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Sport X Santos e os erros de arbitragem do Brasileirão 2015

Sport e Santos empataram em 1 a 1 na Ilha do Retiro neste domingo à noite, em uma partida na qual mais uma vez a arbitragem foi assunto. No entanto, a discussão sobre falhas dos árbitro tem caído em geral no senso comum, sendo feita muitas vezes de forma irrefletida e sem qualquer aprofundamento. Tomemos este jogo como exemplo.

Primeiro, é preciso dizer: houve um erro capital que prejudicou o Sport. Ricardo Oliveira fez um gol em impedimento, o primeiro da partida. Ponto. A partir daí, várias outras considerações têm que ser feitas. Se formos dividir em duas categorias os equívocos de arbitragem, é possível dividi-los entre aqueles que são crassos ou grosseiros e os que são mais difíceis de se notar. E como classificar esse impedimento do atacante santista?

Na hora do gol, notem que a transmissão do jogo não cravou que ele tinha sido irregular. Já após o final da peleja, tornou-se nas palavras dos comentaristas um “erro clamoroso”. Isso ocorreu por um motivo simples: quando a bola é cabeceada para o gol, tanto o auxiliar quanto quase todos que viam o jogo, voltam o olhar para o goleiro Danilo Fernandes, que rebate. Quando Oliveira aproveita o rebote, um jogador do Sport já está entre ele e gol, dando a impressão, para muitos, de que o tento era legal. Obviamente, a impressão se desfaz com o replay e o congelamento da imagem, que mostra o atacante a quase dois metros à frente.

Vejam a dualidade. Congelando a imagem, é um erro grosseiro; com a rapidez do lance e o evidente interesse de se saber se a bola entraria após a cabeçada ou não, fica muito mais difícil assinalar a irregularidade. “Ah, mas o bandeira deveria estar atento à posição de Oliveira”, pode-se argumentar. Sem dúvida. Mas também tem que ver o caminho da bola ao gol, já que é dele a responsabilidade de marcar um tento se, por exemplo, houve dúvida se a bola passou inteira ou não da linha da meta (já que ela não tem chip). Não é fácil.

Mas daí entram outras duas questões. A pessoa vê que um gol foi irregular e já solta a pérola: “Se não fosse esse gol, o Sport teria ganho o jogo, seria 1 a 0”. A matemática não é tão simples, já que um tento muda a forma dos dois times jogarem. Em geral, quem fez recua mais e quem tomou se lança ao ataque ou até se motiva. O jogo, até então morno como foi quase durante todos os 90 minutos, provavelmente seguiria na mesma toada. E, se o Santos tomasse o gol e ficasse em desvantagem, certamente teria outro tipo de atitude que não a passividade demonstrada após inaugurar o placar. Nunca é possível fazer essa conta que várias pessoas fazem, a não ser que o erro capital tenha ocorrido no final da partida. Fora isso, dizer que tal time ia ganhar, empatar ou perder se tal erro não acontecesse, é puro chute.

A outra questão diz respeito à forma como a arbitragem reage a um erro cometido. Muitas vezes, quando o trio comete um erro no primeiro tempo, sabe no intervalo (ou até antes disso) que ele foi feito. A chance de ocorrer a chamada “compensação” cresece. Ne etapa final, por exemplo, Marquinhos Gabriel sofreu uma falta violentíssima a um minuto, sem bola, um carrinho por trás, por parte de Matheus Ferraz. Uma infração que seria punida com expulsão na maioria dos casos. Rendeu somente um amarelo.

Esse é ou não um erro crasso? Por que tal tipo de “interpretação” merece menos atenção? Jogar quase um tempo todo com um a mais não seria uma vantagem significativa para o Alvinegro. O problema, entre outros, é que esse tipo de lance precisa de contexto na hora de ser discutido em programas esportivos, hoje dominados pelo sensacionalismo. Vale mais mostrar erros que são crassos na hora que se congela a imagem.

A intenção aqui não é dizer que o Sport não foi prejudicado com o gol de Oliveira. Foi. Mas a análise precisa ser feita de forma integral, e não com base em um lance isolado. Muitas vezes uma arbitragem prejudica mais um time com pequenos erros duraante umaa partida do que com um grande. Mas isso não dá Ibope.

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Santos joga contra a Chapecoense e o cansaço no Brasileirão

O Santos enfrente a Chapecoense às 16h deste domingo, na Arena Condá, tentando driblar um alegado cansaço por parte do time. Pelo menos é o que diz o treinador Marcelo Fernandes, o que justificaria o desempenho ruim da equipe no segundo tempo contra o Sport.

