Alvinegro segue na perseguição ao Palmeiras e finca o pé no G3, posição que assegura passagem direta para a fase de grupos da Libertadores
O Santos fez a lição de casa e venceu o Vitória por 3 a 2 na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro. Com 57 pontos, segue no encalço do Palmeiras e consolida seu lugar no G3.
Na etapa inicial utilizou uma estratégia que muitos rivais do Santos usam para complicar o time na Vila Belmiro, a marcação-pressão. Em mais de uma ocasião a bola voltou para Vanderlei que, sem opção, foi obrigado a chutar a bola pra frente. Com alguma catimba e aproveitando os lados do campo, o Vitória chegou a exigir duas defesas de Vanderlei em finalizações de fora da área, mas o Alvinegro conseguiu se postar com paciência e trocas de bola. Foi preciso paciência para ameaçar o Vitória.
Copete fez dois gols e foi o melhor em campo contra o Vitória (Ivan Storti/Santos FC)
Perto da metade do tempo o jogo começou a ficar mais afeito à equipe de Dorival. O Vitória começou a errar, pressionado pela marcação peixeira no campo ofensivo e Copete roubou uma bola na meia, avançou, e tocou para Lucas Lima explodir a bola no travessão aos 20 minutos. O atacante colombiano, mostrando a disposição de sempre, foi o destaque da primeira metade da partida, anotando o gol alvinegro aos 35, após bela assistência de Lucas Lima. O meia, aliás, mostrou uma boa movimentação nos 45 minutos iniciais, participando dos dois lados do campo das jogadas ofensivas santistas.
Após o intervalo, os donos da casa seguiram tocando a bola, buscando cadenciar mais o jogo, e o Vitória não se achava em campo. Mesmo assim, chegou ao gol aos 15 minutos. Noguera falhou e Yuri tentou matar a bola no peito, mas acabou tocando com o braço nela. Pênalti bem marcado e convertido por Marinho.
Mas não deu tempo de o santista ficar aflito. Aos 19, mais uma vez Lucas Lima apareceu bem, dando um belo passe para Copete no lado direito da área do Vitória. Diogo Matheus se precipitou e entrou de carrinho no colombiano, fazendo pênalti. Ricardo Oliveira cobrou com tranquilidade, esperando Caíque se mexer e tocando no meio do gol.
O jogo voltou pro estágio banho-maria, mas dessa vez o Peixe ameaçava mais com contra-ataques, errando no último ou penúltimo passe. O time baiano pouco ameaçava e mesmo Marinho, que conseguiu fazer com que dois jogadores do Santos tomassem cartão amarelo, ficou apagado. A tranquilidade só veio aos 39, quando Copete desarmou Vitor Ramos na área e marcou seu segundo na partida, o terceiro do Peixe. Mesmo com a “Lei do Ex” funcionando e o meia Serginho descontado para o Rubro-Negro aos 48, novamente com falha de Noguera na marcação, não houve tempo para mais emoções. Ainda bem.
Obviamente o destaque da peleja foi Copete. Mostrou a raça e garra habituais, que incendeiam time e torcida, mas também deu belos passes, desarmou, fez a marcação pela lateral, matou contra-ataques do Vitória e fez dois gols. Ufa! Cansa só de ler, né? Mas esse atacante colombiano é o verdadeiro atleta incansável, merecendo muitos aplausos da torcida. São doze gols e cinco assistências em 28 partidas com a camisa do Santos. Não é pouca coisa.
A luta segue. Mais três finais para o Alvinegro Praiano. E garantia de emoção para o santista.
Time consegue quinta vitória nas últimas seis rodadas e está a dois pontos do Atlético-MG, terceiro no Brasileiro
O Santos jogou bem a maior parte dos 90 minutos da partida contra o Fluminense, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, e derrotou os visitantes por 2 a 1. Com a vitória, o Alvinegro fica cinco pontos à frente do Tricolor carioca, quinto colocado, e a dois do Atlético-MG, terceiro na tabela. Os três primeiros do Brasileirão vão direto para a fase de grupos da Libertadores.
