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Santos não sai do empate com o Figueirense em SC e vê posição no G4 ameaçada

No Orlando Scarpelli, o Santos não saiu de um 0 a 0 com Figueirense, o primeiro empate entre ambos na história do Brasileiro. O resultado ameaça a posição do Alvinegro Praiano no G4, já que o Palmeiras pode ultrapassá-lo caso vença o Sport. São Paulo e Ponte Preta também podem alcançá-lo em pontos, mas perdem nos critérios de desempate.

Ricardo Oliveira Santos

Ricardo Oliveira entrou no segundo tempo, mas jogo permaneceu 0 a 0 (Reprodução)

O Peixe entrou em campo com um time modificado, já que alguns jogadores foram poupados para o duelo de quarta-feira contra o São Paulo, na Vila Belmiro, pelas semifinais da Copa do Brasil. David Braz, Thiago Maia, Gabriel (suspenso) e Ricardo Oliveira deram lugar a Werley, Ledesma, Geuvânio e Nilson. Mais descansado e precisando da vitória, o Figueirense atuou durante toda a etapa inicial com muito mais ímpeto que os visitantes, criando mais oportunidades. Victor Ferraz segue em recuperação.

O sistema de marcação peixeiro começa no ataque, e ali se sentiu mais a diferença em relação às ausências. Nilson é o típico centroavante pesado, que se esforça mas tem dificuldades para executar a marcação. Geuvânio ainda está sem ritmo de jogo, assim como Ledesma no meio, e Marquinhos Gabriel foi bastante apagado, deixando de aproveitar os espaços deixados pela forte marcação concentrada em Lucas Lima.

Mais uma vez o camisa 20 santista foi vigiado de perto, e com uma certa aspereza da parte dos adversários. Faltas em cima dele renderam três cartões amarelos a atletas do Figueira no primeiro tempo, e João Vitor poderia ter sido expulso ao fazer sua segunda falta sem bola no meia, já tendo um cartão amarelo na conta.

Na segunda metade do jogo, o Santos voltou mais aceso e logo a 20 segundo criou uma grande chance com bela jogada de Marquinhos Gabriel pela ponta e uma finalização de Geuvânio defendida por Alex Muralha. O lance mostrava o que seria a tônica do time no segundo tempo, com uma movimentação maior no ataque e Marquinhos Gabriel e Geuvânio buscando atuar mais abertos pelas pontas, dando chance para os passes enfiados em velocidade, muito usados pelo time em geral.

Aos 26, Dorival Júnior colocou Ricardo Oliveira no lugar de Nilson, que pouco produziu na peleja, até porque parece perdido em meio ao sistema móvel alvinegro no campo ofensivo. Cinco minutos depois, Geuvânio deu lugar a Neto Berola e, aos 39, Léo Cittadini entrou no lugar de Ledesma. Mesmo assim, era o Figueirense quem propunha mais o jogo, com o Peixe menos concentrado que o rival e com inúmeros erros de passes, ainda que as alterações tenham melhorado um pouco a intensidade da equipe.

Com seis partidas para o final do campeonato, o Santos vai ter três confrontos fora de casa contra três times que lutam para não cair: Joinville, Coritiba e Vasco. Precisa aproveitar e contrariar seu histórico fora de casa na competição para assegurar seu lugar no G4.

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Santos faz lição de casa, bate o Goiás e segue no G4 do Brasileirão

O Santos superou o Goiás por 3 a 1 no fim da tarde deste domingo (18), alcançando a marca de onze vitórias seguidas na Vila Belmiro pelo campeonato brasileiro de 2015. A equipe segue no G4, com 49 pontos e a segunda melhor campanha do 2º turno.

ricardo oliveira e lucas lima no santso

Ricardo Oliveira comemora um de seus gols com Lucas Lima (Ivan Storti/Santos FC)

Tratava-se de um jogo chave, já que rivais diretos do Alvinegro na disputa como Palmeiras, Internacional e Ponte Preta haviam vencido. Além disso, o Peixe contava com desfalques na defesa, com David Braz suspenso, Gustavo Henrique contundido e Victor Ferraz com lombalgia. Gabriel também não entrou em campo em função da expulsão contra o Grêmio. Mesmo assim, os donos da casa se impuseram desde o começo, mostrando a intensidade que tem caracterizado o time nas mãos de Dorival Júnior.