“É normal ter altos e baixos. As dificuldades surgem por causa da qualidade dos nossos adversários”, disse o técnico. Bom então há que se achar formas de contornar isso, porque na Série A e nas outras competições que o Peixe disputar até o fim do ano – Copa do Brasil ou Copa Sul-Americana – só tem rival qualificado. Se o problema é cansaço, tem que ter elenco, mas não basta ter elenco sem colocar os reservas para jogar durante as partidas pra adquirirem ritmo de jogo. E isso Fernandes só tem feito quando obrigado.

Hoje Leandrinho entra como titular, já que Renato fez uma pulsão por conta de dores que sentia no músculo posterior da coxa esquerda. De resto, a equipe é a mesma que foi derrotada pelo Sport em uma atuação estranha do Alvinegro. Thiago Maia, que entrou no jogo contra os pernambucanos, está novamente entre os relacionados.

Histórico da Chapecoense contra o Santos

Trata-se de um confronto com curta história. A Chapecoense esteve na primeira divisão do campeonato brasileiro em 1978 e 1979, voltando em 2014, quando conseguiu sua melhor colocação, 15º lugar. E foi só nesta edição que as equipes que se enfrentam hoje se confrontaram.

O Peixe venceu no primeiro turno de 2014, em peleja disputada na Vila Belmiro. Um 3 a 0 com gols de Rildo, Gabriel e Diego Cardoso, com Oswaldo de Oliveira à frente da equipe. Já no segundo turno o técnico era Enderson Moreira e o Santos empatou na Arena Condá com gol de Bruno Uvni. Leandro Pereira, que está no Palmeiras, fez o tento de empate dos catarinenses.

Quem joga na Chapecoense?

Talvez o jogador mais conhecido do elenco da equipe de Chapecó seja o centroavante Roger, de 30 anos. Revelado na Ponte Preta, foi campeão da Libertadores com o São Paulo em 2005 e tem passagens por inúmeros clubes como Palmeiras, Fluminense, Vitória, Sport, futebol japonês… Foi vice-artilheiro do Catarinense com dez gols.

O lateral Apodi, em jogo contra o Corinthians (Chapecoense/Flickr)

O lateral Apodi, em jogo contra o Corinthians (Chapecoense/Flickr)

Outro rosto conhecido é do lateral Apodi, 28 anos, que atuou no Santos em parte da triste campanha da equipe no Brasileiro de 2008, a pior do Peixe na Era dos pontos corridos. O meia Camilo é o destaque na coordenação do meio de campo, e já está no segundo ano de clube.

A Chapecoense também tem Edmilson, ex-Vasco, no banco de reservas, além da revelação do estadual. O meia Hyoran, cujo nome é uma homenagem a… Johan Cruyff, o cérebro da seleção holandesa de 1974.

Confira abaixo as prováveis escalações de Chapecoense e Santos:

Chapecoense X Santos

16h, na Arena Condá – Chapecó

Chapecoense – Danilo; Apodi, Rafael Lima, Vilson e Dener Assunção; Bruno Silva, Elicarlos, Gil e Camilo; Ananias e Roger. Técnico: Vinícius Eutrópio.

Santos – Vladimir; Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Valencia, Leandrinho e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

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Santos volta ao status “sonolento” contra o Sport. Será que o clube prefere a Sul-Americana?

O Santos foi derrotado por 2 a 1 pelo Sport ontem, na Ilha do Retiro, mostrando mais uma vez um futebol, no mínimo, pouco ambicioso e objetivo, em especial no segundo tempo. Como a esdrúxula regra da competição permite que um time, de acordo com sua posição no Brasileiro do ano anterior, possa ir para a Sul-Americana caso seja desclassificado até a 3ª fase, fica difícil avaliar uma partida em que, aparentemente, as duas equipes não estavam muito interessadas em vencer.

Na semana passada, o presidente do escrete pernambucano, João Humberto Martorelli, disse com todas as letras: “A Sul-Americana é a prioridade do Sport. Não temos título internacional, então seria muito importante do ponto de vista da experiência internacional disputá-la e tentar uma situação melhor do que conseguiu nos dois anos anteriores”.

A torcida leonina também prefere a Sul-Americana. E a virose repentina de Diego Souza, estrela do time, e Rodrigo Mancha, também são episódios que deixam suspeitas no ar.