Diferentemente das últimas partidas, o Peixe jogou taticamente bem no primeiro tempo, exercendo uma marcação eficiente na saída de bola do adversário e evitando durante quase todo o tempo inicial as investidas rivais. Só no final da etapa inicial, quando o time deixou de fazer a dita marcação alta que os cariocas ameaçaram.
Mas se o Santos tinha a posse de bola e o domínio do jogo, errava demais no último passe. Sem Lucas Lima, na seleção brasileira, e Vitor Bueno, contundido, a equipe não conseguia, com Vecchio e Jean Mota, penetrar na bem postada defesa do Fluminense. Criou duas oportunidades roubando a bola na intermediária tricolor, mas não conseguiu marcar.
O gol peixeiro aconteceu no começo da etapa final. Aos três minutos, Renato, que estava na lateral direita, cruzou sem marcação, na medida para Copete cabecear firme. Essa foi uma solução encontrada por Dorival Júnior para furar o esquema defensivo de Levir Culpi: enquanto o 8 caiu pela direita, Thiago Maia caiu pela esquerda, com ambos combinando jogadas com os laterais, que por vezes fechavam na diagonal.
Com a vantagem no placar, o Peixe postou para contra-atacar, mas não conseguiu achar os lances mais agudos, ainda que, com a presença de Rafael Longuine, que entrou no intervalo no lugar de Vecchio, bastante apagado e travado na partida, a equipe tenha ganho mais velocidade na transição para o ataque. Contudo, em uma jogada aérea, com Marcos Júnior desviando na área para uma grande defesa de Vanderlei, Wellington Silva empatou no rebote.
Na estreia do uniforme número 3, Santos contou com o oportunismo de Ricardo Oliveira (SantosFC)
Foi o pior momento do jogo para o Santos, que chegou a ser ameaçado nesse meio tempo, quase tomando a virada. O alívio para o torcedor peixeiro veio aos 35. Após uma bonita cobrança de falta na trave, Jean Mota cobrou escanteio na primeira trave, com Ricardo Oliveira aproveitando a assistência. Depois disso, os donos da casa mantiveram a posse de bola e não sofreram pressão do Fluminense.
Com o resultado, o Santos chega ao quinto triunfo nas últimas seis partidas pelo Brasileirão. O fator positivo é que o time voltou a jogar bem, mesmo com desfalques sensíveis e um elenco nem tão qualificado como os dos rivais que estão acima dele na tabela. Mantendo o aproveitamento, é possível pensar sim no G3.
Peixe cresce no segundo tempo e se mantém no G4 do campeonato brasileiro com vitória na Vila
Em uma partida fundamental contra um adversário direto por vaga no G4, o Santos bateu o Atlético-PR por 2 a 0 na tarde deste sábado (1º), na Vila Belmiro. Agora, o Alvinegro tem 48 pontos, dois à frente do Fluminense e seis atrás dos líderes Palmeiras (que joga amanhã) e Flamengo.
Diante de um público pequeno na Vila Belmiro (infelizmente, não é pra variar…), o Santos começou como sempre faz em casa, tentando pressionar o rival no campo de ataque. O problema é que, com Vecchio substituindo Vitor Bueno na equipe, o time perde um pouco dessa mobilidade na marcação à frente. O campo pesado, em função da chuva, também favoreceu o Atlético-PR, que conseguiu se resguardar e não sofrer pressão dos alvinegros.
A partir da metade do primeiro tempo, os visitantes passaram a ficar o maior tempo com a posse de bola, mas, tirando uma finalização de fora da área, também não ameaçavam o sistema defensivo do Peixe. Até ali, a falta de criatividade imperava no jogo e as chances de gol praticamente não existiam. Partida truncada, sofrível para quem assistia.
Lucas Lima, como em outros jogos, se esforçava, mas não conseguia. Talvez parte da irritação que tem demonstrado tenha a ver justamente com o excesso de erros cometidos, típicos da má fase pela qual todo jogador passa em algum momento. Mas foi dos pés dele que nasceu o lance do gol alvinegro. Um belo passe de longa distância para Vecchio, que dominou e foi derrubado (ou se chocou) pelo goleiro Weverton. Pênalti bem cobrado por Ricardo Oliveira, que voltava de contusão. Placar aberto aos 30.
