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Vitor Bueno e Renato comandam virada do Santos sobre o Corinthians

Mesmo sem jogar bem, Alvinegro Praiano consegue vitória crucial para continuar lutando na parte de cima da tabela do Brasileirão 2016

Quem viu o primeiro tempo da peleja entre Santos e Corinthians neste domingo (11), na Vila mais famosa, teve a impressão de que o Peixe continuaria em má fase. Afinal, desde malfadada mudança de mando de jogo contra o Flamengo, a equipe venceu o Atlético-MG, mas perdeu para o América-MG, Figueirense e Internacional. E na etapa inicial do clássico, nada indicava uma mudança. Sem Victor Ferraz, Lucas Lima e Ricardo Oliveira, o time sucumbia à marcação corintiana, dando um espaço incrível no meio de campo. A distância entre a linha ofensiva e os meias deixava um buraco onde os visitantes conseguiam desarmar e articular à vontade, castigando a defesa santista.

Renato fez o gol da virada santista. Para tristeza de Cássio e do Corinthians

Renato fez o gol da virada santista. Para tristeza de Cássio e do Corinthians

Foi assim que surgiu o gol da equipe paulistana. Pelo lado esquerdo, onde Zeca estava mal, mas em um lance que contou também com falhas de Renato e Gustavo Henrique. Com pouca movimentação no ataque, com Jean Mota mal e somente Vitor Bueno buscando o jogo, muitas vezes de forma improdutiva, o Peixe conseguia ter mais posse de bola, sem criar chances agudas. Enquanto isso, o Corinthians chegou a criar ao menos mais três chances de gol, exigindo grandes defesas de Vanderlei.

No segundo tempo, o panorama começou a mudar aos poucos. Dorival Júnior não mexeu de cara, mas alterou o posicionamento da equipe em campo. O Alvinegro voltou a marcar mais no campo adversário e os visitantes recuaram, dando espaço para o Peixe pressionar. Thiago Maia passou a atuar mais à frente e mesmo sem atuar bem, a mudança surtiu efeito, com os donos da casa mais atuantes na parte ofensiva. Acabou saindo para dar lugar ao argentino Vecchio, enquanto Cristovão Borges tirou o atacante Gustavo para promover a entrada do meia Marquinhos Gabriel. As duas propostas estavam clara: um iria tentar segurar o resultado e o outro buscar a virada.

O empate veio aos 24, com Wilson derrubando Luiz Felipe na área. Pênalti bem cobrado por Vitor Bueno, jovem que, mesmo quando joga mal, não tem como costume fugir da raia. Dorival, insatisfeito, jogou com as cartas que tinha, colocando Caju no lugar de Daniel Guedes e deslocando Zeca para a lateral esquerda. Embora contestado em geral pela torcida, o canhoto deu mais profundidade ao time, sendo que o substituto de Victor Ferraz também não conseguia grande eficiência no ataque.

A virada veio em cobrança de escanteio de Jean Mota, que subiu de produção na etapa final, e uma bela cabeçada de Renato, outro que não foi tão bem na partida. Ao final, o Santos conseguiu bater um rival direto pelo G4, elevando o moral da equipe, que precisava do triunfo. Vencer em jogar bem é algo necessário em um campeonato de pontos corridos. Ainda mais para quem almeja lutar na parte de cima.

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Santos não sai do empate com o Figueirense em SC e vê posição no G4 ameaçada

No Orlando Scarpelli, o Santos não saiu de um 0 a 0 com Figueirense, o primeiro empate entre ambos na história do Brasileiro. O resultado ameaça a posição do Alvinegro Praiano no G4, já que o Palmeiras pode ultrapassá-lo caso vença o Sport. São Paulo e Ponte Preta também podem alcançá-lo em pontos, mas perdem nos critérios de desempate.

Ricardo Oliveira Santos

Ricardo Oliveira entrou no segundo tempo, mas jogo permaneceu 0 a 0 (Reprodução)

O Peixe entrou em campo com um time modificado, já que alguns jogadores foram poupados para o duelo de quarta-feira contra o São Paulo, na Vila Belmiro, pelas semifinais da Copa do Brasil. David Braz, Thiago Maia, Gabriel (suspenso) e Ricardo Oliveira deram lugar a Werley, Ledesma, Geuvânio e Nilson. Mais descansado e precisando da vitória, o Figueirense atuou durante toda a etapa inicial com muito mais ímpeto que os visitantes, criando mais oportunidades. Victor Ferraz segue em recuperação.

