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Santos X Corinthians – a chance de Jair Ventura virar o jogo

Diz um dos jargões utilizados por jogadores de futebol que eles costumam ficar ansiosos pela próxima partida após uma derrota para se livrar da sensação ruim que fica após um revés. Se isso se aplicar aos atletas do Santos, não é possível reclamar da sorte. Após a pior partida da equipe comandada por Jair Ventura no ano, justamente na estreia da equipe na Libertadores contra o adversário teoricamente mais fraco do grupo, a chance da recuperação vem logo em seguida, e contra um de seus maiores rivais.

Não que seja uma tarefa fácil. Além do desfalque de Gabriel Barbosa, jogadores e comissão técnica chegaram apenas na sexta da viagem de volta de Cuzco e o Corinthians tem um dia a mais de descanso para o clássico que será disputado no Pacaembu, às 17h do domingo. Mas também por isso, e diante de uma casa cheia de santistas (até sexta, 34 mil ingressos tinham sido vendidos), que um triunfo peixeiro pode dar mais confiança aos jogadores, selar a paz já abalada com a torcida e dar mais tranquilidade ao treinador para seguir com eventuais experiências nesta fase do Paulista e centrar a recuperação na Libertadores.

É sabido que Jair Ventura gosta de atuar esperando o erro do adversário e fechando espaços para fazer a transição rápida ao ataque. No Santos, em algumas partidas buscou variar adiantando a linha de marcação, mas em nenhuma ocasião conseguiu uma formação compacta que ou sufocasse o rival ou bloqueasse os espaços na defesa para criar chances de contra-ataque.

No Peru, isso ficou mais evidente, inclusive pela própria escalação, com Renato e Vecchio no meio de campo. Ambos tinham que fazer a função de municiar o ataque e voltar para fechar os espaços na intermediária, mas o condicionamento físico não permitiu que fossem bem sucedidos nem na frente, nem atrás. E outro problema fica evidente: a falta de opções.

Um jogador que poderia atuar na meia, por exemplo, seria Jean Mota, aliás, sua posição de origem. Mas vejam o primeiro gol do Real Garcilaso contra o Santos. Quem vacila na marcação é justamente o lateral improvisado. Não é a primeira vez. No ano passado, também na Libertadores, contra o Atlético-PR, ele falhou em jogada semelhante, que resultou no gol rubro-negro.

Jair Ventura no Santos Futebol Clube

Jair tem no clássico alvinegro a oportunidade de se recuperar da má estreia na Libertadores 2018 (Ivan Storti/Santos FC)

Isso mostra duas coisas: primeiro que, de fato, Jair tem hoje poucas opções no elenco, o que pode melhorar com o aproveitamento de alguns jovens, a estreia de Dodô e o retorno de Bruno Henrique. Isso não o exime de erros na escalação e nas substituições no jogo contra o Garcilaso, como a entrada tardia de Rodrygo e a saída de Eduardo Sasha, um dos melhores em campo.

O segundo ponto é algo que vem desde os tempos de Dorival Júnior, em seus últimos meses como treinador na Vila Belmiro, manteve-se na passagem de Levir Culpi e aparece em jogadas como a do gol da equipe peruana. Jogadores do Santos simplesmente “desligam” durante períodos da partida, se perdendo no posicionamento tático e cometendo o que no tênis seria chamado de “erros não forçados”. Não é à toa que a equipe tomou gols no Campeonato Paulista durante o início de vários jogos, evidenciando esse comportamento.

É algo que precisa ser trabalhado, caso contrário, torna-se impossível emplacar qualquer tipo de novo esquema tático. Fábio Carille soube dar sequência no trabalho iniciado por Tite no Corinthians, fazendo com que jogadores, alguns bem limitados, cumprissem o plano de jogo determinado e trouxessem resultados positivos para a equipe, como o surpreendente troféu de campeão brasileiro em 2017.

Jair Ventura tem capacidade técnica para fazer algo semelhante no Santos e para isso foi contratado. Mas é preciso mostrar mais variações de jogo, principalmente quando a equipe tem o domínio da bola, e principalmente um pouco mais de ousadia, elemento que faltou no Peru. Que o treinador aproveite a chance que tem no domingo.

Santos X Corinthians no Pacaembu

Domingo (5) – 17h

Histórico do Santos como mandante no Pacaembu – em 17 partidas como mandante no clássico alvinegro, atuando no estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, foram nove empates, cinco vitórias do Santos e três vitórias corintianas. A última partida entre ambos com o Peixe como dono da casa aconteceu em 1994, com derrota santista por 2 a 1. Na ocasião, o gol peixeiro foi marcado por Neto, ídolo do rival.

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Atlético-PR 2 x 3 Santos – com “herança” de Dorival, Peixe vence fora de casa na Libertadores

Confira alguns pontos que levaram o Alvinegro à vitória e o que ainda precisa ser corrigido por Levir Culpi

Um triunfo de virada, na casa do adversário, e com três gols marcados em uma competição que dá peso distinto ao tento marcado no domínio rival. O Santos voltou da sua primeira partida pelas oitavas de final da Libertadores de 2017 com uma vantagem significativa, ainda que não seja o suficiente para já crava o Peixe nas quartas de final. Até a segunda partida do confronto, em 10 de agosto, uma quinta-feira, na Vila Belmiro.