Aos 14 minutos, a partida já estava 2 a 0 para o Santos, que marcou com Werley, em cruzamento de Daniel Guedes, e Ricardo Oliveira. Este segundo gol foi típico do modo de jogar alvinegro: marcação-pressão na saída de bola do adversário, com Leandro recuperando a posse e o lance sobrando para o artilheiro da competição fazer.

Com tranquilidade, o Peixe fez a bola rodar, superando a tentativa goiana de marca a bola no campo santista, cansando os rivais. A paciência foi premiada no final do primeiro tempo em jogada que teve início com Lucas Lima, em sua centésima partida com a camisa alvinegra, no lado direito, que cruzou na área para Marquinhos Gabriel dar uma bela assistência de letra para o segundo gol do Nove da Vila na partida, seu 19º no Brasileirão.

A vantagem fez com que o Santos relaxasse na etapa final, algo relativamente natural, ainda mais pela forma com que a equipe atua. Algo parecido já aconteceu em outras ocasiões, como no duelo contra o Figueirense no Pacaembu, válido pela Copa do Brasil. A entrada de Lucas Coelho também melhorou o meio de campo do Goiás, que passou a criar oportunidades que não conseguiu no primeiro tempo.

Os esmeraldinos chegaram ao gol ao 4 minutos, em finalização desviada no meio do caminho de David. Se o ímpeto dos visitantes cresceu, a carência técnica dos jogadores ficou evidente nas chances criadas e o Santos prosseguiu levando perigo à defesa rival. O Alvinegro fez o suficiente para assegurar a vitória e ainda contou com a entrada de Geuvânio, 40 dias após sua contusão, que deve ser pra lá de útil na reta final do Brasileiro e na Copa do Brasil.

Na quarta-feira, contra o São Paulo no Morumbi, pelas semifinais da Copa do Brasil, o time deve contar com a volta de David Braz e Gabriel. No sábado (24), tem mais Brasileiro contra o Figueiresne, primeiro adversário de Dorival quando reassumiu o time. Fortes emoções.

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Santos bate Sport com dois de Gabigol e vai às oitavas de final da Copa do Brasil

O Santos conseguiu na noite desta quarta-feira (22) uma vitória que não só deu a vaga para a equipe nas oitavas de final da Copa do Brasil como também dá moral para o campeonato brasileiro. Afinal, um 3 a 1 sobre um time que está no G4 da competição é algo a ser celebrado no momento atual do Alvinegro.

Fazer um gol logo no início facilita sempre as coisas. O passe de Zeca para Gabriel, que se aproveitou da postura do Sport e de sua zaga para “encurtar” o campo, refletiu o clima da Vila, que cantava o “Time da Virada”.

Os minutos que se seguiram continuaram sendo de vantagem peixeira. O Alvinegro aproveitava os lados do campo com uma intensa movimentação dos três homens de frente. Ricardo Oliveira, Gabriel e Geuvânio facilitaram a vida de Marquinhos Gabriel, que substituiu o suspenso Lucas Lima. Como não tem o talento e nem as características do meia titular de conduzir a bola, o suplente teve uma ajuda preciosa graças ao posicionamento do trio de ataque.

Mesmo diminuindo o ritmo, o Santos chegou ao segundo gol aos 35, mais uma vez com Gabriel , que recebeu bola de Ricardo Oliveira pela direita e só cumprimentou. Agora, o garoto, em 101  partidas como profissional com a camisa alvinegra, tem 30 gols, sete neste ano. No entanto, embora a equipe apresentasse mais uma vez um bom posicionamento em campo, com os jogadores bem mais conscientes taticamente, duas falhas resultaram no gol do Sport.