O sistema de marcação peixeiro começa no ataque, e ali se sentiu mais a diferença em relação às ausências. Nilson é o típico centroavante pesado, que se esforça mas tem dificuldades para executar a marcação. Geuvânio ainda está sem ritmo de jogo, assim como Ledesma no meio, e Marquinhos Gabriel foi bastante apagado, deixando de aproveitar os espaços deixados pela forte marcação concentrada em Lucas Lima.

Mais uma vez o camisa 20 santista foi vigiado de perto, e com uma certa aspereza da parte dos adversários. Faltas em cima dele renderam três cartões amarelos a atletas do Figueira no primeiro tempo, e João Vitor poderia ter sido expulso ao fazer sua segunda falta sem bola no meia, já tendo um cartão amarelo na conta.

Na segunda metade do jogo, o Santos voltou mais aceso e logo a 20 segundo criou uma grande chance com bela jogada de Marquinhos Gabriel pela ponta e uma finalização de Geuvânio defendida por Alex Muralha. O lance mostrava o que seria a tônica do time no segundo tempo, com uma movimentação maior no ataque e Marquinhos Gabriel e Geuvânio buscando atuar mais abertos pelas pontas, dando chance para os passes enfiados em velocidade, muito usados pelo time em geral.

Aos 26, Dorival Júnior colocou Ricardo Oliveira no lugar de Nilson, que pouco produziu na peleja, até porque parece perdido em meio ao sistema móvel alvinegro no campo ofensivo. Cinco minutos depois, Geuvânio deu lugar a Neto Berola e, aos 39, Léo Cittadini entrou no lugar de Ledesma. Mesmo assim, era o Figueirense quem propunha mais o jogo, com o Peixe menos concentrado que o rival e com inúmeros erros de passes, ainda que as alterações tenham melhorado um pouco a intensidade da equipe.

Com seis partidas para o final do campeonato, o Santos vai ter três confrontos fora de casa contra três times que lutam para não cair: Joinville, Coritiba e Vasco. Precisa aproveitar e contrariar seu histórico fora de casa na competição para assegurar seu lugar no G4.

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Santos faz lição de casa, bate o Goiás e segue no G4 do Brasileirão

O Santos superou o Goiás por 3 a 1 no fim da tarde deste domingo (18), alcançando a marca de onze vitórias seguidas na Vila Belmiro pelo campeonato brasileiro de 2015. A equipe segue no G4, com 49 pontos e a segunda melhor campanha do 2º turno.

ricardo oliveira e lucas lima no santso

Ricardo Oliveira comemora um de seus gols com Lucas Lima (Ivan Storti/Santos FC)

Tratava-se de um jogo chave, já que rivais diretos do Alvinegro na disputa como Palmeiras, Internacional e Ponte Preta haviam vencido. Além disso, o Peixe contava com desfalques na defesa, com David Braz suspenso, Gustavo Henrique contundido e Victor Ferraz com lombalgia. Gabriel também não entrou em campo em função da expulsão contra o Grêmio. Mesmo assim, os donos da casa se impuseram desde o começo, mostrando a intensidade que tem caracterizado o time nas mãos de Dorival Júnior.

Aos 14 minutos, a partida já estava 2 a 0 para o Santos, que marcou com Werley, em cruzamento de Daniel Guedes, e Ricardo Oliveira. Este segundo gol foi típico do modo de jogar alvinegro: marcação-pressão na saída de bola do adversário, com Leandro recuperando a posse e o lance sobrando para o artilheiro da competição fazer.

Com tranquilidade, o Peixe fez a bola rodar, superando a tentativa goiana de marca a bola no campo santista, cansando os rivais. A paciência foi premiada no final do primeiro tempo em jogada que teve início com Lucas Lima, em sua centésima partida com a camisa alvinegra, no lado direito, que cruzou na área para Marquinhos Gabriel dar uma bela assistência de letra para o segundo gol do Nove da Vila na partida, seu 19º no Brasileirão.

A vantagem fez com que o Santos relaxasse na etapa final, algo relativamente natural, ainda mais pela forma com que a equipe atua. Algo parecido já aconteceu em outras ocasiões, como no duelo contra o Figueirense no Pacaembu, válido pela Copa do Brasil. A entrada de Lucas Coelho também melhorou o meio de campo do Goiás, que passou a criar oportunidades que não conseguiu no primeiro tempo.