Depois da inauguração do placar, o jogo continuou na mesma toada, com o Santos não criando e também não sofrendo com o rival. A etapa final começou mais agitada, com Hernani carimbando o travessão de Vanderlei, em cobrança de falta, aos 3, provocando um contra-ataque rápido do Alvinegro, e quase letal. Após rebote de Weverton na finalização de Thiago Maia, Lucas Lima chutou para fora, e Copete não alcançou a bola.
Ricardo Oliveira, em seu retorno, guardou (Reprodução)
Aos 15, Vecchio saiu para a entrada de Jean Mota, uma substituição que fazia sentido não pela qualidade, já que o meia argentino vinha fazendo uma boa partida taticamente, mas pelo contexto do jogo, que exigia mais opções de velocidade à frente, com uma transição mais rápida da defesa para o ataque.
Aos 18, quase saiu uma pintura de Lucas Lima, que passou por três defensores dos paranaenses, mas finalizou para fora. Com o jogo em uma zona em que pouca coisa acontecia, Dorival Júnior colocou Paulinho, voltando de contusão, no lugar de Copete, que simplesmente não produziu coisa alguma ofensivamente. E a alteração, vaiada pela torcida e cornetada nas redes sociais, deu resultado.
Foi o atacante que marcou o segundo, aos 40, depois de belo cruzamento de Renato. Ainda quase marcou o terceiro depois de passe de Ricardo Oliveira, que Weverton evitou com uma defesa sensacional. No fim, um triunfo fundamental que mantém o time no G4 e com um bom futebol, jogado no segundo tempo, contra um rival forte.
Em partida emocionante, Peixe vence mais uma fora de casa e fica a três pontos do topo da tabela
Não foi um jogo fácil para o torcedor do Santos, já que o Alvinegro sofreu duas vezes o empate no decorrer da peleja, mas, no fim, o Alvinegro conseguiu mais uma importante vitória fora de casa, superando os desfalques do trio olímpico, assegurando a vaga no G4 e se aproximando dos líderes.
Dois nomes se destacaram no triunfo. Jonathan Copete participou dos três gols, sendo o autor da assistência do primeiro, fazendo o segundo, e iniciando o lance do terceiro. Além disso, mostrou disposição durante os 90 minutos, não deixando a peteca do time cair mesmo quando o cenário parecia nebuloso. É o tipo de atleta que contamina, no bom sentido, o resto da equipe. Além disso, como a equipe prioriza o jogo coletivo, por vezes os lances individuais podem ser necessários e nesse aspecto o colombiano não tem medo de chamar a responsabilidade.
Vitor Bueno marcou um e deu uma assistência. Fundamental contra o Vitória (Ivan Storti/Santos FC)
Outro destaque foi Vitor Bueno. Fez o primeiro do Santos e acreditou no lance do gol da vitória, dando assistência para Jean Mota. Uma atuação importante que o consolida como artilheiro santista na competição, com sete tentos, mas que, principalmente, aumenta sua autoconfiança já que vinha de uma sequência de partidas bastante apagadas. Com a ausência do trio olímpico, ele vai ter que aparecer.
Não se pode tirar o mérito também de Dorival Júnior. Nas redes sociais, muitos torcedores contestaram a opção de começar jogando com Léo Cittadini ao invés de Yuri, substituto natural de Thiago Maia. No entanto, a opção se dava pelo fato de a equipe, na partida contra o Gama, ter tido dificuldades para fazer a transição para o ataque com velocidade, penando também na saída da bola quando pressionada pelo rival. Yuri pode também dar essa contribuição, mas Cittadini fez a função em outras ocasiões e desempenhou bem o papel até cansar na etapa final. Algo, aliás, que ocorre com frequência, talvez pela exigência do papel que lhe cabe.
