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Santos x Guarani – confira o histórico do confronto

O Santos enfrenta o Guarani na segunda-feira (6), em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, no estádio da Vila Belmiro, às 21:00. Os donos da casa tentam manter os 100% de aproveitamento, após as vitórias contra o Paysandu e o Avaí. A partida ainda não conta com público, por conta da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em função da partida contra o Fortaleza, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2023.

No histórico de confrontos entre os dois, larga vantagem alvinegra, segundo o Acervo Santista. São 185 partidas, com 104 vitórias do Santos, 39 empates e 45 derrotas. O Peixe marcou 383 vezes, sofrente 231, com um saldo de 152 gols.

A quantidade de gols marcados pelo Alvinegro se deve em grande parte às goleadas que o time aplicou no Guarani. A primeira aconteceu em agosto de 1927, pelo Campeonato Paulista, um 10 a 1 contra o Bugre na Vila Belmiro, com 4 gols de Araken Patusca, 3 de Feitiço e 2 de Camarão. Os três, junto com Omar e Evangelista, formaram a primeira linha dos cem gols do futebol brasileiro.

Última partida entre Santos e Guarani

O último duelo entre Santos e Guarani foi no Campeonato Paulista deste ano, no dia 4 de fevereiro. O Peixe venceu por 2 a 0, gols de Guilherme, que ainda não havia anotado com a camisa santista.

Os gols foram marcados por Guilherme, atacante que ainda não havia anotado tentos pelo Peixe. Àquela altura, era a quarta vitória do time da Vila Belmiro, que já superava a média de vitórias das três edições anteriores do Campeonato Paulista.

Relembre a vitória do Santos contra o Guarani

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Lembra dele no Santos? Revelado pelo Guarani, Careca jogou (pouco) no Peixe

Um dos mais talentosos atacantes que o Brasil teve, Antonio de Oliveira Filho, o Careca, tinha o sonho de vestir a camisa do Santos. Seu pai, o ex-jogador de futebol Oliveira, havia jogado com Dondinho, pai de Pelé, no Bauru Esporte Clube (BAC) e a relação fez com que os dois se tornassem torcedores do Alvinegro.

Mas demorou para Careca realizar seu sonho. Revelado pelo Guarani em 1978, logo o atacante se destacou, sendo o autor do gol do título do Campeonato Brasileiro daquele ano pelo time de Campinas. Ficou no clube até 1982, com 109 gols em 252 jogos.

Naquele ano, disputaria a Copa do Mundo com o lendário time dirigido por Telê Santana, mas sofreu uma contusão a poucos dias do início do Mundial. “Num domingo de manhã, fazendo um jogo amistoso para a estreia na quinta-feira, levantei a perna direita, a esquerda ficou e rompi o adutor. Como tinha tempo para fazer uma nova inscrição, na segunda de manhã fui cortado e tive que voltar mais cedo para casa. A decepção foi muito grande. Era o primeiro sonho que estava realizando, em um grande momento com 21 anos, todas essas feras de 82…”, relembra o ex-atacante, nesta entrevista.

Na sequência, foi um dos principais nomes dos Menudos do Morumbi, ao lado de jovens como Muller, Silas e Sidney. Ali, foi campeão brasileiro em 1986, mais uma vez sendo decisivo, enfrentando na final seu ex-clube, o Guarani. No mesmo ano, foi vice-artilheiro da Copa do Mundo, com cinco gols, na seleção que foi eliminada pela França nas quartas de final.

Em 1987 foi transferido para o Napoli, onde atuou até 1993 em uma parceria com o craque argentino Diego Maradona. No clube, foi campeão da Liga Europa, marcando gol na final, e do Campeonato Italiano. Em 1990, disputou mais uma Copa, com uma nova eliminação da seleção, desta vez nas oitavas de final, para a Argentina.

Após a Itália, foi transferido para o Kashiwa Reysol, do Japão, onde atuou até 1996. Chegou a participar da seleção comandada por Carlos Alberto Parreira que seria campeão na Copa do Mundo de 1994, mas pediu dispensa após a terceira partida das eliminatórias, contra a Venezuela.