Werley já havia dado praticamente uma assistência de cabeça para Diego Souza, que devolveu o presente ao finalizar em cima do zagueiro. No entanto, quase aos 40, o zagueiro cometeu falta desnecessária em cima do meia, que cobrou e contou com a colaboração de Marquinhos Gabriel. O meia alvinegro saiu da barreira ficando de costas para o lance, a bola desviou nele e foi para o gol sem chances para Vanderlei. A essa altura, o jogo iria para os pênaltis.

No início da etapa final, após dois erros, Marquinhos Gabriel, que não tinha mais a intensidade do início da partida quando foi útil na ocupação de espaços no meio, deu lugar a Elano logo aos 7 minutos.

Buscando mais a bola longa para os homens de frente, foi em um belo lançamento de Renato que o Peixe chegou ao terceiro tento. Geuvânio recebeu nas costas de Éwerton Pascoa e deslocou Danilo Fernandes para fazer.

Geuvânio celebra o terceiro gol alvinegro contra o Sport (Reprodução)

Geuvânio celebra o terceiro gol alvinegro contra o Sport (Reprodução)

Eduardo Baptista queimou as três alterações entre os 19 e os 22, com as entradas de Samuel, Régis e Wendel. Rafael Longuine entrou no lugar de Gabriel aos 24, com Dorival Júnior tentando reforçar o meio de campo, um setor também fortalecido pelo rival com as mudanças promovidas pelo técnico rubro-negro.

Embora tenha tomado um ou outro susto, natural já que o Sport precisava somente de um gol para se classificar, o Santos conseguiu permanecer mais tempo no campo adversário, mostrando mais uma vez um jogo coletivo eficiente, como foi contra o Figueirense e o Palmeiras. Mas Dorival precisa observar a substituição de Werley, que vem falhado seguidamente e parece ter perdido a confiança. Como a equipe está mais organizada coletivamente, não se pode arriscar esse momento com a insistência em um erro.

Agora, o Alvinegro deve ter parada dura nas oitavas de final da Copa do Brasil. O oponente do Peixe vai sair de um sorteio e será do pote A, com times que vieram da Libertadores e mais dois pelo ranking da CBF: Grêmio, São Paulo, Atlético-MG, Internacional, Cruzeiro, Corinthians, Fluminense e Flamengo.

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Algo vexatório o Santos ter uma partida transmitida pela TV aberta com duas marcações de campos menores (veja abaixo a foto do Lance). O clube alugou o gramado da Vila Belmiro para um torneio de futebol infantil e o resultado foi visto nacionalmente. Mostra pouco senso de profissionalismo do comando peixeiro, mas isto, infelizmente, está se tornando algo corriqueiro.

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Palmeiras 1 X 0 Santos – uma derrota com pontos positivos para o Peixe

O Santos foi derrotado pelo Palmeiras no Allianz Parque neste domingo, mas não é daquelas derrotas que o torcedor alvinegro possa lamentar tanto. Primeiro, foi somente a segunda partida de Dorival Júnior à frente do time; segundo, porque mesmo diante de uma equipe mais entrosada e atuando em casa, o Peixe não foi inferior ao rival.

Os números da partida mostram um jogo no qual os visitantes procuraram mais o gol, uma circunstância criada pelo tento marcado logo aos 14 minutos da etapa inicial. De acordo com os dados do Footstats sobre o clássico, o Peixe teve 59,5% de posse de bola contra 40,5% dos donos da casa, tendo finalizado 13 vezes (só duas certas) contra oito do Alviverde (quatro certas).

Ao contrário do que aconteceu nos duelos contra São Paulo e Corinthians – respectivamente dentro e fora de casa – o Palmeiras não “passeou” em nenhum momento do duelo. Pelo contrário. Não conseguiu jogar no contra-ataque, levando muito pouco perigo ao Santos, e abusou da tentativa de ligações diretas buscando a jogada veloz. Foram 55 lançamentos, sendo 23 certos, contra 35 dos visitantes, 11 certos. As faltas também foram serventia da casa: o Palmeiras fez 23 contra somente 10 do Peixe.