Os esmeraldinos chegaram ao gol ao 4 minutos, em finalização desviada no meio do caminho de David. Se o ímpeto dos visitantes cresceu, a carência técnica dos jogadores ficou evidente nas chances criadas e o Santos prosseguiu levando perigo à defesa rival. O Alvinegro fez o suficiente para assegurar a vitória e ainda contou com a entrada de Geuvânio, 40 dias após sua contusão, que deve ser pra lá de útil na reta final do Brasileiro e na Copa do Brasil.

Na quarta-feira, contra o São Paulo no Morumbi, pelas semifinais da Copa do Brasil, o time deve contar com a volta de David Braz e Gabriel. No sábado (24), tem mais Brasileiro contra o Figueiresne, primeiro adversário de Dorival quando reassumiu o time. Fortes emoções.

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Santos joga pro gasto, supera Figueirense e enfrenta São Paulo nas semis da Copa do Brasil 2015

O Santos bateu o Figueirense no Pacaembu, em partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil. A equipe não fez uma grande apresentação, algo compreensível dada a maratona enfrentada pelos comandados de Dorival Júnior. Um 3 a 2 justo, com um adversário que valorizou a vitória.

Se o Figueirense veio para o Pacaembu com o chamado “time alternativo”, o Santos teve desfalques importantes na partida. Lucas Lima E Victor Ferraz não foram a campo, lesionados, e Geuvânio segue em recuperação. Mas o Alvinegro contou com um 12º jogador fundamental. A torcida desde cedo fez a festa no estádio paulistano, ainda que a desorganização tenha ocasionada filas imensas do lado de fora, atrasando a entrada dos torcedores.

Gabigol celebra

Gabriel, o cara do jogo. E só precisou atuar um tempo…

Como esperado, o Figueira veio retrancado, mas buscando também apertar a saída de bola santista com três atacantes. O problema é que esse tipo de esquema, sem compactação, dá espaço entre os atacantes e a intermediária, e alguns jogadores santistas pegavam a bola com liberdade, como Renato, que buscou enfiadas de bola à frente, em especial para Gabriel.

O menino, inspirado, era quem mais dava trabalho à defesa catarinense, assim como Marquinhos Gabriel. O meia, com Rafael Longuine entre os titulares, fez a função de Lucas Lima, se movimentando por todo o campo. Nada mais natural que os gols saíssem da dupla. Primeiro com um lançamento de Marquinhos para Gabigol, que colocou por baixo das pernas de Felipe para marcar aos 20. Depois, um incrível passe de trivela do garoto, que devolveu o presente para Marquinhos fazer de cabeça aos 28 Com o tento, Gabigol se tornou o maior artilheiro do Santos na Copa do Brasil junto com Neymar, com 13 gols, e fez o seu sexto na edição de 2015, chegando também ao topo dos artilheiros.

O Peixe ainda sofreu um gol aos 37 do primeiro tempo, em cobrança de escanteio pelo lado direito. Bruno Alves anotou em uma falha de marcação e um pouco também do goleiro Vanderlei, já que foi uma bola no canto em que estava. Com a vantagem, a missão dos visitantes ficava bem mais difícil…

E ficou ainda pior com o gol aos 2 minutos de Neto Berola, que entrou após o intervalo no lugar de um apagado Longuine. Com 3 a 1 logo no início da etapa final, os jogadores naturalmente relaxaram e o Figueirense chegou a criar oportunidades, todas desperdiçadas por uma cominação de nervosismo e falta de técnica mesmo. Dorival ainda colocou Serginho no lugar de Gabriel e Marquinhos substituindo Marquinhos Gabriel.

O Figueira ainda chegou ao segundo gol com Carlos Alberto (aquele), aos 41, e até deu até algum medo ao torcedor mais cauteloso do Peixe. Mas a classificação era nossa e agora é enfrentar o São Paulo nas semis da Copa do Brasil.

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Santos supera Internacional e segue vivo na busca pelo G4 do campeonato brasileiro

O Santos manteve seu ótimo aproveitamento na Vila Belmiro ao bater o Internacional nesta manhã/tarde de domingo. O Peixe chega aos 44 pontos e alcança a 5ª colocação no campeonato brasileiro de 2015, pelo menos até as outras partidas do dia.

Provavelmente o técnico e ex-zagueiro do Santos Argel Fucks viu a partida do Corinthians contra o Santos, no último domingo, e buscou repetir a tática de Tite de pressionar a saída de bola santista. Algo, aliás, que o Peixe faz muito e com alta eficiência na maior parte do tempo. Com o desfalque de David Braz, o cenário era ainda mais propício para esse tipo de marcação.

