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Santos 11 X 0 Botafogo-SP. Lembranças do adversário de sábado à noite

“Vocês vão se f… aqui hoje.” Era assim que um mais que motivado Pelé respondia aos adversários, a cada gol que marcava naquele 21 de novembro de 1964, pelas provocações de jogadores e da torcida pela derrota na partida entre Santos e Botafogo-SP meses antes. É o que conta o atacante tricolor Antoninho, nesta matéria. “Não tinha jeito, ele estava ‘endiabrado’. A cada gol que ele fazia, pegava a bola no fundo da rede e voltava pro meio-campo correndo, porque queria bater o recorde de gols”, relembra. “Ele queria vingança por causa do jogo no primeiro turno. Nós ganhamos deles por 2 a 0, a torcida provocou muito e um jogador nosso até sentou na bola”, diz.

ImagemAquela noite foi o recorde de gols de Pelé em uma só partida: oito tentos. E também a terceira maior goleada do Alvinegro na história, perdendo só para os 12 X 1 aplicados no Ypiranga e na Ponte Preta. Naquela noite, como também menciona a reportagem da ESPN, Pepe marcou o quarto do triunfo peixeiro, um gol olímpico. Foi 11 a 0, o Pelé fez oito e eu fiz um. Mas o meu gol foi olímpico! O duro é que ninguém lembra, porque o Pelé fez oito (risos)…”, conta.

Este post lembra que foram 9.437 torcedores os que pagaram ingresso para acompanhar a partida na Vila Belmiro. A equipe de Lula entrou no gramado da Vila famosa com Gilmar; Ismael, Modesto, Haroldo e Geraldino; Lima e Mengálvio; Toninho Guerreiro, Coutinho, Pelé e Pepe. O Botafogo entrou com Machado; Ditinho, Carlucci, Tiri e Maciel; Hélio Vieira e Adalberto; Zuíno, Alex, Antoninho e Gaze.

Duas outras curiosidades. O goleiro do Botafogo, Machado, foi eleito o segundo melhor da peleja, perdendo somente para o Dez santista. Naquela ocasião, o técnico botafoguense era Oswaldo Brandão, demitido em função da derrota. No dia 6 de dezembro, duas semanas depois da goleada, ele voltou a encontrar o Peixe, desta vez comandando o Corinthians, no Pacaembu. Mais um saco de gols: 7 a 4 para o Santos. Brandão tomou 18 gols do Alvinegro em dois jogos, sendo 12 de Pelé.

Histórico de jogos entre Santos e Botafogo-SP

Santos e Botafogo se encontraram 89 vezes e é grande a vantagem alvinegra. O Peixe obteve 54 vitórias, empatou 20 vezes e perde 15, com 201 gols pró e 93 contra.

Santos X Botafogo-SP, hoje à noite, Vila Belmiro

Para o jogo de hoje contra o Botafogo, Oswaldo de Oliveira deve poupar alguns jogadores. Rildo, atacante contratado junto à Ponte Preta, foi relacionado e pode fazer sua estreia. O ala esquerdo Mena e o volante Alan Santos são desfalques certos. No total, 21 jogadores foram relacionados, mas três serão cortados antes da partida. Alguns dos campeões da Copa São Paulo de Juniores estão entre os convocados pelo técnico como o lateral esquerdo Zé Carlos, o volante Lucas Otávio, e os atacantes Diego Cardoso, Jorge Eduardo e Stefano Yuri.

O Botafogo-SP lidera o grupo B, que tem o Corinthians, com nove pontos. Já o Peixe é o primeiro do grupo C, com dez pontos, um à frente do São Bernardo, que derrotou justamente a equipe de Ribeirão Preto na rodada de estreia da competição. A provável escalação do Santos misto hoje é Aranha, Bruno Peres, Jubal, Gustavo Henrique (David Braz) e Emerson; Leandrinho, Lucas Otávio, Jorge Eduardo e Cícero; Victor Andrade (Thiago Ribeiro) e Stéfano Yuri.

