Peixe montou equipes que ficaram na história do futebol feminino brasileiro, com dois títulos da Libertadores em 2009 e 2010. Relembre
O dia chegou! A seleção feminina de futebol inicia nesta terça-feira (3) sua dura jornada em busca do inédito ouro olímpico. Brasil e China duelam às 16h no Engenhão, Rio de Janeiro, e o torcedor santista vai ver diversas jogadoras que já foram Sereias da Vila, fazendo parte de uma das melhores equipes da história da modalidade.
O Alvinegro iniciou seu trabalho com futebol feminino em 1997, com uma campanha na qual se sagrou vice-campeão paulista naquele ano. Mas foi entre 2009 e 2012 que o clube viveu um período fantástico, chegando a ter, entre suas jogadoras, a melhor do mundo, a Rainha Marta.
Eleita cinco vezes a melhor jogadora do planeta, Marta atuou no Peixe por três meses, o suficiente para participar da campanha de dois títulos: a Libertadores de 2009 e a Copa do Brasil do mesmo ano. A meia-atacante estava bem acompanhada na parte ofensiva, com Cristiane fazendo com a Dez uma dupla infernal para as rivais.
Na final da primeira Libertadores da modalidade, o Peixe superou o Universidad Autónoma, do Paraguai, por incríveis 9 a 0 na Vila Belmiro, diante de 14.186 pessoas. Na ocasião, Marta marcou uma vez, sendo vice-artilheira do torneio com 7 gols. Cristiane foi a goleadora máxima, com 15 tentos. Já na final da Copa do Brasil, o Alvinegro derrotou o Botucatu, no Pacaembu, por 3 a 0, com dois gols de Marta e um de Cristiane.
Quem também marcou pelo Santos na final da Libertadores daquele ano foi Érika, autora de dois gols, com seis em todo o torneio. À época, ela atuava como atacante, mas hoje é zagueira
do Paris Saint-Germain, jogando na mesma posição pela seleção brasileira.
O Peixe chegou a encerrar suas atividades no futebol feminino em 2012, vítima da falta de patrocinadores e da organização caótica do esporte no país, o que motivou, aliás, a formação de uma seleção permanente para a disputa dos Jogos Rio 2016. Mas o clube retornou em 2015, não tendo, desta vez, nenhuma jogadora convocada para a seleção. Das 18 convocadas, cinco são da seleção permanente e todas as outras 13 atuam fora do país, o que evidencia a precariedade da modalidade no Brasil.