No entanto, o Inter mais dificultou as ações peixeiras do que propriamente criou oportunidades de gol. O tento que abriu o placar na Vila Belmiro só surgiu por uma falha individual de Paulo Ricardo, que fez um pênalti infantil no zagueiro Juan. Valdívia cobrou sem dar chances a Vanderlei, que foi na bola mas não alcançou. Eram 26 do primeiro tempo.

O empate veio com uma boa participação do centroavante Nílson, que substituiu Ricardo Oliveira. Ele saiu do meio dos zagueiros e foi para o meio de campo, puxando a marcação e abrindo espaço para a descida de Marquinhos Gabriel. O atacante tocou bem para o meia que não desperdiçou, na frente de Alisson.

marquinhos gabriel e gabigol

Marquinhos Gabriel celebra com Gabriel o primeiro gol alvinegro

Lucas Lima teve uma atuação um pouco apagada na etapa inicial, muito por causa do sistema de marcação individual sobre ele. Primeiro, com William; depois com Wellington. Após o intervalo, o volante Silva entrou pra fazer o mesmo trabalho. Com isso, praticamente atuando com um a menos já que um atleta ficava responsável somente com o meia da seleção, o Internacional perdeu algo da sua articulação e também do poderio ofensivo.

E foi Silva quem acabou cometendo o pênalti que propiciou a virada para os donos da casa. Com os visitantes tendo voltado depois do intervalo com mais preocupações defensivas e dando mais campo para o Peixe, Thiago Maia tocou para Lucas Lima, dentro da área. O volante colorado agarrou o meia e Gabriel fez o segundo alvinegro na cobrança, aos 14. Maia saiu logo poucos minutos após o gol, dando lugar a Léo Cittadini.

Com um ritmo mais lento em função do calor, o Internacional não conseguiu pressionar o Peixe, chegando com perigo real em uma oportunidade, quando Paulo Ricardo falhou e Valdívia finalizou para grande defesa de Vanderlei aos 29. Após tempo técnico, o Santos compatou ainda mais o time, passando a ter muitos espaços de contra-ataque, com uma permanência maior no campo ofensivo. Assim, o time chegou ao terceiro gol aos 44, com Leandro, que havia entrado no lugar de Nílson.

Antes dos jogos da tarde, o Santos fica a um ponto do G-4 e aindavence um importante concorrente direto pela vaga no grupo dos que vão à Libertadores. Mais moral para seguir na ótima recuperação do Peixe de Dorival Júnior no Brasileirão.

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Massacre na Vila Belmiro. Santos não cozinha o Galo. Tritura

Pra quem tinha alguma dúvida do potencial dessa equipe do Santos, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro, deixou de ter. O Alvinegro atropelou o vice-líder do Brasileirão, o Atlético-MG, com uma goleada de 4 a 0 que poderia até ter sido maior. Um baile.

Com Victor Ferraz e Thiago Maia, ausente na partida contra a Ponte Preta, retornando, não só a qualidade técnica cresceu em relação ao jogo do fim de semana, mas também o ajuste tático que faltou no Moisés Lucarelli. O Peixe conseguiu exercer sua marcação no campo do adversário, embora o Atlético-MG também tenha tentado fazer isso, mantendo até mais posse de bola na primeira metade do jogo e chegando com perigo em uma jogada pela lateral direita. Mas mesmo nesse período, foram os donos da casa que chegaram com mais perigo, em um lance de Gabriel e outro de Marquinhos Gabriel.

Quando, aliás, o substituto de Geuvânio fechou mais a descida do Galo pelo lado esquerdo junto com Zeca, tendo mais atenção dom Patrick, o Alvinegro Praiano passou a ter vantagem e aos 37 Gabriel fez o primeiro do time, em um belo lance individual que também contou com a movimentação de Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel, desfazendo a marcação do Galo. Os visitantes não esboçaram reação e não finalizaram com perigo à meta de Vanderlei mesmo estando atrás no placar.

Gabriel, o menino da Vila, santista, foi muito cruel contra o Galo (Ricardo Saibun/Santos FC)

Gabriel, o menino da Vila, santista, foi muito cruel contra o Galo (Ricardo Saibun/Santos FC)

Na segunda etapa, a toada começou igual, com Ricardo Oliveira perdendo grande chance após bela jogada de Gabriel com Thiago Maia. O Santos mostrava toda velocidade e o jogo envolvente que vem enchendo os olhos da torcida em diversas pelejas apareceu no contra-ataque rápido que Lucas Lima armou para Gabriel.