“Time estava difícil de pegar, não estava encaixando. Eu não estava sentindo ambiente saudável. Reuni os jogadores e pedi dispensa. Chamei a comissão, o presidente, agradeci todo o período que passei. Fui sincero, voltei para Campinas. Tive uma transferência para o futebol japonês, e no ano seguinte essa geração conseguiu o título. Podia ter engolido um monte de sapo e ganhado o título. Mas acho que não é por aí. Romário teve oportunidade, tinha uma rejeição muito grande da comissão. Era diferenciado, foi convocado e teve aquela classificação maravilhosa”, explicou.

No ano seguinte, jogaria pelo seu time do coração.

O craque Careca no Santos

Aos 36 anos, Careca chegou à Vila Belmiro no time dirigido por Vanderlei Luxemburgo. Apresentado em coletiva, assumiu um discurso de colaboração com a equipe. “Ficar na reserva não é problema. A comissão técnica está à vontade para decidir como me utilizar, mas eu vou estar sempre lutando por uma posição”, disse na ocasião.

Ele se recuperava de uma cirurgia nos pés e afirmava ter assinado um contrato “praticamente em branco” por três meses. “Primeiro quero entrar em forma. Depois a gente conversa sobre valores, que estão em segundo plano”, falou então.

Com a camisa santista, jogou pouco. Foram nove jogos, com dois gols marcados. O primeiro deles contra a Portuguesa Santista, uma goleada por 5 a 0 em que fez o quarto gol. Ali ele havia entrado no lugar de Macedo.

Já o segundo gol foi em sua última partida, outra goleada, desta vez um 4 a 0 contra o Palmeiras. A partida era válida pelo quadrangular decisivo do Campeonato Paulista e nenhuma das duas equipes tinham chance de título.

Apesar da despedida, Careca voltou aos gramados em 1998 pelo Campinas, clube do qual ele era um dos proprietários e, em 1999, defendeu o São José-RS, no Campeonato Gaúcho.

Confira os gols de Careca pelo Santos

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CBF define horários e dias dos quatro primeiros jogos do Santos na Série B

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta sexta-feira (12) as datas e horários das primeiras quatro rodadas do Campeonato Brasileiro da Série B de 2024. A entidade deve divulgar as próximas datas em breve, já que diversos clubes participam de outros torneios regionais como a Copa do Nordeste.

O Santos estreia na Série B contra o Paysandu, na sexta-feira (19), às 20h. A partida acontece na Vila Belmiro, com os portões fechados e sem presença de torcida por conta da punição sofrida pelo Alvinegro após o jogo com o Fortaleza, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2023. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que os primeiros três jogos do time como mandante serão assim, e os três seguintes terão torcida, mas sem espaço destinado a torcidas organizadas.

Na segunda rodada, o Santos vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, no estádio da Ressacada, na sexta-feira seguinte (26), também às 20h. Volta a campo na Vila Belmiro, na segunda-feira, 6 de maio, contra o Guarani, também às 20h.

O time faz sua viagem mais longa na Série B na quarta rodada, quando vai até Manaus enfrentar o Amazonas. Este é também o primeiro jogo do Santos à tarde: no sábado, 11 de maio, às 17h.

Transmissão dos jogos do Santos na Série B

Nas partidas do Campeonato Brasileiro da Série B em que é mandante, o Santos fechou um acordo com as Organizações Globo no início do mês de março, prevendo a exibição no Premiere, além de jogos no SporTV e na TV aberta.

Já as outras partidas do Peixe poderão ter transmissão pelo canal do YouTube Goat e pela TV Brasil, que vai selecionar os jogos que serão transmitidos em sinal aberto em decisão conjunta com a CBF.

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Santos teve aproveitamento de campeão contra times da Série B no Paulista

Após o final do Campeonato Paulista de 2024 em que conseguiu o vice-campeonato, o Santos volta as suas atenções para a Série B, grande objetivo do clube na temporada. E tendo como parâmetro as partidas disputadas contra equipes desta divisão que participaram do estadual, o torcedor santista pode ficar otimista.

Neste ano, além do Santos, outros seis clubes de São Paulo estarão na Série B. O Alvinegro, o Paulista, só não enfrentou o Ituano, por serem do mesmo grupo. A equipe do interior acabou rebaixada para a Série A-2 do Campeonato Paulista.

