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Santos X Corinthians – a chance de Jair Ventura virar o jogo

Diz um dos jargões utilizados por jogadores de futebol que eles costumam ficar ansiosos pela próxima partida após uma derrota para se livrar da sensação ruim que fica após um revés. Se isso se aplicar aos atletas do Santos, não é possível reclamar da sorte. Após a pior partida da equipe comandada por Jair Ventura no ano, justamente na estreia da equipe na Libertadores contra o adversário teoricamente mais fraco do grupo, a chance da recuperação vem logo em seguida, e contra um de seus maiores rivais.

Não que seja uma tarefa fácil. Além do desfalque de Gabriel Barbosa, jogadores e comissão técnica chegaram apenas na sexta da viagem de volta de Cuzco e o Corinthians tem um dia a mais de descanso para o clássico que será disputado no Pacaembu, às 17h do domingo. Mas também por isso, e diante de uma casa cheia de santistas (até sexta, 34 mil ingressos tinham sido vendidos), que um triunfo peixeiro pode dar mais confiança aos jogadores, selar a paz já abalada com a torcida e dar mais tranquilidade ao treinador para seguir com eventuais experiências nesta fase do Paulista e centrar a recuperação na Libertadores.

É sabido que Jair Ventura gosta de atuar esperando o erro do adversário e fechando espaços para fazer a transição rápida ao ataque. No Santos, em algumas partidas buscou variar adiantando a linha de marcação, mas em nenhuma ocasião conseguiu uma formação compacta que ou sufocasse o rival ou bloqueasse os espaços na defesa para criar chances de contra-ataque.

No Peru, isso ficou mais evidente, inclusive pela própria escalação, com Renato e Vecchio no meio de campo. Ambos tinham que fazer a função de municiar o ataque e voltar para fechar os espaços na intermediária, mas o condicionamento físico não permitiu que fossem bem sucedidos nem na frente, nem atrás. E outro problema fica evidente: a falta de opções.

Um jogador que poderia atuar na meia, por exemplo, seria Jean Mota, aliás, sua posição de origem. Mas vejam o primeiro gol do Real Garcilaso contra o Santos. Quem vacila na marcação é justamente o lateral improvisado. Não é a primeira vez. No ano passado, também na Libertadores, contra o Atlético-PR, ele falhou em jogada semelhante, que resultou no gol rubro-negro.

Jair Ventura no Santos Futebol Clube

Jair tem no clássico alvinegro a oportunidade de se recuperar da má estreia na Libertadores 2018 (Ivan Storti/Santos FC)

Isso mostra duas coisas: primeiro que, de fato, Jair tem hoje poucas opções no elenco, o que pode melhorar com o aproveitamento de alguns jovens, a estreia de Dodô e o retorno de Bruno Henrique. Isso não o exime de erros na escalação e nas substituições no jogo contra o Garcilaso, como a entrada tardia de Rodrygo e a saída de Eduardo Sasha, um dos melhores em campo.

O segundo ponto é algo que vem desde os tempos de Dorival Júnior, em seus últimos meses como treinador na Vila Belmiro, manteve-se na passagem de Levir Culpi e aparece em jogadas como a do gol da equipe peruana. Jogadores do Santos simplesmente “desligam” durante períodos da partida, se perdendo no posicionamento tático e cometendo o que no tênis seria chamado de “erros não forçados”. Não é à toa que a equipe tomou gols no Campeonato Paulista durante o início de vários jogos, evidenciando esse comportamento.

É algo que precisa ser trabalhado, caso contrário, torna-se impossível emplacar qualquer tipo de novo esquema tático. Fábio Carille soube dar sequência no trabalho iniciado por Tite no Corinthians, fazendo com que jogadores, alguns bem limitados, cumprissem o plano de jogo determinado e trouxessem resultados positivos para a equipe, como o surpreendente troféu de campeão brasileiro em 2017.

Jair Ventura tem capacidade técnica para fazer algo semelhante no Santos e para isso foi contratado. Mas é preciso mostrar mais variações de jogo, principalmente quando a equipe tem o domínio da bola, e principalmente um pouco mais de ousadia, elemento que faltou no Peru. Que o treinador aproveite a chance que tem no domingo.