O treinador também acertou nas mexidas. Tirou Ricardo Oliveira e Lucas Lima, com a entrada de Rodrigão e Fernando Medeiros, mais para poupá-los, já que não pode se dar ao luxo de perder atletas a essa altura. E também promoveu a entrada de Jean Mota, autor do gol da vitória, substituindo Cittadini.
De ponto negativo, fica mais uma vez a fragilidade da equipe na bola pelo alto. Tomou dois gols desta forma e o Vitória forçou por ali seu jogo, realizando 43 cruzamentos contra dez do Peixe. Mas, por outro lado, as jogadas aéreas funcionaram no ataque.
Lucas Lima mais uma vez não teve um desempenho à altura do que se espera, o que pode ser fruto de uma questão de condição física, mas as alternativas que Dorival propôs tem funcionado. Sempre no limite do elenco que o Santos tem. Empolga o torcedor, mas também é motivo para se preocupar.
Sem cinco titulares, Alvinegro chegou a criar oportunidades, mas não conseguiu furar o bloqueio gamense
Um empate sem gols. Foi esse o resultado da primeira peleja de ida entre Gama e Santos, no Bezerrão, válida pela terceira fase da Copa do Brasil. Com um time sem o trio olímpico Zeca, Thiago Maia e Gabriel, além dos ausentes Renato e Ricardo Oliveira, poupados, o Alvinegro até criou, mas não foi criativo o bastante para furar a retranca rival.
O Santos atuou no primeiro tempo com seu jogo habitual de troca de passes, dominando as ações. O problema é que o Gama conseguiu segurar o ímpeto ofensivo da equipe da Vila Belmiro. Em determinados períodos do jogo subia a marcação com quatro jogadores no campo santista, fazendo com que os alvinegros ficassem com a redonda em seu próprio campo. Quando atacada, a equipe do Distrito Federal recompunha sua marcação atrás, com duas linhas de quatro e evitando a entrada dos jogadores rivais na área.
Em função desse cenário, o Peixe só chegou com perigo quando brilharam as jogadas individuais. Lucas Lima tabelou com Rodrigão e recebeu de volta, exigindo uma defesa esquisita do arqueiro Maringá aos 12. Depois disso, aos 21, foi a vez de Leo Cittadini fazer belo lance de infiltração e servir Rodrigão, que finalizou para fora. O Gama só ameaçou de fato em uma bola perdida no meio de campo por Luiz Felipe. Se o adversário tivesse jogadores com uma técnica mais apurada, a falha fatalmente teria resultado em gol.
No início da etapa final do Alvinegro criou excelente oportunidade em jogada individual de Copete, com o Gama salvando o gol praticamente em cima da linha depois de finalização de Leo Cittadini. Parecia que o time havia voltado mais alerta, jogando mais verticalmente e também deixando mais espaço para os donos da casa, que pouco aproveitaram.
Entretanto, a impressão foi falsa. Embora tenha tido mais volume de jogo que no primeiro tempo e criado chances de marcar – coisa que o Gama só teve em outra falha de Luiz Felipe atrás – a equipe em nenhum momento conseguiu estabelecer a chamada “blitz” na intermediária alviverde. As entradas de Paulinho (Vitor Bueno), Vecchio (Leo Cittadini) e Joel (Rodrigão) alteraram muito pouco o modo do Alvinegro atuar.
Agora, o Peixe terá que vencer o jogo de volta, já que o empate com gols classifica o Gama e o 0 a 0 leva a decisão para as penalidades.
Palmeiras e Santos fazem mistério em relação às escalações para a partida desta terça-feira (12), às 20h30, no Allianz Parque. O clube paulistano não contará com os suspensos Thiago Santos, Róger Guedes e Gabriel Jesus, havendo dúvidas ainda sobre a condição física de Tchê Tchê e Moisés. O técnico Cuca fez um treino secreto para esconder a provável escalação.
Dorival Júnior também realizou um treino secreto, no qual houve um episódio, no mínimo, pitoresco. Supostos espiões que filmavam o treino tático do time com canetas filmadoras. A principal mudança em termos de nomes pode ser a entrada do colombiano Jonathan Copete no lugar de Vitor Bueno.