Nas outras disputas, o Santos venceu o Botafogo, em Ribeirão Preto, na sua estreia, por 1 a 0. Também superou os times de Campinas, a Ponte Preta, por 3 a 1, e o Guarani por 2 a 0, ambas as partidas em casa. Empatou com o Mirassol fora de casa por 2 a 2 e perdeu para o Novorizontino em casa por 2 a 1.

Foram três partidas em casa e duas fora no total, com um aproveitamento de 66,6%. Embora seja uma amostra pequena para comparação, o aproveitamento do campeão da Série B de 2023, o Vitória, foi de 63,1%. O do Atlético-GO, quarto colocado e último classificado para a Série A de 2024, foi de 56,1%.

Contra times da Série A, o Santos também foi bem. Perdeu duas vezes para o Palmeiras fora de casa e venceu uma na Vila Belmiro, mas, nos outros clássicos, derrotou o São Paulo no Morumbis e o Corinthians em casa. Perdeu uma e ganhou outra na disputa com o Red Bull Bragantino.

Contra equipes da primeira divisão nacional, o aproveitamento do Santos foi de 57,1%. O campeão do ano passado, Palmeiras, teve 61,4% na competição de 2023.

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Santos vence o Guarani e já supera média de vitórias dos últimos três Paulistas

O Santos derrotou o Guarani em partida válida pela 5ª rodada do Campeonato Paulista 2024 neste domingo (4) por 2 a 0. Os gols foram marcados por Guilherme, atacante que ainda não havia anotado tentos pelo Peixe.

Após o resultado, o Alvinegro ampliou ainda mais a liderança no Grupo A do torneio, chegando a 12 pontos em cinco jogos. O segundo colocado, Ituano, tem quatro pontos, e a Portuguesa, que tem uma partida a menos, tem três. O lanterna é o Santo André, com dois pontos, também último colocado do Paulista.

Com a quarta vitória, o time da Vila Belmiro também superou a média de vitórias das últimas três edições do Campeonato Paulista, quando a equipe não conseguiu chegar às finais. Foram somente três vitórias em cada uma delas. O dado mostra que o Alvinegro de 2024 é diferente em termos de qualidade de elenco, mas também em esquema de jogo, disposição e pela própria forma como encara os rivais.

Mais uma vez a equipe mostrou paciência para furar um esquema defensivo de um time que também será adversário na Série B do Brasileiro. Subiu as linhas para pressionar a saída de bola do adversário, não só para fazer o primeiro gol, que saiu aos 10 do segundo tempo, como após abrir o marcador, buscando liquidar a fatura sem ser ameaçado.

Não só por isso, mas também pela própria fragilidade do Guarani, este foi o jogo em que o Santos praticamente não foi pressionado após marcar. Fábio Carille segue utilizando o máximo de suas substituições para poupar os jogadores em um momento no qual a preparação física ainda está longe do ideal e, aos poucos, a equipe vai sentindo menos o ritmo das partidas.

O ataque do Santos

Guilherme, com dois gols, o primeiro de pênalti que ele mesmo sofreu e o segundo, em um contra-ataque pela esquerda, aos 37, foi o destaque. Em todos os jogos até agora ele vinha mostrando esforço e compreensão tática daquilo que lhe era pedido, fechando o meio de campo nos ataques adversários, fazendo a jogada pelas pontas e também jogando pelo meio e fazendo a aproximação na área conforme a situação de jogo. Mas ainda não tinha marcado e os gols podem trazer a confiança que é essencial a qualquer atacante.

Confiança que talvez seja o ponto-chave para outro atacante do Santos, Julio Furch. Dos atletas que têm entrado em campo, talvez o argentino seja aquele que tem mais dificuldades para se adaptar ao esquema de jogo de Fábio Carille, que exige muita movimentação e troca de posicionamento. Sem velocidade como seu ponto forte, ele sofre quando sai da área e, no jogo de ontem, pegava muito a bola de costas para o gol durante quase todo o primeiro tempo. Fazer a parede pode ser útil em determinadas circunstâncias, mas também mata a velocidade de contra-ataques em alguns contextos, como ocorreu ontem. Como William Bigode não tem entrado bem, Furch segue na equipe, mas precisará adaptar seu estilo para render mais.

