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Santos X Vasco: um dos duelos mais equilibrados do futebol brasileiro

No histórico de confrontos, Santos e Vasco estão empatados com 44 vitórias cada. Em 2019, Peixe levou a melhor em três dos quatro encontros

Santos e Vasco se enfrentam na Vila Belmiro, às 21h30 desta quarta-feira (2), em situações opostas. Mesmo com a derrota para o Fluminense, a equipe cruzmaltina segue em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, com um jogo a menos. O “ramonismo” (referência ao técnico e ídolo do clube Ramon Menezes, tem feito o torcedor sorrir e a equipe vai contar na Vila com o retorno do volante Andrey, após suspensão.

Já o Santos de Cuca tem o retorno de Alison e busca se recuperar da polêmica derrota contra o Flamengo em casa. O time segue em décimo lugar na competição e sem poder contratar por determinação da Fifa, devido à pendência com o Hamburgo, que gira em torno de R$ 25 milhões. O nome do volante Elias é ventilado na Vila Belmiro e o atacante Uribe, fora dos planos do atual técnico, deve ter seu contrato rescindido.

Marinho, destaque do Santos e esperança contra o Vasco, e Sánchez, ainda devendo futebol no segundo semestre (Ivan Storti/Santos FC)

Santos X Vasco: confronto que tem história

Segundo o site Acervo Santista, Santos e Vasco se enfrentaram 125 vezes, com 44 vitórias para cada lado e 37 empates. o Peixe fez 200 gols e sofreu 188, um saldo positivo de 12. Em partidas válidas pelo Brasileiro, são 26 vitórias do Santos, 20 derrotas e 23 empates.

Em 2019, as duas equipes jogaram entre si quatro vezes, duas pela Copa do Brasil, com um triunfo para cada lado e classificação santista, e duas pelo Campeonato Brasileiro, com duplo triunfo peixeiro.

O primeiro confronto foi em 1927, na inauguração do estádio de São Januário, então o maior do país. Aquele time do Santos seria naquela ano a primeira equipe brasileira a anotar cem gols em uma competição. A chamada linha dos cem gols santista tinha Omar, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista, sendo que este último marcou três vezes, com Omar e Araken completando o placar de 5 a 3 para o Peixe. Negrito, Galeto e Pascoal anotaram pelo Vasco.

Uma das partidas inesquecíveis entre Santos e Vasco ocorreu na fase final do Brasileiro de 1992. Houve empate em 3 a 3 no Maracanã, com três gols de Bebeto e três de Paulinho McLaren. O terceiro gol santista foi uma pintura, com Almir cruzando para Guga dar um passe de peito para Paulinho fazer seu hat-rick com um sem pulo.

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Santos bate Inter de Limeira na melhor partida com Jesualdo à frente do time

Alvinegro vence por 2 a 0 na Vila Belmiro e equipe mostra mais criatividade e opções ofensivas do que nos dois jogos anteriores do campeonato paulista

Na noite desta quinta-feira, contra a Inter de Limeira, na Vila Belmiro, Jesualdo Ferreira optou por uma equipe modificada, poupando jogadores e testando opções no meio e no ataque. Ficaram de fora Alison, Carlos Sánchez e Eduardo Sasha, além dos contundidos Marinho e Arthur Gomes da frente e de Soteldo, ainda na seleção pré-olímpica da Venezuela.

Como a Inter de Limeira, comandada por Elano Brumer, foi um time que entrou com duas linhas bem próximas, uma de cinco e outra de quatro jogadores, atuando bem atrás, deu campo para o Santos jogar.

Mais uma vez Felipe Jonathan foi essencial na armação ofensiva, e foi pelo lado esquerdo que saiu o primeiro gol do time, de Raniel, aos 22, uma bela finalização de fora da área. O tipo de jogada fundamental contra equipes que atuam muito na intermediária.

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Raniel foi o artilheiro da noite, mostrando boa movimentação no ataque (Reprodução)

O atacante marcou de novo ainda no final do primeiro tempo, aos 44, após escanteio cobrado pela direita por Diego Pituca.

Durante a etapa inicial, o Peixe mostrou qualidades ausentes nas duas primeiras partidas. O time se movimentou melhor pelo meio, com Evandro se deslocando bem e dando passes importantes na parte ofensiva. Jobson também mostrou qualidade ao fazer o jogo por dentro, chegando a entrar dentro da área, algo que Alison não faz.

Na segunda etapa, Elano colocou Tcharlles no lugar de Airton Moisés, mais um jogador à frente para buscar reduzir a desvantagem no placar. E o Santos, com a vantagem de dois gols, voltou sem a mesma intensidade do primeiro tempo, o melhor jogado pela equipe em 2020. Com o sistema defensivo bem postado, o Alvinegro foi ameaçado em tiros de longa distância, mas contou com a sorte e com Everson em uma ocasião.

