Arquivo da tag: Joel

Fluminense X Santos – Rodrigão, Yuri… o que esperar do Peixe no jogo de hoje?

Alvinegro tem chance de mostrar que primeira vitória fora de casa, contra o Santa Cruz, não foi por acaso

O Santos enfrenta na noite desta quarta-feira (22) o Fluminense, em partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com os estádios do Rio de Janeiro interditados por conta das Olimpíadas, o itinerante time de Levir Culpi mandará a partida em Cariacica, no Espírito Santo.

Após uma peleja em que teve até bons momentos, mas acabou mais uma vez sofrendo um gol no final, novamente pelo alto, o Alvinegro encara sua segunda partida consecutiva fora de casa. É a chance de superar o tal trauma de só vencer em seus domínios, levando-se em conta ainda que os rivais também não estão acostumados com o estádio Kléber Andrade.

Dorival Júnior continua sem poder contar com Ricardo Oliveira e também não deve escalar entre os titulares o meia Lucas Lima, em fase de recondicionamento físico. Outra novidade será a manutenção do volante Yuri na zaga, mas ao lado de Gustavo Henrique, que volta de suspensão. Assim, Luiz Felipe volta para o banco. Joel também perderá o lugar, sendo substituído por Rodrigão, reforço vindo do Campinense. Outro que pode ter oportunidade no decorrer do jogo é Emiliano Vecchio, argentino vindo do Qatar Sports.

Volante Yuri vai atuar pela segunda vez como zagueiro (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Volante Yuri vai atuar pela segunda vez como zagueiro (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Assim, a equipe provável do Santos é Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Yuri e Zeca; Renato, Thiago Maia, Vitor Bueno e Léo Cittadini; Gabigol e Rodrigão.

Pra ficar de olho – bolas aéreas

O Alvinegro tem sofrido com lances pelo alto, e essa falha não pode ser atribuída somente à zaga, como costumeiramente o torcedor faz. No último jogo contra o Atlético-PR, por exemplo, quem vacila na marcação é Paulinho. Em bolas paradas, a responsabilidade é de todos e com a redonda correndo, volantes e o lateral contrário também têm que participar do posicionamento defensivo. E, claro, o melhor sempre é ao menos dificultar o cruzamento.

O Fluminense, de acordo com o Footstats, é o terceiro time que mais cruzamentos certos faz no Brasileiro de 2016, ficando atrás de Atlético-MG e Palmeiras. Mais da metade dos 58 feitos até agora, aliás, tem como fonte um jogador: Gustavo Scarpa. Sozinho, ele fez 30, o que o coloca na liderança no quesito entre os atletas da competição, longe do segundo colocado, Alan Patrick, do Flamengo. No caso de Scarpa, os acertos vêm da quantidade de bolas que ele cruza, já que o jogador também é líder em cruzamentos errados, 68 até agora.
Ou seja, o cruzamento é arma do Fluminense. A tendência é chover bola na área santista.

1 comentário

Arquivado em futebol, História, Santos, Século 21

Santa Cruz 0 X 2 Santos – finalmente uma vitória fora de casa

Peixe não vencia fora de casa desde 30 de agosto do ano passado, quando superou o Cruzeiro no Mineirão. Time fica na 5ª posição, a três pontos do G4

Na noite deste domingo o Alvinegro Praiano derrubou mais um tabu, este bastante incômodo e que há tempos irrita o torcedor, entra campeonato, sai campeonato. A vitória por 2 a 0 sobre o Santa Cruz, no Arruda, tira um pouco o peso de só vencer em seus domínios e dá esperança de que o time possa ir mais longe no Brasileirão.

Não somente pela vitória em si – a última fora de casa pelo Brasileiro havia sido em 30 de agosto do ano passado, quando superou o Cruzeiro no Mineirão -, é importante destacar a personalidade da equipe e as variações táticas de Dorival na partida.

O Peixe dominou a maior parte do jogo, em especial na primeira etapa. Com seu já tradicional 4-2-3-1, o time alugou o meio de campo e pressionou o Santa Cruz a maior parte do tempo, mantendo a posse de bola e rondando a área rival. O problema foram as peças do setor ofensivo. Vitor Bueno esteve menos efetivo que de hábito, enquanto Joel e Paulinho quase nada produziram. O destaque foi Léo Cittadini, com intensa movimentação e participando bem da marcação: foi o jogador alvinegro com mais desarmes certos, três no jogo.

