Em 2014, Alvinegro Praiano goleou equipe comandada por Mano Menezes por 5 a 1. Na Arena Itaquera, palco da partida deste domingo, Santos venceu por 2 a 1 pela Copa do Brasil de 2015
Neste domingo, às 11h da manhã, o Santos vai a São Paulo enfrentar o Corinthians na Arena Itaquera. Como aquecimento para o clássico alvinegro, lembramos duas vitórias santistas contra o adversário.
A primeira delas aconteceu em 2014, em partida válida pelo campeonato paulista na Vila Belmiro. Foi o primeiro clássico paulista daquela temporada, realizado em 29 de janeiro, e o Peixe era comandado por Oswaldo de Oliveira, enquanto os rivais tinham Mano Menezes como treinador.
Na ocasião, o Peixe foi impiedoso. Arouca teve atuação de gala, tanto na defesa quanto no apoio ao ataque, ajudando a desmontar o sistema defensivo adversário que tinha Gil, Paulo André e Ralf.
Após o volante abrir o placar aos 12, Gabriel Barbosa, o Gabigol, ampliou aos 21. Thiago Ribeiro marcou duas vezes, e o lateral Bruno Peres também deixou o seu. Os melhores momentos daquela partida estão abaixo.
O Santos terminou o campeonato paulista de 2014 como vice-campeão, perdendo nos pênaltis para o Ituano.
Outro momento recente marcante foi a vitória peixeira em 2015, na partida válida pela Copa do Brasil. Foi o primeiro triunfo santista na nova casa do rival.
O Santos havia vencido a primeira partida do duelo, válido pelas oitavas de final do torneio, por 2 a 0. Com a vantagem, Gabriel fez o primeiro aos 15 e, no segundo tempo, Ricardo Oliveira praticamente selou a classificação logo aos 20 da etapa final. Romero ainda faria o gol solitário do Corinthians.
O time de Dorival Júnior terminou a Copa do Brasil como vice-campeão.
Quando o lateral-meia Chiquinho chegou ao Santos no início do ano, poucos apostavam nele. Vindo do Fluminense, onde chegou a desbancar o ex-santista Carlinhos na lateral-esquerda, o atleta, cujos direitos pertencem ao Coimbra, de Minas Gerais, clube ligado ao BMG, foi o primeiro reforço da nova diretoria do Santos.
Com Caju na seleção sub-20 e Mena saindo para o Cruzeiro, o jogador de 25 anos, que tem no currículo passagem discreta pelo Corinthians e uma mais vistosa pela Ponte vice-campeã da Copa Sul-americana em 2013, teve oportunidade de estrear no primeiro jogo do Peixe no Paulista de 2015, contra o Ituano. Fez um golaço, barrou duas oportunidades do adversário na defesa e mostrou muita disposição.
Chiquinho comemora com a torcida vitória do Santos sobre são-paulinos (Foto: Ivan Storti/Santos FC )
No aquecimento da partida contra a Portuguesa, no fim de fevereiro, o jogador sentiu uma contusão no músculo adutor da coxa esquerda, que o deixou fora de combate por um mês. Voltou no clássico contra o Corinthians e, mesmo só tendo disputado nove partidas pelo time na temporada, é o segundo atleta peixeiro que mais deu assistências na temporada.
São três passes para gol em nove jogos, incluindo o milimétrico dado para Ricardo Oliveira fazer o segundo gol alvinegro contra o São Paulo, no último domingo. Ele está empatado com Gabriel, que tem também três assistências, só que em treze jogos. O líder do Santos em assistências na temporada é Lucas Lima, com seis em 18 partidas.
A expectativa para a estreia do Santos, de acordo com a mídia tradicional em geral, não era das melhores. Menos por conta do adversário, o Ituano, que mesmo sendo o atual campeão paulista, não tem um elenco que causa medo em um time grande, mas por conta da real crise financeira do clube e do alentado desmanche sofrido pela equipe.