Lembrando ainda que o Santos está a quatro tentos do gol 12 mil, sendo o clube profissional que mais fez gols no mundo.

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Há 50 anos, o Santos de Pelé batia o Botafogo de Garrincha por 5 a 0

Nesta semana, o nome de Mané Garrinha veio à tona, por conta de mais uma das imposições da Fifa, que agora estaria exigindo que o nome do estádio de Brasília fosse alterado para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo. De acordo com a publicação, a entidade argumenta que as competições, de “interesse internacional”, exigem que se mantenha “consistência nos nomes dos estádios”.

A se confirmar essa intenção da Fifa, é realmente uma dessas atitudes completamente absurdas pelo que Garrincha representou para o futebol brasileiro e mundial. Quando a seleção contou com ele e Pelé juntos, jamais saiu derrotada de campo, em uma época de outro dos nossos boleiros. E, quando atuaram um contra o outro, propiciaram grandes espetáculos. Nesta semana, no dia 2 de abril, completaram-se 50 anos de uma partida memorável para os alvinegros santistas.

Era a terceira peleja da final da Taça Brasil (Campeonato Brasileiro) de 1962, embora disputada em 1963. No primeiro jogo, no Pacaembu, o Peixe havia batido os botafoguenses por 4 a 3, mas, na volta, foi derrotado por 3 a 1 no Maracanã, o que provocou a partida desempate, no mesmo Maracanã.

Em campo, simplesmente doze atletas campeões do mundo com a seleção brasileira em 1962. Pelo lado santista, Gilmar, Mauro, Zito, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Do lado carioca, Zagallo, Nílton Santos, Garrincha, Amarildo e Rildo.

Time campeão de 1962 - Em pé, Lima, Zito, Dalmo, Calvet e Mauro. Agachados, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe

Time campeão de 1962 – Em pé, Lima, Zito, Dalmo, Calvet e Mauro. Agachados, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe

O que se viu naquele dia foi um jogo avassalador do time da Vila Belmiro. Em relação à partida anterior, uma alteração que fez a diferença, como relata Odir Cunha na obra Time dos Sonhos. Por orientação de Lula ou do capitão Zito, de acordo com a versão, Dorval passou a marcar Zagallo. Coutinho conta a respeito no livro. “Nós conversamos no túnel, todos abraçados antes de entrar em campo. Falamos: o Dorval tem que encostar no Zagallo, o Zagallo está saindo e o Amarildo está caindo nas costas e está ficando vazio ali. Aí o Dorval encostou no Zagallo, fomos lá e fizemos um, dois, três, quatro, cinco e poderíamos ter feito quinhentos. O Santos tinha uma coisa: dificilmente perdia duas vezes seguidas.”

À época, a imprensa carioca, antes esperançosa de que o Botafogo pudesse vencer o Peixe e ir à Libertadores (só o campeão brasileiro representava o país), teve que saudar o Santos, com muitos afirmando que se tratava da maior exibição de uma equipe no Maracanã.

Ficha técnica

Botafogo 0 X 5 Santos

Local: Maracanã

Árbitro: Eunápio de Queirós

Público: 70.324

Botafogo: Manga, Rildo, depois Joel, Zé Maria, Nilton Santos (depois Jadir) e Ivan; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo (depois Jair). Técnico: Marinho Rodrigues.

Santos: Gilmar, Lima, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Mengálvio; Dorval, Coutinho (depois Tite), Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

Gols: Dorval aos 24′, Pepe aos 39′ do primeiro tempo; Coutinho aos 9′, Pelé aos 30′e 35′ do segundo tempo.

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Os 50 anos do primeiro Mundial do Santos

Eram 19 horas em Brasília, 22 em Lisboa. Na época, a disputa pelo Mundial se fazia em melhor de três pelejas, e o Santos, campeão da Libertadores de 1962, já havia vencido a primeira no Maracanã, por 3 a 2. Contudo, a parada em Portugal tendia a ser mais dura.

