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Lembra dele no Santos? Fernando Fumagalli, um ex-menino da Vila

Herói da classificação do Guarani à final da Série C de 2016, meia foi levado da Ferroviária para a base do Peixe, mas não emplacou

Fernando Fumagalli tem sido destaque no noticiário esportivo por conta de sua grande atuação em uma sensacional virada do Guarani contra o ABC-RN, em duelo válido pela semifinal da Série C de 2016. Após perder de 4 a 0 a primeira partida, o Bugre de Campinas devolveu com juros a derrota atuando em casa: 6 a 0, com três gols de Fumagalli.

O jogador tem 81 gols em 251 pelejas pela equipe campineira, mas no Santos, onde surgiu para o futebol profissional, não brilhou. Trazido da Ferroviária aos 18 anos, ele fez parte do sub-20 que disputou bem a Copa São Paulo de Juniores em 1997. A equipe chegou à semifinal da competição, desclassificada pelo clube que seria campeão naquele ano, o Lousano Paulista.

Além de Fumagalli, à época chamado só de Fernando, estavam outros atletas que mais adiante subiram para o profissional do Santos. Os companheiros de ataque Adiel e João Fumaça, o meia Eduardo Marques, os laterais Michel e Gustavo Nery, e o centroavante Rodrigão.

fumagalli menino da vila

Fernando Fumagalli, herói do Guarani, iniciou sua trajetória profissional no Santos

O então jovem Fernando fez sua primeira partida pelo Peixe em 13 de abril daquele mesmo ano, entrando no lugar do atacante Macedo. Marcou um gol na vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa Santista, no Ulrico Mursa, em partida válida pelo campeonato paulista. O outro tento foi marcado por João Fumaça.

Foi titular da equipe dirigida por Vanderlei Luxemburgo nas duas partidas seguintes, empates em 1 a 1 contra a Internacional de Limeira, quando formou o ataque ao lado de João Fumaça e anotou o gol de empate alvinegro, e outro em 2 a 2 contra o São Paulo, quando atuou ao lado de Muller e foi substituído por Careca.

Na sequência, perdeu espaço para Alessandro e para o próprio atacante veterano, deixando de participar das nove partidas que a equipe disputou no Paulista. Só voltou a atuar no terceiro jogo do Brasileiro, vitória contra o Grêmio por 2 a 1. Mas sua participação parou por aí, ainda mais com a chegada de mais concorrência no ataque, com as vindas de Caio (o hoje comentarista Caio Ribeiro) e o paraguaio Edgar Baez. Fumagalli só teve chances em uma excursão que o Alvinegro fez na Europa.

Em 1998, já com Émerson Leão como técnico, teve que conviver com mais concorrência no ataque, com as vindas de Lúcio e Viola e, no segundo semestre, Aristizábal, Robson Luís e Fernandes, além das ascensões de Messias e do retorno de Adiel. Entrou em duas partidas no Brasileiro, fora um amistoso com a seleção da Jamaica. Fumagalli foi emprestado ao Tokyo Verdy e, na sequência, ao América de Rio Preto, retornando ao Peixe em 1999. Com poucas chances, rescindiu seu contrato e foi para o Guarani, em sua primeira passagem, indo para o Corinthians logo depois. Passou ainda por clubes como Fortaleza, Sport, Vasco, entre outros, até voltar para o Bugre em 2012.

No Peixe, Fernando Fumagalli marcou quatro gols em 19 partidas.

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Sport nunca derrotou o Santos na Vila Belmiro – confira o histórico do confronto

Em partida que marca a 8ª rodada do Brasileirão 2016, Alvinegro Praiano defende tabu contra rubro-negros. História registra bons jogos entre os dois, relembre.

Santos e Sport jogam nesta quarta-feira (15), às 21h, na Vila Belmiro, partida válida pela 8ª rodada do campeonato brasileiro de 2016. O Santos vem de duas vitórias seguidas e conta com um tabu a seu favor para conseguir a terceira: jamais perdeu para o rival na Vila Belmiro. São 15 partidas disputadas, com dez vitórias peixeiras e cinco empates. Contudo, convém ter cuidado, já que as últimas três pelejas disputadas pelo Brasileiro em casa terminaram em empate.

