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Lembra dele no Santos? Marquinhos Santos, ídolo do Avaí, jogou no épico time de 2010

Marquinhos em jogo contra o Corinthians, no Brasileirão de 2010 (Divulgação/Santos FC)

Considerado o maior ídolo da história do Avaí, o ex-meia Marquinhos Santos, ou simplesmente Marquinhos, quando atuava como jogador, esteve em uma das maiores formações recentes do futebol brasileiro, o Santos de 2010.

Ele estreou profissionalmente em 1999, revelado pelas categorias de base do clube catarinense. Em 2000, foi transferido para o Bayer Leverkusen, mas não se adaptou ao futebol alemão, mesmo tendo os direitos federativos presos ao clube até 2005. No período, foi emprestado e atuou no Flamengo (2002), Paraná (2003), São Paulo (2004) e Coritiba (2005).

Em 2006, foi negociado com o Iraty, que o emprestou para o Avaí em 2006, e para o Santa Cruz e Atlético-MG em 2007. No ano seguinte, teve sua terceira passagem pelo Avaí, quando teve destaque na campanha da equipe na Série B, que teve o Corinthians como campeão. Os catarinenses ficaram na terceira posição, garantindo o acesso à elite do futebol brasileiro.

Viveu uma ótima fase na equipe catarinense no Brasileiro de 2009, quando recebeu elogios do ex-técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, que o considerou em agosto daquele ano o melhor meia em atividade no futebol do país. Dois dias depois, o célebre torcedor do Avaí Gustavo Kuerten pediu ao então técnico Dunga a convocação de Marquinhos para o time verde-amarelo. O Avaí terminou o Campeonato Brasileiro em sexto lugar, até hoje a melhor campanha do time na competição.

No final do ano, teve sua contratação anunciada pelo clube com a posse da nova diretoria, que tinha como presidente Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, o Laor. O time tinha acabado o Campeonato Brasileiro de 2009 lutando contra o rebaixamento, e começava a ser reestruturado com o novo técnico, Dorival Júnior, e Marquinhos era um dos primeiros reforços. Chegavam junto com ele os zagueiros Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar, além do elenco contar com o retorno de Giovanni à Vila Belmiro.

Marquinhos no Santos de 2010

Marquinhos estreou com a camisa santista no terceiro duelo do time no Campeonato Paulista, derrota para o Mogi Mirim fora de casa por 2 a 1, partida que também contou com outro estreante, Durval, ex-zagueiro do Sport. Foi titular no jogo seguinte, goleada de 5 a 0 contra o Barueri, quando formou o meio de campo com Rodrigo Mancha, Wesley e Paulo Henrique Ganso.

Foi titular na maior parte do Campeonato Paulista, atuando nas duas partidas da final contra o Santo André, e também na Copa do Brasil, duas competições em que o Santos se sagrou campeão com atuações e goleadas históricas. Na vitória por 4 a 2 contra o Botafogo-SP, chegou a fazer dois gols.

Contudo, com um meio de campo que passou a contar também com Arouca como titular, e eventuais entradas dos volantes Germano e Roberto Brum no primeiro semestre, Marquinhos foi perdendo espaço no Campeonato Brasileiro, em especial após a saída de Dorival e a efetivação de Marcelo Martelotte como treinador. O meio de campo alvinegro na competição contou ainda com a entrada como titulares ou eventuais dos garotos Zezinho, Adriano, Alan Patrick e Felipe Anderson, além dos contratados Rodrigo Possebon e Rodriguinho.

Na reta final do Brasileiro daquele ano, no jogo entre Santos e Avaí, na penúltima rodada, o Santos já não tinha qualquer pretensão no campeonato, enquanto os catarinenses lutavam para escapar do rebaixamento. Após abrir 2 a 0, o Alvinegro tomou a virada, com três gols do meia Caio, e Marquinhos, então no Peixe, foi filmado em um camarote chorando pelo time do seu coração ter se salvado na Ressacada. Em seguida, voltou por empréstimo ao Avaí.

Foi apresentado em grande estilo em sua volta à Ressacada, em dezembro. “Aqui sempre foi a minha casa e sempre será. Eu posso estar jogando futebol por outros clubes, outras camisas, mas o meu coração e o meu sangue sempre será azul”, disse no início da sua quarta passagem com a camisa alviceleste.

Jogaria pelo Grêmio no ano seguinte e em 2012, retornando para o Avaí em 2013, onde ficou até a aposentadoria, em 2019.

Pelo Santos, fez 47 jogos, com 9 gols, e pelo Avaí, foram 200 partidas, marcando 48 vezes.

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Neymar fez seu primeiro gol como profissional há 15 anos

Em 15 de março de 2009, o Santos enfrentava o Mogi Mirim, no Pacaembu, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 2009. O Alvinegro precisava da vitória para voltar ao G4 do torneio que, à época, classificava os quatro melhores para a disputa do título.

O time comandado por Vagner Mancini não contava com os suspensos Rodrigo Souto, Roberto Brum e Madson, improvisando Pará como segundo volante, ao lado de Germano. O adversário era lanterna da competição e contava com um ex-ídolo santista, Giovanni, que pela primeira vez enfrentava seu ex-clube.