Santos X Corinthians no Pacaembu

Domingo (5) – 17h

Histórico do Santos como mandante no Pacaembu – em 17 partidas como mandante no clássico alvinegro, atuando no estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, foram nove empates, cinco vitórias do Santos e três vitórias corintianas. A última partida entre ambos com o Peixe como dono da casa aconteceu em 1994, com derrota santista por 2 a 1. Na ocasião, o gol peixeiro foi marcado por Neto, ídolo do rival.

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Novas contratações, Hernández e Lucas Lima: a goleada do Santos sobre o Kenitra

Amistoso contra time marroquino serviu para Dorival testar variações de seu esquema tático e apresentar três reforços à torcida. O resultado foi animador

Quem conseguiu ir ao Pacaembu na noite deste sábado (28), viu um jogo agradável e obviamente positivo para a torcida do Peixe. O Santos goleou o Kenitra, do Marrocos, por 5 a 1 com direito a gol de bicicleta do estreante Vladimir Hernández.

Os jogadores considerados titulares jogaram no primeiro tempo e em parte do início do segundo. Em relação ao ano passado, alguns elementos do esquema de Dorival Júnior seguiram presentes como, por exemplo, os laterais entrando pelo meio e fazendo tabelas para jogadas de infiltração e abrindo espaço para os atacantes que caem pelas pontas. Porém, um dos problemas desse tipo de variação voltou a aparecer: a cobertura feita quando os laterais se deslocam. Foi, assim, aliás que saiu o único gol dos visitantes no jogo.

Outro destaque foi a movimentação de Lucas Lima. Ele atuou mais próximo à região central, recebendo diretamente da defesa e dando início às jogadas ofensivas do Santos. Não se limitou, contudo, a ficar por ali, posicionamento em que liberava o avanço dos volantes para o ataque. Avançou e encostou nos atacantes, puxando contra-ataques e impondo velocidade em diversas jogadas. Participativo como há muito não se via, errou muito por conta da falta de ritmo, mas foi o termômetro da equipe enquanto esteve em campo. Fez o desarme que resultou no primeiro gol peixeiro, foi o responsável pela jogada do segundo, além de um assistência no terceiro. Continuando nesse ritmo, o Alvinegro terá um Dez digno de suas tradições.

Dorival repetiu também o que já vinha fazendo no final do ano passado, a utilização de apenas um zagueiro de ofício. Na primeira etapa atuaram Lucas Veríssimo e o volante Yuri e, na maior parte do tempo final, Fabián Noguera contou com a presença de Leo Cittadini a seu lado.

As contratações do Santos

Foram 17 dias de pré-temporada antes da apresentação contra o Kenitra e três reforços não puderam estar presentes. O zagueiro Cleber passa por recuperação por um problema na panturrilha, Leandro Donizete faz trabalho de recondicionamento físico e o meia-atacante Bruno Henrique está na Alemanha resolvendo questões relativas à mudança para o Brasil.

Entre os três que jogaram, Kayke foi discreto em campo, e o lateral Matheus Ribeiro sentiu de forma evidente o peso da camisa e o posicionamento tático distinto daquele que ele tinha no Atlético-GO. Nervoso, errou bastante, mas é preciso ter paciência.

Quem pareceu estar totalmente aclimatado ao clube foi o atacante colombiano Vladimir Hernández. Mostrou personalidade e muita habilidade ao fazer um belo gol de bicicleta e ainda deu a assistência para o quinto tento, de Thiago Ribeiro. Em sua estreia, já caiu nas graças do torcedor.

hernandez faz de bicicleta contra o kenitra

A pintura de Hernández contra o Kenitra

Por que um time do Marrocos?

A ideia do adversário do Santos no amistoso surgiu de um de seus patrocinadores, a Royal Air Maroc. O Kenitra é um dos clubes mais antigos do país, e tem quatro títulos nacionais, sendo o último conquistado na temporada 1981/1982. É o quinto maior vencedor de campeonatos marroquinos. Atualmente, no entanto, o time amarga a lanterna da competição nacional, com três vitórias (todas em casa), três empates e nove derrotas.

O prefeito de Kenitra, Aziz Rabbah, esteve em Santos onde firmou uma parceria com o clube para a criação de escolinhas de futebol levando o nome do Peixe para a cidade, que tem 430 mil habitantes.