Mas olhando quem fez os lançamentos, vê-se em quais pontos o time de Dorival pecou. O maior “lançador” da equipe de Marcelo Oliveira foi o goleiro Fernando Prass, autor de 23 chutões para frente, enquanto Vanderlei lançou 11 vezes. Na sequência, o maior lançador peixeiro foi David Braz, com dez tentativas (50% de acerto).

Que o zagueiro alvinegro é, digamos, voluntarioso no quesito passe longo, é fato. Mas é igualmente verdade que muitas vezes ele faz isso porque não há ninguém no meio de campo para fazer isso por ele ou mesmo para carregar a bola e distribuir. Às vezes, Lucas Lima vem buscar o jogo, e poderia ter feito isso abrindo espaço para a subida de um volante. Thiago Maia chegou a fazer esse papel até sair do jogo, ainda que fosse insuficiente, mas depois dele o hiato entre defesa e ataque aumentou.

Dorival disse que promoveu o retorno de Renato no jogo porque ele “está sempre com a cabeça erguida. Sempre buscando a melhor jogada possível, simplifica”. Contudo, não foi isso que se viu na peleja. Atuando mais pelo lado direito, auxiliando a marcação no lado em que o Palmeiras mais apostava com as investidas de Dudu, o volante foi muito pouco participativo na transição para o ataque.

Mas foi outro o problema que contribuiu diretamente para o resultado, visível no gol palmeirense. Antes do tento que abriu o placar, o Alviverde tinha chegado em cobrança de falta e com um chute à distância do volante Gabriel, que finalizou sem marcação. No lance do gol, Robinho domina sozinho e tem tempo para dar a assistência para Leandro Almeida.

Sim, houve um erro grave de Werley, que acumula falhas graves seguidas à frente da zaga, ao deixar o atacante dominar tão facilmente e ainda por cima virar para chutar. Mas tanto o lance de Gabriel quanto a jogada de Robinho mostram que houve falha na marcação da descida dos volantes rivais. Como boa parte das equipes hoje conta com o apoio de meias defensivos como arma principal, Dorival tem que estar atento.

Contudo, é importante focar nos pontos positivos. Foi o Peixe quem ameaçou mais o gol rival no segundo tempo, matando na maior parte do tempo o contra-ataque palmeirense e mostrando mais organização tática, especialmente no que diz respeito à marcação pelos lados do campo, algo terrível nos tempos de Marcelo Fernandes. O fato de saber que existe um trabalho tático sendo feito e que o tal do rachão está suspenso dá esperança de que a equipe consiga ajustar os detalhes para desenvolver um esquema de jogo mais consistente. A evolução é nítida, que possa continuar.

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São Paulo 3 X 2 Santos – um longo calvário sem Robinho?

Clássico San-São foi o primeiro da equipe alvinegra sem o Rei das Pedaladas e evidenciou que o time ainda não tem uma forma de jogar definida para suprir a ausência do atacante

O clássico entre Santos e São Paulo disputado ontem à noite no Morumbi foi a primeira das prováveis sete partidas que o Alvinegro jogará sem Robinho. E a confusão tática mostrada no decorrer da partida evidenciou o quanto o Santos sente falta do Rei das Pedaladas, que pelo jeito encaminha bem sua renovação.

Isso decorre não somente da qualidade do atacante, mas por não haver nenhum reserva com suas características. No primeiro tempo de ontem, Marcelo Fernandes optou por Rafael Longuine como substituto de Robinho, o que, na prática, significou a mudança do 4-2-3-1 para um 4-4-2, com o meia não atuando do lado esquerdo do ataque, mas compondo a marcação na meia e vez por outra buscando a aproximação com Ricardo Oliveira.

Também por isso, mas não só, a atuação da equipe na etapa inicial foi algo próximo do patético. Com uma postura covarde, jogando excessivamente atrás, o time não soube sair da marcação-pressão que os donos da casa exerceram em boa parte da partida, já que, ao que parece, não existe treinamento na Vila Belmiro para esse tipo de situação de jogo. Dominado no meio de campo, o Santos viu o São Paulo arriscar tiros de fora da área, já que os tricolores também não apresentaram força ofensiva ou criatividade para furar o bloqueio santista na entrada da área.

