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Santos supera Internacional e segue vivo na busca pelo G4 do campeonato brasileiro

O Santos manteve seu ótimo aproveitamento na Vila Belmiro ao bater o Internacional nesta manhã/tarde de domingo. O Peixe chega aos 44 pontos e alcança a 5ª colocação no campeonato brasileiro de 2015, pelo menos até as outras partidas do dia.

Provavelmente o técnico e ex-zagueiro do Santos Argel Fucks viu a partida do Corinthians contra o Santos, no último domingo, e buscou repetir a tática de Tite de pressionar a saída de bola santista. Algo, aliás, que o Peixe faz muito e com alta eficiência na maior parte do tempo. Com o desfalque de David Braz, o cenário era ainda mais propício para esse tipo de marcação.

No entanto, o Inter mais dificultou as ações peixeiras do que propriamente criou oportunidades de gol. O tento que abriu o placar na Vila Belmiro só surgiu por uma falha individual de Paulo Ricardo, que fez um pênalti infantil no zagueiro Juan. Valdívia cobrou sem dar chances a Vanderlei, que foi na bola mas não alcançou. Eram 26 do primeiro tempo.

O empate veio com uma boa participação do centroavante Nílson, que substituiu Ricardo Oliveira. Ele saiu do meio dos zagueiros e foi para o meio de campo, puxando a marcação e abrindo espaço para a descida de Marquinhos Gabriel. O atacante tocou bem para o meia que não desperdiçou, na frente de Alisson.

marquinhos gabriel e gabigol

Marquinhos Gabriel celebra com Gabriel o primeiro gol alvinegro

Lucas Lima teve uma atuação um pouco apagada na etapa inicial, muito por causa do sistema de marcação individual sobre ele. Primeiro, com William; depois com Wellington. Após o intervalo, o volante Silva entrou pra fazer o mesmo trabalho. Com isso, praticamente atuando com um a menos já que um atleta ficava responsável somente com o meia da seleção, o Internacional perdeu algo da sua articulação e também do poderio ofensivo.

E foi Silva quem acabou cometendo o pênalti que propiciou a virada para os donos da casa. Com os visitantes tendo voltado depois do intervalo com mais preocupações defensivas e dando mais campo para o Peixe, Thiago Maia tocou para Lucas Lima, dentro da área. O volante colorado agarrou o meia e Gabriel fez o segundo alvinegro na cobrança, aos 14. Maia saiu logo poucos minutos após o gol, dando lugar a Léo Cittadini.

Com um ritmo mais lento em função do calor, o Internacional não conseguiu pressionar o Peixe, chegando com perigo real em uma oportunidade, quando Paulo Ricardo falhou e Valdívia finalizou para grande defesa de Vanderlei aos 29. Após tempo técnico, o Santos compatou ainda mais o time, passando a ter muitos espaços de contra-ataque, com uma permanência maior no campo ofensivo. Assim, o time chegou ao terceiro gol aos 44, com Leandro, que havia entrado no lugar de Nílson.

Antes dos jogos da tarde, o Santos fica a um ponto do G-4 e aindavence um importante concorrente direto pela vaga no grupo dos que vão à Libertadores. Mais moral para seguir na ótima recuperação do Peixe de Dorival Júnior no Brasileirão.

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Santos passeia sobre o São Paulo com banho tático de Dorival

O Santos superou (ou goleou, conforme o conceito de “goleada”) o São Paulo na noite desta quarta-feira (9), na Vila Belmiro, por 3 a 0, ficando a um ponto de entrar no G-4 do Brasileirão 2015. Mais uma vez, foi uma vitória convincente do time, que acumula uma série invicta de treze partidas entre as duas competições que disputa. Mais que isso, um triunfo com a marca de Dorival Júnior.

O São Paulo de Juan Carlos Osorio entrou em campo buscando refrear o ânimo santista, elevado em seus domínios. Para isso, buscou exercer uma marcação-pressão no campo dos donos da casa que chegou a ter efeito nos primeiros minutos, forçando erros da defesa alvinegra. Mesmo assim, os visitantes não conseguiram chegar com perigo à meta de Vanderlei, e acabaram dando a senha para a construção da vitória peixeira.

O Tricolor marcava quase de forma individual os atacantes santistas e, com a pressão feita sobre a defesa alvinegra, acabava dando espaços no meio de campo. Foi aí que apareceram Thiago Maia e, principalmente, Renato atuando cada um junto a um lateral, sobrando em cima da marcação rival que era precária pelos lados. Com triangulações e trocas rápidas de passes nas beiradas do campo (no time de Dorival quem corre é a bola), os donos da casa se impuseram e, por meio de uma falta cometida no lado esquerdo do ataque santista, saiu o primeiro gol em cobrança de falta de Zeca, bem finalizada no cabeceio de David Braz.

A movimentação santista era intensa não somente entre os homens de frente, mas também no meio. Aliás, sem um esforço extra dos jogadores, que mantêm a intensidade do jogo em alta durante a maior parte do tempo, nenhum esquema tático daria certo. Marquinhos Gabriel fazia as vezes de Lucas Lima, mas também caía pela ponta, exercendo o papel de Geuvânio no esquema ideal de Dorival. A entrega do meia impressionou.