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Santos supera São Paulo, entra no G4 e está a uma vitória do líder

Alvinegro conquistou um triunfo categórico sobre o rival em sua 500ª partida no Pacaembu

Uma vitória histórica. O clássico entre Santos e São Paulo disputado na tarde deste domingo (26), no Pacaembu, foi a 500ª peleja disputada pelo Peixe no estádio. O retrospecto é amplamente favorável: 219 vitórias, 130 empates e 151 derrotas.

Recentemente, o estádio também tem sido uma bela casa para o time. O triunfo de 3 a 0 sobre o São Paulo foi o 13º consecutivo no Pacaembu, mostrando que a equipe pode e precisa atuar mais junto ao torcedor paulistano, até por uma questão de ampliar seu público e trabalhar o marketing do clube.

Afora os dados históricos, o Alvinegro é quem foi o soberano da tarde. A tarefa de assegurar mais três pontos foi facilitada pela falha de Denis, que não segurou a finalização de Thiago Maia e soltou a bola para Vitor Bueno somente mandar para o gol. Isso a menos de um minuto da redonda rolando.

À frente no placar, a tarefa santista foi facilitada, desmontando também a pretensão do São Paulo de Bauza, que em geral busca a recuperação de bola no meio de campo para armar o contra-ataque. O Peixe quase não deu chances a esse tipo de lance e restou aos são-paulinos tentarem explorar um dos pontos falhos do time de Dorival Júnior: a bola aérea, especialmente em cobranças de escanteio.

Foi basicamente pelo alto, que o Tricolor levou perigo. Mas, quando conseguiu chegar, Vanderlei estava lá. Por baixo, mais uma vez o Peixe mostrou segurança e marcação no meio de campo dificultou a criação do rival. Não à toa o Santos terminou a 11ª rodada como a melhor defesa do Brasileirão 2016.

Mais uma vez impressionou a qualidade da troca de passes do Peixe. E a quantidade também. De acordo com o Footstats, foram 477 certos trocados, com 51 errados, contra 251 dos oponentes, e 29 imprecisos. No total, 59,5% de posse de bola alvinegra contra 40,6% tricolor.

O fato é que a equipe de Dorival hoje sabe controlar o tempo de bola. às vezes pode até irritar o torcedor porque, em algumas ocasiões, tem a possibilidade de ser aguda e opta pela troca de bola. Mas é algo que também irrita e desestabiliza o adversário, ainda mais quando o Santos está em vantagem no placar. A procura constante pela melhor forma de finalizar é uma forma de valorizar o jogo.

Rodrigão faz segundo gol do santos contra o São Paulo

Lugano falha; Rodrigão, não. Segundo gol do Santos contra o São Paulo no Pacaembu

Lucas Lima foi muito participativo, mas poderia justamente ter dado mais velocidade em alguns lances. Sua atuação foi coroada com um lindo gol de falta, mas quem viu o jogo no estádio sentiu que a condição física do meia não é a ideal. Já Rodrigão fez o seu segundo pela equipe em sua segunda peleja, ganhando disputa com Lugano, expulso no fim do jogo por reclamação, na área e mostrando oportunismo. Tem toda pinta de que vai ser muito útil no Brasileiro.

Com cinco vitórias nos últimos seis jogos, o Alvinegro está agora no G4, a uma vitória do Palmeiras, que lidera o campeonato. Ainda é prematuro dizer que o time vai brigar pelo título, já que se trata de uma competição longa e a janela de transferências sempre preocupa, mas o elenco está fortalecido e os titulares mostram um grande entrosamento. Todos parecem ter entendido o estilo que Dorival quer imprimir ao time e tem dado certo. Bons presságios.

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Atlético-PR X Santos – relembre 5 vitórias alvinegras contra o rival deste sábado

No histórico de confrontos, Peixe leva vantagem sobre o rubro-negro, mas na Arena da Baixada a parada é dura

Atlético-PR e Santos fazem neste sábado (18) um duelo válido pela 9ª rodada do Brasileiro 2016 que pode significar a consolidação alvinegra no G4 ou a aproximação dos donos da casa para essa disputa.

Leia também:

Atlético-PR x Santos – histórico de confrontos, jogaços e o que esperar

No histórico de confrontos entre os dois, o Peixe leva vantagem. No total, são 50 pelejas, com 22 vitórias santistas, 14 empates e 14 triunfos, com 81 gols alvinegros e 59 rubro-negros. Em campeonatos brasileiros, 39 partidas, com 19 vitórias do Peixe, 11 empates e 9 derrotas.