Diante desse panorama, quem tentou mais, marcou, e o gol são-paulino surgiu em cobrança de falta pelo lado esquerdo da defesa alvinegra, aos 33. Tiro forte, mas no canto de Vladimir, que mais uma vez tomou um gol de falta com uma bola vindo próxima a ele, como aconteceu contra o Avaí. Substituído por Vanderlei no intervalo, o arqueiro deve voltar a frequentar o banco.

Mas se o gol do São Paulo veio em uma falha de Vladimir, foi um pênalti infantil que trouxe de volta o Santos ao jogo. Denílson abriu o braço direito em direção à bola e o árbitro Thiago Duarte Peixoto marcou. Ricardo Oliveira fez aos 46. Um empate imerecido para o Peixe, mas que também fazia jus à fragilidade ofensiva dos donos da casa, que dominaram, mas pouco criaram.

Lucas Lima, perdido no primeiro tempo, não foi suficiente para a vitória santista (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Lucas Lima, perdido no primeiro tempo, não foi suficiente para a vitória santista (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Marcelo Fernandes muda, e erros individuais enterram o time

No segundo tempo, além da troca no gol, Marcelo Fernandes sacou Rafael Longuine e voltou à formação tática original, com Marquinhos Gabriel sendo o “dublê” de Robinho. O Alvinegro virou o marcador em falha de Rogério Ceni após finalização de Ricardo Oliveira, a um minuto da etapa final.

Contudo, mais uma vez a torcida do Santos nem teve tempo de comemorar, pois o empate veio aos 5, cabeçada de Paulo Miranda depois de escanteio cobrado pela esquerda da defesa santista (é sempre por ali). Um zagueiro cabecear sem qualquer marcação em um lance originado de bola parada é de desanimar qualquer torcedor. Werley, que seria o marcador no lance, vacilou, tendo feito uma partida hesitante também, em especial no segundo tempo.

Curiosamente, para quem se preocupou tanto com a armação defensiva, foi uma substituição na frente que resultou no lance do pênalti da virada são-paulina. Geuvânio jogou boa parte do tempo preocupado em bloquear as descidas do lateral-esquerdo Carlinhos, ex-Santos. Ele cedeu lugar ao meia Marquinhos, ex-Audax, que até chegou bem no ataque com alguma velocidade, mas desempenhou com timidez a função de marcação. E foi em um avanço do lateral tricolor que Daniel Guedes cometeu a penalidade convertida por Ceni.

De positivo, ficaram as atuações de Lucas Otávio e o ímpeto ofensivo de Daniel Guedes pela direita, que buscou jogadas mais agudas e foi bem na frente. Ambos estão mais confiantes com a sequência que têm tido e podem ser importantes no decorrer da competição, em que pesem eventuais erros.

O fato de Marcelo Fernandes buscar variações táticas também é algo a se comemorar, embora o resultado não anime. É preciso treinar situações de saída de bola com marcação-pressão e também lances de contra-ataque, alguns desperdiçados de forma tola quando o jogo estava 2 a 2. E o técnico também deve perceber que, às vezes, no contexto do jogo é melhor abrir mão do centroavante para abrir mais espaços na defesa rival e tornar o ataque mais rápido.

5ª rodada do Brasileirão 2015

São Paulo 3 X 2 Santos

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Data: 3 de junho de 2015, quarta-feira

Horário: 21 horas (de Brasília)

Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)

Assistentes: Carlos Augusto Nogueira Junior e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (ambos de SP)

São Paulo – Rogério Ceni; Bruno (Hudson), Paulo Miranda, Dória e Carlinhos; Denílson, Souza, Thiago Mendes (Centurión), Michel Bastos e Ganso; Alexandre Pato (Luis Fabiano)

Técnico: Milton Cruz

Santos – Vladimir (Vanderlei); Daniel Guedes, Werley, David Braz e Victor Ferraz; Lucas Otávio, Renato e Lucas Lima; Rafael Longuine (Marquinhos Gabriel), Geuvânio (Marquinhos) e Ricardo Oliveira

Técnico: Marcelo Fernandes

Cartões amarelos: Michel Bastos, Rogério Ceni, Paulo Miranda, Renan Ribeiro (São Paulo). Ricardo Oliveira, Lucas Otávio, Werley (Santos)

Cartão vermelho: Marquinhos Gabriel

Gols: Michel Bastos, aos 33 minutos do primeiro tempo, Ricardo Oliveira, aos 46 e a 1 minuto do segundo tempo; Paulo Miranda, aos 5, e Rogério Ceni, aos 39 minutos do segundo tempo.