No total de confrontos entre Santos e Sport, a vantagem é alvinegra, de acordo com números do Acervo Histórico do Santos Futebol Clube. Em 41 jogos, são 18 vitórias alvinegras, 15 empates e 8 vezes em que o Sport se saiu melhor, somando 64 gols alvinegros contra 45 dos pernambucanos. Entre os dados, algumas curiosidades.

Embora nunca tenha vencido o Peixe na Vila, o Sport se saiu vitorioso uma vez na história do confronto como visitante. Foi em 1996, quando o Santos mandou sua partida contra o rival no estádio do Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, o lateral Anderson Lima foi expulso e o Sport venceu por 2 a 1, gols de Dedé e Chiquinho, com Carlinhos anotando pelos donos da casa.

Quando o palco foi outro, no Pacaembu, o Alvinegro não perdoou. Em partida válida pela semifinal do Brasileiro de 1963, um passeio de 4 a 0 com direito a quatro gols de Coutinho. Também houve um duelo entre os dois disputado no estádio do Arruda, do Santa Cruz, em 1974, com placar final de 1 a 1.

Duas vitórias importantes para o Santos aconteceram no campeonato brasileiro de 1993. Naquele ano, o regulamento da competição dividia os clubes em quatro grupos, classificando-se os oito melhores para a fase final, onde novamente os times eram divididos em dois grupos nos quais o melhor de cada um ia para a final. O Peixe estava na primeira fase no grupo B, de onde saiu o campeão daquele ano, o Palmeiras, fortalecido com o apoio da Parmalat.

No mesmo grupo estava o Sport, que foi derrotado pelos peixeiros duas vezes. Na primeira partida, na Ilha do Retiro, triunfo de 2 a 0 sobre os donos da casa, gols do meia Zé Renato e do habilidoso ponta Almir. Curioso notar a escalação do time naquele dia, que contava com algumas figuras que ainda estão em relativa evidência hoje. O goleiro era Velloso, comentarista da Band atualmente; um dos zagueiros e capitão era Ricardo Rocha, campeão do mundo em 1994 e hoje comentarista da Sportv; Alexandre Gallo, técnico do Náutico, era o volante da equipe, e Cuca, técnico do Palmeiras, entrou no decorrer da partida.

Na segunda peleja do torneio, disputada na Vila, nova vitória alvinegra. Desta vez, 3 a 0 com um triplete ou hat trick do artilheiro da competição daquele ano, o atacante Guga, que fez 52 anos nesta terça (14). O time comandado por Antônio Lopes entrou em campo com Velloso; Índio, Júnior Paulista, Ricardo Rocha (Marcelo Fernandes) e Eduardo; Axel, Márcio Griggio, Darci e Sérgio Manoel; Almir e Guga (Neizinho). A equipe se classificou em segundo, dois pontos atrás do Palmeiras, e ficou em terceiro no quadrangular que tinha Flamengo, Corinthians, e o vice-campeão daquele ano, Vitória.

Outra partida interessante ocorreu em 21 de novembro de 1998, 2 a 1 para o Peixe na Vila em jogo das quartas de final do Brasileiro daquele ano. As eliminatórias eram disputadas por sistema de playoffs em melhor de três, sendo que a equipe de melhor campanha tinha vantagem de dois mandos de campo e conseguia a classificação em caso de igualdade de pontos. O Peixe, comandado por Emerson Leão em sua primeira passagem pela Vila, havia perdido a primeira na Ilha do Retiro por 3 a 1 e empatava em 1 a 1 quando aconteceu um lance inusitado.

O meia Eduardo Marques, que havia marcado o primeiro gol e ostentava a camisa 10 naquela tarde, chutou de longe e a bola entrou pela lateral direita da rede onde costumava ficar a Torcida Jovem. Viola comemorou o “gol” e, ato contínuo, torcedores que estavam ali atrás (eu incluído) comemoramos o tento, alguns sabendo que a bola realmente não havia entrado (eu incluído novamente). O árbitro Jorge Travassos Errado deu o gol mas, após consultar o auxiliar e, provavelmente, com uma mãozinha de repórteres de campo, voltou atrás. Róbson Luís marcaria o tento da vitória depois.

Como se vê, a história recente promete um bom jogo hoje na Vila Belmiro.

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