Contudo, quando o palco é a Arena da Baixada, a coisa fica mais difícil. Em 15 jogos disputados ali, são 2 triunfos santistas, 5 empates e 8 derrotas. Neste Brasileiro, as três vitórias dos atleticanos foram em casa, além de um empate contra o Atlético-MG. A parada não será fácil, mas se o Peixe quiser lutar pelo G4 e, por que não, pelo título, tem que voltar com pontos do Paraná.

Para manter os bons fluidos, relembre cinco vitórias santistas contra o rival de hoje.

1 – Santos 3 X 0 Atlético-PR – Brasileiro de 1991

O time de Cabralzinho entrou aquela dia na Vila Belmiro, pra variar, diante de um público reduzido, 2.044 pessoas viram o triunfo peixeiro que contou com dois gols do artilheiro da competição daquele ano, Paulinho McLaren. O ponta Almir completou o placar. Naquele dia, o Peixe entrou em campo com Sérgio, Índio, Pedro Paulo, Luiz Carlos (Camilo) e Marcelo Veiga, César Sampaio, Zé Renato (Axel), Edu Marangon e Sérgio Manoel, Almir e Paulinho McLaren.

2 – Atlético-PR 0 X 2 Santos – Brasileiro de 2003

Diego e Robinho ainda faziam parte da equipe que lutava pelo bicampeonato brasileiro e que tinha como grande concorrente o Cruzeiro, time que terminou como campeão. O triunfo foi um dos dois que o Peixe conseguiu contra o rival em seus domínios. Nenê, hoje no Vasco, e Renato marcaram para o Alvinegro.

3 – Santos 4 X 0 Atlético-PR – Brasileiro de 2008

O ano de 2008 esteve longe de ser grande para o Peixe, que penou com um elenco fraco e a instabilidade no comando da equipe. No campeonato brasileiro, o Santos terminou em 15º, sem vaga sequer na Sul-americana e a um ponto da zona do rebaixamento. Mas naquele dia 4 de outubro o Alvinegro honrou o manto, com gols de Cuevas, Molina, Kleber Pereira e Fabiano Eller. Para se ter uma ideia da qualidade da esquadra alvinegra, entraram em campo Douglas, Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Kleber; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Bida (Adriano) e Molina (Pará); Cuevas (Reginaldo) e Kleber Pereira. O técnico era Márcio Fernandes.

4 – Santos 4 X 1 Atlético – PR – Brasileiro de 2011

Uma espetacular apresentação de Neymar no Pacaembu, que tive o prazer de ver in loco. O garoto fez todos os gols do time naquele dia e só não fez o quinto porque o árbitro Francisco Carlos Nascimento anulou um legítimo do craque. O Onze alvinegro entrou para uma galeria não tão pequena de jogadores que marcaram, em um só jogo, ao menos quatro gols com o manto. Confira abaixo:

5 – Santos 5 X 1 Atlético-PR – Brasileiro de 2015

Na última rodada do Brasileiro de 2015, último duelo entre os dois, o Santos, mesmo com uma equipe tida como mista, não perdoou. Ainda sentindo o fato de não ter mais chances no G4 e a perda do título da Copa do Brasil, o Alvinegro contou com Gabriel fazendo dois, Geuvânio anotando outros dois e Vitor Bueno marcando seu primeiro gol com a camisa santista. A equipe terminou o campeonato do ano passado na sétima posição.

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Santos joga pro gasto, supera Figueirense e enfrenta São Paulo nas semis da Copa do Brasil 2015

O Santos bateu o Figueirense no Pacaembu, em partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil. A equipe não fez uma grande apresentação, algo compreensível dada a maratona enfrentada pelos comandados de Dorival Júnior. Um 3 a 2 justo, com um adversário que valorizou a vitória.

Se o Figueirense veio para o Pacaembu com o chamado “time alternativo”, o Santos teve desfalques importantes na partida. Lucas Lima E Victor Ferraz não foram a campo, lesionados, e Geuvânio segue em recuperação. Mas o Alvinegro contou com um 12º jogador fundamental. A torcida desde cedo fez a festa no estádio paulistano, ainda que a desorganização tenha ocasionada filas imensas do lado de fora, atrasando a entrada dos torcedores.

