesmo nome, foi destaque nas divisões de base e jogou as Copinhas de 2010 e 2011. Foi inscrito na Libertadores de 2012, jogou algumas partidas do Paulista daquele ano, mas não teve muitas chances com Muricy Ramalho, tendo sido rejeitado por jogadores do quilate de Rentería. Passou por Náutico, Botafogo-SP, Boa Esporte, Penapolense e Vila Nova-GO.

Renan Mota (São Bento) – vice-campeão da Copa São Paulo de Juniores em 2010, foi ele quem marcou o gol do empate em 1 a 1 na final contra o São Paulo, que venceu o Alvinegro nos pênaltis. Foi promovido para a equipe profissional no mesmo ano, sendo campeão da Copa do Brasil. Sem se firmar, foi emprestado, reemprestado e agora tem nova chance de mostrar seu futebol na equipe de Sorocaba.

Rildo (Ponte Preta) – esse dispensa apresentação. Em que pese ter feito uma ou outra boa partida pelo Santos em 2014, caiu em desgraça pelos gols perdidos e por correr demais e pensar de menos nos lances, em especial os decisivos. Voltou de empréstimo ao time que o revelou.

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Um triplete (hat trick) de Neymar e o histórico de Santos X Goiás

Até a partida que acontece hoje (28) no Pacaembu, Santos e Goiás já se enfrentaram em 48 ocasiões e o histórico do duelo é equilibrado. O Santos tem 16 vitórias, 17 empates e 15 derrotas para o clube esmeraldino.

As duas maiores goleadas goianas contra o Peixe aconteceram no mesmo ano. Foi no nada memorável 2008, penúltimo ano da Era Marcelo Teixeira, quando o Alvinegro lutou contra o rebaixamento até a última rodada, terminando a competição em uma nada honrosa 15ª posição, sem garantir vaga sequer na Copa Sul-Americana.

Na Vila Belmiro, a equipe de Cuca tomou um surpreendente 4 a 0 dos visitantes, gols de Romerito, Iarley (2) e Alex Terra. Era a sétima rodada do Brasileiro e aquele era o primeiro triunfo goiano no campeonato, resultado que manteve o Santos na zona do rebaixamento, então em 18º, junto com o próprio time do Centro-Oeste, 17º.

Vendo a escalação peixeira na ocasião dá pra entender a derrota. Fábio Costa no gol, o volante Hudson na lateral-direita, Fabão, Marcelo e Kléber. No meio, Marcinho Guerreiro (e depois ele, Michael Jackson Quiñonez), Rodrigo Souto, Molina (Lima) e Rodrigo Tabata (Patrick). No ataque, Wesley (originalmente atacante, hoje meia no Palmeiras) e Kléber Pereira. No jogo de volta, no Serra Dourada, nova goleada: 4 a 1 para os donos da casa.

O maior triunfo alvinegro no duelo foi também um 4 a 0, em pleno Serra Dourada. Aconteceu no Torneio Adjair Lima de 1980, dois tentos de Aluísio, um de Nílton Batata e outro de Pita. O Peixe comandado por Pepe jogou aquela peleja com Vítor, Nélson, Joãozinho, Neto (Amaral) e Paulinho; Gilberto Costa, Rubens Feijão (Carlos Silva) e Pita; Nilton Batata, Aluísio e Márcio (Claudinho).

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Neymar celebra seu hat trick contra o Goiás em 2010 (Foto: Leoiran/Fotoshow)

Depois disso, a interessante equipe montada por Emerson Leão em sua primeira passagem pelo Santos, em 1998, bateu os goianos outra vez no Serra Dourada por 5 a 2,em partida válida pela Copa do Brasil, competição da qual o Alvinegro saiu invicto nas semifinais após dois empates com o Palmeiras. Os gols santistas foram marcados por Caio (hoje também Ribeiro), Muller (2) e Anderson Lima (2).

Mas uma goleada marcante aconteceu no Campeonato Brasileiro de 2010. O duelo disputado no Serra Dourada começou com gol de Ernando para os donos da casa, aos 11 da etapa inicial, mas a equipe do treinador Marcelo Martelotte virou e goleou por 4 a 1, colocando o Goiás matematicamente na Série B. O Santos entrou em campo com Rafael; Danilo (Maranhão), Edu Dracena, Durval e Pará; Adriano, Arouca (Roberto Brum), Rodriguinho e Marquinhos (Felipe Anderson); Neymar e Zé Love. Danilo marcou uma vez e Neymar fez um triplete ou hat-trick. Confira abaixo os gols.