Era a terceira partida de Neymar, que havia estreado como profissional no mesmo Pacaembu, contra o Oeste. Também era sua estreia como titular, já que no jogo contra o Paulista, empate em 1 a 1 na Vila Belmiro, ele também saiu do banco.

E Neymar marcou…

Os gols do Santos saíram no segundo tempo. Aos 12 minutos, Paulo Henrique Ganso, caído no gramado, conseguiu desviar um chute de Germano para fazer seu gol.

Já aos 23, Luizinho cruzou da direita e Roni cabeceou para marcar o segundo. E, aos 39, Neymar fez seu primeiro gol como profissional e com a camisa santista ao escorar cruzamento de Roni pela esquerda.

Além de voltar ao G4, o Peixe completou sua oitava partida sem perder.

Neymar e Giovanni

O jogo terminou com uma cena carinhosa. Neymar foi até Giovanni, enquanto o ex-camisa 10 ainda dava entrevista, e o parabenizou: “Você jogou pra caralho”.

Confira como foi o primeiro gol de Neymar pelo Santos

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Santos X Ponte Preta – relembre três vitórias históricas do Peixe

Santos e Ponte Preta já se enfrentaram em 134 oportunidades, com uma ampla vantagem do Peixe. São 73 vitórias, com 26 empates e 35 triunfos pontepretanos.

O último duelo entre os dois foi pelo Campeonato Paulista de 2021: vitória da Macaca por 3 a 0. E a última vez que os dois times se enfrentaram na Vila Belmiro foi em 2020, jogo válido pelas quartas de final do Paulistão, com a Ponte fazendo 3 a 1 no Santos.

Relembre três vitórias mais emblemáticas do Santos sobre o time campineiro.

Santos 12 X 1 Ponte Preta – Campeonato Paulista de 1959

Mesmo sem Pelé naquele dia, um Santos arrasador detonou a Ponte em uma goleada histórica, que contou com atuação de gala de Coutinho. O camisa 9 marcou cinco gols. Pepe fez quatro, sendo o jogador santista que mais marcou gols contra a Macaca, foram 15 (Pelé fez 12). Aguinaldo Secco foi às redes duas vezes e Célio, uma. Domingos marcou o gol pontepretano.

Naquela competição, o Peixe marcou incríveis 151 gols em 38 jogos, uma média de 3,97 por peleja. Acabou como vice-campeão ao terminar com o mesmo número de pontos que o Palmeiras. O Alviverde venceu a terceira partida-desempate que definiu o campeão.

Santos 1 X 0 Ponte Preta – Campeonato Paulista de 2011

O placar foi magro, mas, tirando um ou outro susto, o Santos poderia ter vencido com mais facilidade a partida das quartas de final do Paulistão de 2011. Um golaço de Neymar, aos 20 minutos do primeiro tempo, liquidou a fatura.

O Alvinegro Praiano conquistou o título da competição ao superar o Corinthians na final.

Santos 6 X 1 Ponte Preta – Campeonato Paulista de 2012

Neymar voltaria a brilhar em um duelo contra a Ponte Preta, desta vez, na Arena Barueri. Foram dois gols e duas assistências do craque alvinegro. Edu Dracena também marcou duas vezes, com Paulo Henrique Ganso e Ferron (contra) completando o placar.

O Peixe terminou como campeão do Paulistão daquele ano ao superar o Guarani, rival da Ponte, na final.

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Gabriel fecha o ano como 7º maior artilheiro do Santos no século 21

No ano em que o Santos conquistou a tríplice artilharia, menino da Vila tira Ganso da lista dos dez maiores goleadores alvinegros do século 21. Ricardo Oliveira segue com média de gols superior à de Neymar com a camisa santista

Gabriel Barbosa, Gabigol

Gabriel iguala em 2015 desempenho da temporada de 2014 (Ivan Sorti/ Santos FC)

Após marcar 21 gols em seu ano de afirmação no Santos, em 2014, Gabriel Barbosa, o Gabigol, repetiu a dose em 2015 e voltou a fazer os mesmos 21 tentos da temporada passada. Somado a outros dois feitos em seu ano de estreia na Vila Belmiro, 2013, o atacante soma agora 44 gols com a camisa alvinegra em 126 partidas.

Isso o coloca como sétimo maior artilheiro do Peixe no século 21. Ele está à frente de Basílio (42 gols), André (41) e Diego (38). A marca de Gabigol acabou tirando da lista dos dez mais o meia Paulo Henrique Ganso, que anotou 36 gols em 148 partidas pelo Santos.

Já Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileiro e do campeonato paulista de 2015, fechou o ano com a expressiva marca de 37 gols em 62 pelejas. No total, ele tem 58 gols em 94 jogos com o manto santista, uma média de 0,617 gols por partida, superior à dos dois maiores artilheiros alvinegros do século 21, Neymar (0,6) e Kléber Pereira (0,601).

Oliveira ocupa a sexta posição na tabela dos goleadores deste século, ficando dois tentos atrás de Deivid e a oito de Elano.