Gabigol celebra

Gabriel, o cara do jogo. E só precisou atuar um tempo…

Como esperado, o Figueira veio retrancado, mas buscando também apertar a saída de bola santista com três atacantes. O problema é que esse tipo de esquema, sem compactação, dá espaço entre os atacantes e a intermediária, e alguns jogadores santistas pegavam a bola com liberdade, como Renato, que buscou enfiadas de bola à frente, em especial para Gabriel.

O menino, inspirado, era quem mais dava trabalho à defesa catarinense, assim como Marquinhos Gabriel. O meia, com Rafael Longuine entre os titulares, fez a função de Lucas Lima, se movimentando por todo o campo. Nada mais natural que os gols saíssem da dupla. Primeiro com um lançamento de Marquinhos para Gabigol, que colocou por baixo das pernas de Felipe para marcar aos 20. Depois, um incrível passe de trivela do garoto, que devolveu o presente para Marquinhos fazer de cabeça aos 28 Com o tento, Gabigol se tornou o maior artilheiro do Santos na Copa do Brasil junto com Neymar, com 13 gols, e fez o seu sexto na edição de 2015, chegando também ao topo dos artilheiros.

O Peixe ainda sofreu um gol aos 37 do primeiro tempo, em cobrança de escanteio pelo lado direito. Bruno Alves anotou em uma falha de marcação e um pouco também do goleiro Vanderlei, já que foi uma bola no canto em que estava. Com a vantagem, a missão dos visitantes ficava bem mais difícil…

E ficou ainda pior com o gol aos 2 minutos de Neto Berola, que entrou após o intervalo no lugar de um apagado Longuine. Com 3 a 1 logo no início da etapa final, os jogadores naturalmente relaxaram e o Figueirense chegou a criar oportunidades, todas desperdiçadas por uma cominação de nervosismo e falta de técnica mesmo. Dorival ainda colocou Serginho no lugar de Gabriel e Marquinhos substituindo Marquinhos Gabriel.

O Figueira ainda chegou ao segundo gol com Carlos Alberto (aquele), aos 41, e até deu até algum medo ao torcedor mais cauteloso do Peixe. Mas a classificação era nossa e agora é enfrentar o São Paulo nas semis da Copa do Brasil.

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Santos e Palmeiras vão jogar final no Allianz Park e na Vila Belmiro

Acabou a incerteza. O torcedor agora já sabe onde serão jogadas as partidas da final do Paulistão 2015. A Federação Paulista de Futebol, que tem os mandos de campo da final do campeonato, definiu em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (20) que as duas partidas da decisão da competição serão disputadas nas casas dos dois clubes.

Havia a possibilidade de ao menos uma das pelejas ser no Pacaembu, mas o Santos demandou que o segundo jogo fosse na Vila Belmiro, tendo sua solicitação aceita pelos dirigentes dirigentes . A primeira partida da final será no Allianz Park, estádio do Palmeiras, no dia 26 de abril. O segundo jogo acontece na Vila Belmiro, no dia 3 de maio e não há vantagem para nenhum dos dois, segundo o regulamento. Placares iguais levam a decisão para os pênaltis.

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Robinho brilha de novo, mas Santos expõe defeitos contra o Linense

Com outra apresentação brilhante de Robinho, o Santos superou o Linense por 4 a 2 no Pacaembu, na noite deste domingo. E, mais uma vez, a atuação do atacante, que marcou dois gols e realizou uma assistência, acabaram ofuscando algumas falhas reincidentes do time de Enderson Moreira. O problema crônico da falta de compactação da equipe segue, mas algumas situações de jogo podem, na prática, ajudar a identificar onde estão as lacunas de um elenco que ainda precisa se reforçar para a sequência do ano.

Antes de qualquer coisa, não concordo com boa parte dos torcedores que crucifica o atual técnico do Santos, que não é perfeito, mas também não é pior do que a média de “professores” dos clubes grandes do Brasil. Ele conseguiu montar uma equipe com três atacantes, havendo uma mobilidade interessantes entre eles, embora um, Geuvânio, tenha a função de marcar até certo ponto um lado do campo, enquanto Lucas Lima faz a mesma coisa do lado contrário.

O esquema conta ainda com laterais que, em boa parte do tempo, são menos alas e mais zagueiros, o que garante solidez à defesa santista e libera quem sabe atacar para fazer o que sabe. Um volante mais de um lado e um segundo do outro, ainda que Renato tenha prioridade para avançar um pouco mais que seu companheiro, seja ele Alison, Valencia ou Lucas Otávio.