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Há dez anos, o futebol-arte santista ia ao Maracanã

Há dez anos, o Santos ia ao Maracanã enfrentar o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de 2003. O Peixe, campeão de 2002, era uma atração pelo futebol bem jogado e naquele dia 45.937 pagantes puderam presenciar uma boa atuação do Alvinegro.

Uma reportagem do Globo Esporte (confira aqui) mostra como torcedores do Rio de Janeiro, flamenguistas ou não, iam ao estádio curiosos em ver de perto as acrobacias de Robinho e companhia. O atacante jogou bem, fez alguns lances plásticos, mas não marcou. O triunfo santista por 2 a 0 veio com gols de Léo e Elano. Confira abaixo:

Flamengo
Júlio César, Luciano Baiano, Fernando, André Bahia e Athirson; Fabinho, André Gomes (Andrezinho), Felipe e Fernando Diniz (Cássio); Fernando Baiano e Jean.
Técnico: Nelsinho Baptista

Santos
Fábio Costa, Alex, André Luís, Reginaldo Araújo e Léo (Rubens Cardoso); Paulo Almeida, Alexandre (Daniel), Diego e Elano (Fabiano); Robinho e Ricardo Oliveira.
Técnico: Emerson Leão

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Cinco vitórias memoráveis do Santos sobre o Palmeiras no “clássico da saudade”

Santos e Palmeiras disputam amanhã o chamado “clássico da saudade”, referência ao confronto que era um dos maiores do país na Era de Ouro do futebol nacional, a década de 60. Trata-se de um clássico com muita história, e é nela que se pode confiar para que um bom jogo aconteça.

A primeira partida entre os dois data de 3 de outubro de 1915 e foi realizada no Velódromo de São Paulo. Goleada alvinegra sobre o então Palestra Itália por 7 a 0, com três gols de Ary Patusca, dois de Anacleto Ferramenta, um de Aranha e outro de Arnaldo Silveira, autor do primeiro gol oficial da história do Santos. O Verdão devolveria a humilhante goleada em 1932, com um 8 a 0 em uma peleja na qual o Peixe terminou com nove jogadores, com dois gols de Romeu Pelliciari, dois de Imparato III, além de anotações de Lara, Sandro, Avelino e Golliardo.

Desde aqueles idos tempos, foram diversos jogos entre os dois, alguns eliminatórios e muitos que decidiram títulos mas que não eram finais propriamente ditas, com exceção das partidas extras que definiram o chamado supercampeonato paulista de 1959, com vitória do Palmeiras.

Abaixo, algumas das vitórias memoráveis do Santos no “clássico da saudade”:

  • Santos 7 X 6 Palmeiras (Rio-São Paulo de 1958)

Na manchete da Gazeta Esportiva, o “espetáculo pirotécnico” do clássico da saudade

Talvez a partida mais emocionante entre os dois clubes e uma das maiores da história. Dizem que cinco infartos ocorreram por conta daquela peleja, com três reviravoltas no placar. No Pacaembu, 43.068 viram Urias marcar o primeiro tento do jogo aos 18 minutos. A reação peixeira não tardou e o menino Pelé, 17 anos, empatou para Pagão virar, aos 25. Nardo empatou somente um minuto depois e o que se viu a partir daí foi um atropelo santista até o final do primeiro tempo.

O time palmeirense era inferior tecnicamente a uma equipe que tinha uma linha ofensiva espetacular: Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe, responsáveis pela histórica marca de gols no campeonato paulista de 1958. Foram 143 tentos em 30 partidas, 58 só do adolescente Pelé. Após o empate, Dorval, Pepe e Pagão fizeram 5 a 2 ainda nos primeiros 45 minutos.

Nesta matéria do Esporte Espetacular, Zito conta que desceu para o vestiário dizendo que eles tinham que marcar o maior escore da história, e Pepe conta que o bicho, pago à época com o dinheiro da renda da partida, já estava sendo separado para os atletas santistas. Mazzola recorda que o goleiro Edgar chegou chorando ao vestiário, se recusando a voltar para a etapa final. Oswaldo Brandão colocou Vitor e o Palmeiras voltou outro depois do intervalo.

E em 18 minutos, um motivado Verdão virou a partida pra cima do Peixe com Paulinho, de pênalti, aos 16; Mazzola, aos 20 e aos 28, e Urias, aos 34. Um 6 a 5 que parecia sacramentar uma reação impossível, mas o impossível não queria descansar naquela peleja. Pepe voltou a empatar aos 38, de cabeça, e, aos 43, consolidou a última virada da partida.

