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Santos 3 X 1 Ponte Preta – Peixe faz a lição de casa e seca rivais no domingo

Em partida que marcou a volta de Ricardo Oliveira, Alvinegro garante permanência no G4 e torce contra os três times que estão acima na tabela do Brasileiro. Mesmo com vitória, Dorival Júnior desabafou e cobrou a diretoria: “Está na hora de pensarmos grande”

O Santos conseguiu uma vitória importante na noite de sábado (16), na Vila Belmiro, contra a Ponte Preta. Os 3 a 1 com gols de Victor Ferraz, Vitor Bueno e Gabriel garantiram a permanência do clube no G4 até o fim da rodada (salvo uma improvável vitória do Atlético-PR contra o Vitória por onze gols de diferença). Os santistas torcem neste domingo contra os três times que estão acima dele na tabela, Palmeiras, Corinthians e Grêmio, para chegarem mais perto do topo.

De acordo com o Footstats, o Santos trocou no total um passe a mais do que na partida contra o Palmeiras, 395, mas com quase metade dos erros do jogo anterior: foram 32 contra 60. Finalizou mais vezes na noite de sábado (12 X 9) e fez muito mais desarmes (23 certos contra 6).

Isso se explica pela diferença de contexto entre os dois duelos. No jogo contra o Alviverde, o Palmeiras exerceu durante a maior parte do tempo uma marcação atrás da linha da bola, se postando no próprio campo de defesa. Estando atrás do placar desde os 21 do primeiro tempo, o técnico Eduardo Baptista, da Ponte Preta, resolveu ousar e, no intervalo, substituiu o volante Matheus Jesus por Felipe Menezes, subindo a marcação do seu time. Os visitantes chegaram a levar algum perigo ao gol de Vanderlei, exigindo ao menos duas defesas difíceis na etapa final – uma delas enquanto estava 1 a 0 -, após tê-lo exigido somente em uma ocasião no primeiro tempo. Finalizaram ainda com perigo outras duas vezes, quando o Peixe já havia aberto uma vantagem maior.

Gabriel beija escudo após gol

Gabriel beija o escudo do Santos depois de seu gol, o terceiro da equipe. Despedida? (Foto: Ivan Storti/ Santos FC)

Mas a ousadia de Baptista acabou custando para seu time, mostrando o perigo que é buscar pressionar o Santos em seu próprio campo. O contra-ataque funcionou e Ricardo Oliveira mostrou que faz a diferença em sua volta. Primeiro deu assistência a Vitor Bueno, depois de receber bela enfiada de bola de Gabriel. No lance do terceiro gol, dividiu com a zaga fazendo com que a bola sobrasse para Gabriel fazer. Com ele, definitivamente o Peixe é outro, muito mais perigoso.

A Ponte conseguiu seu tento de honra no final, com Rodrigão perdendo uma oportunidade antes do apito do árbitro. Uma vitória importante contra um adversário direto pela vaga no G4. A escalada peixeira continua.

O desabafo de Dorival Júnior: “vamos buscar títulos ou buscarmos uma equipe nova a todo o momento?”

Depois da partida, o técnico Dorival Júnior contrariou seu habitual estilo comedido e cobrou uma postura da diretoria do Santos em relação a possíveis saídas de atletas na janela de transferências. Como a comemoração de Gabriel no terceiro gol do time teve toda pinta de despedida e ao menos dois observadores de times de fora, Barcelona e Borussia Dortmund, estiveram na Vila Belmiro para observar Lucas Lima, o comandante peixeiro se mostrou preocupado com sua equipe, que ainda vai sofrer com os desfalques certos do trio olímpico nas próximas pelejas.

“Se quisermos buscar algo melhor na competição, será com atuações como essas que tivemos nos últimos jogos. A produção que o Santos tem com todos os jogadores à disposição é muito forte. Agora sairão três jogadores (para as Olimpíadas). Não há como suprirmos isso sem tempo para prepararmos essas saídas. Os jogadores que temos podem até suprir essas ausências, mas a tendência é de encontrarmos dificuldades nas próximas partidas para mantermos o nível de atuação que estamos tendo”, disse Dorival.

Sobre Gabriel, ele ainda cobrou uma postura da diretoria. “É difícil falar que esse é o momento dele sair. Mas torço para que isso não aconteça nesse momento e espero que a diretoria pense nisso. Está na hora de pararmos de ter que montar a equipe durante a competição. Temos que pontuar o nosso torcedor para mostrar o que queremos: vamos buscar títulos ou buscarmos uma equipe nova a todo o momento? Está na hora de pensarmos grande. É preciso que o clube se posicione.” Ele está mais do que certo, o que o Santos quer nesse Brasileiro, afinal?

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Santos X Ponte Preta – Peixe joga para chegar perto dos líderes

Alvinegro conta com o retorno de Ricardo Oliveira para se manter no G4. Partida é a última com trio da seleção olímpica

O Santos entra em campo neste sábado (16), às 18h30 na Vila Belmiro, para se manter no G4 e tentar chegar mais perto do topo da classificação. A partida é a última do trio que vai disputar os Jogos Olímpicos do Rio, Gabriel, Zeca e Thiago Maia, mas o ingrediente principal é o retorno de Ricardo Oliveira, que ainda não disputou nenhuma partida pelo Santos no Brasileiro.