Quem entrou e deu esperanças ao torcedor santista foi Alfredo Morelos. O colombiano foi responsável pela assistência para o segundo gol de Guilherme e se deslocou bem à frente, articulando jogadas de ataque da equipe. Em forma, deve ser uma opção ofensiva importante para o resto da temporada.

Na coletiva, Carille falou a respeito do atleta. “Morelos é um jogador que acompanho há muito tempo. No torneio da Flórida acabamos jogando juntos um jogo, em 2018. É um jogador de força, que ficou bastante tempo na Europa, rápido e também é um armador, como no passe para o Guilherme no segundo gol. Tem treinado muito, mas digo que, não só ele, como a maioria, ainda não está pronta para fazer 90 minutos, ainda mais nessa sequência. É claro que ele está um pouco mais atrasado em relação a isso, mas acredito que suporte uns 60 minutos bem se eu precisar.”

Confira os melhores momentos de Santos 2 X 0 Guarani

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Santos X Guarani – há quase 50 anos, Pelé marcava último gol com a camisa alvinegra contra rival deste domingo

O Santos enfrenta neste domingo (4) o Guarani, em partida válida pela quinta rodada do Campeonato Paulista de 2024, às 18h, na Vila Belmiro. É um rival que tem lugar na história do Alvinegro Praiano, entre outras razões, por ser o último time a levar gols de Pelé com a camisa santista.

Era 22 de setembro de 1974, um jogo do Campeonato Paulista. A fase principal se dividia em dois turnos, com as 14 equipes se enfrentando e o campeão de cada turno fazendo a final do torneio. Em ambos, o Peixe ficou na terceira colocação.

Naquela tarde, no Brinco de Ouro, logo aos 10 minutos, Pelé abriu o placar com um golaço de fora da área. Quando recebeu o passe de Brecha, é possível ver que o Rei do Futebol já havia olhado para a posição do arqueiro adversário, que nada pôde fazer.

O hoje treinador Estevam Soares, que foi expulso naquela partida, relembrou em reportagem como viu o gol de Pelé. “No que ele bateu na bola, ele gritou gol. Eu pensei ‘está louco que vai fazer gol no Tobias dessa distância’. E daí eu olho, a bola tinha entrado. O grito dele e a batida na bola, eu tenho até hoje no meu consciente.”

Aos 30 da segunda etapa, Pelé entrou na área e foi derrubado por Odair. Ele mesmo cobrou, no canto direito, e fez seu último gol com a camisa alvinegra. De pênalti, assim como em seu milésimo.

Mesmo com a vantagem, em quatro minutos o Santos sofreu o empate, com gols de Flamarion, aos 35, e Afrânio, aos 39.

Entre os times que mais tomaram gols de Pelé, o Guarani ocupa a quarta posição, empatado com o Botafogo-SP. Ambos tomaram 40 gols cada.

Confira os últimos dois gols de Pelé pelo Santos

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Santos supera o Guarani no sufoco, em outra apresentação ruim

Mesmo com um jogador a mais em quase todo o segundo tempo, Alvinegro precisou marcar nos acréscimos para assegurar a vitória

Mais uma vez o Santos jogou mal e precisou contar com um gol contra aos 48 minutos do segundo tempo para vencer o Guarani, no Brinco de Ouro, nesta segunda-feira, por 2 a 1.

Se no jogo contra o Red Bull Bragantino as triangulações entre meia/lateral/atacante chegaram a aparecer vez ou outra, em especial no primeiro tempo, contra o Guarani elas rarearam um pouco mais, praticamente desaparecendo no lado esquerdo.

O time buscou a movimentação sempre para deixar o corredor aberto para o cruzamento pelos lados do campo. Algo a que o torcedor estava pouco acostumado, ver a bola quase toda hora pelo alto à procura de algum atacante na área.

Em que pese essa falta de criatividade, foi assim que saiu o gol do Santos na primeira etapa. Aos 21, Felipe Jonathan cruzou pela esquerda e Arthur Gomes se posicionou bem, saindo da marcação do miolo da zaga e acertando uma bela cabeçada.