Jonathan Copete pode ser a novidade do Peixe (Ivan Storti/ Santos FC)
O Santos volta a ter entre os seus relacionados o zagueiro David Braz, que volta de contusão e recondicionamento físico, assim como o atacante Paulinho, que teve duas viroses.
Confira abaixo os relacionados do Peixe para o jogo e as possíveis escalações para hoje:
Veja a lista com os 23 relacionados para o clássico
Goleiros
Vanderlei e Vladimir
Laterais
Victor Ferraz, Zeca e Caju
Zagueiros
Luiz Felipe, Gustavo Henrique e David Braz
Meio-campistas
Renato, Elano, Thiago Maia, Yuri, Jean Mota, Vecchio, Valencia, Léo Cittadini, Vitor Bueno e Lucas Lima
Atacantes
Gabriel, Rodrigão, Joel, Copete e Paulinho
Palmeiras – Fernando Prass; Jean, Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales, Arouca e Cleiton Xavier (Moisés); Erik, Dudu e Barrios. Técnico: Cuca
Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Renato, Thiago Maia, Vitor Bueno (Copete) e Lucas Lima; Gabigol e Rodrigão. Técnico: Dorival Júnior.
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Auxiliares: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
No total, oito atletas do país vizinho já atuaram pelo Peixe. Relembre os que mais se destacaram
Jonathan Copete, na matada de peito do lance do primeiro gol do Santos (Ivan Storti/Santos FC)
Com dois gols e três assistências em duas partidas, o colombiano Jonathan Copete, que abriu mão de disputar as semifinais da Libertadores pelo Atletico Nacional de Meddelin para vir ao Santos Futebol Clube, já começa a chamar a atenção. Atuando pelos lados do ataque e também fechando pelo meio, o colombiano camisa 36 pode ser o titular da equipe em breve, já que Gabriel servirá a seleção brasileira que vai disputar as Olimpíadas a partir do dia 18 de julho. Ele é um dos oito jogadores nascidos na Colômbia que já defenderam o manto alvinegro.
Talvez o mais polêmico tenha sido o primeiro a jogar na Vila Belmiro, em 1996. Albeiro Palomo Usuriaga protagonizou um episódio que quase custou perda de cinco pontos para o Peixe no Brasileiro daquele ano. O atacante chegou a marcar contra o Alvinegro na vitória por 4 a 0, em 1994, do Independiente de Avellaneda, na Argentina, peleja válida pela Supercopa da Libertadores da América. Em 1996, estava atuando pelo Barcelona de Guayaquil, do Equador, e aí começa o imbróglio.
Os direitos do atleta ainda pertenciam ao clube argentino, que o emprestou ao Peixe, segundo consta, sem cobrar pela transação. Mas, ao que tudo indica, os portenhos mudaram de ideia e seguraram a documentação que sacramentava a transferência do jogador. Mesmo assim, a CBF liberou a carteira do jogador, que foi escalado para disputar uma partida contra o Fluminense, pelo Brasileiro, no Ibirapuera. Vitória alvinegra por 1 a 0, gol de Anderson Lima.
Ao saber da falta de documentação, o Fluminense foi ao Tapetão pedir os pontos da partida, mas acabou perdendo. Temeroso, o Peixe, que havia escalado o atleta antes em um amistoso contra a Inter de Limeira, na qual o colombiano fez um gol, não mais colocou o jogador em campo. Ele acabou devolvido ao Independiente e, em 2004, foi assassinado a tiros aos 37 anos, em Cali.
Dodô e Aritizábal no Santos
Dois anos depois, Victor Hugo Aristizábal Posada, ou simplesmente Aristizábal, vestiria a camisa santista. Emprestado pelo São Paulo, estreou no Brasileiro de 1998, em um duelo contra o Palmeiras, em agosto, entrando no lugar de Alessandro Cambalhota. Quando começava a se firmar no esquema do técnico Emerson Leão, que tinha Lúcio na ponta esquerda e Viola pelo meio, se contundiu gravemente no joelho em partida contra o Guarani no Brinco de Ouro e ficou seis meses fora.
