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Santos supera São Paulo, entra no G4 e está a uma vitória do líder

Alvinegro conquistou um triunfo categórico sobre o rival em sua 500ª partida no Pacaembu

Uma vitória histórica. O clássico entre Santos e São Paulo disputado na tarde deste domingo (26), no Pacaembu, foi a 500ª peleja disputada pelo Peixe no estádio. O retrospecto é amplamente favorável: 219 vitórias, 130 empates e 151 derrotas.

Recentemente, o estádio também tem sido uma bela casa para o time. O triunfo de 3 a 0 sobre o São Paulo foi o 13º consecutivo no Pacaembu, mostrando que a equipe pode e precisa atuar mais junto ao torcedor paulistano, até por uma questão de ampliar seu público e trabalhar o marketing do clube.

Afora os dados históricos, o Alvinegro é quem foi o soberano da tarde. A tarefa de assegurar mais três pontos foi facilitada pela falha de Denis, que não segurou a finalização de Thiago Maia e soltou a bola para Vitor Bueno somente mandar para o gol. Isso a menos de um minuto da redonda rolando.

À frente no placar, a tarefa santista foi facilitada, desmontando também a pretensão do São Paulo de Bauza, que em geral busca a recuperação de bola no meio de campo para armar o contra-ataque. O Peixe quase não deu chances a esse tipo de lance e restou aos são-paulinos tentarem explorar um dos pontos falhos do time de Dorival Júnior: a bola aérea, especialmente em cobranças de escanteio.

Foi basicamente pelo alto, que o Tricolor levou perigo. Mas, quando conseguiu chegar, Vanderlei estava lá. Por baixo, mais uma vez o Peixe mostrou segurança e marcação no meio de campo dificultou a criação do rival. Não à toa o Santos terminou a 11ª rodada como a melhor defesa do Brasileirão 2016.

Mais uma vez impressionou a qualidade da troca de passes do Peixe. E a quantidade também. De acordo com o Footstats, foram 477 certos trocados, com 51 errados, contra 251 dos oponentes, e 29 imprecisos. No total, 59,5% de posse de bola alvinegra contra 40,6% tricolor.

O fato é que a equipe de Dorival hoje sabe controlar o tempo de bola. às vezes pode até irritar o torcedor porque, em algumas ocasiões, tem a possibilidade de ser aguda e opta pela troca de bola. Mas é algo que também irrita e desestabiliza o adversário, ainda mais quando o Santos está em vantagem no placar. A procura constante pela melhor forma de finalizar é uma forma de valorizar o jogo.

Rodrigão faz segundo gol do santos contra o São Paulo

Lugano falha; Rodrigão, não. Segundo gol do Santos contra o São Paulo no Pacaembu

Lucas Lima foi muito participativo, mas poderia justamente ter dado mais velocidade em alguns lances. Sua atuação foi coroada com um lindo gol de falta, mas quem viu o jogo no estádio sentiu que a condição física do meia não é a ideal. Já Rodrigão fez o seu segundo pela equipe em sua segunda peleja, ganhando disputa com Lugano, expulso no fim do jogo por reclamação, na área e mostrando oportunismo. Tem toda pinta de que vai ser muito útil no Brasileiro.

Com cinco vitórias nos últimos seis jogos, o Alvinegro está agora no G4, a uma vitória do Palmeiras, que lidera o campeonato. Ainda é prematuro dizer que o time vai brigar pelo título, já que se trata de uma competição longa e a janela de transferências sempre preocupa, mas o elenco está fortalecido e os titulares mostram um grande entrosamento. Todos parecem ter entendido o estilo que Dorival quer imprimir ao time e tem dado certo. Bons presságios.

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Santos passeia sobre o São Paulo com banho tático de Dorival

O Santos superou (ou goleou, conforme o conceito de “goleada”) o São Paulo na noite desta quarta-feira (9), na Vila Belmiro, por 3 a 0, ficando a um ponto de entrar no G-4 do Brasileirão 2015. Mais uma vez, foi uma vitória convincente do time, que acumula uma série invicta de treze partidas entre as duas competições que disputa. Mais que isso, um triunfo com a marca de Dorival Júnior.

O São Paulo de Juan Carlos Osorio entrou em campo buscando refrear o ânimo santista, elevado em seus domínios. Para isso, buscou exercer uma marcação-pressão no campo dos donos da casa que chegou a ter efeito nos primeiros minutos, forçando erros da defesa alvinegra. Mesmo assim, os visitantes não conseguiram chegar com perigo à meta de Vanderlei, e acabaram dando a senha para a construção da vitória peixeira.

O Tricolor marcava quase de forma individual os atacantes santistas e, com a pressão feita sobre a defesa alvinegra, acabava dando espaços no meio de campo. Foi aí que apareceram Thiago Maia e, principalmente, Renato atuando cada um junto a um lateral, sobrando em cima da marcação rival que era precária pelos lados. Com triangulações e trocas rápidas de passes nas beiradas do campo (no time de Dorival quem corre é a bola), os donos da casa se impuseram e, por meio de uma falta cometida no lado esquerdo do ataque santista, saiu o primeiro gol em cobrança de falta de Zeca, bem finalizada no cabeceio de David Braz.