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Em horário de Desafio ao Galo, Santos tem empate com sabor de derrota contra o Sport

Na manhã/início de tarde deste domingo o Santos acabou sofrendo um empate no último minuto de jogo contra o Sport, na Vila Belmiro. Tomou dois gols em falhas individuais, mas há que se reconhecer o mérito do adversário, uma equipe bem armada por Eduardo Baptista. O Alvinegro, ao contrário, tem falhas crônicas que se repetem a cada partida.

Os donos da casa começaram a partida pressionando no campo adversário, e até os 14 minutos levaram muito perigo ao rival dominando a partida. Mesmo assim, o Peixe tomou contra-ataque dos rubro-negros logo no início, em seu setor esquerdo da intermediária, uma falha que se repete constantemente e que tem origem na marcação do ataque, se consolida com a falta de cobertura no meio de campo, e estoura nos laterais/zaga.

Justiça seja feita, o ataque se movimentou bastante, e Ricardo Oliveira saiu muito da área, ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pelejas. Porém, o time teve problemas na finalização e naquele chamado último passe. Só chegou ao gol quando Daniel Guedes, que teve boa atuação até ser substituído por Chiquinho no começo do segundo tempo, aparentemente contundido, subiu ao ataque.

O jovem acertou um cruzamento para Robinho, que cabeceou certo, para o chão, seguindo-se uma defesa espetacular de Danilo Fernandes. Ricardo Oliveira, em impedimento crasso, cabeceou no travessão e, na volta, o Rei das Pedaladas finalizou de voleio. Tento irregular, mas que coroava uma boa partida do Peixe até ali. Eram 42 do primeiro tempo e o Alvinegro podia ir para o intervalo e se armar para ampliar a vantagem na etapa final.

Robinho marcou, mas não foi suficiente para o Santos vencer o Sport (Ivan Storti/Santos FC)

Robinho marcou, mas não foi suficiente para o Santos vencer o Sport (Ivan Storti/Santos FC)

Não foi o que aconteceu. Se o Santos martelou mas teve dificuldade para chegar à abertura de placar, o Sport empatou com facilidade. Diego Souza, ainda se recuperando de uma virose, entrou em campo e deu mais dinâmica ao time pernambucano, e os visitantes conseguiram empatar em falha de Lucas Lima. Ele deu um passe errado na intermediária e Rithely roubou, passando para o bom Joelinton, sozinho em uma defesa pega de surpresa.

O meia peixeiro, sempre se entregando demais na partida, se redimiu ao cobrar um escanteio preciso na cabeça de Werley, que caprichou mais que seus colegas atacantes e deu a vantagem ao Santos aos 24. Àquela altura, o Alvinegro já contava com Gabriel, pela primeira vez no Brasileiro e depois de muito tempo entrando no gramado antes dos 35 da etapa final. Ele substituiu Geuvânio, aos 20.

Depois, outro fato incomum. Ricardo Oliveira, já visivelmente cansado como costuma acontecer nos últimos 45 minutos, deu lugar a Rafael Longuine. O meia entrou bem e a equipe, mais leve com as duas alterações, passou a frequentar mais o ataque, desperdiçando chances. Uma, em especial, poderia ter definido a partida quando Robinho serviu Lucas Lima, que cruzou para Gabriel, sozinho, bater para fora aos 42. Não se pode culpar o garoto, que tem sido pouco utilizado talvez de forma injusta, mas jogador que está na reserva e tem uma chance de ouro dessas, tem que fazer.