Jogando no 4-1-4-1, com Alison à frente da linha de laterais e zagueiros na defesa e os atacantes fechando o meio de campo para ocupar os espaços quando atacados, o Alvinegro pouco foi ameaçado na etapa inicial.

A expulsão a 1 minuto do segundo tempo de Lucas Ribeiro parecia acenar para um jogo mais tranquilo para o Santos. Mas isso não aconteceu. O Guarani tornou mais aguda sua proposta de subir a marcação e atrapalhar a saída de bola do Peixe, mesmo expediente usado pelo Red Bull na estreia santista, e levou perigo ao gol de Everson até o empate. Um escanteio após uma bola recuperada na defesa alvinegra. Na jogada ensaiada bugrina, Everson falhou e Rafael Costa anotou de cabeça.

O gol castigou o Santos que foi pouco incisivo mesmo com um atleta a mais. A equipe cadenciava a bola quase sem pretensão ofensiva e, depois de tomar o gol, passou a sentir ainda mais dificuldade para atacar já que o Guarani se postou mais atrás.

O Bugre quase chegou a virar aos 40, mas Everson salvou o time em uma defesa providencial. Já nos acréscimos, aos 48, a sorte sorriu para o Santos, embora a equipe não merecesse pelo futebol jogado. Jean Mota cobrou falta para a defesa do goleiro e Pablo acabou chutando contra o próprio gol no reflexo.

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Santos teve muitas dificuldades na partida, mas conseguiu vitória no sufoco (Ivan Storti/Santos FC)

É cedo para falar, mas…

A parte física pesou, é fato, mas a proposta de jogo de Jesualdo Ferreira ainda não se tornou visível. Há um esboço com triangulações, jogadas pelas laterais com cruzamentos na área, mas até aqui um repertório ofensivo muito fraco e previsível.

Falta velocidade na transição da defesa para o ataque, e também mais jogadores participando das ações à frente. Pituca não se adaptou ainda para participar das jogadas ofensivas do lado esquerdo e as trocas pelo meio quase inexistem.

De positivo, pode-se destacar a melhora de Raniel quando atuou pelo lado direito, sendo o atacante mais perigoso do Santos na etapa final. Uribe, por outro lado, quando entrou, mostrou mais uma vez pouca mobilidade, não conseguindo finalizações mesmo com as bolas alçadas na área.

O Santos não vai ter o futebol vistoso do ano passado. Mas precisa ser efetivo.

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Lembra dele no Santos? Fernando Fumagalli, um ex-menino da Vila

Herói da classificação do Guarani à final da Série C de 2016, meia foi levado da Ferroviária para a base do Peixe, mas não emplacou

Fernando Fumagalli tem sido destaque no noticiário esportivo por conta de sua grande atuação em uma sensacional virada do Guarani contra o ABC-RN, em duelo válido pela semifinal da Série C de 2016. Após perder de 4 a 0 a primeira partida, o Bugre de Campinas devolveu com juros a derrota atuando em casa: 6 a 0, com três gols de Fumagalli.

O jogador tem 81 gols em 251 pelejas pela equipe campineira, mas no Santos, onde surgiu para o futebol profissional, não brilhou. Trazido da Ferroviária aos 18 anos, ele fez parte do sub-20 que disputou bem a Copa São Paulo de Juniores em 1997. A equipe chegou à semifinal da competição, desclassificada pelo clube que seria campeão naquele ano, o Lousano Paulista.

Além de Fumagalli, à época chamado só de Fernando, estavam outros atletas que mais adiante subiram para o profissional do Santos. Os companheiros de ataque Adiel e João Fumaça, o meia Eduardo Marques, os laterais Michel e Gustavo Nery, e o centroavante Rodrigão.

fumagalli menino da vila

Fernando Fumagalli, herói do Guarani, iniciou sua trajetória profissional no Santos

O então jovem Fernando fez sua primeira partida pelo Peixe em 13 de abril daquele mesmo ano, entrando no lugar do atacante Macedo. Marcou um gol na vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa Santista, no Ulrico Mursa, em partida válida pelo campeonato paulista. O outro tento foi marcado por João Fumaça.