É nas variações do esquema, em função do elenco desigual que tem, que Enderson se perde. Algo recorrente, por exemplo, é a troca do primeiro volante por Elano a certa altura do segundo tempo. Em tese, a troca melhoraria o passe no meio de campo em momentos no qual o time pode contra-atacar, mas o fato é que o sistema não tem funcionado. Contra o Linense, por exemplo, mesmo que o colombiano Valencia não seja uma Brastemp, sendo lento e muitas vezes pouco produtivo no desarme, Elano marca ainda menos, e se o Linense já tinha certa vantagem no enfrentamento com o meio de campo peixeiro antes de sua entrada, a situação piorou. E o time do interior conseguiu diminuir a vantagem de 3 a 0 dos donos da casa para 3 a 2.

O panorama piorou tanto que o treinador santista teve que corrigir sua equivocada modificação, colocando um volante de ofício, Lucas Otávio, no lugar de Geuvânio. Recompôs a marcação, controlando melhor a partida, e afastou qualquer possibilidade de empate do Linense quando colocou Gabriel em campo, que deu a assistência para Robinho fechar o placar. O meio é o carma de Enderson e é nesse setor que novas alternativas deveriam ser pensadas.

Fora isso, é preciso falar sobre Robinho. Podem dizer que o atacante tem jogado bem porque tem atuado contra times menos qualificados. É um fato, mas poucos questionam isso quando o autor da proeza é, por exemplo, Alexandre Pato ou outro similar. O que poucos podem negar é que o Sete do Peixe é um dos poucos atacantes atuando no país que pode matar uma bola longa com qualidade, articular o jogo quando recua para a meia, partir em velocidade sem deixar de pensar como alguns velocistas de outrora ou de hoje, e ainda dar toques de primeira para companheiros. Faz a diferença. E, em um time mais entrosado e com um meio de campo de mais qualidade, pode liderar o Santos rumo a títulos.

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Santos x Linense – confira o histórico da partida deste domingo

Santos e Linense fazem hoje seu 15º jogo na história. As equipes, que nunca duelaram no Pacaembu, já se enfrentaram 14 vezes, sendo 12 partidas válidas pelo campeonato paulista. No total, o Alvinegro tem 10 vitórias, com um empate e três derrotas, todas fora de casa, com 52 gols a favor e 23 contra.

O Peixe defende hoje uma longa invencibilidade contra o rival do interior, 61 anos. Afinal, não é derrotado desde 1954, desde um 2 a 1 no Gigante da Madeira, onde o clube de Lins mandava seus jogos na década de 1950, quando disputou a 1ª divisão do futebol do estado por cinco anos, entre 1953 e 1957. O estádio foi demolido no fim daquela década, havendo um supermercado no local hoje. O Linense, atualmente, manda suas partidas no estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão”.

A maior goleada peixeira sobre o adversário aconteceu na campanha do bicampeonato paulista de 1956, quando o Alvinegro trucidou o Linense na Vila Belmiro por 9 a 1. A peleja teve direito a dois hat-tricks ou tripletes, um de Del Vecchio e outro de Tite. Pagão marcou duas vezes e Afonsinho completou o escore para o Peixe. Del Vecchcio, aliás, é o artilheiro dos confrontos entre ambos, com 9 gols, vindo em seguida Tite, com 6.

Desde a sua volta à primeira divisão, em 2011, o Linense enfrentou o Santos quatro vezes, com três triunfos peixeiros e um empate. Em 2011 e 2012, o Alvinegro goleou pelo mesmo placar: 4 X 1.

Na peleja de 2011, a primeira da volta do clube de Lins à elite, o Peixe entrou com um time misto em Lins, já que parte dos atletas, como Neymar, Danilo e Alex Sandro, estava na seleção sub-20, e alguns foram poupados por Adílson Batista. A equipe atuou com Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Rodrigo Possebon (Bruno Rodrigo) e Róbson (o Robinho que está hoje no Palmeiras, depois Felipe Anderson); Maikon Leite, Zé Eduardo e Keirrison (Rodriguinho). Maikon Leite marcou duas vezes, Zé Eduardo fez um e Keirrison anotou outro.

