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Santos ultrapassa Corinthians como time que mais fez gols em Rogério Ceni

Antes da segunda partida válida pela segunda fase de grupos da Libertadores deste ano contra o São Paulo, corintianos aproveitavam que seu time passava por um grande momento para dizer que poderiam chegar ao centésimo gol feito contra Rogério Ceni. Neste post aqui, já mostrava que, apesar de ter feito menos gols àquela altura que o rival, o Peixe tinha uma média contra o ídolo tricolor similar à da equipe paulistana. O Corinthians havia marcado 94 vezes contra Ceni, em 65 partidas disputadas, média de 1,446. Uma vantagem milimétrica contra os peixeiros, que tinham feito 88 tentos em 61 pelejas, média de 1,44.

Mas naquela partida o São Paulo superou o Corinthians por 2 a 0. No primeiro turno do Brasileiro, ambos voltaram a se enfrentar, empate em 1 a 1. Ou seja, agora o Corinthians baixou sua média, tendo feito 95 gols em 67 partidas, 1,41 tentos por peleja.

Já o Santos enfrentou o Tricolor quatro vezes desde aquela ocasião. Uma no primeiro turno do Brasileiro, única derrota da série, 3 a 2 no Morumbi, e três triunfos seguidos: 3 a 0 no segundo turno do Brasileiro e um duplo 3 a 1 na Copa do Brasil. Como Renan foi o arqueiro tricolor na partida do segundo turno do Brasileirão, foram mais oito gols peixeiros na conta de Ceni, totalizando 96 em 64 duelos, elevando a média para 1,5 por partida e se distanciando do Corinthians.

ricardo oliveira artilharia

Ricardo Oliveira é um dos jogadores que mais marcou contra Ceni (Ivan Storti (SantosFC)

Outro número: Ricardo Oliveira, só com os gols feitos com a camisa do Santos, já é um dos jogadores que mais marcou contra Rogério Ceni. Contabilizando uma partida válida pelo Paulista de 2003, na qual fez um gol, e outros seis marcados na semifinal do estadual de 2015, na partida disputada no primeiro turno do Brasileiro e nas duas válidas pelas semis da Copa do Brasil, são sete tentos contra o arqueiro em seis jogos, o que o torna o terceiro que mais marcou contra Ceni, ficando atrás apenas de Dodô (10) e Romário (11). Mas é bom lembrar que Oliveira precisou de bem menos jogos para chegar a essa marca e não estão na conta os gols feitos pela Portuguesa. O artilheiro peixeiro ainda marcou na vitória por 3 a 0 pelo Brasileiro na Vila Belmiro, contra Renan.

Como o Corinthians ainda vai jogar contra o São Paulo pelo Brasileiro, pode igualar ou passar o Santos como clube que mais fez gols contra Ceni, mas dificilmente vai chegar na média peixeira.

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Santos X Cruzeiro – hora de arrancar no Brasileiro

Após a final do campeonato paulista, quando bateu o Palmeiras por 2 a 1, o Santos disputou três partidas, duas contra o Maringá e uma contra o Avaí. Em nenhuma delas a equipe empolgou mas agora, passadas duas semanas da conquista do estadual, é hora de acordar para o Brasileiro.

Para a partida deste domingo, às 16h, na Vila Belmiro, o Peixe não contará com Valencia, que viajou à Colômbia para conhecer sua filha. Lucas Otávio deve ser seu substituto e Renato e Chiquinho retornam à equipe.

A surpresa entre os relacionados de Marcelo Fernandes para a peleja foi a ausência de Gustavo Henrique, que perdeu a vaga no banco para Paulo Ricardo. O meia Rafael Longuine aparece mais uma vez entre os reservas e existe a expectativa de que possa estrear hoje.

Marcelo Fernandes tem um teste difícil contra o Cruzeiro (Ricardo Saibun/Santos FC)

Marcelo Fernandes tem um teste difícil contra o Cruzeiro (Ricardo Saibun/Santos FC)

O Cruzeiro, obviamente, está focado na Libertadores e agora sabe que seu adversário de quarta-feira será o River Plate, após a eliminação do Boca pela Conmebol. Mesmo assim, não fará o que fez na estreia na Arena Pantanal, quando escalou os reservas e foi derrotado pelo Corinthians. O time deve entrar quase com a força máxima para encarar o Alvinegro.

Leandro Damião, em função de um acordo de cavalheiros, não enfrentará o Santos. O lateral direito Mayke, com dores musculares, deve ser poupado, e Marcelo Oliveira pode tanto deslocar o volante Henrique, ex-Santos, para a posição, ou escalar Eurico ou Ceará, também ex-Peixe. Outro atleta que atuou na Vila Belmiro, Eugenio Mena, pode ser poupado.