O castigo para o Santos veio aos 47. Renato perdeu a bola também na intermediária, o Sport trançou a bola no campo santista e, de novo, o meia inexplicavelmente abriu a marcação sobre Neto, que passou para Renê servir Samuel Xavier. Vladimir tocou na bola, mas não evitou o tento.

Ao fim, o Sport, mais bem arrumado e tendo sofrido um gol irregular, mereceu o empate. O Sport marca forte no meio de campo e sabe apertar o assédio ao adversário no campo rival, o que resultou em seus dois tentos. Quando colocou Diego Souza e o meio de campo ficou mais frágil, colocou Élber no lugar de Joelinton e, mesmo com uma armação diferente, não deixou de atacar. Soube variar para conseguir um ótimo resultado. Falta essa versatilidade ao Santos.

Grande público na Vila Belmiro

Fruto da promoção feita pela diretoria alvinegra e talvez também pelo novo horário, 11h do domingo, o que lembra as partidas do antigo Desafio ao Galo, o público foi grande na Vila Belmiro. Foram 13.481 pessoas, com uma renda, contudo, baixa: R$ 321.055.

Confira os gols e melhores momentos de Santos X Sport

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Avaí 1 X 1 Santos – Marcelo Fernandes, não seja um Claudinei

O empate de ontem entre Avaí e Santos mostrou, como no segundo jogo da final do Paulista contra o Palmeiras, o Santos caindo de produção e de intensidade no segundo tempo. Com a vantagem, conseguida na etapa inicial pelo gol de Robinho, o Alvinegro mais uma vez mostrou uma certa acomodação e aceitou a mudança de postura do adversário sem reagir, mesmo tomando o empate.

Na partida decisiva do estadual, Oswaldo de Oliveira colocou Cleiton Xavier em campo após perder Dudu expulso, passando a explorar as laterais do campo. O Peixe, que teve Geuvânio punido com o cartão vermelho, não conseguiu acertar sua marcação pelos lados, lembrando que o onze santista era responsável por barrar o avanço do lateral adversário pelo lado direito. Resultado da inação santista: Ricardo Oliveira estava na marcação do lateral Lucas no tento do adversário, mostrando que a equipe demorou a responder à mudança do rival.

Ontem, mais uma vez a lateral foi o calcanhar de Aquiles peixeiro na etapa final. Desta vez, no segundo tempo Gilson Kleina colocou Roberto, que atuou no lado esquerdo da defesa santista, forçando a jogada individual e fazendo com que os donos da casa por vezes tivessem superioridade numérica no setor. A pressão era evidente e, mais uma vez, o Santos pouco fez para responder à alteração tática do Avaí.

Pra voar alto no Brasileirão, Santos vai ter que ousar...

Pra voar alto no Brasileirão, Santos vai ter que ousar…

É pelos lados o mapa da mina. Do Santos e do adversário

Marcelo Fernandes precisa treinar para que o Peixe possa sair dessa situação de jogo. Treinadores adversários já perceberam que o potencial ofensivo santista depende da subida de seus laterais/alas, que apoiam o ataque dando opções para os meias e os homens de frente. Quando o técnico adversário ocupa esse setor, prega na defesa Victor Ferraz e Chiquinho. Com uma deficiência quase crônica dos dois volantes de fazerem a cobertura pelos lados – defeito em especial de Valencia – a pressão se intensifica e o gol passa a ser questão de tempo.

Uma alternativa para ser utilizada nesse tipo de cenário é justamente explorar as costas da defesa rival pelos lados. E aí entra a coragem e a vontade de vencer do treinador. Ontem, por exemplo, o Alvinegro usou pouco os lados na etapa final, mesmo quando um jogador chegava ao ataque, Robinho, por exemplo, fechava no meio em vez de abrir pela ponta esquerda. Atuava assim também porque não adiantaria ele fazer a jogada pela ponta com apenas Ricardo Oliveira na área contra dois ou mais defensores. Sem a chegada dos homens do meio ou do lateral, a jogada pelo lado, em um campo de grandes dimensões, tem grandes chances de não dar em nada, daí a tentativa do Rei das Pedaladas de jogar perto do centroavante.