Mas se o camaronês Joel pouco fez, apareceu no momento certo para tabelar com Zeca, que acertou uma linda finalização de fora da área. O gol, marcado próximo ao fim do primeiro tempo, fazia jus à superioridade santista. O Santa não conseguiu fazer uma finalização certa sequer ao gol de Vanderlei.

Na volta para a segunda etapa, como era de se esperar, os pernambucanos vieram com alterações no meio de campo e “subindo” a marcação, buscando pressionar o Santos. Aí entrou uma variação do jogo que às vezes pode nos desagradar, torcedores, mas que é necessária. Nenhum time do mundo consegue atuar com a dita marcação alta, no campo do adversário, o tempo todo. É algo muito desgastante fisicamente e foi um dos motivos pelos quais o Santos, no final da temporada passada, ter poupado jogadores para a Copa do Brasil.

Assim, o Peixe voltou postado mais atrás, com os dois atacantes pelos lados, Paulinho e Vitor Bueno, acompanhando mais as descidas dos laterais e se postando para atacar no espaço deixado em suas costas. Foi assim que surgiu o segundo gol peixeiro, com Bueno avançando quase livre pelo lado esquerdo do ataque, e o rebote ficando para Joel fazer.

Nessa variação tática, Léo Cittadini fica mais próximo de Joel, podendo receber a primeira bola na recuperação e organizar o contra-ataque ou servir de opção nas cercanias da área. Como os dois ponteiros santistas têm mais a característica de conduzir a bola e o meia não ter na velocidade sua principal virtude, o jovem acabou sumindo na etapa final, mas é importante destacar sua disposição em sacrificar seu jogo pelo coletivo, coisa que nem todo jogador brasileiro costuma ter.

A vitória fora de casa dá moral e as variações apresentadas mostram que Dorival, goste ou não o torcedor, é alguém que trabalha para tornar a equipe menos previsível e adapta o time ao material que tem em mãos, já que sofre com os desfalques de três de seus principais jogadores, Ricardo Oliveira, Gabriel e Lucas Lima. Também foi interessante ver em alguns momentos do jogo Victor Ferraz fazendo a transição para o ataque pela meia, abrindo o lado direito para Thiago Maia.

O Santos trabalha. E parece estar no caminho certo.

Deixe um comentário

Arquivado em futebol, História, Santos, Século 21

Santos perde invencibilidade contra o Internacional. O que esperar do time no Brasileiro 2016?

Alvinegro perde a primeira na Vila Belmiro após 29 partidas e sinal amarelo já acende. Desfalques mostram a limitação do elenco peixeiro

O Santos perdeu na noite deste domingo (29) a primeira partida dentro da Vila Belmiro após uma série invicta de 29 jogos sem derrota, aproximadamente onze meses. A queda diante do Internacional foi a segunda no Brasileiro e hoje ficaram evidentes as limitações do elenco alvinegro.

A primeira etapa foi desastrosa. O Internacional fez a tão propalada “marcação alta”, pressionando e dificultando a saída de bola dos donos da casa. Com uma marcação eficiente nas laterais, faltou uma aproximação maior dos homens de meio, e o time abusou dos passes de longa distância.

Nesse aspecto, já fica patente a dificuldade que o Peixe tem em repor suas peças, no caso, Ricardo Oliveira, Gabriel e Lucas Lima. O Pastor, por exemplo, já fez gols recebendo passes longos de Lucas Lima, Thiago Maia, Victor Ferraz… Por um motivo muito simples: os jogadores sabem como e pra onde ele corre. Isso é entrosamento, mas também qualidade técnica do Nove peixeiro. Quando entra Joel, não há entrosamento e a distância técnica é grande.

Vitor-Bueno-Inter

Vitor Bueno tentou e se movimentou, mas não foi suficiente para superar a retaguarda colorada (Foto: Santos FC)

 

Se houvesse ainda algum meia que pudesse fazer algo surpreendente, talvez fosse possível o time sentir menos a ausência do centroavante. O problema, mais uma vez, é elenco. Temos Longuine, que está longe de fazer sombra a Lucas Lima. Pode até ser que, com o correr dos jogos, melhore o nível de suas atuações, que têm sido abaixo do potencial que ele já apresentou, principalmente no Audax. Ainda assim, é um abismo em relação ao meia que está na seleção brasileira.