Saíram do time o goleiro Aranha, o zagueiro Edu Dracena, o lateral esquerdo Mena, o volante Arouca e o atacante Leandro Damião. Destes, somente Arouca era uma unanimidade na torcida, sendo que os outros três tiveram desempenhos irregulares no ano de 2014. Em especial o ex-centroavante do Internacional, que dispensa comentários adicionais. Mesmo benquisto (não mais) pelos torcedores, o volante que hoje está no Palmeiras tem problemas constantes de contusão. Em 2014, por exemplo, dos 68 jogos da equipe, Arouca atuou em 32. E foi seu ano mais efetivo na Baixada.
Por outro lado, o Alvinegro manteve seu ídolo maior, Robinho, e trouxe alguns reforços como Elano, Ricardo Oliveira, Chiquinho, Valencia e o goleiro Vanderlei. Nenhum deles inconteste, mas o primeiro que estreou na noite de hoje já mostrou a que veio. Chiquinho, meia, lateral e o que mais vier, vestiu a camisa que era de Mena e fez algo que o chileno nunca conseguiu em 61 partidas oficiais pelo Peixe. Gol.
Foi aos 29 minutos do primeiro tempo, e foi um golaço. Lucas Lima cobrou falta, a bola bateu na barreira e voltou para Chiquinho acertar um belo sem pulo no lado esquerdo do gol de Diego Neto. Era o segundo tento peixeiro na peleja. O primeiro foi de Geuvânio – que sofreu a falta que resultou no segundo gol alvinegro – logo aos 6, uma linda finalização de fora da área que deixou o arqueiro de Itu sem reação.
Chiquinho já havia sido destaque, aliás, ao desviar duas finalizações do Ituano no mesmo lance, após o Santos ter aberto o placar. Ali foi praticamente a única chance real da equipe do interior na primeira etapa, embora os donos da casa tenham diminuído o ritmo após um começo intenso. Alguns buracos na transição do meio de campo deram relativo espaço para os rubro-negros, que paravam na marcação de Alisson, Renato e da linha defensiva. Gustavo Henrique, sem ritmo, destoou, mas foi socorrido quando preciso.
Lucas Lima foi o condutor, para variar, mas exagerou no individualismo. Robinho, jogando como um camisa 9 e ficando muito de costas para a marcação, se sacrificou pelo time e, tirando um ou outro lance plástico, mais abriu espaços do que fez seus habituais lances na etapa inicial. No segundo tempo, quando talvez o Ituano tenha pensado em reagir, o Santos tratou de matar qualquer pretensão do rival. Geuvânio, mais uma vez, passou para Lucas Lima na direita, que devolveu para o garoto fazer seu segundo gol na partida, terceiro do Peixe.
A partir daí, o segundo tempo se desenrolou como um lento apagar das luzes; os visitantes, sem força ofensiva, e os donos da casa chegando com algum perigo, mas não convertendo. Enderson Moreira aproveitou para trocar todo o ataque, sacando primeiro Geuvânio para colocar Ricardo Oliveira; depois Thiago Ribeiro para a entrada de Elano e por fim Robinho, que foi substituído por Lucas Crispim.
Como foi a tônica para os grandes nessa rodada de estreia, o Santos fez três e não teve dificuldades. Não é o melhor dos parâmetros, mas a equipe mostrou que não sente uma falta tão terrível dos jogadores que foram embora. E ainda vai contar com o retorno de Gabriel e Caju, que estão na seleção sub-20, e Cicinho (tá, esse não conta tanto), contundido. Além da estreia do arqueiro Vanderlei, vindo do Coritiba, no lugar do sempre pouco confiável Vladimir, que atuou hoje. Pra quem disse que o Peixe estava na pior, até que a estreia foi boa.
Craque do jogo: Geuvânio – fez dois gols e ainda sofre a falta que resultou no 2º gol do Peixe.
Menção honrosa: Chiquinho – fez um golaço, salvou dois lances na defesa e mostrou garra. jogo bom pra ganhar o torcedor.
