Arquivo da tag: Paraguaçuense

Santos encontra velho conhecido contra o Penapolense

No banco de reservas do estádio Tententão, em Penápolis, estará hoje um técnico que passou 17 anos na Vila Belmiro como jogador, coordenador e treinador em equipes das divisões de base do Peixe. Narciso vai enfrentar pela primeira vez como técnico profissional o seu ex-clube. Além disso, vai encontrar alguns de seus ex-comandados. “Fui técnico do Geuvânio, Alan Santos, Leandrinho, Gustavo Henrique, Emerson e Wladimir no sub-20. Será muito bacana rever todo esse pessoal”, diz aqui.

Sergipano de Neópolis, Narciso veio da Paraguaçuense e estreou no Peixe em 1994. Conseguiu se firmar como titular da equipe, que tinha então Ronaldo Marconato e Maurício Copertino na dupla de zaga, com a chegada do técnico Cabralzinho, comandante da campanha quase vitoriosa do campeonato brasileiro daquele ano. Chegou à seleção brasileira e disputou as Olimpíadas de 1996, em Atlanta, com a equipe de Zagallo que obteve o bronze do torneio.

Imagem

O zagueiro Narciso, primeiro jogador à esquerda, em pé, na equipe vice-campeã do Brasileiro de 1995

Também chegou a atuar como volante quando Vanderlei Luxemburgo foi treinador da equipe, em 1997, já que suas saídas de bola com dribles na intermediária causavam arrepios ao técnico. Ficou na Vila até parte de 1999, quando foi negociado com o Flamengo. Fez 12 jogos pelo clube da Gávea e voltou em 2000 para o Peixe, quando teve diagnóstico de leucemia mielóide e precisou se afastar do futebol. Fez um transplante de medula óssea e passou por tratamento até voltar ao clube no final de julho de 2001.

Como o jogador ainda precisava moderar sua exposição ao sol e melhorar sua condição física e seu sistema imunológico, só entrou em campo novamente em 24 de outubro de 2003. Justamente em Curitiba, onde realizou seu transplante. O Peixe bateu o Coritiba por 4 a 0 com dois gols de Robinho, um de Léo e outro do zagueiro André Luiz. Ao entrar no jogo aos 38 minutos do segundo tempo, no lugar de Diego, foi aplaudido também pela torcida do Coxa, uma demonstração de apoio geral depois de passar quase quatro anos lutando contra a leucemia. Na peleja, o jogador acertou a trave e, quase marcou novamente ao aproveitar uma finalização de Robinho, mas a bola passou por cima do travessão. Veja reportagem e momentos daquela partida.

Como técnico sub-20 do Peixe, entre outros triunfos, foi campeão paulista em 2009 e vice da Copa São Paulo em 2011. Venceu a Copinha pelo Corinthians, em 2012, e ainda foi técnico dos juniores do Palmeiras. Já como técnico do profissional, treinou o Sergipe, em 2011; o Operário, em 2013, e o Penapolense, agora. Toda sorte para Narciso em sua carreira. Mas hoje, não…

Penapolense X Santos, domingo (16), às 18h30

Pela terceira vez consecutiva, Oswaldo de Oliveira coloca o mesmo time para atuar. O Peixe entra em campo hoje, no Tenentão, com Aranha, Cicinho, Neto, Gustavo Henrique e Eugenio Mena; Alan Santos, Arouca e Cícero; Geuvânio, Leandro Damião e Thiago Ribeiro. Com 19 pontos, o Peixe tem a melhor campanha da competição até agora e está a cinco pontos do segundo do grupo, o São Bernardo. O meia Geuvânio, aliás vai encontrar o clube no qual atuou no ano passado, quando foi emprestado ao time do interior.

Já a equipe de Penápolis está em segundo no Grupo A, a um ponto do líder São Paulo e a cinco do Linense, terceiro do grupo que é o que conquistou menos pontos entre os quatro do Paulista. Narciso deve começar a partida com Samuel; Rodnei, Jailton, Gualberto e Rodrigo Birô; Liel, Petros, Neto e Washington; Rafael Ratão e Alex Creu.

Os dois times se enfrentaram somente uma vez em campeonatos paulistas. Em 2013, o Peixe bateu a equipe de Penápolis na Vila Belmiro por 2 a 1, gols de Cícero e André, com o meia Guaru descontando. Confira abaixo como foi.

Deixe um comentário

Arquivado em Sem Categoria

Marcelinho Paraíba jogou no Santos. Você lembra?

Não são todos os torcedores que lembram, mas o meia-atacante Marcelinho Paraíba, que participou da vitoriosa campanha do Sport na Série B de 2011, passou pelo Santos em 1994. Vindo do Paraguaçuense, Marcelo dos Santos chegou à Vila Belmiro junto com o então zagueiro e depois volante Narciso, ambos com direitos federativos pertencentes ao Corinthians-AL. O atleta tinha 19 anos e vinha para disputar o Brasileirão pelo time da Vila.

Seus companheiros de meio de campo eram Ranielli, Giovanni, Marcelo Passos, Neto (hoje comentarista da Band) e Paulinho Kobayashi. Não teve muitas chances e no final do ano foi emprestado para o Rio Branco. Ele mesmo lembra desta história em entrevista ao portal G1:

Alguns dos meias do elenco do Santos para o Brasileiro de 1994 (Fonte: Acervo Santista)

Você se destacou no Campinense, foi bicampeão paraibano, seguiu para a Segunda Divisão do Paulista, pelo Paraguaçuense, e se destacou. Ganhou sua primeira grande chance em um time de ponta, o Santos, em 1994. Mas jogou pouco, apenas sete partidas, e foi negociado com o Rio Branco. O que houve na Vila Belmiro, que você não foi aproveitado?

Era muito jovem. No Paraguaçuense, fiz 11 gols, fui o melhor jogador da equipe e acabei emprestado ao Santos, junto com o volante Narciso. Tive dificuldade por ser inexperiente e nordestino. Há 20 anos, os nordestinos sofriam uma barreira nos clubes do Sudeste e do Sul. Fiquei meio escanteado, quase não jogava. Foi bom porque, pelos menos, as poucas vezes que entrei, consegui aparecer para o Rio Branco me contratar, aí lá, sim, as coisas andaram.
No Santos, a camisa pesou por estar num clube grande?

Eu precisava de um período de adaptação, mas a camisa não pesou. Admito que fiquei admirado em entrar no vestiário que Pelé , Coutinho e tantos outros estiveram, foi emocionante

Embora não admita, parece que a camisa de fato pesou. Mas, mesmo sem uma passagem marcante, Marcelinho pode incluir no seu currículo a honra de ter vestido o manto alvinegro.

1 comentário

Arquivado em Década de 90, futebol, História, Santos