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Santa Cruz 0 X 2 Santos – finalmente uma vitória fora de casa

Peixe não vencia fora de casa desde 30 de agosto do ano passado, quando superou o Cruzeiro no Mineirão. Time fica na 5ª posição, a três pontos do G4

Na noite deste domingo o Alvinegro Praiano derrubou mais um tabu, este bastante incômodo e que há tempos irrita o torcedor, entra campeonato, sai campeonato. A vitória por 2 a 0 sobre o Santa Cruz, no Arruda, tira um pouco o peso de só vencer em seus domínios e dá esperança de que o time possa ir mais longe no Brasileirão.

Não somente pela vitória em si – a última fora de casa pelo Brasileiro havia sido em 30 de agosto do ano passado, quando superou o Cruzeiro no Mineirão -, é importante destacar a personalidade da equipe e as variações táticas de Dorival na partida.

O Peixe dominou a maior parte do jogo, em especial na primeira etapa. Com seu já tradicional 4-2-3-1, o time alugou o meio de campo e pressionou o Santa Cruz a maior parte do tempo, mantendo a posse de bola e rondando a área rival. O problema foram as peças do setor ofensivo. Vitor Bueno esteve menos efetivo que de hábito, enquanto Joel e Paulinho quase nada produziram. O destaque foi Léo Cittadini, com intensa movimentação e participando bem da marcação: foi o jogador alvinegro com mais desarmes certos, três no jogo.

Mas se o camaronês Joel pouco fez, apareceu no momento certo para tabelar com Zeca, que acertou uma linda finalização de fora da área. O gol, marcado próximo ao fim do primeiro tempo, fazia jus à superioridade santista. O Santa não conseguiu fazer uma finalização certa sequer ao gol de Vanderlei.

Na volta para a segunda etapa, como era de se esperar, os pernambucanos vieram com alterações no meio de campo e “subindo” a marcação, buscando pressionar o Santos. Aí entrou uma variação do jogo que às vezes pode nos desagradar, torcedores, mas que é necessária. Nenhum time do mundo consegue atuar com a dita marcação alta, no campo do adversário, o tempo todo. É algo muito desgastante fisicamente e foi um dos motivos pelos quais o Santos, no final da temporada passada, ter poupado jogadores para a Copa do Brasil.

Assim, o Peixe voltou postado mais atrás, com os dois atacantes pelos lados, Paulinho e Vitor Bueno, acompanhando mais as descidas dos laterais e se postando para atacar no espaço deixado em suas costas. Foi assim que surgiu o segundo gol peixeiro, com Bueno avançando quase livre pelo lado esquerdo do ataque, e o rebote ficando para Joel fazer.

Nessa variação tática, Léo Cittadini fica mais próximo de Joel, podendo receber a primeira bola na recuperação e organizar o contra-ataque ou servir de opção nas cercanias da área. Como os dois ponteiros santistas têm mais a característica de conduzir a bola e o meia não ter na velocidade sua principal virtude, o jovem acabou sumindo na etapa final, mas é importante destacar sua disposição em sacrificar seu jogo pelo coletivo, coisa que nem todo jogador brasileiro costuma ter.

A vitória fora de casa dá moral e as variações apresentadas mostram que Dorival, goste ou não o torcedor, é alguém que trabalha para tornar a equipe menos previsível e adapta o time ao material que tem em mãos, já que sofre com os desfalques de três de seus principais jogadores, Ricardo Oliveira, Gabriel e Lucas Lima. Também foi interessante ver em alguns momentos do jogo Victor Ferraz fazendo a transição para o ataque pela meia, abrindo o lado direito para Thiago Maia.

O Santos trabalha. E parece estar no caminho certo.

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Santa Cruz X Santos – o histórico de partidas favorece o Alvinegro

Santos e Santa Cruz fazem um dos jogos que fecha a rodada do Brasileiro neste domingo. Confira o histórico e as histórias desse confronto

O histórico de Santos e Santa Cruz mostra, de acordo com o Acervo Histórico do Santos FC, uma relação de 23 jogos, com 10 vitórias alvinegras, 8 empates e 5 triunfos do Tricolor pernambucano. São 42 tentos marcados pelo Peixe e 22 sofridos.

Curiosamente, somente quatro destas partidas foram jogadas na Vila Belmiro. No total, onze disputadas no Arruda e seis na Ilha do Retiro, estádio do rival do Santa, Sport. Outras duas pelejas tiveram o Pacaembu como sede.

Um dos grandes triunfos peixeiros aconteceu no Brasileirão de 1969. O Santa Cruz vinha com moral para a disputa da competição, após acabar com a hegemonia do Náutico no Pernambucano, depois de seis títulos do Alvirrubro. O feito, aliás, é contado em um documentário.  O clube, que havia investido na categoria de base para voltar a figurar nas decisões do estadual, fez a decisão com o Sport e iniciou uma série de cinco títulos consecutivos após dez anos sem ser campeão.

Mas naquela partida os pernambucanos não tiveram chance contra o Santos. O Alvinegro, que não faria grande campanha no torneio, terminando em quinto lugar no seu grupo, superou os pernambucanos por 4 a 0 na Ilha do Retiro, gols de Edu, Manoel Maria e dois de Pelé.

O encontro mais recente entre os dois times ocorreu em 2006, peleja válida pelo Brasileiro daquele ano. Era a última rodada e Tricolor já estava rebaixado, mesmo assim saiu na frente no placar, com Osmar, aos 12 minutos do primeiro tempo. O Alvinegro virou com dois gols de Wellington Paulista e um do atacante Júnior, em jogada de Jonas, hoje na seleção brasileira.

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Aquela foi a 200ª partida de Fábio Costa em duas suas passagens pelo Santos e, também como curiosidade, o meia André Oliveira, vulgo André Belezinha, foi o lateral direito do clube naquele fim de tarde. Pra quem não lembra, ele foi um dos atletas de qualidade pra lá de duvidosa trazidos pelo consórcio Vanderlei Luxemburgo/Iraty. Confira abaixo os melhores momentos daquele jogo.

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