No segundo tempo, o time melhorou. Ronaldo Mendes entrou após o intervalo no lugar de Longuine, mas, sinceramente, não é possível esperar que ele vá decidir sempre. Até porque não tem essa bola toda. Paulinho e Joel, os dois suplentes que se tornaram titulares, foram pro banco e cederam lugar a Lucas Crispim e Matheus Nolasco, que deram mais vida ao Peixe quando o Inter já recuava sua marcação. Curiosamente, quando estava melhor, o Santos sofreu o gol.

É preocupante que o clube tenha contratado reforços que só estrearão em julho por conta da janela de transferência. O time até lá vai penar com desfalques. A não ser que haja uma reviravolta inclusive na confiança dos atletas que entram, nós, torcedores, vamos sofrer. O clássico contra o Corinthians, de torcida única na quarta, é uma oportunidade do Santos se mostrar time de fato, sem se fiar nas individualidades, até porque, hoje não existem.

Fora isso, é preciso ter paciência. Culpar Dorival, que erra como erram jogadores e até torcedores, que não vão à Vila apoiar a equipe, é a solução mais simples. Mas não a melhor.

Deixe um comentário

Arquivado em futebol, História, Santos, Século 21

Em tarde de gols perdidos por Gabriel, Palmeiras e Santos ficam no 0 a 0

Palmeiras e Santos ficaram no 0 a 0 no clássico disputado no Allianz Park, em jogo do campeonato paulista. Mesmo estando longe do ideal, o Alvinegro esteve mais perto de vencer, principalmente no segundo tempo, e Gabriel hoje teve um dia infeliz, desperdiçando quatro grandes chances de gol.

Os dois times entraram com esquemas diferentes dos adotados nos últimos meses. Marcelo Oliveira abriu mão do seu 4-2-3-1, assim como fez na peleja contra o River Plate-URU no final de semana. Já Dorival Júnior, que não tem um substituto confiável para fazer as vezes de Marquinhos Gabriel ou Geuvânio, colocou o meia Serginho alterando o esquema alvinegro para um 4-4-2.

Com o jogo bastante concentrado pelo meio, o Peixe criou pouco na etapa inicial, principalmente na primeira meia hora de partida. Os ataques se davam principalmente pelo lado direito, onde atuou Gabriel, e tanto Lucas Lima quanto Serginho fizeram muito pouco. O garoto ao menos conseguiu sofrer algumas faltas, ainda que não tenham sido aproveitadas pelo Santos. O ponto é que os donos da casa também pouco ameaçaram o gol de Vanderlei e só nas falhas de posicionamento de ambas as zagas que o torcedor pode ter algum traço de emoção.

Ricarod Oliveira

Ricardo Oliveira mais brigou do que jogou contra o Palmeiras (Reprodução)

No segundo tempo, o Santos voltou mais agressivo, buscando as jogadas de velocidade que são a marca registrada da equipe. O Palmeiras também passou a dar mais espaço, indo mais à frente e não recompondo da mesma forma que fazia na etapa inicial. Antes dos 15, entraram em campo Gabriel Jesus, substituindo Matheus Salles, e Patito Rodríguez, em lugar de Serginho. Assim, o Santos voltava ao seu esquema tradicional.

Aos 24, Léo Cittadini entrou no lugar de Thiago Maia, com Renato passando a fazer a cabeça de área e, na sequência, Arouca foi a campo substituindo Thiago Santos. Dorival mexeu pela última vez aos 30. Ricardo Oliveira, instável emocionalmente durante quase todo o jogo, saiu para a entrada do camaronês Joel. O centroavante mostrou que, a despeito de toda experiência, sentiu a partida contra o Palmeiras, mostrando um excesso de vontade normal para garotos, mas estranho a atletas veteranos.

Logo após a entrada de Joel, o treinador palmeirense também fez sua última substituição, com Régis substituindo Robinho. E o camaronês conseguiu um belo lance pelo lado direito, servindo Gabriel, que perdeu sua terceira oportunidade de gol no jogo. Dos três que entraram em campo, aliás, ele foi o único que mostrou alguma efetividade. Merecia mais chances do que vem tendo. Ele também participou da trama ofensiva que resultou no quarto gol perdido por Gabigol, a dois minutos do apito final.

O Santos ainda está muito longe do que fez em 2015, tanto por conta da condição física quanto pelas perdas que não foram repostas de Geuvânio e Marquinhos Gabriel, além de David Braz lesionado. Mesmo assim, esteve muito mais perto de vencer do que os donos da casa. Um empate com gosto de derrota.

Confira os melhores momentos de Palmeiras e Santos:

Deixe um comentário

Arquivado em futebol, Santos, Século 21