Ricardo Oliveira marcou o 3º do Peixe, seu 50º com a camisa santista (Foto: Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Ricardo Oliveira marcou o 3º do Peixe, seu 50º com a camisa santista (Foto: Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Longuine, que foi o substituto do atacante lesionado, mostrou que foi a opção correta do técnico (ainda mais que os reservas em tese seriam Neto Berola e Leandro, que não conseguem desempenhar a função tática de Geuvânio). O meia vindo do Audax mostrou versatilidade ao apoiar o ataque mas também cobrir o avanço dos volantes, compondo o meio de campo e não deixando a defesa exposta. Foi dele o segundo gol peixeiro, uma combinação com Gabriel em um momento em que o Santos apertou a zaga são-paulina e o volante-meia Renato roubou a bola.

Na etapa final, mesmo com as mudanças feitas por Osorio, o Santos tratou de definir a partida aos 7. Um cruzamento perfeito de Victor Ferraz, que mais uma vez teve bela atuação tanto na defesa quanto no apoio, encontrando Ricardo Oliveira, o artilheiro do Brasileirão 2015, na cara de Renan Ribeiro. Foi seu 16º gol na competição, o 50º com a camisa alvinegra em 79 pelejas.

Dorival e os jogadores mostraram mais uma vez que sabem sair de determinadas situações que a partida impõe e as variações táticas da equipe funcionam. Com 37 pontos, a equipe vai a Campinas no próximo domingo encarar a Ponte Preta em busca do lugar no G-4. E o treinador santista tem razão: é prazeroso ver o Santos jogar…

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Santos bate Cruzeiro e consegue primeira vitória fora de casa No Brasileirão 2015

Finalmente o Santos conseguiu sua primeira vitória longe da Vila Belmiro no Brasileiro de 2015. Não foi um jogo brilhante, mas a equipe conseguiu manter o Cruzeiro sob controle a maior parte do tempo e se aproveitou do desespero e da falta de padrão tático do time de Vanderlei Luxemburgo. Agora, o Alvinegro está em 9º na competição, a quatro pontos do G4.

Sem poder contar com Gabriel, que sofreu um edema na coxa direita no jogo contra o Corinthians no meio da semana, e também Geuvânio, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo na partida contra o Avaí, Dorival Júnior promoveu as entradas de Neto Berola e Marquinhos Gabriel, e o time tentou não mudar a característica de apertar a marcação desde o ataque. No entanto, o Cruzeiro usou do mesmo expediente, o que, aliás, era de se esperar, dada a necessidade dos donos da casa.

Mas os dois substitutos do ataque não só não têm o mesmo potencial técnico dos titulares como também não tem a mesma facilidade de marcar a saída de bola. Assim, no duelo das marcações no campo rival, a equipe mineira levou vantagem no início, pressionando a defesa peixeira principalmente pelo lado direito da intermediária alvinegra, com Alisson. Por ali, o time celeste chegou a um gol anulado de forma correta, aos 16. Mas, fora esse lance e uma finalização de Marinho pelo lado esquerdo da defesa peixeira, o Cruzeiro não conseguiu traduzir a maior posse de bola em oportunidades.

O Santos, ao contrário, brilhou pela precisão. Foi na primeira bola recebida em boas condições por Ricardo Oliveira que o centroavante limpou e finalizou. Um belo petardo que chegou a 90 km/h e foi parar no ângulo esquerdo do goleiro Fábio. Eram 42, e depois disso o Alvinegro ainda chegou em outra oportunidade com Marquinhos Gabriel, tentando nocautear os abalados donos da casa já na etapa inicial.

Ricardo Oliveira, mais um na lista do artilheiro (Reprodução)

Ricardo Oliveira, mais um na lista do artilheiro (Reprodução)

Luxemburgo fez duas alterações no intervalo, substituindo Vinícius Araújo e Marcus Vinícius por Allano e Gabriel Xavier. E Dorival Júnior também não teve muita paciência com Neto Berola, sacado aos 9 minutos e dando lugar a Leandro. Já no início era possível ver os espaços dados pelos donos da casa, que passaram a tentar o ataque, mas sem compactação. Assim, o Alvinegro começou a tocar mais a bola e criar mais oportunidades do que no tempo inicial. A melhor delas em lance de Ricardo Oliveira em uma virada de bola dentro da área, aos 11.

Logo em seguida, foi o Cruzeiro quem chegou com perigo, em finalização de Allison, que exigiu uma grande defesa de Vanderlei. No rebote, Allano chutou para fora. Mesmo sem muita intensidade, o time mineiro tentou, da forma como podia, ir ao ataque e o Alvinegro se acomodou demais durante parte do jogo. Lucas Lima não teve o mesmo desempenho de outras partidas, prendendo às vezes excessivamente a bola, mas também por não ter tantas opções de passe.

Luxemburgo substituiu Henrique por De Arrascaeta aos 25 e Dorival, aos 30, colocou Lucas Otávio e sacou Thiago Maia. A essa altura do jogo, a torcida mineira tentou empurrar a equipe celeste e Vanderlei entrou em ação em bolas aéreas e também nas parcas finalizações dos donos da casa. Mais uma vez, o arqueiro mostrou segurança, o que nem sempre se sentia em Vladimir.

Até os 40 minutos os cruzeirenses ensaiaram uma pressão com o apoio dos torcedores que estavam no Mineirão, mas o lateral Fabrício acabou sendo expulso ao tomar dois cartões amarelos em menos de um minuto. O Cruzeiro, valente, ainda tentou se aproveitar de um certo comodismo dos visitantes, mas ao final, o Santos conseguiu sua primeira vitória no Brasileiro.

A se destacar o golaço de Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileiro com 12 tentos. Com a camisa santista, ele tem 46 em 76 partidas. No ano, são 25. Que continue desta forma porque, sem Lucas Lima nas próximas três pelejas por conta da seleção, o Alvinegro vai precisar do seu mais preciso atacante.

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