Confira abaixo a lista atualizada dos principais artilheiros do Peixe no século 21:

1 – Neymar – 138 gols em 230 jogos

2 – Robinho – 111 gols em 253 jogos

3 – Kléber Pereira – 86 gols em 143 jogos

4 – Elano – 66 gols em 285 jogos

5 – Deivid – 60 gols em 140 jogos (não computados os feitos pelo atacante em 1999 e 2000)

6 – Ricardo Oliveira – 58 gols em 94 jogos

7 – Gabriel Barbosa 44 gols em 126 jogos

8 – Basílio – 42 em 116 jogos

9 – André – 41 gols em 94 jogos

10 – Diego – 38 gols em 133 jogos

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Freguesia continua: Santos nunca perdeu para o São Paulo em mata-matas no século 21

O Santos, com a vitória de hoje sobre o São Paulo e a eliminação do rival nas semifinais da Copa do Brasil, segue invicto em partidas eliminatórias contra o adversário no século 21. São nove triunfos e dois empates em sete confrontos.

No total, desde 2002, o Peixe se saiu melhor em uma Copa Sul-Americana, cinco Paulistas e uma Copa do Brasil. Nenhuma criança que participa do MasterChef Júnior, por exemplo, sabe o que é ver o Alvinegro ser superado pelo Tricolor em uma disputa eliminatória. Confira embaixo como foi cada duelo, com base neste post, que continua muito atual (ainda bem):

Brasileirão de 2002

O São Paulo terminou a fase inicial do campeonato no primeiro lugar e enfrentou o Santos, oitavo colocado. A equipe que tinha Ricardinho, Kaká, Reinaldo e Luís Fabiano, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, já havia sido apelidada de “Real Madrid” do Morumbi por conta desse quarteto. Do outro lado, o Peixe tinha Diego e Robinho, em ascensão, um até então desconhecido Alberto na frente e Elano, que fazia as vezes de falso ponta no esquadrão de Emerson Leão.

Na primeira partida, na Vila Belmiro, 3 a 1 para o Alvinegro. Durante a semana que antecedeu o segundo jogo, nem a imprensa esportiva, tampouco algumas das principais figuras do clube paulistano, como Rogério Ceni e Ricardinho, acreditavam que o Santos mantivesse a vantagem. A receita era clara para os “especialistas”: se o Tricolor fizesse um gol logo no início do jogo, os meninos se enervariam e a vitória por dois gols de diferença, que classificaria os sãopaulinos, viria naturalmente.

Luís Fabiano marcou logo nos primeiros minutos, mas o Peixe não esmoreceu. Léo empatou a peleja e no final Diego deixou Ceni de joelhos e marcou o gol da vitória. Estava aberto o caminho do Santos para sair da fila e conquistar o Brasileiro de 2002.

Copa Sul-americana de 2004

O técnico campeão brasileiro de 2002, Emerson Leão, estava à frente da equipe do Morumbi no segundo semestre de 2004. Vanderlei Luxemburgo treinava o Santos e priorizava o campeonato brasileiro, onde a disputa com o Atlético-PR era cabeça a cabeça. Por conta disso, na primeira partida, na Vila Belmiro, o time da casa entrou com os reservas. Mesmo enfrentando os titulares tricolores, o Santos venceu por 1 a 0 com gol de Elano, que entrou aos 25 minutos do segundo tempo. Na ocasião, o Peixe atuou com Mauro, Leonardo, André Luís e Ávalos (Ricardinho); Paulo César, Fabinho, Bóvio, Preto Casagrande e Márcio (Léo 29 do 2.º); Marcinho e William (Elano). O São Paulo veio com Rogério Ceni, Alex Bruno, Lugano e Rodrigo; Cicinho, Alê (Gabriel), Renan, Danilo e Júnior (Souza); Nildo (Diego Tardelli) e Grafite.

Na partida a volta, no Morumbi, o empate em 1 a 1 assegurou a vaga para o Peixe. Rodrigo marcou para o São Paulo e Preto Casagrande fez o tento santista.

Campeonato Paulista de 2010

O Santos era o time-sensação do primeiro semestre mas, mais uma vez, parte da mídia esportiva e dos torcedores adversários colocavam em dúvida o desempenho do clube alvinegro, que poderia amarelar em uma semifinal. Como em 2002, os garotos não tremeram. O Santos venceu o São Paulo, no jogo de ida, no Morumbi, por 3 a 2, gol contra de Júnior César, André e Durval.

Na volta, na Vila Belmiro, um passeio: o Alvinegro venceu por 3 a 0, Neymar, por duas vezes, e Madson marcaram para o time da Vila. Ao final da disputa, o zagueiro Alex Silva desabafou: “O Santos engoliu a gente. Não jogamos nada, não merecemos a vitória. Deixamos eles criarem, principalmente pelas laterais.” Em 2010, os dois times jogaram cinco vezes, e o Santos venceu quatro e perdeu uma.

Campeonato Paulista 2011

Mais um capítulo da “freguesia” sãopaulina diante do Santos em partidas eliminatórias foi escrita no sábado. Leia mais aqui e veja o vídeo abaixo.

Campeonato Paulista 2015 – golaço de Geuvânio abre caminho da final
Bom, essa partida ainda está fresca na memória do torcedor peixeiro, e o gol de Geuvânio com certeza será lembrado por muito tempo, exemplo de velocidade e técnica. Também vale destacar o oportunismo de Ricardo Oliveira, artilheiro da equipe com dez gols no Paulista. A boa notícia para o Santos, além da vitória e da sétima decisão seguida, é que, desde 2008, quem bateu o São Paulo em uma semifinal de Paulista foi campeão, exceção feita a 2014, quando o Tricolor foi eliminado nas quartas de final.