A movimentação santista era intensa não somente entre os homens de frente, mas também no meio. Aliás, sem um esforço extra dos jogadores, que mantêm a intensidade do jogo em alta durante a maior parte do tempo, nenhum esquema tático daria certo. Marquinhos Gabriel fazia as vezes de Lucas Lima, mas também caía pela ponta, exercendo o papel de Geuvânio no esquema ideal de Dorival. A entrega do meia impressionou.

Ricardo Oliveira marcou o 3º do Peixe, seu 50º com a camisa santista (Foto: Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Ricardo Oliveira marcou o 3º do Peixe, seu 50º com a camisa santista (Foto: Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

Longuine, que foi o substituto do atacante lesionado, mostrou que foi a opção correta do técnico (ainda mais que os reservas em tese seriam Neto Berola e Leandro, que não conseguem desempenhar a função tática de Geuvânio). O meia vindo do Audax mostrou versatilidade ao apoiar o ataque mas também cobrir o avanço dos volantes, compondo o meio de campo e não deixando a defesa exposta. Foi dele o segundo gol peixeiro, uma combinação com Gabriel em um momento em que o Santos apertou a zaga são-paulina e o volante-meia Renato roubou a bola.

Na etapa final, mesmo com as mudanças feitas por Osorio, o Santos tratou de definir a partida aos 7. Um cruzamento perfeito de Victor Ferraz, que mais uma vez teve bela atuação tanto na defesa quanto no apoio, encontrando Ricardo Oliveira, o artilheiro do Brasileirão 2015, na cara de Renan Ribeiro. Foi seu 16º gol na competição, o 50º com a camisa alvinegra em 79 pelejas.

Dorival e os jogadores mostraram mais uma vez que sabem sair de determinadas situações que a partida impõe e as variações táticas da equipe funcionam. Com 37 pontos, a equipe vai a Campinas no próximo domingo encarar a Ponte Preta em busca do lugar no G-4. E o treinador santista tem razão: é prazeroso ver o Santos jogar…

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Mesmo com um a menos, Santos vence São Paulo na Vila Belmiro por 3 a 0

Citando o Conselheiro Acácio, toda partida tem momentos que podem ser cruciais, mudando seu rumo e fazendo o torcedor pensar “se não fosse aquele lance”… No clássico entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, depois do tento marcado por Edu Dracena* na primeira etapa aos 22, Alison foi expulso aos 42. Até então, o Peixe finalizava mais que o rival e chegava a exercer um relativo domínio, mas os visitantes se animaram e foram atrás do empate na etapa inicial. Em chute de Rodrigo Caio, Aranha rebateu e Douglas quase marcou o que seria o empate aos 47, mas perdeu.

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Thiago Ribeiro fez contra seu ex-time (Foto SantosFC)

Esse poderia ser um lance crucial, já que a igualdade daria mais confiança ao São Paulo. Mas não foi ali, ao menos para o Alvinegro, que se deu o lance decisivo. Com um a menos, a aposta de qualquer torcedor era que Claudinei Oliveira reforçaria sua fama defensivista, colocando outro volante no lugar de um dos dois atacantes, repondo a ausência de Alison. Afinal, o time tinha entrado com três volantes e um lateral no meio contra o Atlético-MG, só alterando a forma de jogar quando já perdia a partida. Mas, dessa vez, o treinador não recuou mais do que deveria.

Formou sim duas linhas de quatro para se resguardar, mas não abriu mão do contra-ataque como em outras ocasiões no Brasileiro. Manteve Thiago Ribeiro, atacante que penou de forma solitária contra o Galo, mas que soube ser ágil e preciso quando recebeu bola de Cicinho, aos 15, para marcar o segundo do Santos no clássico.

Mesmo com um a menos, a partir desse momento o jogo de nervos favoreceu o time santista. O Tricolor, sem confiança e nem técnica, não conseguiu furar o bloqueio peixeiro e ainda tomou o terceiro gol em nova jogada de Cicinho pela direita, com finalização de Léo, aos 45. Outro ponto que chama a atenção é o fato do veterano ex-lateral e hoje meia ter entrado bem mais uma vez, assim como na peleja contra o Internacional. Deveria ser mais aproveitado na equipe.

Claudinei reagiu, e bem, à pressão, em uma semana na qual, de forma pouca sutil, foi chamado de técnico sem “t” maiúsculo. Após a vitória, pode conseguir mais tranquilidade para dar um padrão à equipe que não oscile entre ter três volantes e um atacante em um jogo, terminando com três atacantes e um volante. Ou conseguir piorar o ritmo de uma partida ao colocar quatro atacantes em campo quando está atrás no placar, como aconteceu contra o Botafogo. Variações durante uma partida são normais, mas quando são bipolares mostram que se errou em algum momento, ou no início, ou no meio. O sonho da Libertadores ainda está de pé, mas o Santos vai precisar do seu treinador confiando mais em si mesmo, já que a confiança dos jogadores parece que já tem.

*Com 17 gols, Edu Dracena está a três de igualar Alex como maior zagueiro-artilheiro do Santos.

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