O gol de Kaká contra o Apoel no meio da semana me fez lembrar de um jogador que quase foi herói de um campeonato brasileiro para o Santos. Aquele canto, o lado destro da área rival, foi durante algum tempo o espaço preferido de Marcelo Passos, um jogador que envergou a camisa dez (e outros números em várias ocasiões) pelo Santos entre 1991 e parte de 1996, e depois em 1997, após passagens por Goiás e Flamengo.
Um atleta de meio de campo habilidoso, nascido no Guarujá em 1971, com um potente chute de longa distância e características de ponta de lança que fizeram a torcida peixeira acreditar no garoto que surgia na equipe profissional aos 20 anos. Dispensado quatro vezes do Santos nas categorias de base, esteve no Portuários, AD Guarujá, Jabaquara e Portuguesa Santista. Entre essas idas e vindas, em um teste, foi aprovado no São Paulo, mas ao retornar para Baixada para desfazer seu vínculo com o Peixe, ficou no clube.
Como aspirantes, se beneficiou de uma das regras vigentes à época para se destacar entre os juniores: a partir de determinado número de faltas cometidas pelo time, a punição era tiro livre direto. Como Marcelo Passos era um exímio batedor de faltas, sua qualidade gerou expectativas quanto a sua estreia na equipe profissional.
A esperada estreia, segundo conta nesta entrevista, foi contra o Ituano, em outubro de 1991, mas, recorrendo ao Almanaque do Santos, a primeira vez em que vestiu a camisa do profissional do Peixe foi uma peleja antes, vitória por 3 a 0 no XV de Piracicaba no Pacaembu. Na ocasião, substituiu Sérgio Manoel. O Alvinegro entrou em campo naquele dia com Sérgio, Índio, Pedro Paulo, Rogério e Flavinho; Axel, Sérgio Manoel e Zé Renato, Serginho Fraldinha, Wellington e Tato (Luizinho). Mesmo com grande talento, o temperamento explosivo fora de campo fez com que nunca tivesse chegado a se firmar em uma temporada inteira como titular. No total, 118 jogos e 31 gols com a camisa alvinegra.
No entanto, o meia teve momento inesquecíveis para a torcida. No Brasileiro de 1995, por exemplo, naquela célebre formação de Cabralzinho, Marcelo Passos foi o principal responsável pela classificação para as semifinais na última partida da primeira fase contra o Guarani. O time de Campinas, que não tinha mais chances de se classificar, jogou como poucas vezes graças a uma mala branca de Minas Gerais, já que o Atlético, se ganhasse do Vitória e o Santos não superasse o rival, iria para a decisão do Brasileiro. A missão campineira ia se cumprindo até os 37 do segundo tempo, quando Marcelo Passos dominou no lado direito da grande área e acertou o ângulo esquerdo do arqueiro Léo. Giovanni marcou mais uma vez e o Peixe enfrentou o Fluminense na semifinal.
Na segunda épica peleja pela semifinal daquele ano, Passos fez o gol número cinco contra o Fluminense, após lance primoroso e histórico de Giovanni no 5 a 2. Mas a chance de inscrever seu nome de forma definitiva na história do Peixe surgiria na final contra o Botafogo. Na peleja definitiva, fez o gol de empate e seria o autor da assistência do gol do título, em cobrança de falta para a cabeçada de Camanducaia. Mas Márcio Rezende de Freitas assinalou um impedimento inexistente e Marcelo Passos não foi o herói que o santista tanto precisava. Ainda assim, o torcedor que viveu aqueles anos 1990 vai guardar na memórias belos lances de um habilidoso meia que poderia ter ido mais longe no futebol.
RT @Glauber_Braga: Toda participação de Pedro Cardoso foi interessantíssima. Destacamos esse trecho em que ele articula uma reflexão impres… 4 days ago
RT @lucasdsbarros: O Santos passou vexame no campeonato em que a taça se chama “Rei Pelé”.
Que decepção pro maior jogador de todos os temp… 3 weeks ago