Foi titular da equipe dirigida por Vanderlei Luxemburgo nas duas partidas seguintes, empates em 1 a 1 contra a Internacional de Limeira, quando formou o ataque ao lado de João Fumaça e anotou o gol de empate alvinegro, e outro em 2 a 2 contra o São Paulo, quando atuou ao lado de Muller e foi substituído por Careca.

Na sequência, perdeu espaço para Alessandro e para o próprio atacante veterano, deixando de participar das nove partidas que a equipe disputou no Paulista. Só voltou a atuar no terceiro jogo do Brasileiro, vitória contra o Grêmio por 2 a 1. Mas sua participação parou por aí, ainda mais com a chegada de mais concorrência no ataque, com as vindas de Caio (o hoje comentarista Caio Ribeiro) e o paraguaio Edgar Baez. Fumagalli só teve chances em uma excursão que o Alvinegro fez na Europa.

Em 1998, já com Émerson Leão como técnico, teve que conviver com mais concorrência no ataque, com as vindas de Lúcio e Viola e, no segundo semestre, Aristizábal, Robson Luís e Fernandes, além das ascensões de Messias e do retorno de Adiel. Entrou em duas partidas no Brasileiro, fora um amistoso com a seleção da Jamaica. Fumagalli foi emprestado ao Tokyo Verdy e, na sequência, ao América de Rio Preto, retornando ao Peixe em 1999. Com poucas chances, rescindiu seu contrato e foi para o Guarani, em sua primeira passagem, indo para o Corinthians logo depois. Passou ainda por clubes como Fortaleza, Sport, Vasco, entre outros, até voltar para o Bugre em 2012.

No Peixe, Fernando Fumagalli marcou quatro gols em 19 partidas.

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101 anos do Santos – veja quais jogadores fizeram 4 ou mais gols em uma só partida

Na peleja que antecedeu o aniversário de 101 anos do Santos, comemorado hoje, Neymar resolveu dar um presente à torcida fazendo quatro gols contra o União Barbarense. Foi a terceira vez que ele marcou quatro gols em uma mesma peleja, já havia feito isso no Brasileiro de 2012, contra o Atlético-PR, e pela seleção sub-20, no Sul-americano da categoria em janeiro do ano passado, contra o Paraguai. Mas, pela Copa do Brasil de 2010, Neymar fez mais: cinco tentos contra o Guarani, na goleada de 9 a 1 do Alvinegro.

Mas o Santos, time profissional que tem mais gols no planeta, tem outros exemplos de artilheiros que fizeram a festa da torcida em uma partida. E, de acordo com o Almanaque do Santos FC, de Guilherme Nascimento, o primeiro santista a marcar quatro gols em uma mesma partida foi o meia Paul, em 9 de setembro de 1913. A partida foi contra o Atlético Santista, vitória por 6 a 3. Em 1915, Ary Patusca foi além, marcando seis contra o São Paulo Railway, vitória de 8 a 0 do Santos. O detalhe: quatro gols foram de cabeça.

Em 1917, o mesmo Ary faria seis gols de novo, contra o São Cristovão, do Rio de Janeiro. No triunfo peixeiro de 8 a 4, todos os gols foram de cabeça. No ano seguinte, 10 a 0 no Americana, e ele marcou seis, com Fontes fazendo os outros quatro. Ary Patusca disputou 85 jogos pelo Santos e marcou 103 vezes, média de 1,21 por peleja.

Haroldo Domingues também fez quatro na vitória peixeira sobre o Ypiranga em 1919, 6 a 3. Ele, aliás, é um personagem central na história da seleção brasileira. Foi técnico e jogador do time que conquistou a primeira Copa América da história do país, no mesmo ano de 1919, contra o Uruguai.