Em 2012, o Santos foi a campo no estádio 1º de Maio, em São Bernardo do Campo, onde mandou a partida, com uma equipe reserva. Muricy Ramalho poupava seus atletas para a Libertadores e mesmo com um time desentrosado, goleou novamente o adversário. O Peixe entrou em campo na ocasião com Rafael; Vinícius Simon, Bruno Rodrigo, Rafael Caldeira; Crystian (Pará), Anderson Carvalho, Ibson, Felipe Anderson (Breitner), Paulo Henrique; Rentería (Dimba) e Alan Kardec. Os artilheiros do jogo foram Alan Kardec, Vinícius Simon, Anderson Carvalho e Dimba.

No último confronto entre os dois, em partida do campeonato paulista de 2014, deu Santos por 2 a 1, com gols de Thiago Ribeiro e Stéfano Yuri, e Rodrigo Tiuí, ex-jogador peixeiro, marcando para o time de Lins.

 

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Santos consegue empate imerecido e Oswaldo é trollado por turma do amendoim

Quem se arriscou a ir ao Pacaembu na noite de terça-feira, em um jogo com o ingrato horário de 19h30, mal divulgado pela Federação e tomando chuva, merecia um prêmio da diretoria do Santos. O mando de jogo era do Audax, que pensou faturar com os torcedores rivais cobrando R$ 60 o preço da arquibancada para uma partida da segunda rodada do Paulista, mas deu com os burros n’água. Não só pelo mau tempo, mas também pela inteligência (só que não) da Federação Paulista de Futebol, organizadora do campeonato estadual e da Copa São Paulo de Juniores, que marcou praticamente para o mesmo horário dois jogos do Peixe, o outro, válido pelas semifinais do torneio da base. Resultado: Arena Barueri com ótimo público para ver os meninos da Vila despacharem o Atlético-MG, e o Pacaembu com pouco mais de 2 mil testemunhas. Parabéns aos envolvidos.

Sim, sim, foi um jogo medonho. Boa parte dos jogadores alvinegros mostrou uma evidente falta de condição física, com alguns tendo atuações pavorosas. Era difícil escolher o pior em uma equipe remendada, com desfalques em todos os setores e o meio de campo totalmente reserva. Oswaldo de Oliveira tentou colocar Cicinho na meia, com Bruno Peres, persona non grata da torcida, na lateral direita. Não deu certo. No decorrer da partida inverteu as posições, mas o ex-pontepretano teve um dos seus piores desempenhos com a camisa peixeira.

Trabalhador tira soneca no intervalo da partida. Acordou aos 7 do 2º tempo, mas poderia ter continuado a dormir que não perderia muita coisa...

Trabalhador tira soneca no intervalo da partida. Acordou aos 7 do 2º tempo, mas poderia ter continuado a dormir que não perderia muita coisa…

Não só ele, ou eles, ficaram abaixo do esperado. Além das atuações individuais, saltou aos olhos a falta de um reserva para Montillo, algo mais do que necessário tendo em vista sua iminente ida para o chinês Shandong Luneng. Sem criatividade e articulação, viam-se os atacantes isolados, pedindo uma bola que nunca chegava.

Garoto com camisa do algoz Barcelona torcendo pelo Santos. sinal dos tempos...

Garoto com camisa do algoz Barcelona torcendo pelo Santos. sinal dos tempos…

O Audax fez seu gol no tempo inicial, boa jogada de Rafinha na direita da intermediária santista e passe preciso para Caion fazer de cabeça. Aliás, em nenhum momento a equipe de Fernando Diniz se intimidou com a marcação-pressão alvinegra, tocando sempre a bola para sair jogando de trás, com um bom entrosamento e saídas rápidas. Conseguiu assim diversos contra-ataques durante toda a partida e, se tivesse mais capricho, poderia ter assegurado a vitória já no primeiro tempo.

O castigo para o Audax e o alívio para o torcedor do Santos veio com uma cobrança de falta na cabeça do zagueiro Jubal, que marcou aos 42 do segundo tempo. Empate mais que imerecido do time de Oswaldo, que deu uma banana para parte da turma do amendoim que o azucrinava atrás do banco de reservas. Aliás, xingar o técnico de “burro” sendo que ele não pode contar com mais de meio time, além de não ter nenhuma contratação em campo e nem atletas da base que disputam a Copa São Paulo mostra quem deve ser o burro de verdade…

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janeiro 22, 2014 · 12:20 pm