Jesualdo promoveu três trocas no decorrer do segundo tempo. Sánchez entrou no lugar de Felipe Jonathan, Alison substituiu Evandro, e o garoto Renyer, de 16 anos, fez sua estreia como profissional com a saída de Tailson.

E o Uribe?

Desde que chegou ao Santos, certamente esta foi a vez em que Uribe teve mais chances de gol. Ao menos duas oportunidades cara a cara com o goleiro rival Rafael Pin que foram desperdiçadas. Problemas com domínio de bola e decisões erradas na hora de finalizar comprometeram estes e outros lances do atacante.

Uribe apresenta uma notória ansiedade ao jogar, mas hoje mostrou não só disposição, mas também oba movimentação, abrindo espaços, fazendo o pivô e dando opções para os companheiros do meio de campo. Precisa dominar os nervos para ser útil à equipe.

 

 

 

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Santos supera o Guarani no sufoco, em outra apresentação ruim

Mesmo com um jogador a mais em quase todo o segundo tempo, Alvinegro precisou marcar nos acréscimos para assegurar a vitória

Mais uma vez o Santos jogou mal e precisou contar com um gol contra aos 48 minutos do segundo tempo para vencer o Guarani, no Brinco de Ouro, nesta segunda-feira, por 2 a 1.

Se no jogo contra o Red Bull Bragantino as triangulações entre meia/lateral/atacante chegaram a aparecer vez ou outra, em especial no primeiro tempo, contra o Guarani elas rarearam um pouco mais, praticamente desaparecendo no lado esquerdo.

O time buscou a movimentação sempre para deixar o corredor aberto para o cruzamento pelos lados do campo. Algo a que o torcedor estava pouco acostumado, ver a bola quase toda hora pelo alto à procura de algum atacante na área.

Em que pese essa falta de criatividade, foi assim que saiu o gol do Santos na primeira etapa. Aos 21, Felipe Jonathan cruzou pela esquerda e Arthur Gomes se posicionou bem, saindo da marcação do miolo da zaga e acertando uma bela cabeçada.

Jogando no 4-1-4-1, com Alison à frente da linha de laterais e zagueiros na defesa e os atacantes fechando o meio de campo para ocupar os espaços quando atacados, o Alvinegro pouco foi ameaçado na etapa inicial.

A expulsão a 1 minuto do segundo tempo de Lucas Ribeiro parecia acenar para um jogo mais tranquilo para o Santos. Mas isso não aconteceu. O Guarani tornou mais aguda sua proposta de subir a marcação e atrapalhar a saída de bola do Peixe, mesmo expediente usado pelo Red Bull na estreia santista, e levou perigo ao gol de Everson até o empate. Um escanteio após uma bola recuperada na defesa alvinegra. Na jogada ensaiada bugrina, Everson falhou e Rafael Costa anotou de cabeça.

O gol castigou o Santos que foi pouco incisivo mesmo com um atleta a mais. A equipe cadenciava a bola quase sem pretensão ofensiva e, depois de tomar o gol, passou a sentir ainda mais dificuldade para atacar já que o Guarani se postou mais atrás.

O Bugre quase chegou a virar aos 40, mas Everson salvou o time em uma defesa providencial. Já nos acréscimos, aos 48, a sorte sorriu para o Santos, embora a equipe não merecesse pelo futebol jogado. Jean Mota cobrou falta para a defesa do goleiro e Pablo acabou chutando contra o próprio gol no reflexo.

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Santos teve muitas dificuldades na partida, mas conseguiu vitória no sufoco (Ivan Storti/Santos FC)

É cedo para falar, mas…

A parte física pesou, é fato, mas a proposta de jogo de Jesualdo Ferreira ainda não se tornou visível. Há um esboço com triangulações, jogadas pelas laterais com cruzamentos na área, mas até aqui um repertório ofensivo muito fraco e previsível.

Falta velocidade na transição da defesa para o ataque, e também mais jogadores participando das ações à frente. Pituca não se adaptou ainda para participar das jogadas ofensivas do lado esquerdo e as trocas pelo meio quase inexistem.

De positivo, pode-se destacar a melhora de Raniel quando atuou pelo lado direito, sendo o atacante mais perigoso do Santos na etapa final. Uribe, por outro lado, quando entrou, mostrou mais uma vez pouca mobilidade, não conseguindo finalizações mesmo com as bolas alçadas na área.

O Santos não vai ter o futebol vistoso do ano passado. Mas precisa ser efetivo.

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