Araken, Feitiço e a linha dos cem gols

Araken, irmão de Ary: família de artilheiros

Araken, irmão de Ary: família de artilheiros

Sabem aquela história do “ele é bom, mas bom mesmo é o irmão dele”? Pois Ary Patusca tinha um irmão, Araken, que começou a jogar no Peixe em 1923 e formaria, junto com Omar, Camarão, Feitiço e Evangelista a primeira linha que faria cem gols em um campeonato no Brasil, em 1927. Mas, antes da consolidação desse ataque assombroso, Camarão fez quatro em 1927, na vitória contra o Ypiranga. No mesmo ano, Araken debutaria na lista dos “goleadores quádruplos” no triunfo de 7 a 1 contra o AA Pinhalense. Já Camarão marcou quatro no 8 a 3 contra o SC Internacional em 1926. Daí chegou 1927 e…

Na primeira partida do ano, a maior goleada do Peixe até então: 11 a 1 contra o CA Ipiranga, só Araken fez cinco. No campeonato paulista, foram 16 partidas e 100 gols marcados, média incrível de 6,25 por jogo. Patusca foi o artilheiro da competição e prepare-se para a lista das pelejas nas quais ele marcou pelo menos quatro vezes. No 9 a 3 contra o São Paulo Alpargatas e no 10 a 1 contra o Guarani, fez quatro; no 10 a 2 diante do AA República, marcou cinco; contra o SC Americano, fez seis em um 11 a 3; e na super goleada de 12 a 1 contra o CA Ipiranga foi às redes sete vezes.

No mesmo campeonato paulista, Feitiço ficou atrás, mas não muito. Marcou quatro no 7 a 1 no AA Barra Funda e fez bis no 11 a 2 contra a mesma equipe. Marcou todos os tentos da vitória de 4 a 3 contra o Comercial de Ribeirão Preto, foi o autor de todos os cinco gols do 5 a 3 contra a Portuguesa Santista e marcou cinco no 9 a 0 contra o Corinthians de Santo André. O Alvinegro acabou com o vice-campeonato ao ser derrotado em partida com arbitragem polêmica, um 3 a 2 para o Palestra Itália.

Feitiço, média de 1,4 gol por jogo

Feitiço, média de 1,4 gol por jogo

Feitiço é o quinto maior artilheiro da história do Alvinegro, com 213 gols em 151 partidas, média de 1,4 por jogo. Já Araken é o oitavo na lista, média de 0,91 por peleja. Em 1928, Wolf fez cinco nos 10 a 0 contra a Portuguesa E, mas Feitiço continuou fazendo história. E que história. Marcou quatro nos 6 a 3 contra o CA Ipiranga e cinco no 7 a 2 contra a Portuguesa E, ambos em 1929. No ano seguinte, uma partida histórica. O Alvinegro derrotou a seleção francesa por 6 a 1, e ele balançou as redes quatro vezes.

Antes do Peixe obter seu primeiro título paulista, em 1935, Raul Cabral Guedes fez seis gols no 9 a 1 contra a seleção fluminense, em 1933. Mais à frente, Carabina marcaria seis na vitória por 10 a 3 contra o Coritiba (jogo de estreia dele e de Antoninho), em 1941, sendo cinco tentos de cabeça, repetindo a dose em outra goleada por 8 a 2 contra o Comercial, no mesmo ano. Sete anos mais tarde, em 1948, o contestado atacante Odair Titica fez todos os cinco da vitória contra com Comercial, em grande partida de Antoninho, o arquiteto.

Pelé e a Era de Ouro

Pelé chegou no Peixe, que era bicampeão paulista de 1955/1956, em 1957, e iniciaria então a maior trajetória de gols de um atleta profissional. Foram muitas vezes em que ele marcou quatro tentos, mas, oficialmente, a primeira aconteceu na sua 29ª partida pelo Alvinegro, um 7 a 2 contra o Lavras, de Minas Gerais no seu ano de estreia. No mesmo ano, faria de novo a mesma marca outras três vezes nas goleadas contra o Guarani, 8 a 1, Nacional, 7 a 1, e Portuguesa Santista, 6 a 2.

Sim, o Rei Pelé fez isso em seu primeiro ano como atleta profissional, e, contra o time em que fez mais gols, o Corinthians, marcou quatro gols de uma só vez em três ocasiões: 6 a 1 em 1958, 7 a 4 em 1964 e 4 a 4 em 1965. Fez também o mesmo número de tentos contra outros times grandes, como em 1961, contra o São Paulo, em um 6 a 3. E nem times de fora escaparam, que o diga a Inter de Milão, que tomou um 7 a 1 em 1959 com quatro gols de Pelé, o que garantiu o título do Torneio de Valência ao Alvinegro. O Rei também vitimou o Eintracht, da Alemanha, resultado de 5 a 2. Marcou cinco tentos contra Prudentina, Noroeste, Remo… E, claro, não se pode esquecer o histórico 11 a 0 no Botafogo de Ribeirão Preto, em 1964, no qual fez oito.