A partir daí, se o Atlético-MG já estava mal, ficou derrubado psicologicamente e entregue na partida. O Santos continuou apertando a marcação, roubando bolas no meio de campo e na intermediária do rival e foi numa bola em que Lucas Lima pressionou a saída de jogo do adversário que saiu a troca de passes entre ele e Ricardo Oliveira, que marcou seu 17º gol no Brasileiro.

O Peixe ainda viu a estreia de Vitor Bueno, meia que veio do Botafogo-SP e recentemente foi promovido do sub-23, e contou com as entradas de Marquinhos e Leandro, nos lugares de Ricardo Oliveira, Gabriel e Lucas Lima. E o estreante deu uma assistência para um bonito gol de Marquinhos Gabriel. Vanderlei ainda brilhou duas vezes quando o jogo já estava decidido, evitando um tento de Thiago Ribeiro e furando a “lei do ex”.

Uma partida irrepreensível do Santos, com destaque para o importante papel de Lucas Lima e Marquinhos Gabriel na meia e no apoio ao ataque, a movimentação intensa de Gabriel e do incansável Ricardo Oliveira e de mais uma ótima participação de Victor Ferraz atrás e também ofensivamente. Uma noite definitivamente feliz para o santista.

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Santos passeia sobre o São Paulo com banho tático de Dorival

O Santos superou (ou goleou, conforme o conceito de “goleada”) o São Paulo na noite desta quarta-feira (9), na Vila Belmiro, por 3 a 0, ficando a um ponto de entrar no G-4 do Brasileirão 2015. Mais uma vez, foi uma vitória convincente do time, que acumula uma série invicta de treze partidas entre as duas competições que disputa. Mais que isso, um triunfo com a marca de Dorival Júnior.

O São Paulo de Juan Carlos Osorio entrou em campo buscando refrear o ânimo santista, elevado em seus domínios. Para isso, buscou exercer uma marcação-pressão no campo dos donos da casa que chegou a ter efeito nos primeiros minutos, forçando erros da defesa alvinegra. Mesmo assim, os visitantes não conseguiram chegar com perigo à meta de Vanderlei, e acabaram dando a senha para a construção da vitória peixeira.

O Tricolor marcava quase de forma individual os atacantes santistas e, com a pressão feita sobre a defesa alvinegra, acabava dando espaços no meio de campo. Foi aí que apareceram Thiago Maia e, principalmente, Renato atuando cada um junto a um lateral, sobrando em cima da marcação rival que era precária pelos lados. Com triangulações e trocas rápidas de passes nas beiradas do campo (no time de Dorival quem corre é a bola), os donos da casa se impuseram e, por meio de uma falta cometida no lado esquerdo do ataque santista, saiu o primeiro gol em cobrança de falta de Zeca, bem finalizada no cabeceio de David Braz.

A movimentação santista era intensa não somente entre os homens de frente, mas também no meio. Aliás, sem um esforço extra dos jogadores, que mantêm a intensidade do jogo em alta durante a maior parte do tempo, nenhum esquema tático daria certo. Marquinhos Gabriel fazia as vezes de Lucas Lima, mas também caía pela ponta, exercendo o papel de Geuvânio no esquema ideal de Dorival. A entrega do meia impressionou.

Ricardo Oliveira marcou o 3º do Peixe, seu 50º com a camisa santista (Foto: Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Ricardo Oliveira marcou o 3º do Peixe, seu 50º com a camisa santista (Foto: Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Longuine, que foi o substituto do atacante lesionado, mostrou que foi a opção correta do técnico (ainda mais que os reservas em tese seriam Neto Berola e Leandro, que não conseguem desempenhar a função tática de Geuvânio). O meia vindo do Audax mostrou versatilidade ao apoiar o ataque mas também cobrir o avanço dos volantes, compondo o meio de campo e não deixando a defesa exposta. Foi dele o segundo gol peixeiro, uma combinação com Gabriel em um momento em que o Santos apertou a zaga são-paulina e o volante-meia Renato roubou a bola.

Na etapa final, mesmo com as mudanças feitas por Osorio, o Santos tratou de definir a partida aos 7. Um cruzamento perfeito de Victor Ferraz, que mais uma vez teve bela atuação tanto na defesa quanto no apoio, encontrando Ricardo Oliveira, o artilheiro do Brasileirão 2015, na cara de Renan Ribeiro. Foi seu 16º gol na competição, o 50º com a camisa alvinegra em 79 pelejas.