Copa do Brasil 2015

Com um triunfo fora de casa no primeiro jogo por 3 a 1, a tarefa na Vila Belmiro foi facilitada. Duas vitórias por 3 a 1 marcaram a classificação peixeira, com Ricardo Oliveira fazendo três, Marquinhos Gabriel anotando dois e Gabriel fazendo o primeiro e decisivo tento no Morumbi. Veja os melhores momentos dos dois duelos.

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Ricardo Oliveira já é o 6º maior artilheiro do Santos no século 21

Quando acertou seu retorno ao Santos no início de 2015, Ricardo Oliveira tinha uma posição modesta em relação aos maiores artilheiros do Peixe no século 21. Não exatamente por mau desempenho em sua primeira passagem pelo Alvinegro, em 2003, mas por ter sido um período curto. À época, o atleta disputou somente 33 jogos pelo time, tendo marcado 21 gols.

Com desempenho na atual temporada, Ricardo Oliveira entra na lista dos dez maiores artilheiros do Santos no século 21 (Foto: Ivan Storti/SantosFC)

Com desempenho na atual temporada, Ricardo Oliveira entra na lista dos dez maiores artilheiros do Santos no século 21 (Foto: Ivan Storti/SantosFC)

Apesar da boa média, a marca não o colocava entre os dez principais goleadores do clube no século, com o atacante ficando atrás de outros nomes do elenco alvinegro como Gabriel, Renato e Elano. Mas com o seu desempenho na temporada, na qual já marcou 25 gols em 44 partidas, além de quatro assistências, Oliveira pulou para o sexto posto na tábua dos matadores alvinegros no século.

No total, o “pastor” tem 46 gols em 76 jogos com a camisa peixeira. Foi artilheiro do campeonato paulista, é o artilheiro do Brasileirão 2015 com doze gols e também o goleador máximo da temporada no Brasil. A média de 0,613 é alta, superando, inclusive, a dos dois maiores goleadores desta lista: Neymar (0,6) e Kléber Pereira (0,601). Oliveira agora está a 16 tentos do quinto colocado, o atacante Deivid, hoje auxiliar de Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro, que tem 60 gols pelo Peixe, feitos em quase o dobro de jogos que Oliveira tem pelo clube, 140.

Confira abaixo a lista atualizada dos principais artilheiros do Peixe no século 21:

1 – Neymar – 138 gols em 230 jogos

2 – Robinho – 111 gols em 253 jogos

3 – Kléber Pereira – 86 gols em 143 jogos

4 – Elano – 66 gols em 285 jogos

5 – Deivid – 60 gols em 140 jogos (não computados os feitos pelo atacante em 1999 e 2000)

6 – Ricardo Oliveira – 46 gols em 76 jogos

7 – Basílio – 42 em 116 jogos

8 – André – 41 gols em 94 jogos

9 – Diego – 38 gols em 133 jogos

10 – Paulo Henrique Ganso – 36 gols em 148 jogos

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Relembre cinco grandes jogos do Santos contra o Vasco

O Santos enfrenta hoje à noite, às 21h, o Vasco da Gama na Vila Belmiro querendo consolidar sua jornada de recuperação no campeonato brasileiro de 2015. Por outro lado, o adversário vem desesperado por uma sequência negativa que o faz permanecer no Z4 justamente no ano em que o clube volta à primeira divisão nacional.

Mas não se engane, o Gigante da Colina tem tradição e já protagonizou grandes duelos com o Peixe. No histórico de confrontos entre Santos e Vasco, a vantagem é carioca, de acordo com o Acervo Histórico do Santos FC. Em 113 partidas, são 38 vitórias peixeiras contra 41 vascaínas, com 34 empates. No entanto, foi o alvinegro Praiano quem marcou mais vezes, 182 gols contra 178. Pelo Brasileiro, é o clube da Vila que leva vantagem, com 22 vitórias contra 21 do adversário e 18 empates.

Na história dos duelos entre os dois, são vários placares dilatados – afinal, a média de gols é superior a três por jogo – e o Peixe fez grandes partidas contra o rival, a começar pela primeira peleja disputada entre ambos. Confira este e outros quatro grandes encontros entre Santos e Vasco.

1927 – Vasco 3 X 5 Santos

Esta não só foi a primeira partida entre ambos como também foi a inauguração do estádio de São Januário, em um 21 de abril de 1927. A casa do Vasco foi erguida após uma campanha de arrecadação de fundos entre seus torcedores, possibilitando a construção daquele que era, àquela altura, o maior estádio do Brasil, permanecendo com o “título” até 1940,

E, diante de um público estimado em 40 mil pessoas, o visitante Santos não se fez de rogado e aplicou um 5 a 3 nos vascaínos, colocando um pouco de água no chope carioca. Foram três gols de Evangelista, um de Omar e outro de Feitiço pelo Peixe, trio que fez parte da história primeira linha dos cem gols do futebol brasileiro, que contava ainda com as presenças de Siriri e Camarão.

