Parecia piada pronta. No dia do aniversário de um ano do vergonhoso 7 a 1 da seleção brasileira, o Alvinegro Praiano resolveu ser “solidário” e protagonizou um vexame no Serra Dourada.
Assim como aconteceu com o Brasil contra a Alemanha em 2014, o Peixe tomou quatro gols em um espaço curtíssimo de tempo. Começou com o pênalti desnecessário cometido por Lucas Otávio, que resultou no gol de Felipe Menezes. Eram dois minutos do segundo tempo. Aos 16, a vantagem dos donos da casa já era de quatro a zero.
Foi um show de falhas individuais. A zaga rebateu mal uma falta, Thiago Maia escorregou e o segundo gol veio com Fred. O terceiro veio com um erro do mesmo Thiago, passando mal a bola no meio de campo e deixando o ataque esmeraldino livre para avançar. Por fim, Daniel Guedes inverteu de forma equivocada a bola e deu o gol para o Goiás, feito por Carlos Eduardo. Ricardo Oliveira, de pênalti, descontou para o Santos.
Mas não se pode atribuir somente a erros individuais o resultado. Obviamente os garotos sentiram, também por não terem a retaguarda psicológica necessária por parte do então treinador. Marcelo Fernandes gosta de citar os meninos como forma de se desculpar, sempre aparentemente benevolente com eles, mas indiretamente jogando a responsabilidade sobre os jovens e sua inexperiência. Ao invés de empoderá-los, mina sua confiança.
Além disso, como já dito aqui, uma equipe, quando mal treinada, acaba revelando o que cada jogador tem de pior. Os medianos se tornam ruins e os bons não resolvem. Isso vai mudar com Dorival Júnior? Difícil acreditar em um técnico que teve uma passagem tão ruim tanto no Palmeiras como no Vasco, seus dois últimos trabalhos, clubes que estavam em situação similar à do Peixe.
Resta ao torcedor a fé. a sorte costuma sorrir para o Santos quando menos se espera, a história recente já mostrou isso. Mas está difícil de acreditar.