Já estavam sendo vendidos os ingressos para a terceira partida, pois os lusitanos davam como favas contadas a vitória no Estádio da Luz. Não era à toa, já que o Benfica era bicampeão europeu. Tinha conquistado seu primeiro título na Liga em 1961-1962, batendo o Barcelona de Czibor e Kocsis, dois dos húngaros protagonistas da épica seleção de 1954. No ano seguinte, os benfiquenses bateram outro gigante, o Real Madrid, de Di Stéfano e Puskas, em uma fantástica final, por 5 a 3. Seriam ainda vice-campeões no ano seguinte, contra o Milan.

Sim, aquela era uma das maiores formações de um time europeu na História. Jogadores como o “Pantera Negra” Eusébio, Simões e José Augusto estariam quatro anos depois na seleção portuguesa que ficou em terceiro lugar no Mundial da Inglaterra, em 1966.

Era uma noite de marcas. No Brasil, como conta Odir Cunha em Time dos Sonhos, o Ministério da Justiça autorizou a mudança do horário de A Voz do Brasil para que a partida fosse transmitida. Três semanas antes todos os 73 mil ingressos já tinham sido vendidos, um recorde de público e renda em Portugal.

E se o campeão europeu esperava uma equipe recuada, jogando só em contra-ataques, se enganou redondamente. O treinador Lula colocou Olavo na lateral-direita, trocando Mengálvio, contundido, por Lima no meio de campo. O time ganhou ainda mais velocidade, e estava pronto para fazer o que muitos consideram a maior partida de sua centenária história.

É assim que o maior ponta artilheiro do Brasil (e possivelmente do mundo), Pepe, se recorda daquela dia, conforme reportagem aqui. “A nossa única preocupação foi com o gramado. Os portugueses o deixaram em péssimo estado para termos dificuldade de tocar a bola, driblar, tudo o que mais fazíamos. De nada adiantou! Abrimos o 4 a 0, e poderíamos jogar eternamente que jamais perderíamos o jogo.”

Pepe ainda comenta sobre o “gol feio” que fez na peleja. “A partida estava gostosa para o Santos, e ainda sobrou espaço para o gol mais feio da minha carreira, confesso. Eu tabelei com o Coutinho, o campo estava molhado e a bola correu muito. O Costa Pereira mergulhou na bola e foi escorregando em minha direção. Ela sobrou no meu pé, na marca do pênalti, sem ninguém no gol. Eu só empurrei a bola para dentro, foi feio”, lembra. “Com o 5 a 0 a torcida já aplaudia de pé o Santos. Só tomamos os dois gols por não fazer falta. Se precisasse, não sofreríamos nenhum.”

Mas se o ponta fez um gol que ele considera “feio”, Coutinho fez um belo tento no primeiro jogo, disputado no Maracanã (ele também fez o seu em Lisboa), que ficou na memória de José Miguel Wisnik, como conta nesse texto. “A bola foi lançada pelo alto, vinda da intermediária pelo lado direito, caindo sobre o bico esquerdo da pequena área, onde estava Coutinho. Ele matou de efeito, sem deixá-la cair no chão, aproveitando tanto o impulso natural da bola quanto o seu desenho em curva para dar um chapéu de fora para dentro num primeiro zagueiro, e, em seguida, um outro chapéu simétrico num segundo zagueiro, antes de concluir, sem que a bola tocasse o chão”, recorda. “Li num jornal, dois dias depois do jogo, que, ao embarcar de volta para Portugal, um dirigente do Benfica declarou sobre o gol, numa autêntica chave de ouro camoniana, que valera a pena atravessar o oceano, só para sofrê-lo.”

Os 5 a 2 daquela noite mostravam a superioridade de uma equipe que jogava coletivamente, mas que tinha talentos individuais incontestes. Não foi conquistada como muitos títulos o são hoje em dia, com ênfase na defesa, na base da retranca, com um gol de contra-ataque achado. Foi uma aula, reconhecida pelos próprios derrotados como conta, novamente, Odir Cunha em seu Donos da Terra.