Nenhum diretor do Santos deu declaração semelhante à de Martorelli, mas o comportamento do time dá margem a interpretações. Começou perdendo um gol aos 14 segundos de jogo, criou mais um lance de perigo no primeiro minuto e depois sofreu um gol em que Werley entrou de “pé mole” em uma dividida que só a falta de concentração justifica, já que ele, definitivamente, não é disso.

Santos e Sport

Sport comemora gol contra o Santos (Foto: Site Oficial Sport)

Mesmo após o empate, jogada de Robinho pela esquerda com gol de Lucas Lima, o Peixe continuou pouco objetivo. No segundo tempo, isso piorou. O Alvinegro trocou passes de lado a lado do campo entediando os torcedores, buscando muito pouco o gol adversário. Em geral, na etapa final o time costuma recuar quando o placar lhe é favorável, mas o Sport também estava recuado, o que gerou momentos de longas trocas de passes da parte alvinegra, com o time pernambucano pouco interessado em “morder” na marcação.

Mesmo tomando o gol, os visitantes continuaram atacando pouco. Se não for acomodação, isso pode ser sintoma de outras coisas também. O elenco pode estar farto com promessas eventualmente não cumpridas em relação a salários e direitos de imagem atrasados, o que ficou evidente na entrevista coletiva concedida por Robinho hoje. Certamente o Rei das Pedaladas não falou só por ele… Ou a equipe estaria com excesso de confiança, dada não só a superioridade técnica como a anêmica vontade dos pernambucanos em avançar na Copa do Brasil.

Seja o que for, o torcedor merece respeito e esse corpo mole apresentado ontem tem que se avaliado internamente pelo clube. Nem sempre um vexame acontece só quando o time toma goleada, às vezes pode ser em uma derrota simples.

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Santos pega Sport, que não terá o “goleiro-meia” Diego Souza

O Santos pega o Sport na noite desta quarta-feira, às 22 horas, em partida válida pela 3ªa fase da Copa do Brasil de 2015. E a lógica indica que vai ser uma parada bem mais dura que os duelos anteriores do Peixe no torneio, contra Londrina e Maringá.

Apontado como favorito absoluto no campeonato pernambucano deste ano, o Rubro-Negro decepcionou seus torcedores ao ser desclassificado nas semifinais pelo Salgueiro, equipe do interior do estado e com muito menos recursos que o rival. Mas já tem um começo de campeonato brasileiro mais animador, com uma goleada sobre os reservas do Internacional na Ilha do Retiro (4 a 1) e um empate no Maracanã contra o Flamengo (2 a 2). Para a partida de hoje, o único representante do Nordeste no Brasileirão tem desfalques.

O goleiro Magrão, com a lesão no ombro sofrida no Rio, deve ficar fora da equipe por 60 dias. Na partida contra o Peixe, ele se tornaria o atleta, isoladamente, que mais vezes vestiu a camisa do Sport. Será substituído por Danilo Fernandes, ex-Corinthians.

Começando por Diego Souza, destaque do time. Após ir para o gol na peleja contra o Flamengo, discutir com Vanderlei Luxemburgo no campo e reclamar de falta de “fair play” dos jogadores flamenguistas, foi diagnosticado com uma virose e não joga hoje, assim como Rodrigo Mancha, volante de lembranças não tão boas com a camisa do Santos.

Diego Souza é desfalque no Sport (Foto: Site do Sport)

Diego Souza é desfalque no Sport (Foto: Site do Sport)

Outras ausências são o meia-atacante Elber e o atacante Samuel, que já estava lesionado. O zagueiro Matheus Ferraz e o lateral Samuel Xavier, que já defenderam outros clubes na competição. Assim, devem entrar em campo como substitutos Vitor, na lateral direita; o ex-santista Ewerton Páscoa como zagueiro; Joelinton, no ataque; Neto Moura, na vaga de Elber, e Régis no lugar de Diego.

No Santos, Valencia volta

A única novidade do Alvinegro no Recife deve ser o retorno do volante Valencia, que havia viajado para a Colômbia para conhecer sua filha. Confira abaixo as prováveis escalações:

Copa do Brasil 2015 – Sport X Santos

Ilha do Retiro, Recife (PE), 22h

Sport – Danilo Fernandes; Vitor, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Neto Moura e Régis; Mike e Joelinton. Técnico: Eduardo Baptista.

Santos – Vladimir; Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Ricardo Oliveira e Robinho. Técnico: Marcelo Fernandes

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