Ao retornar, não conseguiu muitas chances com Leão e nem com seu sucessor, Paulo Autuori, sendo devolvido ao Morumbi no final de 1999. Fez 23 partidas pelo Peixe, anotando seis gols em sua passagem. Mais à frente, em 2003, faria parte do Cruzeiro campeão do Brasileiro daquele ano, o primeiro da era dos pontos corridos.
Rincón em campo contra seu ex-time. Quase um ano Vila Belmiro
Talvez o colombiano que tenha chegado com mais pompa tenha sido Freddy Rincón. Assim como Aristizábal, ele fazia parte constante das convocações da seleção de seu país e havia tido grandes atuações pelo Corinthians entre 1997 e aquele ano. Chegou para tirar o clube da Vila Belmiro da fila de títulos, mas não conseguiu.
Sua transferência quase foi “melada” pela Justiça, e só saiu depois de um acordo entre os clubes da Vila Belmiro e do Parque São Jorge. Jogou e marcou na segunda partida da final do Paulistão contra o São Paulo naquele ano, mas saiu ao fim de 2000 depois após reclamar de salários atrasados, indo para o Cruzeiro. Rincón fez 38 partidas pelo Santos e marcou 4 gols.
Henao em sua pouca saudosa passagem pelo Santos (Jose Patrici/Reuters)
Já em 2005 uma das contratações mais frustrantes do Peixe. Juan Carlos Henao, goleiro do Once Caldas, campeão da Libertadores de 2004 eliminando o próprio Santos, o São Paulo, e superando o Boca Juniors na finalíssima. Na decisão, brilhou a estrela do arqueiro, que defendeu as cobranças de Cascini e Cangele na disputa por pênaltis.
Henao chegou no início do ano e a justificativa era que o clube precisava de um arqueiro experiente para a Libertadores. Mas o colombiano ficou diversas vezes na reserva de Mauro, campeão brasileiro de 2004 pelo Alvinegro, e não se firmou, saindo da Vila ainda em 2005, após 13 partidas disputadas.
Em 2008, a parceria da gestão Marcelo Teixeira com a DIS anunciava grandes reforços, que, na prática, nunca vieram. Surgiram nomes como Michael Jackson Quinõnez, Sebastían Pinto, Mariano Trípodi e o único que, de fato, ganhou o coração do torcedor com sangue, suor e muita técnica: Mauricio Molina.
Molina veio como principal reforço da equipe para a disputa da Libertadores daquele ano, mas nem seu talento salvaram o fraco elenco santista que faria o time brigar para fugir do rebaixamento no Brasileiro. Mas o meia marcou história ao entrar para a galeria dos atletas que fizeram quatro gols com a camisa alvinegra, feito realizado contra o San Jose, da Bolívia. Ganhou o apelido de “Deus que sangra” após permanecer em campo mesmo com o nariz quebrado em partida contra o América do México e também ficou marcado por dar lugar a Neymar, em sua estreia como profissional, na partida contra o Oeste, no Pacaembu, disputada pelo Paulista de 2009. Saiu no mesmo ano para a equipe sul-coreana do Seongnam Ilhwa após 79 partidas e 17 gols.
Rentería no Santos: jogou pouco, nos dois sentidos
Wason Rentería chegou em 2011 após atuar pelo Once Caldas, em um time que tinha opções marcantes no ataque como Neymar, Borges e Alan Kardec. Ficou na reserva a maior parte do tempo e saiu no meio de 2012 para o Millionarios, depois de 22 jogos disputados e dois gols marcados. Não deixou saudades.
Valencia tem contrato com o Santos até o fim de 2016 (Ivan Storti/Santos FC)
Além de Jonathan Copete, o Santos conta com outro colombiano em seu elenco atualmente. Edwin Valencia, volante, chegou ao clube em 2015, contratado em janeiro depois de cinco temporadas atuando pelo Fluminense. Jogou 16 partidas pela equipe, sendo titular na campanha do título paulista de 2015, mas se lesionou no joelho direito atuando pela Colômbia na Copa América.