Confira abaixo as prováveis escalações de Santos e Cruzeiro:

Santos X Cruzeiro – 16h do domingo (17) na Vila Belmiro

Santos – Vladimir, Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Lucas Otávio, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

Cruzeiro – Fábio, Henrique, Manoel, Bruno Rodrigo e Fabrício; Willians Farias, Willians e Arrascaeta; Marquinhos, Willian e Henrique. Técnico: Marcelo Oliveira.

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O histórico de Santos e Cruzeiro – relembre cinco goleadas do Peixe sobre o rival

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Previsões para o campeonato brasileiro de 2015: o Santos pode ser campeão?

Respondendo objetivamente à pergunta acima: difícil, mas não impossível. Em relação aos dois anos anteriores, esta é a melhor chance do Peixe ao menos disputar de fato o G4, algo que ele só ameaçou fazer nas duas últimas edições do campeonato brasileiro. Claro, há fatores que estão além das vontades dos muros que cercam a Vila Belmiro que podem facilitar ou dificultar a missão. Vejamos alguns deles.

O que pode ajudar o Santos a ir longe no Brasileirão?

Começando pelos fatores externos. Há cinco equipes brasileiras disputando a Libertadores, embora no máximo três continuarão após o meio da semana. Isso significa que dois clubes no mínimo estarão de “ressaca” na segunda rodada do Brasileiro e ao menos dois estarão priorizando a competição continental até a quarta rodada caso percam nas quartas de final.

Times que chegam à final da Libertadores não ganham título do Brasileirão, nada indica que isso vá mudar. Mas os que são desclassificados cedo demais também podem não sentir o baque, a exemplo do que aconteceu no ano passado com o Cruzeiro. Quem for longe, pode não ter fôlego pra ir bem no Brasileiro. Portanto, se os rivais dos quais não gostamos acabarem classificados na semana que vem, há razão para não ficar tão chateado.

Também existe a perspectiva de reforços. Quando fechou a contratação do meia Rafael Longuine, ex-Audax, o presidente do Santos, Modesto Roma, reconheceu a necessidade de chegarem mais jogadores. “Sabemos que o Santos precisa de contratações, e vamos trabalhar para isso. Temos um elenco de 28 atletas para o Campeonato Paulista, e pensamos em ter até 33”, disse na ocasião, o que abre espaço para pelo menos mais quatro nomes.

A partida do meio de semana entre os reservas do Santos e o Maringá também trouxe uma boa nova. A equipe, ao contrário dos últimos anos, tem reservas interessantes em boa parte das posições e os garotos, em que pese o empate sofrido em cinco minutos justamente pela falta de alguém mais experiente em campo, podem e devem evoluir. Algumas peças poderiam fortalecer a equipe como um jogador como opção de velocidade no ataque, um volante ou atleta que possa fazer o papel de terceiro homem no meio de campo e um zagueiro, por exemplo.

Robinho é peça-chave do Santos no campeonato brasileiro (Ricardo Saibun / Santos)

Robinho é peça-chave do Santos no campeonato brasileiro (Ricardo Saibun/Santos)

O que pode atrapalhar o Santos no Brasileirão?

O primeiro fator que pode perturbar a evolução alvinegra é a seleção. Robinho é peça chave desse time não somente pela técnica e inteligência tática, mas também pelo papel de liderança que exerce em campo, algo muito mais notado hoje do que em sua última passagem pelo time. Com a Copa América, ele pode desfalcar a equipe em sete jogos se a seleção for à final e a diferença de aproveitamento entre o time com e sem Robinho é evidente. Com o Rei das Pedaladas, o Peixe não perdeu em 2015, já que nas derrotas diante de Ponte e Palmeiras ele não atuou. Pela ordem, Robinho deixaria de jogar contra São Paulo (F), Ponte Preta (C), Atlético-MG (F), Corinthians (C), Internacional (F), Fluminense (F) e Grêmio (C). E, claro, manter o craque na Vila é fundamental para as pretensões santistas.

Marcelo Fernandes afirmou que ter um bom início de Brasileiro é fundamental para o decorrer da competição. “Estou aqui há cinco anos, e o Santos tem se destacado do meio para o fim do campeonato. O que tem impossibilitado a gente de chegar entre os primeiros é o começo do campeonato”, afirmou. Não é bem verdade, mas a análise até faz sentido.

O Alvinegro terminou o primeiro turno do Brasileiro de 2014 em 9º lugar, com 26 pontos ganhos, 17 atrás do líder Cruzeiro. Em um segundo turno mais equilibrado, ficou em 10º, com 27, mas bem mais próximo dos líderes Cruzeiro e Corinthians, que fizeram 37 pontos. Já em 2013, o Santos terminou em 7º lugar o primeiro turno com 29 pontos obtidos e no returno foi o oitavo, com 28.