1965 – Santos 5 X 1 Vasco

O Peixe conquistou seu quinto título brasileiro seguido ao superar o Vasco em duas partidas da final da competição em 1965. A primeira, disputada no Pacaembu, praticamente assegurou o triunfo por antecipação para a equipe da Vila Belmiro.

Coutinho abriu o placar logo aos 7 minutos, mas foi no segundo tempo que o Alvinegro deslanchou, marcando três gols em oito minutos: Dorval anotou duas vezes, aos 18 e aos 20, e Toninho Guerreiro fez o seu aos 26, repetindo a dose aos 38. Na partida da volta, no Maracanã, Pelé fez o tento solitário de uma nova vitória do esquadrão do técnico Lula, aos 11 do segundo tempo.

Na gravação abaixo, precária, é possível ver os gols da peleja. Destaque para a habilidade de Toninho Guerreiro, que substituiu Coutinho no decorrer do jogo. Ele faz grande jogada no segundo tento peixeiro e dá um drible desconcertante no quarto gol do clube.

1992 – Vasco 3 X 3 Santos

Àquela altura o Peixe estava há oito anos sem conquistar um título importante, jejum que chegava a 24 anos em títulos brasileiros. A fase final daquela campeonato brasileiro de 1992 reunia dois grupos com quatro equipes cada um, sendo o do Alvinegro o mais inglório, já que contava com três das equipes consideradas favoritas ao título: o então campeão São Paulo, de Raí e Muller; o Flamengo do “vovô” Júnior, Zinho e Gaúcho, e o Vasco de Bebeto, Bismarck e Edmundo.

A primeira partida do Alvinegro naquela fase foi justamente contra o Vasco da Gama, no Maracanã. E foi um jogaço! O time do técnico Geninho abriu o placar com Paulinho McLaren aos 10, mas sofreu a virada ainda no primeiro tempo, com dois de Bebeto, aos 27 e aos 38. O empate viria aos 20 da etapa final, mais uma vez com o Nove santista, e de novo o atacante vascaíno e da seleção brasileira colocou os donos da casa em vantagem, aos 25.

O guerreiro time da Vila Belmiro chegou ao empate em uma belíssima jogada que uniu um de seus melhores atacantes naquele início de década, Almir, com o centroavante Guga, que havia entrado no lugar do zagueiro Luiz Carlos em uma tentativa de Geninho de buscar o empate. Ele deu um passe de peito para Paulinho McLaren fazer seu hat-rick com um sem pulo indefensável para o goleiro vascaíno Régis. Bebeto terminaria o Brasileiro como artilheiro, com 18 gols, e Paulinho seria o vice ao lado de Chicão, do Botafogo, com 12.

Outra curiosidade sobre a partida. O árbitro foi Márcio Rezende de Freitas, aquele…

2008 – Santos 5 X 2 Vasco

O ano de 2008 não foi muito auspicioso para o Peixe. Com um time de qualidade mais que duvidosa, seu desempenho no campeonato brasileiro quase o levou para a Série B, com o time não alcançando nem mesmo uma vaga na Copa Sul-Americana. Em boa parte da competição, o Peixe foi comandado pelo técnico Cuca, que, após sua estreia, uma derrota para o Vitória na 5ª rodada, viu o time entrar na zona de rebaixamento e permanecer nela durante toda sua passagem pela Vila.

A campanha do treinador à frente do Santos foi quase trágica: 14 jogos, três vitórias, quatro empates e sete derrotas. E um dos três triunfos alcançados pelo técnico foi contra o Vasco, em duelo disputado na casa santista. A escalação para aquele duelo dava a dimensão da precariedade do elenco: Douglas, Apodi, Domingos, Fabiano Eller e Michael (Thiago Carleto); Dionísio, Adriano (Hudson), Kleber (Wesley) e Molina; Maikon Leite e Kléber Pereira.

O rápido Maikon Leite teve grande atuação, mas foram o meia colombiano Molina, duas vezes, e o atacante Kléber Pereira, três, que balançaram as redes vascaínas. Pereira terminou como artilheiro da competição daquele ano, 21 gols, ao lado de Washington e Keirrison.

2010 – Santos 4 X 0 Vasco

O técnico do Peixe era o mesmo de hoje, Dorival Júnior, e a equipe, campeã paulista daquele ano, disputava a Copa do Brasil junto com o Campeonato Brasileiro. O duelo contra o Vasco foi o último antes da parada da competição para a disputa da Copa do Mundo da África do Sul e o Peixe não tomou conhecimento do rival na Vila.

A goleada de 4 a 0 foi construída de forma tranquila, com o atacante André marcando duas vezes, o ex-vascaíno Madson vazando as redes do ex-time e o lateral-direito Maranhão fazendo um belo gol. O primeiro gol saiu de uma falha de Fernando Prass, que acabou tendo que fazer pênalti em Léo. O Santos não teve Neymar, mas tinha Ganso, depois substituído por Breitner, e contou também com jogadores pouco lembrados pelo torcedor, como o volante Rodriguinho e a então promessa Zezinho, que entrou no lugar de Léo durante a partida.

Já o Vasco tinha nomes que mais adiante ficariam famosos como o zagueiro Dedé, o volante Rafael Carioca, hoje no Atlético-MG, e Philippe Coutinho. Com a vitória, o Peixe terminou a etapa pré-parada para a Copa na quarta colocação, com 12 pontos, cinco atrás do líder Corinthians.

