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O Santos na Copinha: relembre o título de 1984

Na primeira vez em que o Alvinegro se sagrou campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior o adversário da final foi o Corinthians

O primeiro título do Santos na Copa São Paulo de Júniores, a Copinha, veio em sua 16ª edição, em 1984, mesmo ano em que a equipe profissional se sagrou campeão paulista. Coincidentemente, o adversário no jogo final foi o mesmo nos dois torneios.

Naquele ano, a competição, então organizada somente pela Secretaria Municipal de Esportes paulistana, contou com 24 equipes divididas em oito chaves com três times cada. Bem diferente das edições mais recentes, com mais de uma centena de clubes participando.

O grupo do Santos era sediado em São Bernardo do Campo e tinha o Matsubara e o Cruzeiro.

Não era uma chave fácil. O clube paranaense, da cidade de Cambará, norte do estado, tinha como forte justamente suas categorias de base, sendo chamado de “fábrica de revelações”. Mas, após derrota para o Cruzeiro por 1 a 0, os sulistas também foram derrotados pelo Santos, por 3 a 0.

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Equipe campeã da Copinha de 1984 (Arquivo Melhores da Base)

A decisão do campeão do grupo que passaria à fase seguinte foi entre o Peixe e o clube mineiro, e deu Santos: 2 a 1.

O adversário do Alvinegro na fase seguinte foi a Ponte Preta, outra equipe que, à época, era reveladora de talentos para o futebol, tendo sido campeã do torneio em 1981 e 1982. Após um empate duro em zero a zero, a vaga nas semifinais foi decidida nos pênaltis, com triunfo santista por 5 a 4.

Outro páreo difícil para os alvinegros antes da decisão. O Nacional, também forte na base, já havia sido campeão da Copinha em 1972 e voltaria a triunfar em 1988, mas naquela ocasião perdeu para o Santos por 2 a 1.

Na final contra o Corinthians, no Canindé, o Peixe saiu na frente com Gérson, aos 18 do primeiro tempo, mas sofreu o empate aos 32, gol de Rogério. Próximo ao final da partida, aos 44, o Santos marcou o segundo com Flávio, garantindo sua primeira conquista na Copinha.

Menos de uma semana mais tarde, quando começou o Campeonato Brasileiro, jogadores da equipe foram incorporados ao profissional e disputaram a competição, caso do meia Paulo Leme, que permaneceu na equipe até 1986, e do atacante Gérson, que depois faria sucesso no Internacional, campeão gaúcho e da Copa do Brasil em 1992.

O zagueiro Pedro Paulo fez parte do plantel que foi campeão paulista naquele ano e ficou na Vila Belmiro até 1992, quando saiu para o Fortaleza. Fez 200 partidas pelo Alvinegro e marcou 10 gols. Já o goleiro Nílton ficou no clube até 1995, mas nunca se efetivou como titular.

 

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Lembra dele no Santos? Quando o “craque Neto” vestiu a camisa alvinegra

Meia veio do Atlético-MG jogar na Vila Belmiro, marcou contra o Corinthians no Brasileiro de 1994, mas não vingou

Conhecido por sua identificação com o Corinthians e herói do primeiro título brasileiro do clube, em 1990, o hoje apresentador e comentarista José Ferreira Neto, o Neto, também vestiu a camisa do Santos, embora poucos saibam ou se lembrem.

No meio de 1994 o meia vinha do Atlético-MG, que no primeiro semestre havia tentado montar um supertime com o jogador, vindo do Millionarios-COL, mas ainda vinculado ao Corinthians. O clube apostava ainda em outros nomes conhecidos como os atacantes Éder e Renato Gaúcho, o meia Darci e o lateral Luís Carlos Winck. Com o fracasso da equipe, vice-campeão estadual, Neto foi visto como uma solução para o Santos. Para o Galo, foi a chance de repassar o atleta, já que não havia conseguido saldar o valor integral do passe junto ao Corinthians.

O Peixe vinha de um quarto lugar no campeonato paulista que, na prática, tinha sido um feito, dado que a equipe chegara a ocupar a lanterna no primeiro turno. A recuperação veio pelas mãos do então estreante treinador Serginho Chulapa, ex-auxiliar de Pepe, e o elenco tinha nomes como Edinho, Índio, Narciso, Maurício Copertino, Cerezo, Dinho, Gallo, Carlinhos, Ranielli, Marcelinho Paraíba, Paulinho Kobayashi, Zé Renato, Demétrius, Serginho Fraldinha, Macedo e Guga.

Definitivamente não era um time dos sonhos e Neto era substituído frequentemente durante os jogos. Em algumas vezes ficou na reserva de Ranielli, que fazia a dupla de meias ofensivos ora com Kobayashi, ora com Carlinhos (os dois volantes Dinho e Gallo completavam o meio de campo). Mais à frente no Brasileiro de 1994, um outro jogador passou a despontar como opção: Giovanni, lançado por Serginho e mias utilizado por seu substituto, Joãozinho.

No clássico contra seu ex-time, o Corinthians, Neto fez o gol peixeiro na derrota por 2 a 1 e também teria sofrido um pênalti não marcado pelo árbitro Antônio Cláudio Perin. Após o jogo, no vestiário, Serginho Chulapa agrediu o repórter Gilvan Ribeiro, do Diário Popular, sendo demitido em função do episódio.

O Santos terminou o Brasileiro de 1994 em nono lugar, uma posição abaixo dos classificados. E Neto, após 18 jogos e 3 gols, saiu no fim do ano para o Matsubara, do Paraná.

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