 

 

“Um espetáculo. Foi uma noite excepcional do futebol. Mesmo perdendo por 5 a 2, nós não nos sentimos derrotados. Saí de campo com uma impressão diferente do que era futebol. O Santos era superior porque tinha jogadores excepcionais. O Santos tinha um time maravilhoso”, disse o ponta-direita José Augusto. Simões, seu companheiro de Benfica e seleção portuguesa, concordou. “É muito difícil encontrar tanto craque, tanto jogador inteligente como naquele time. Eu comparo o Santos de 62 com a Seleção do Brasil de 70. Considero as duas as melhores equipes de futebol que eu vi até hoje. A Seleção de 70 é a confirmação de um modelo de jogo que o Santos já vinha demonstrando há muito tempo.”

É esse futebol encantador, que viajou o mundo e impressionou a tantos, que se tornou um legado para o Brasil. E, 50 anos depois, muitos ainda sonham com lances e jogadas que não puderam acompanhar ao vivo, esperando que um dia possam ver com outros personagens, resgatando um tempo em que, mesmo em meio a gigantes, impressionávamos pela nossa grandeza.

Benfica 2 X 5 Santos
Data: 11 de outubro de 1962 (quinta-feira).
Local: Estádio da Luz, Lisboa.
Árbitro: Pierre Schinter (França), auxiliado por Steiner e Boalilou.
Público: Cerca de 80 mil pessoas, com 73 mil pagantes.
Renda: 2,5 milhões de escudos.
Benfica – Costa Pereira; Humberto, Raul e Cruz; Caven e Jacinto; José Augusto, Santana, Eusébio, Coluna e Simões. Técnico: Fernando Riera.
Santos – Gilmar; Olavo, Mauro e Dalmo; Zito e Calvet; Dorval, Lima, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico: Luís Alonso Peres (Lula).
Gols: Pelé, aos 17 e 26 minutos do primeiro tempo; Coutinho, aos 3, Pelé, aos 19, Pepe aos 31, Eusébio, aos 41, e Simões aos 44 minutos do segundo tempo.

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outubro 11, 2012 · 8:50 am

O histórico do Santos contra times bolivianos na Libertadores

A história santista na Libertadores é marcada por encontros com seis times da Bolívia. O Bolívar, rival das oitavas de final, já foi adversário em 2005, e foi o protagonista da primeira derrota alvinegra para uma equipe da terra de Evo Morales na Libertadores. Na fase de grupos da competição, em La Paz, o Peixe perdeu por 4 a 3, com gols de Deivid (2) e Robinho. Mas, na volta, não houve problema. Foi um 6 a 0 com gols de Ricardo Bóvio, Ávalos, Paulo César, Ricardinho, Basílio e Deivid.

Pagão, junto com Deivid, foi o segundo santista que mais marcou contra os bolivianos: 3 gols. Molina é o artilheiro dos confrontos com 4.

A primeira vez que santistas e bolivianos se confrontaram no torneio foi em 1962. O Santos estava em um grupo de três equipes, junto com o Deportivo Municipal, de La Paz, e o paraguaio Cerro Porteño. Os resultados dão a medida do efeito da altitude. Fora de casa, o Peixe venceu, mas por um gol de diferença, 4 a 3, gols de Tite, Lima, Mengálvio e Pagão. Em casa, um massacre de 6 a 1, com dois de Pagão, outros dois de Dorval, um de Pelé e outro de Coutinho.

O Alvinegro voltou a enfrentar uma equipe boliviana na primeira fase da competição sul-americana em 2004. O Peixe pegou o Jorge Wilstermann em Cochabamba e derrotou o clube boliviano por 3 a 2, dois tentos de Basílio e um do zagueiro Alex. Em casa, goleada: 5 a 0 com dois de Diego. Completaram o placar Robinho, Preto Casagrande e Elano.