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Dorival Júnior é o novo técnico do Santos. Vai dar certo?

E Dorival Júnior está de volta. Depois de uma passagem vitoriosa pelo Santos em 2010, quando conquistou o campeonato paulista e a Copa do Brasil, o treinador, demitido naquela ocasião por conta de um desentendimento com Neymar e uma consequente quebra de acordo com a diretoria, retorna com o a missão de salvar o Alvinegro de uma queda inédita para a Série B.

A situação, apesar de estarmos somente na 12ª rodada, é drástica. O time tem dez pontos, não vence um jogo fora de casa há 14 pelejas e pode não sair da zona do rebaixamento nem mesmo com uma vitória sobre o Figueirense, seu próximo rival, dependendo de resultados ruins ou do Internacional ou do Avaí. Desde que deixou o Peixe em 2010, uma das principais missões do novo comandante peixeiro tem sido tirar equipes da dita “zona da confusão”.

Depois de sair da Vila Belmiro, Dorival assumiu o Atlético-MG em setembro de 2010, no lugar de Vanderlei Luxemburgo, com a tarefa de salvar o Galo daquele que seria seu segundo rebaixamento na era dos pontos corridos. Conseguiu. Em 14 partidas do Brasileiro daquele ano, teve um aproveitamento de 57%, com sete vitórias, três empates e quatro derrotas. A passagem por Minas, contudo, terminaria no ano seguinte. Sem título, Dorival foi demitido com um aproveitamento de 57% em 50 jogos, 25 vitórias, dez empates e 15 derrotas, com o Atlético em 13º lugar no Brasileiro em 15 rodadas. A sequência mostraria que o técnico não era o principal culpado pela má fase da equipe: o Galo terminou o campeonato em 15º, com 39,5% de aproveitamento.

Foi para o Internacional em agosto de 2011, e lá conquistou os únicos títulos obtidos depois da saída do Santos: o campeonato gaúcho e a Recopa sul-americana, além de ter obtido a vaga para a Libertadores de 2012. Na equipe gaúcha, em 63 partidas, teve 61,9% de aproveitamento com 33 vitórias, 12 derrotas e 18 empates, mas saiu após um mau desempenho na primeira fase da Libertadores, quando o Colorado ficou em segundo no grupo do Santos.

Assumiu o Flamengo no meio do Brasileiro de 2012, mas depois de perder na estreia da Taça Rio para o Resende no primeiro semestre de 2013, foi demitido após 15 vitórias, 12 empates e 10 derrotas em 37 jogos, com um aproveitamento de 51,3%. Na sequência, foi contratado em lugar de Paulo Autuori no Vasco, comandando o Gigante da Colina em 25 partidas no Brasileiro, vencendo somente seis e deixando o clube em 18º lugar a sete jogos do fim do Brasileiro. O Vasco foi rebaixado.

Foi para o Fluminense buscando salvar o time de um rebaixamento iminente. Era a 34ª rodada e o Tricolor estava na 17ª colocação. Dorival conseguiu 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, e com o aproveitamento de 66%, a equipe carioca se salvou em função da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) à Portuguesa pela escalação irregular do meia Héverton. Como o Flamengo também foi punido, o Flu terminou a competição em 15º lugar.

Nove meses depois de ter salvo a equipe do Rio, Dorival voltou à ativa para comandar o Palmeiras com a missão de livrar a equipe da ameaça de um terceiro rebaixamento. Em vinte jogos, o aproveitamento foi muito baixo: 38,3% com seis vitórias, cinco empates e nove derrotas. O Verdão se livrou da Série B, ironicamente, por conta de uma vitória do Santos sobre o Vitória, gol de Thiago Ribeiro nos descontos.

O atual técnico, Dorival Júnior, e o ex, Marcelo Fernandes, que volta a ser auxiliar (Ricardo Saibun/Santos FC)

O atual técnico, Dorival Júnior, e o ex, Marcelo Fernandes, que volta a ser auxiliar (Ricardo Saibun/Santos FC)

Razões para Dorival Júnior dar certo no Santos

Quando Dorival Júnior assumiu o Peixe em 2010, a situação financeira do clube era similar à de hoje. O Alvinegro tinha lutado para se livrar do rebaixamento no Brasileiro em 2008 e em 2009 fez um campanha medíocre, não se classificando sequer para a Copa Sul-Americana.

Os cofres da Vila estavam vazios e o time endividado. Neymar, chamado de “filé de borboleta” pelo antecessor de Dorival, Vanderlei Luxemburgo, frequentou algumas vezes o banco de reservas após despontar bem no campeonato paulista de 2009. Ganso estava em situação semelhante; Wesley, originalmente atacante, voltava de empréstimo e corria o risco de não ser aproveitado. Arouca chegava ao clube após ser praticamente descartado pelo São Paulo. O centroavante André era um ilustre desconhecido e o elenco ainda contava com jogadores questionáveis como Pará.

Dorival contou mais tarde com o reforço de Robinho, que deu a liga necessária a uma equipe que prezava pelo respeito ao DNA ofensivo do Santos, talvez o futebol mais vistoso de um clube brasileiro no século 21, ainda que tenha durado poucos meses. Ele soube adaptar Wesley para funções como volante, meia e lateral-direito, encorajando o então garoto como fez com Neymar, Ganso e André. Como o Santos hoje tem moleques promissores (ainda que não tão talentosos), o técnico, na base da conversa e da união do grupo, pode fazer algo parecido com o que fez em 2010.