Sobre Ricardo Oliveira, aliás, outro pecado do técnico. Ele jogou mal o tempo todo, mesmo assim atuou até o final da partida. Perdeu lances preciosos, chegou a travar contra-ataques matando errado a bola. Estava em um dia ruim, até aí, todos nós temos os nossos. Mas não foi sacado. Fernandes preferiu abrir mão de Geuvânio, que também não tinha boa atuação, e colocar Gabriel fora de seu habitat natural, a área. A alteração foi inócua, ainda mais por ter sido feita aos 34, como tem sido o costume do técnico. Sempre um pouco tarde demais.

Quanto Claudinei Oliveira assumiu o Santos depois da saída de Muricy Ramalho em 2013, dirigia um time que sentia a falta de Neymar. Conseguiu arrumar o sistema defensivo alvinegro, a equipe jogou bem algumas partidas e chegou quase perto de brigar pelo G4. Mas, quando teve oportunidades de ganhar partidas que poderiam mudar a situação do clube na tabela, preferiu não ousar e se satisfazer muitas vezes com um empate, não tentando vencer. Achou que assim, com um desempenho mediano, conseguiria manter o cargo. Não percebeu que um técnico novato precisa na verdade mostrar mais do que os “medalhões”, sendo diferente. E, por que não, ousado.

Marcelo Fernandes não pode repetir o erro de Claudinei. Como já dito aqui, tem um elenco acima dos que o Peixe possuía nos últimos dois anos e, com o relativo enfraquecimento de alguns adversários no Brasileiro, sonhar com o G4 não é nenhum absurdo ainda mais se vierem alguns reforços. Mas precisa saber que deve ter coragem em determinados momentos e situações de jogo. Arroz com feijão não seguram um treinador em início de carreira no banco.

No final das contas, foi o Avaí, que perdeu dois gols inacreditáveis na etapa final, quem deixou de vencer. Não pode ser assim contra um candidato ao rebaixamento.

Gustavo Henrique e Vladimir

Desnecessário dizer que Gustavo Henrique, que entrou no lugar de Werley, dono da imagem do jogo, teve uma atuação ruim. Fez a falta desnecessária que gerou o gol de Marquinhos, ex-Santos, e, ao cometer outra falta similar, tomou o segundo amarelo e foi expulso. Mas é preciso destacar também que, nas duas ocasiões, estava bem longe da área, e só teve essa atitude por conta da inação santista com a blitz que o Avaí promoveu no lado canhoto da intermediária do time. Entrou em uma fria e não foi bem. Mas a culpa não é só dele.

Já Vladimir tomou um gol em uma cobrança de falta bem feita por Marquinhos. Não, não era uma bola indefensável. Além disso, repôs mal a bola em mais de uma ocasião, colocando em risco a defesa ao despachar a redonda no próprio campo. Na partida contra o Palmeiras, ensaiou o erro que cometeu contra o Maringá, ao tentar encaixar a bola e soltá-la em duas ocasiões. É um goleiro que tem um reflexo apurado, fazendo defesas à queima-roupa, mas não adianta ter essa virtude se falha em outros fundamentos.

Ficha técnica – Avaí 1 X 1 Santos

Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC)
Data:10 de maio de 2015, domingo
Horário:18h30 (horário de Brasília)
Público: 7.677 pagantes
Renda: R$ 138.100
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA)
Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias e Lucio Ipojucan Ribeiro da Silva de Mattos (ambos do PA)

Avaí: Vagner; Pablo, Antonio Carlos, Jéci e Eltinho; Uelliton, Renan, Renan Oliveira (Roberto) e Marquinhos; André Lima e Anderson Lopes (Everton Silva). Técnico: Gilson Kleina.

Santos: Vladimir; Victor Ferraz, Werley (Gustavo Henrique), David Braz e Chiquinho (Cicinho). Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio (Gabriel), Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

Cartões amarelos: Anderson Lopes e Eltinho (Avaí); Cicinho (Santos)
Cartão vermelho: Gustavo Hernique (Santos)

Gols – Robinho, aos 26 minutos do primeiro tempo; Marquinhos, aos 18 minutos do segundo tempo

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