Pela competição, o time deve ficar sem os três da seleção olímpica, caso a equipe chegue na final, por cinco duelos, contra o Vitória (fora), Cruzeiro (casa), Flamengo (provavelmente em Cuiabá), América-MG (fora) e Atlético-MG (casa), além das partidas da Copa do Brasil. Nos próximos jogos, Dorival Júnior deve escalar Jonathan Copete, Yuri e Caju, embora Daniel Guedes jogue nas duas laterais e Victor Ferraz também se dê bem pelo lado canhoto, onde jogou em diversas partidas no ano passado.

Embora seja favorito, o Santos não deve ter vida fácil contra a Ponte Preta. O clube interiorano tem o mesmo número de pontos e vitórias que o Alvinegro Praiano, ficando atrás na classificação por conta do saldo de gols (-3 contra 11). Para hoje, a Ponte tem seis desfalques: Elton, Kadu, Felipe Azevedo, Renê Junior, Galhardo e João Vitor, e é no meio de campo que a equipe vai sofrer mais modificações. No setor, somente Matheus Jesus tem lugar assegurado por Eduardo Baptista, que pode promover as estreias de Wendel e Maycon, com Ravanelli completando o onze titular.

Ricardo Oliveira voltando

Ricardo Oliveira está com saudades. A torcida também (Ivan Storti/ Santos FC)

Histórico de confrontos Santos X Ponte Preta

Quando se leva em conta os confrontos entre Santos e Ponte, dois times já se enfrentaram em 125 oportunidades, sendo que o Peixe tem 69 vitórias, 24 empates e 32 vitórias. Levando-se em conta somente o campeonato brasileiro, o confronto tem equilíbrio, sendo 10 triunfos peixeiros, 9 da Ponte e 5 empates.

Contudo, quando joga na Vila Belmiro contra o rival de hoje, o Alvinegro venceu praticamente dois terços dos duelos. Em 61 pelejas, são 40 vitórias santistas, 10 empates e 10 derrotas.

Contra a Ponte, o Santos conseguiu fazer a maior goleada de sua história, 12 a 1 em 1959. Foram cinco gols de Coutinho e quatro de Pepe, em um jogo que não contou com Pelé. Aguinaldo fez dois, Mingão marcou um contra e os campineiros descontaram com Célio.

Possíveis escalações de Santos e Ponte Preta

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Renato, Thiago Maia, Vitor Bueno e Lucas Lima; Gabigol e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.

Ponte Preta – João Carlos; Jeferson, Douglas Grolli, Fábio Ferreira e Reinaldo; Matheus Jesus, Wendel, Ravanelli, Giva e Clayson; William Pottker. Técnico: Eduardo Baptista.

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Contra a Ponte, Santos aplicou sua maior goleada

Pelo menos duas partidas entre Santos e Ponte Preta ficaram marcadas na história do Peixe. Uma, disputada em 19 de novembro de 1959, é  a maior goleada do Alvinegro: um 12 a 1 contra a Macaca na Vila Belmiro. Naquele dia, Pelé não atuou, mas Coutinho marcou cinco vezes e Pepe, quatro. Aguinaldo fez dois, Mingão marcou contra e Célio descontou para a Ponte.

Outra peleja histórica entre os dois aconteceu em 2 de outubro de 1974, e desta vez o Rei era o foco. Afinal, foi sua última partida pelo Santos, vitória peixeira por 2 a 0. A cena em que Pelé se ajoelha no meio de campo e agradece à torcida ainda emociona e você pode conferir no vídeo abaixo.

Em campeonatos brasileiros, o confronto entre os dois é equilibrado: são nove vitórias santistas, oito derrotas e quatro empates. Mas, no geral, a vantagem peixeira é ampla. São 66 vitórias, 23 empates, e 30 derrotas. No entanto, em 2013, nas duas vezes em que se enfrentaram, em Campinas, a Macaca levou a melhor. Foi um 3 a 1 válido pelo Paulista e outra derrota, por 1 a 0, no primeiro turno do Brasileirão.

A partida de hoje também tem dois personagens formados na base de seus clubes mas que hoje estarão do lado adversário. O goleiro Aranha é formado na Ponte e lá se destacou, em especial por conta da campanha da equipe vice-campeã paulista em 2008. Já o centroavante William, conhecido também como “William Batoré”, cresceu na Vila Belmiro e fez parte do elenco que tirou o Peixe da fila em 2002, jogando, inclusive, a partida final contra o Corinthians no Brasileiro daquele ano, substituindo o suspenso Alberto. Confira dois momentos de ambos nos clubes que os formaram.

Aranha defende pênalti pela Ponte Preta, contra o Guaratinguetá, na semifinal do Paulista de 2008

William marca o gol da vitória santista contra o Corinthians, pelo Rio-São Paulo de 2002

1 comentário

outubro 12, 2013 · 5:19 pm