Nesse período da chamada Era Pelé, não era só ele que brilhava, obviamente. Coutinho fez cinco gols em três ocasiões diferentes: na vitória por 12 a 1 contra a Ponte Preta em 1959; na “sacolada” contra o Basel, da Suíça (lá) por 8 a 2 em 1961 e no triunfo sobre o XV de Piracicaba, por 5 a 1, em 1962. Toninho Guerreiro marcou quatro na goleada contra o Grêmio Maringá, 11 a 1 no ano de 1965. Douglas, em um amistoso contra o Benfica de Hudson (EUA) anotou quatro em um 10 a 1, disputado em 1970.

Molina, quatro vezes contra o San Jose

Molina, quatro vezes contra o San Jose

Dino Furacão, Giovanni e Molina

Depois da Era Pelé, o clube oscilou bastante, vivendo alguns períodos nos quais teve várias formações mais fracas. Mesmo quando não disputou títulos, o Peixe conseguiu em diversas ocasiões ou ter o melhor ataque ou o artilheiro da competição. Mas, às vezes, aparecia uma artilheiro de um jogo só que depois não vingava.

Foi o caso, por exemplo, de Dino Furacão, já citado neste post. No Brasileiro de 1986, o Peixe bateu o Náutico por 5 a 0 na Vila Belmiro, e ele fez quatro. Dez anos mais tarde, um atleta com muito mais técnica, o Messias Giovanni, fez quatro na goleada alvinegra de 8 a 2 contra o União São João de Araras.

Na Libertadores de 2008, foi a vez do meia colombiano Molina brilhar. Ele marcou quatro na goleada peixeira de 7 a 0 contra o San Jose, de Oruro. Agora, é torcer para que Neymar ainda possa fazer outros tantos pelo Santos. E esperar os outros que ainda virão.

PS: Um parênteses aqui: muitos torcedores, de todos times, reclamam da parcialidade da mídia, muitas vezes por paranoia ou pela não aceitação de argumentos contrários, mas em outras há doses gigantes de razão. Em 2011, quando ao atacante do Fluminense Fred fez quatro na vitória contra o Grêmio por 5 a 4, o Estado de S.Paulo publicou esta matéria com o seguinte título: “Veja quem, como Fred, já marcou quatro gols numa mesma partida”.

Bom, dá pra esperar alguma diversidade dos exemplos, não? Não. O único representante do time que mais marcou gols no mundo é Pelé, e cita-se apenas uma partida, o 6 a 1 contra o Corinthians em 1958. Dos outros sete exemplos, seis são de jogadores do São Paulo. Pessoal podia disfarçar um pouquinho, né?

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Neymar, maior artilheiro do Santos na Era pós-Pelé

Após a primeira partida da final do campeonato paulista de 2012 entre Guarani e Santos, Neymar chegou aos 104 gols e já é o maior artilheiro do Alvinegro pós-Pelé, empatado com Serginho Chulapa e João Paulo (confira a lista dos 25 maiores artilheiros do Peixe aqui).

E falta pouco para Neymar e o Santos continuarem fazendo história. Isso vai ocorrer se o clube conquistar o tricampeonato estadual, algo que nenhuma equipe consegue desde 1969, quando o próprio Alvinegro, com Pelé e companhia, obteve o segundo tri.

E, como homenagem a Serginho Chulapa, acompanhando a celebração feita por Neymar, abaixo os melhores momentos da última peleja do campeonato paulista de 1984, em que o centroavante fez o gol decisivo para o Peixe.

E, para homenagear o artilheiro Neymar, que vem tentando se especializar nas carretilhas (ou lambretas, conforme o gosto do freguês), segue também o gol de letra de Toninho Guerreiro, feito após o belo lance de Kaneko, que passou a bola por cima do marcador e cruzou para a finalização do quarto maior artilheiro da história do Peixe.

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