A impressão de Fernandes de que o Peixe foi melhor no segundo turno se deve ao fato de que tanto em 2013 quanto em 2014 a equipe ensaiou uma briga pelo G4 que, na prática, não existiu. Em ambos os campeonatos, o time trocou de técnico no meio do caminho: no ano retrasado Muricy Ramalho caiu e o interino Claudinei Oliveira se tornou efetivo e no ano passado Oswaldo de Oliveira deu lugar a Enderson Moreira.

Em 2013, o Santos ainda vivia a perda de Neymar para o Barcelona, mas o fato é que, em algumas partidas decisivas, Claudinei preferiu não arriscar. Sem o risco, perdeu o posto não naquele ano, mas na temporada seguinte. Marcelo Fernandes não pode repetir o erro, já que na segunda peleja da final do campeonato paulista de 2015 quase pôs tudo a perder por conta da falta de ousadia quanto tinha um jogador a mais que o rival. Mire o exemplo de Claudinei, Marcelo…

Já em 2014, Enderson Moreira passou a utilizar com mais frequência Lucas Lima, que teve menos chances do que merecia com Oswaldo de Oliveira, e recuperou o futebol de Geuvânio, encostado pelo técnico anterior. Deu resultado até a contusão do garoto, que trouxe nova queda de rendimento na equipe. Outro alerta para a comissão técnica e para a diretoria: sem reforços e elenco, não se vai longe no Brasileiro, e é preciso treinar atletas para desempenhar as funções dos titulares. Em campeonatos de longa duração, contusões são comuns e o Peixe não pode ser surpreendido.

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Corinthians marcou mais gols contra Rogério Ceni, mas média do Santos é similar à do rival

No dia da partida entre São Paulo e Corinthians pela Libertadores de 2015, corintianos comentam que segue a contagem regressiva para o centésimo gol do time contra Rogério Ceni. Antes do jogo da noite desta quarta-feira (21), o Alvinegro paulistano marcou 94 vezes no ídolo tricolor, em 65 partidas disputadas.

Levando-se em conta este post no Blog do Odir, publicado após o jogo disputado entre Santos e São Paulo pelo Campeonato Paulista de 2011, um triunfo peixeiro por 2 a 0, o Peixe havia balançado as redes de Ceni 78 vezes em 51 duelos.

Pesquisando os jogos que ocorreram depois disso, tendo como base as fichas técnicas das partidas desde então, houve mais 14 encontros entre as duas equipes. No entanto, Ceni esteve ausente em quatro delas: duas vitórias alvinegras por 3 a 1, uma derrota por 3 a 2 e outra por 1 a 0. O Santos tem, jogando contra Ceni, 24 vitórias, 17 empates e 20 derrotas em um total de 61 pelejas. E marcou 88 tentos contra o goleiro, em 61 partidas.

Em termos de média de gols contra o goleiro são-paulino, Santos e Corinthians estão em situação similar. Ambos marcaram 1,44 gol contra o arqueiro, com a vantagem corintiana aparecendo apenas na casa dos milésimos: 1,446 contra 1,442.

Mas o Santos tem alguns gols históricos contra o São Paulo no período em que Ceni esteve na meta do clube do Morumbi. Relembre duas partidas abaixo:

Diego deixa Rogério Ceni de joelhos em 2002

Antes da segunda partida das quartas de final do Campeonato Brasileiro de 2002, o goleiro são-paulino e o meia Ricardinho faziam declarações à imprensa dando conta de que seu time reverteria a desvantagem de 3 a 1, derrota sofrida na Vila Belmiro. No final do vídeo abaixo é possível ver a reação de Diego e de Fábio Costa depois de nova vitória santista por 2 a 1 em pleno Morumbi.

Neymar cobra pênalti com paradinha e Robinho faz de letra em 2010

Em partida válida pelo Campeonato Paulista de 2010 disputada na Arena Barueri, um lance antológico. À época em que a paradinha era permitida, Neymar realizou uma cobrança de pênalti que jogou Rogério Ceni para o lado direito do gol, deixando a meta livre para o atacante peixeiro marcar.

Robinho faz de letra contra Rogério Ceni

Robinho faz de letra contra Rogério Ceni

O São Paulo empatou, mas Robinho entrou em campo na etapa final, fazendo sua reestreia pelo Alvinegro após ser emprestado pelo Manchester City. E, aos 40 minutos, o Rei das Pedaladas fez um golaço de letra e decretou a vitória do Peixe.

Em abril de 2010, pouco menos de dois meses após a partida, o goleiro e capitão tricolor tentou fazer um gol de pênalti usando a paradinha da qual foi vítima. Mas não deu muito certo… Confira aqui.

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