Em 2007, o Peixe teve que passar pela fase pré grupos, conhecida também, de forma equivocada, como Pré Libertadores, e o rival foi o Blooming. Fora da Vila, um magro 1 a 0 a favor do Santos, tento do lateral Pedro, em jogo disputado em Santa Cruz de La Sierra, a 400 metros de altitude. Na volta, 5 a 0, com dois de Cléber Santana, outros dois de Rodrigo Tiuí, e outro de Marcos Aurélio. Já em 2008, novo encontro, desta vez em Oruro, a 3.706 metros acima do nível do mar. Derrota santista por 2 a 1 para o San José, gol de Kléber Pereira. Na volta, uma goleada histórica: 7 a 0, com quatro gols do meia colombiano Molina, um do equatoriano Quiñones, outro de Kléber Pereira e um do zagueiro Domingos.

Já em 2012, na primeira fase, o Santos perdeu novamente na Bolívia, agora para o The Strongest, por 2 a 1, com gol de Henrique. Na volta, última partida da fase, o Peixe não chegou a uma goleada como nos confrontos anteriores com os bolivianos, vencendo por 2 a 0. Ou seja, é bom o Santos ter cuidado com o Bolívar porque, além de ser um time que já fez história por ter sido o primeiro do país a se classificar para a segunda fase da Libertadores, a equipe boliviana terá a seu lado 3.600 metros de altitude. É bom Muricy e os garotos se prepararem para afastar a zebra.

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Dois “causos” sobre Mengálvio

O eterno ponta-esquerda José Macia, o Pepe, registrou em livro deliciosas histórias que ele viveu e ouviu no futebol. “Bombas de Alegria” (Editora Realejo) é uma leitura obrigatória para quem quer saber mais do folclore boleiro contado por quem viveu intensamente esse universo.

E um dos personagens que está no livro é Mengálvio Pedro Figueiró. Ele, que fez parte da maior linha de ataque do futebol mundial, com Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe, não alcançou a mesma projeção a posteriori que seus companheiros de pelota, mas era um senhor craque. Foi à Copa de 1962 e era reserva de ninguém menos que Didi, o “Folha Seca”. Percebe-se que era difícil ser titular… Além desse título, foi seis vezes campeão paulista, cinco vezes vencedor da Taça Brasil, ganhou três vezes o Rio-São Paulo e conseguiu ser duas vezes campeão da Libertadores e Mundial, tudo pelo Santos.

Mas, vamos às histórias de Pepe. Ele conta que, logo após o título de 1962, o presidente João Goulart ofereceu um banquete aos campeões na granja do Torto. Depois do almoço, o tímido Mengálvio conversava longamente com o presidente e, ao anoitecer, quando foi embora, Menga apertou a mão de Goulart e disse:

– Não vai se esquecer hein, “presida”?

Depois ficou-se sabendo que o meia tinha deixado um bilhete a Goulart pedindo um emprego para sua irmã, que se formara professora. Foi gozado pelos jogadores e tomou uma bronca dos chefes.

E não é que três semanas depois do ocorrido Samira, sua irmã, estava lecionando no bairro santista do Macuco?

Cuidado com quem cantas…

O episódio Ronaldo já deixou claro que nem sempre o que parece, é. E Mengálvio viveu um desses momentos, não com o requinte “policialesco” do Fenômeno. O meia era tido como um sujeito desligado, meio desinteressado, que não prestava atenção nas coisas. Certo dia, em uma bela manhã de segunda-feira, Menga passava com seu fusca azul por uma das praças mais famosas de Santos, a Praça Mauá, no centro da cidade. Em uma esquina das redondezas, uma bela morena olhou e lhe deu um sorriso.

Mais uma volta, Mengálvio olha pra esquina e a moça, ainda ali, novamente sorriu. O atleta retribuiu o gesto e a morena acenou para que ele parasse o carro. Pensou: “É hoje que me consagro”.

Parou com seu carro em frente à moça e ficou um pouco surpreso, um outro tanto decepcionado. A tal morena era uma de suas irmãs…

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