  • Santos 6 X 1 Palmeiras (Campeonato Paulista de 1982)

Boa parte da década de 80 não foi gloriosa nem para Santos, nem para o Palmeiras. O Santos foi campeão paulista em 1984, mas o Verdão amargou o período sem um título. Os rivais São Paulo e Corinthians decidiram o campeonato daquele ano, vencido pelo Alvinegro paulistano.

O regulamento da competição previa que o vencedor de cada turno iria para a final e o Santos não chegou perto de vencer um ou outro. O Palmeiras ainda fez uma campanha melhor no segundo turno, terminando em terceiro, mas quando topou o Peixe em novembro, foi massacrado.

O 6 a 1 peixeiro teve como principais artilheiros João Paulo e Serginho Dourado, que marcaram dois gols cada um. Roberto César e Paulinho Batistote completaram para o Santos, comandado por formiga, enquanto Jaime Boni descontou para o Palmeiras de Rubens Minelli.

  • Santos 5 X 1 Palmeiras (Campeonato Brasileiro de 2006)

O Santos, na 22ª rodada do Brasileiro de 2006, disputava o título e estava a quatro pontos do São Paulo. Embora tenha perdido fôlego no final da competição, a equipe conseguiu ainda se classificar para a Libertadores do ano seguinte. Já o Palmeiras lutava para se distanciar da zona do rebaixamento, mas vinha em uma boa sequência de onze partidas sem perder, sob o comando de Tite.

Mas, na Vila Belmiro, o Peixe massacrou o rival. O zagueiro Luiz Alberto marcou duas vezes, aos 13 e aos 24. Juninho Paulista descontou na primeira etapa, mas no segundo tempo o Alvinegro atropelou. Wellington Paulista marcou aos 15 e aos 22, e Jonas completou aos 25. Um 5 a 1 que desnorteou o Verdão. Após perder para o Santa Cruz, 18 dias depois, Tite entrou em conflito com o diretor Salvador Hugo Palaia e terminou como o último time antes da zona do rebaixamento naquele 2006.

  • Palmeiras 2 X 3 Santos (Campeonato Paulista de 2000)

Sem chegar a uma final de Paulista havia 16 anos, o Santos disputava a segunda partida da semifinal no Pacaembu contra o forte Palmeiras. Na primeira peleja, no Morumbi, o Verdão chegou mais perto da vitória, mas um então jovem Fábio Costa evitou que a partida saísse do zero a zero.

A segunda partida também foi no estádio da Zona Sul e o Alviverde, que tinha a vantagem do empate, conseguiu se impor ao marcar com Argel, aos 32 do primeiro tempo, e Euller, aos 8 da etapa final. Aquela partida disputada pela manhã, contudo, se tornaria histórica para os santistas.

Com uma bela finalização, Eduardo Marques diminuiu para o Peixe aos 23 e Anderson Luiz empatou aos 32. O Palmeiras recuou buscando manter o empate que lhe bastava e o Santos partiu para cima, sem muita tática ou técnica. E, após um cruzamento de Robert, Claudiomiro dividiu com Marcos e cabeceou para o gol, com a bola ficando limpa para Dodô, caído, marcar o gol da virada. O Peixe do técnico Giba chegava à final, a qual perderia para o São Paulo.

  • Santos 2 X 1 Palmeiras (Campeonato Paulista de 2009)

O Palmeiras era favorito nas semifinais do Paulista, havia feito a melhor campanha na primeira fase, e o Santos era uma equipe em formação. Vágner Mancini já aproveitava Paulo Henrique Ganso como titular e tinha promovido naquela competição a estreia de Neymar como profissional.

A equipe de Vanderlei Luxemburgo havia perdido a primeira na Vila por 2 a 1 e saiu perdendo também no Parque Antarctica logo aos 17, com Madson, um dos destaques daquela noite, marcando para os santistas. No segundo tempo, Mauricio Ramos fez pênalti em Neymar, sendo expulso, algo não muito incomum para o atleta. Kléber Pereira converteu e a vantagem peixeira se ampliou.

O Verdão ainda respiraria com um gol de Pierre, uma falha monumental de Fábio Costa. A peleja teria ainda a inusitada confusão entre Diego Souza e Domingos, resultando na expulsão dos dois. O Santos foi à final, mas perdeu a decisão para o Corinthians.

Na última partida entre os dois, pelo Brasileiro de 2012, o Santos levou a melhor: 3 a 1, em noite de homenagem a Joelmir Beting.

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