Valencia voltou a ser relacionado por Dorival Júnior em maio, na partida contra o Galvez-AC, pela Copa do Brasil, e tem feito parte do banco alvinegro, embora sem muito espaço para atuar. Tem contrato até dezembro de 2016.
Resta saber qual a história que Copete escreverá pelo Santos. Pelo início, podemos esperar uma bela trajetória.
Alvinegro empatou a peleja depois de estar perdendo por 2 a 0, mas gremistas fizeram o terceiro aos 43 do segundo tempo. Mesmo assim, atuação fora de casa deixa o torcedor santista com boas perspectivas
O Santos experimentou o mesmo veneno provado pelo São Paulo no domingo. Tomou um gol logo no início do jogo, aos 2 minutos, em função da marcação gremista na intermediária alvinegra. Como a execução dos donos da casa foi bem feita e os atacantes santistas estavam à frente do meio de campo, dificultando a transição, esse expediente fez o Peixe penar, também no início da etapa final. Um erro já demonstrado em outras ocasiões e que Dorival Júnior precisa corrigir.
A equipe até conseguiu se restabelecer após o gol, mas não produziu ofensivamente, tirando uma chance de Rodrigão dentro da área. Novamente Vitor Bueno, sacado no intervalo para a entrada e estreia de Jonathan Copete, atuou mal, não emplacando nem lances individuais nem imprimindo a troca de passes. E foi na individualidade, que faltou ao Alvinegro, que o time gaúcho chegou ao segundo gol, com Everton chutando e mais uma vez Vanderlei espalmando para dentro da área. Como no primeiro gol, de Giuliano, Douglas pegou a sobra sem marcação e não perdoou. O goleiro santista tem crédito e não é o culpado exclusivo pelos lances, mas que falhou, falhou.
No segundo tempo, como era de se esperar, os gaúchos recuaram para tentar os contra-ataques e o Santos passou a ser mais agressivo. No entanto, seguiu falhando em especial no chamado último passe, perto da conclusão do lance, ou mesmo na finalização. Foram diversas bolas que carimbaram a bem postada defesa tricolor.
O tento peixeiro chegou aos 19, após cobrança de escanteio com passe pelo alto de Gustavo Henrique e conclusão de Copete. Um tipo de jogada pouco explorada pelo Alvinegro e que poderia até ser mais usada no decorrer do jogo. Yuri ainda entrou no lugar de Gustavo para melhorar a transição e utilizar melhor o elemento surpresa. Já aos 34, saiu Renato para Jean Mota entrar.
Mas o tento de empate do Peixe veio em uma grande finalização do lateral-esquerdo Zeca, após bom lance de Jonathan Copete que, como Rodrigão, fez uma estreia que deixou o torcedor animado. O chute de fora da área não deu chance a Marcelo Grohe, e aos 38 o Alvinegro foi pro gol.
Os gaúchos voltaram a ficar na frente do placar aos 43. Marcelo Hermes roubou bola de Lucas Lima e foi à frente para finalizar sem chances para Vanderlei. Isso em um período da partida em que os torcedores já jogavam contra o próprio time.
Já se sabia que seria um jogo difícil, não só pela qualidade do Grêmio, um dos melhores times da competição, como também pela necessidade dos donos da casa vencerem. Mesmo assim, o Peixe jogou bem, mostrou poder de recuperação, mas sofreu outro gol em final de partida, outro erro recorrente que precisa ser trabalhado. O tipo de derrota que não deve desesperar a torcida alvinegra, já que o Peixe mostrou qualidades. O campeonato promete.
RT @Glauber_Braga: Toda participação de Pedro Cardoso foi interessantíssima. Destacamos esse trecho em que ele articula uma reflexão impres… 6 days ago
RT @lucasdsbarros: O Santos passou vexame no campeonato em que a taça se chama “Rei Pelé”.
Que decepção pro maior jogador de todos os temp… 3 weeks ago