Dorival e os jogadores mostraram mais uma vez que sabem sair de determinadas situações que a partida impõe e as variações táticas da equipe funcionam. Com 37 pontos, a equipe vai a Campinas no próximo domingo encarar a Ponte Preta em busca do lugar no G-4. E o treinador santista tem razão: é prazeroso ver o Santos jogar…

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Sport X Santos e os erros de arbitragem do Brasileirão 2015

Sport e Santos empataram em 1 a 1 na Ilha do Retiro neste domingo à noite, em uma partida na qual mais uma vez a arbitragem foi assunto. No entanto, a discussão sobre falhas dos árbitro tem caído em geral no senso comum, sendo feita muitas vezes de forma irrefletida e sem qualquer aprofundamento. Tomemos este jogo como exemplo.

Primeiro, é preciso dizer: houve um erro capital que prejudicou o Sport. Ricardo Oliveira fez um gol em impedimento, o primeiro da partida. Ponto. A partir daí, várias outras considerações têm que ser feitas. Se formos dividir em duas categorias os equívocos de arbitragem, é possível dividi-los entre aqueles que são crassos ou grosseiros e os que são mais difíceis de se notar. E como classificar esse impedimento do atacante santista?

Na hora do gol, notem que a transmissão do jogo não cravou que ele tinha sido irregular. Já após o final da peleja, tornou-se nas palavras dos comentaristas um “erro clamoroso”. Isso ocorreu por um motivo simples: quando a bola é cabeceada para o gol, tanto o auxiliar quanto quase todos que viam o jogo, voltam o olhar para o goleiro Danilo Fernandes, que rebate. Quando Oliveira aproveita o rebote, um jogador do Sport já está entre ele e gol, dando a impressão, para muitos, de que o tento era legal. Obviamente, a impressão se desfaz com o replay e o congelamento da imagem, que mostra o atacante a quase dois metros à frente.

Vejam a dualidade. Congelando a imagem, é um erro grosseiro; com a rapidez do lance e o evidente interesse de se saber se a bola entraria após a cabeçada ou não, fica muito mais difícil assinalar a irregularidade. “Ah, mas o bandeira deveria estar atento à posição de Oliveira”, pode-se argumentar. Sem dúvida. Mas também tem que ver o caminho da bola ao gol, já que é dele a responsabilidade de marcar um tento se, por exemplo, houve dúvida se a bola passou inteira ou não da linha da meta (já que ela não tem chip). Não é fácil.

Mas daí entram outras duas questões. A pessoa vê que um gol foi irregular e já solta a pérola: “Se não fosse esse gol, o Sport teria ganho o jogo, seria 1 a 0”. A matemática não é tão simples, já que um tento muda a forma dos dois times jogarem. Em geral, quem fez recua mais e quem tomou se lança ao ataque ou até se motiva. O jogo, até então morno como foi quase durante todos os 90 minutos, provavelmente seguiria na mesma toada. E, se o Santos tomasse o gol e ficasse em desvantagem, certamente teria outro tipo de atitude que não a passividade demonstrada após inaugurar o placar. Nunca é possível fazer essa conta que várias pessoas fazem, a não ser que o erro capital tenha ocorrido no final da partida. Fora isso, dizer que tal time ia ganhar, empatar ou perder se tal erro não acontecesse, é puro chute.

A outra questão diz respeito à forma como a arbitragem reage a um erro cometido. Muitas vezes, quando o trio comete um erro no primeiro tempo, sabe no intervalo (ou até antes disso) que ele foi feito. A chance de ocorrer a chamada “compensação” cresece. Ne etapa final, por exemplo, Marquinhos Gabriel sofreu uma falta violentíssima a um minuto, sem bola, um carrinho por trás, por parte de Matheus Ferraz. Uma infração que seria punida com expulsão na maioria dos casos. Rendeu somente um amarelo.

Esse é ou não um erro crasso? Por que tal tipo de “interpretação” merece menos atenção? Jogar quase um tempo todo com um a mais não seria uma vantagem significativa para o Alvinegro. O problema, entre outros, é que esse tipo de lance precisa de contexto na hora de ser discutido em programas esportivos, hoje dominados pelo sensacionalismo. Vale mais mostrar erros que são crassos na hora que se congela a imagem.