Dorival, após a saída do Palmeiras, assim como outros treinadores, andou peregrinando pela Europa, fazendo sua “atualização”. É hora de mostrar o que pode ter aprendido no Velho Mundo.

Razões para Dorival Júnior não dar certo no Santos

Desde que saiu do Peixe em 2010, Dorival foi demitido por todos os clubes pelos quais passou. O que, aliás, não é propriamente uma exclusividade dele. Além disso, seus últimos trabalhos não empolgaram, pelo contrário. Sua última passagem boa, mais longa, foi no Internacional em 2011/2012. Faz um tempinho…

Em uma cultura futebolística que preza pelo rodízio de treinadores, todos rezam essa cartilha: dirigentes, jogadores e os próprios técnicos. Isso significa que comandantes com passagens recentes ruins em clubes brasileiros começam a ficar “queimados” entre os jogadores, e problemas eventualmente pequenos adquirem uma dimensão grande. Dorival vai estar à frente de um grupo que tem alguns medalhões e outros tantos jovens. Alguns atletas passaram a ter um poder desproporcional por conta da tibieza da diretoria, que cedeu ao manter Marcelo Fernandes no comando depois de uma vitória contra o Palmeiras, na Vila, em jogo da primeira fase do campeonato paulista. Deu no que deu. Uma diretoria fraca nem sempre tem como dar o apoio necessário a um técnico.

Além disso, diferentemente de 2010, Dorival pega um trabalho no meio do caminho. E um trabalho pouco positivo. Terá que vencer a resistência de atletas apegados à pessoa ou ao esquema do treinador anterior. Vai ter que definir rápido como montar o time e manter um ambiente bom com o grupo. E não tem tem tempo para errar.

Com informações de A Tribuna, Terra e Lancenet.

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Ricardo Oliveira empata com Diego como 8º maior artilheiro do Santos no século 21

Com o gol feito contra o Corinthians, além de garantir a vitória em um clássico e a saída do Z-4, o atacante Ricardo Oliveira atingiu outro feito. Empatou com o meia Diego, campeão brasileiro de 2002, na oitava posição entre os principais artilheiros do Santos no século 21, com 38 gols.

Ricardo Oliveira tem média de gols superior à de Neymar (Ivan Storti/Santos FC)

Ricardo Oliveira tem média de gols superior à de Neymar (Ivan Storti/Santos FC)

No entanto, o atual nove alvinegro precisou de 61 partidas para atingir a marca, enquanto o meia precisou de 133. Mesmo levando-se em conta que ambos jogam em posições diferentes, é uma grande diferença. Já Paulo Henrique Ganso, que está atrás dos dois nesta tabela, fez 36 gols em 148 jogos pelo Santos. A média de Ricardo Oliveira, de 0,62 por partida, é superior às de Kléber Pereira (0,601) e Neymar (0,6).

Os números de Ricardo Oliveira no Santos impressionam. Em 2015, são 17 gols e 2 assistências em 29 jogos, tendo sido artilheiro do campeonato paulista e o atual goleador do Brasileirão, com cinco gols em oito duelos. Somente nos clássicos disputados até agora no ano, três partidas contra o São Paulo, três contra o Palmeiras e duas contra o Corinthians, o atacante balançou a rede contra todo o trio de ferro, sete gols em seis pelejas. Ou seja, além de goleador, é decisivo na hora que precisa ser.

Confira abaixo a lista atualizada dos dez maiores artilheiros do Santos no século 21:

1 – Neymar – 138 gols em 230 jogos

2 – Robinho – 111 gols em 253 jogos

3 – Kléber Pereira – 86 gols em 143 jogos

4 – Elano – 66 gols em 285 jogos

5 – Deivid – 60 gols em 140 jogos (não computados os feitos pelo atacante em 1999 e 2000)

6 – Basílio – 42 em 116 jogos

7 – André – 41 gols em 94 jogos

8 – Diego – 38 gols em 133 jogos

8 – Ricardo Oliveira – 38 gols em 61 jogos

10 – Paulo Henrique Ganso – 36 gols em 148 jogos

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Tabu permanece: no século XXI, Santos não sabe o que é perder para o São Paulo em eliminatórias

Com a vitória de ontem (19) sobre o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista de 2015, o Santos segue sem perder para o rival em jogos eliminatórios neste século. Foram seis encontros, um válido pelo Campeonato Brasileiro, outro pela Sul-americana e quatro duelos pelo Paulistão. No total, são sete triunfos alvinegros e dois empates.

Confira abaixo como foram as partidas eliminatórias entre Santos e São Paulo neste século, com informações deste post anterior que, ainda bem, continua atual…

Brasileirão de 2002 – batendo o “Real Madrid do Morumbi”

O São Paulo terminou a fase inicial do campeonato no primeiro lugar e enfrentou o Santos, oitavo colocado. A equipe que tinha Ricardinho, Kaká, Reinaldo e Luís Fabiano, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, já havia sido apelidada de “Real Madrid” do Morumbi por conta desse quarteto. Do outro lado, o Peixe tinha Diego e Robinho, em ascensão, um até então desconhecido Alberto na frente e Elano, que fazia as vezes de falso ponta no esquadrão de Emerson Leão.