A intenção aqui não é dizer que o Sport não foi prejudicado com o gol de Oliveira. Foi. Mas a análise precisa ser feita de forma integral, e não com base em um lance isolado. Muitas vezes uma arbitragem prejudica mais um time com pequenos erros duraante umaa partida do que com um grande. Mas isso não dá Ibope.

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Santos supera Chapecoense na Vila e se aproxima do G4 do Brasileirão 2015

O Santos conseguiu na noite desta quinta-feira uma vitória convincente sobre a Chapecoense, na Vila Belmiro, por 3 a 1, chegando a onze partidas sem perder entre Brasileiro e Copa do Brasil. Agora, a equipe está a três pontos do G4.

Com o Peixe ainda sem Gabriel, contundido, e Lucas Lima, na seleção brasileira, a proposta de sufocar o rival ficou evidente logo no início do jogo. Os visitantes, sem o lateral Apodi, um dos principais jogadores da equipe, também mostrou a que veio de cara: a proposta era segurar a marcação atrás da linha da bola.

Como em outros jogos, o Alvinegro usou bastante os lados, atacando tanto pela direita quanto pela esquerda. A Chape praticamente abriu mão de tentar qualquer lance mais ofensivo, permanecendo durante a maior parte do tempo na sua intermediária. Em parte culpa também do Santos, que ocupou os espaços na intermediária dos visitantes.

O gol não demorou muito a sair, logo aos 15 minutos. Marquinhos Gabriel deu uma bela assistência pelo lado direito para Ricardo Oliveira, no lado canhoto da área, bater de sem pulo e fazer um golaço.

Pouco depois, um lance polêmico. Ricardo Oliveira disputou bola na área com o zagueiro Neto e caiu. Não foi pênalti, mas o árbitro Bruno Arleu de Araújo anotou. O atacante alvinegro bateu no lado direito, mais uma vez, desta vez à meia altura. E, pela quarta vez na temporada, perdeu.

A superioridade santista no primeiro tempo foi evidente, e os números comprovam. Enquanto a Chapecoense fez uma finalização somente ao gol, facilmnete defendida por Vanderlei, o Peixe, além do gol, chegou com perigo em finalização de Marquinhos Gabriel, em belo lance, pra fora, mantendo 61,2% da posse de bola.

Para o segundo tempo, o treinador Vinicius Eutrópio tirou Ananias e João Afonso para a entrada de Camilo e Cléber Santana. A equipe visitante passou a ter mais posse de bola e chegou com perigo à meta alvinegra aos 11 minutos, em finalização de fora da área. Mas, dois minutos depois, Geuvânio fez um lance que já está se tornando típico. Limpou pelo lado direito da área da Chapecoense e finalizou no ângulo direito de Danilo. Um tiraço indefensável e que não foi comemorado pelo atacante, bastante xingado pela torcida santista (parte dela na Vila tem esse péssimo hábito de não apoiar os próprios jogadores) por ter errado uma jogada segundos antes.

Àquela altura, Léo Cittadini já havia substituído Neto Berola, outra vez com desempenho decepcionante. Depois de tomar o segundo gol, a equipe gaúcha veio pra cima novamente, mas Vanderlei conseguiu segurar tanto os cruzamentos na área como finalizações mais perigosas do rival. A fatura, porém, estava para ser liquidada. Em jogada ensaiada no lado direito após batida de escanteio (é ótimo ver que a equipe hoje treina…), a bola foi parar na cabeça de Ricardo Oliveira, que fez seu 14º gol no Brasileiro. Na temporada, já são 27 gols em 45 partidas e, com a camisa alvinegra, são 48 tentos em 77 jogos. é o 6º maior artilheiro peixeiro no século 21.

O centroavante saiu para a entrada de Nilson e Narquinhos Gabriel, logo depois, cedeu lugar a Rafael Longuine. Ainda que tivesse o controle da partida, o Santos fez valer a lei de tomar gol de ex-jogador quando o zaguerio Neto, depois de escanteio cobrado do lado direito da defesa peixeira, marcou. Aliás, depois disso a equipe ainda tomou algum sufoco em bolas aéreas, tipo de situação que não acontecia há tempos na defesa alvinegra.

A se destacar ainda a grande partida feita por Victor Ferraz, que exerceu grande papel na marcação, com desarmes providenciais, e também no apoio ao ataque. O preocupante foi a provável contusão de Geuvânio no final da partida, uma peça fundamental técnica e taticamente no esquema de Dorival Júnior. Agora o Santos chega a 33 pontos na tábua de classificação. O que parecia pouco provável há dois meses, começa a ser uma realidade. O Peixe chega na disputa de uma vaga da Libertadores no Brasileirão.