Na primeira partida, na Vila Belmiro, 3 a 1 para o Alvinegro. Durante a semana que antecedeu o segundo jogo, nem a imprensa esportiva, tampouco algumas das principais figuras do clube paulistano, como Rogério Ceni e Ricardinho, acreditavam que o Santos mantivesse a vantagem. A receita era clara para os “especialistas”: se o Tricolor fizesse um gol logo no início do jogo, os meninos se enervariam e a vitória por dois gols de diferença, que classificaria os sãopaulinos, viria naturalmente.

Luís Fabiano marcou logo nos primeiros minutos, mas o Peixe não esmoreceu. Léo empatou a peleja e no final Diego deixou Ceni de joelhos e marcou o gol da vitória. Estava aberto o caminho do Santos para sair da fila e conquistar o Brasileiro de 2002.

Copa Sul-americana de 2004 – os reservas do Peixe triunfaram

O técnico campeão brasileiro de 2002, Emerson Leão, estava à frente da equipe do Morumbi no segundo semestre de 2004. Vanderlei Luxemburgo treinava o Santos e priorizava o campeonato brasileiro, onde a disputa com o Atlético-PR era cabeça a cabeça. Por conta disso, na primeira partida, na Vila Belmiro, o time da casa entrou com os reservas. Mesmo enfrentando os titulares tricolores, o Santos venceu por 1 a 0 com gol de Elano, que entrou aos 25 minutos do segundo tempo. Na ocasião, o Peixe atuou com Mauro, Leonardo, André Luís e Ávalos (Ricardinho); Paulo César, Fabinho, Bóvio, Preto Casagrande e Márcio (Léo 29 do 2.º); Marcinho e William (Elano). O São Paulo veio com Rogério Ceni, Alex Bruno, Lugano e Rodrigo; Cicinho, Alê (Gabriel), Renan, Danilo e Júnior (Souza); Nildo (Diego Tardelli) e Grafite.

Na partida a volta, no Morumbi, o empate em 1 a 1 assegurou a vaga para o Peixe. Rodrigo marcou para o São Paulo e Preto Casagrande fez o tento santista.

Campeonato Paulista de 2010 – os meninos da Vila que não tremem

O Santos era o time-sensação do primeiro semestre mas, mais uma vez, parte da mídia esportiva e dos torcedores adversários colocavam em dúvida o desempenho do clube alvinegro, que poderia amarelar em uma semifinal. Como em 2002, os garotos não tremeram. O Santos venceu o São Paulo, no jogo de ida, no Morumbi, por 3 a 2, gol contra de Júnior César, André e Durval.

Na volta, na Vila Belmiro, um passeio: o Alvinegro venceu por 3 a 0, Neymar, por duas vezes, e Madson marcaram para o time da Vila. Ao final da disputa, o zagueiro Alex Silva desabafou: “O Santos engoliu a gente. Não jogamos nada, não merecemos a vitória. Deixamos eles criarem, principalmente pelas laterais.” Em 2010, os dois times jogaram cinco vezes, e o Santos venceu quatro e perdeu uma.

Campeonato Paulista 2011 – Muricy desclassificou seu ex-time

Mais um capítulo da “freguesia” sãopaulina diante do Santos em partidas eliminatórias foi escrita no sábado. Leia mais aqui e veja o vídeo abaixo.

Campeonato Paulista 2012 – um hat-trick de Neymar

Na partida única que definiu uma das semifinais do campeonato paulista de 2012, disputada no Morumbi, Neymar não tomou conhecimento do Tricolor. Mais uma vez, tirou o lateral-direito Piris para dançar e marcou logo aos três minutos de partida, fazendo de novo aos 31 do primeiro tempo. Mesmo quando o São Paulo diminuiu com gol de Willian José na etapa final, o moleque maravilhoso fez questão de não dar esperanças ao rival, marcando o terceiro dele e do Peixe, carimbando o que era àquela altura a quarta final consecutiva do clube na competição. O time seria campeão sobre o Guarani na final.

Campeonato Paulista 2015 – golaço de Geuvânio abre caminho da final

Bom, essa partida ainda está fresca na memória do torcedor peixeiro, e o gol de Geuvânio com certeza será lembrado por muito tempo, exemplo de velocidade e técnica. Também vale destacar o oportunismo de Ricardo Oliveira, artilheiro da equipe com dez gols no Paulista. A boa notícia para o Santos, além da vitória e da sétima decisão seguida, é que, desde 2008, quem bateu o São Paulo em uma semifinal de Paulista foi campeão, exceção feita a 2014, quando o Tricolor foi eliminado nas quartas de final.

Confira a lista de jogos entre os dois desde 2001 aqui. No total, em partidas entre Santos e São Paulo jogadas na Vila Belmiro, foram 92 pelejas com 44 vitórias santistas, 21 empates e 27 derrotas, 155 gols a favor e 123 contra. Em jogos válidos pelo Paulista na Vila são agora 52 jogos, com 25 vitórias alvinegras, 14 empates e três derrotas, 95 gols a favor e 75 contra.

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