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Santos bate Cruzeiro e consegue primeira vitória fora de casa No Brasileirão 2015

Finalmente o Santos conseguiu sua primeira vitória longe da Vila Belmiro no Brasileiro de 2015. Não foi um jogo brilhante, mas a equipe conseguiu manter o Cruzeiro sob controle a maior parte do tempo e se aproveitou do desespero e da falta de padrão tático do time de Vanderlei Luxemburgo. Agora, o Alvinegro está em 9º na competição, a quatro pontos do G4.

Sem poder contar com Gabriel, que sofreu um edema na coxa direita no jogo contra o Corinthians no meio da semana, e também Geuvânio, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo na partida contra o Avaí, Dorival Júnior promoveu as entradas de Neto Berola e Marquinhos Gabriel, e o time tentou não mudar a característica de apertar a marcação desde o ataque. No entanto, o Cruzeiro usou do mesmo expediente, o que, aliás, era de se esperar, dada a necessidade dos donos da casa.

Mas os dois substitutos do ataque não só não têm o mesmo potencial técnico dos titulares como também não tem a mesma facilidade de marcar a saída de bola. Assim, no duelo das marcações no campo rival, a equipe mineira levou vantagem no início, pressionando a defesa peixeira principalmente pelo lado direito da intermediária alvinegra, com Alisson. Por ali, o time celeste chegou a um gol anulado de forma correta, aos 16. Mas, fora esse lance e uma finalização de Marinho pelo lado esquerdo da defesa peixeira, o Cruzeiro não conseguiu traduzir a maior posse de bola em oportunidades.

O Santos, ao contrário, brilhou pela precisão. Foi na primeira bola recebida em boas condições por Ricardo Oliveira que o centroavante limpou e finalizou. Um belo petardo que chegou a 90 km/h e foi parar no ângulo esquerdo do goleiro Fábio. Eram 42, e depois disso o Alvinegro ainda chegou em outra oportunidade com Marquinhos Gabriel, tentando nocautear os abalados donos da casa já na etapa inicial.

Ricardo Oliveira, mais um na lista do artilheiro (Reprodução)

Ricardo Oliveira, mais um na lista do artilheiro (Reprodução)

Luxemburgo fez duas alterações no intervalo, substituindo Vinícius Araújo e Marcus Vinícius por Allano e Gabriel Xavier. E Dorival Júnior também não teve muita paciência com Neto Berola, sacado aos 9 minutos e dando lugar a Leandro. Já no início era possível ver os espaços dados pelos donos da casa, que passaram a tentar o ataque, mas sem compactação. Assim, o Alvinegro começou a tocar mais a bola e criar mais oportunidades do que no tempo inicial. A melhor delas em lance de Ricardo Oliveira em uma virada de bola dentro da área, aos 11.

Logo em seguida, foi o Cruzeiro quem chegou com perigo, em finalização de Allison, que exigiu uma grande defesa de Vanderlei. No rebote, Allano chutou para fora. Mesmo sem muita intensidade, o time mineiro tentou, da forma como podia, ir ao ataque e o Alvinegro se acomodou demais durante parte do jogo. Lucas Lima não teve o mesmo desempenho de outras partidas, prendendo às vezes excessivamente a bola, mas também por não ter tantas opções de passe.

Luxemburgo substituiu Henrique por De Arrascaeta aos 25 e Dorival, aos 30, colocou Lucas Otávio e sacou Thiago Maia. A essa altura do jogo, a torcida mineira tentou empurrar a equipe celeste e Vanderlei entrou em ação em bolas aéreas e também nas parcas finalizações dos donos da casa. Mais uma vez, o arqueiro mostrou segurança, o que nem sempre se sentia em Vladimir.

Até os 40 minutos os cruzeirenses ensaiaram uma pressão com o apoio dos torcedores que estavam no Mineirão, mas o lateral Fabrício acabou sendo expulso ao tomar dois cartões amarelos em menos de um minuto. O Cruzeiro, valente, ainda tentou se aproveitar de um certo comodismo dos visitantes, mas ao final, o Santos conseguiu sua primeira vitória no Brasileiro.

A se destacar o golaço de Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileiro com 12 tentos. Com a camisa santista, ele tem 46 em 76 partidas. No ano, são 25. Que continue desta forma porque, sem Lucas Lima nas próximas três pelejas por conta da seleção, o Alvinegro vai precisar do seu mais preciso atacante.

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