É preciso ressaltar que um dos fatores que levou o time à vitória na Vila Capanema foi uma das variações táticas utilizadas por Dorival Júnior no campo ofensivo. Quando o time ataca, muitas vezes o lateral se desloca para o meio servindo como opção até mesmo para a finalização. Foi assim que surgiu o segundo gol do Santos, com Victor Ferraz finalizando livre de fora da área e contando com a falha de Weverton. É bom lembrar que o mesmo expediente deu a vitória à equipe no campeonato brasileiro, na partida contra o Botafogo, sob comando de Elano.

No entanto, é na parte defensiva, também pelos lados, que o Peixe encontra dificuldades, também desde a época em que Dorival Júnior era treinador do time. Como os ataques principais dos adversários em geral acontecem por ali, os torcedores costumam culpar diretamente os laterais pela debilidade defensiva, e nem sempre a culpa é deles. Victor Ferraz, nas redes sociais, foi acusado de não saber se posicionar taticamente. Pode-se falar (muitas vezes de forma equivocada) que ele não joga com vontade, que não sabe cruzar, que erra mais do que deveria etc e tal, mas seu jogo tático não é o problema.

Vejam abaixo onde está Ferraz nos dois gols sofridos pelo Santos ontem que, sim, foram pelo lado dele. Na disposição da equipe alvinegra, quando o time é atacado por um lateral adversário, quem tem a obrigação de fazer a marcação é o atacante que está atuando naquele lado no momento da partida.

Marcação do Santos contra o Atlético-PR

Atacantes chegam atrasados enquanto Victor Ferraz está na cobertura

Reparem que Sidcley, nos dois lances, avança sendo perseguido, primeiro por Bruno Henrique; depois por Copete. Ambos estão atrás do lateral e não conseguem impedir o cruzamento. Ferraz está na cobertura, fechando o espaço para o eventual avanço de um atacante por aquele lado ou mesmo para marcar o lateral caso passe e avance em direção à área.

Quando o adversário tem um lateral com características mais ofensivas e sabe avançar ou é rápido, esse tipo de marcação feita pelo Santos pode facilitar para o rival. O ideal seria deslocar um dos volantes para fazer a cobertura por ali. Mas esse é um problema do técnico, e não do jogador. E é o comandante que tem que ser cobrado.

Já no segundo gol do Atlético-PR é possível perceber que há, sim, uma falha do lateral. No caso, o esquerdo, Jean Mota. Enquanto os dois zagueiros guardam a pequena área, Rossetto, aberto pelo lado esquerdo da defesa santista, dentro da área, recebe sozinho. Era ali que deveria estar Mota, mas o ala peixeiro está à frente, observando o lance junto com Thiago Maia, que também poderia fazer tal marcação. No mano a mano, a tendência é os zagueiros sempre levarem a pior.

Marcação do Santos contra o Altético-PR

Jean Mota e Thiago Maia observam enquanto Matheus Rossetto domina e cruza

Barrando a principal arma ofensiva do Atlético, as jogadas combinadas com Sidcley, o Santos pode levar menos sufoco do que levou no jogo de volta. É bom lembrar também que tais avanços possibilitam explorar aquele lado, e o time de Levir soube explorar bem aquele lado no segundo tempo. Questão de sintonia fina.

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A vitória do Santos sobre o Botafogo e as mudanças de Elano. Levir vai ter trabalho

Sem boa atuação mesmo com as mudanças promovidas pelo interino, Peixe chegou à vitória aos 50 do segundo tempo, graças a Victor Ferraz

Victor Ferraz assegura vitória do Santos contra o Botafogo

Victor Ferraz salvou o Santos quando Levir já tinha deixado o Pacaembu (Ivan Storti/ Santos FC)

O Santos conseguiu uma vitória suada contra o Botafogo na noite desta quarta-feira, no Pacaembu. Os três pontos em casa eram essenciais, mas o triunfo só veio em uma jogada toda feita por Victor Ferraz, já nos acréscimos da partida.

Elano, o técnico interino até domingo, na partida contra o Atlético-PR, promoveu algumas mudanças em relação à equipe montada por Dorival Júnior. Não contou com Ricardo Oliveira, contundido, substituído por Kayke. Com a lógica de “não improvisar”, resolveu substituir outros que não puderam atuar por atletas da mesma posição. Assim, Matheus Ribeiro ganhou uma chance na lateral esquerda, Vecchio, que sequer era relacionado pelo treinador anterior, fez as vezes de Lucas Lima, enquanto Arthur Gomes, outra figura pouco aproveitada por Dorival, ganhou a oportunidade no lugar de Bruno Henrique, expulso contra o Corinthians.

Na primeira etapa, com mais posse de bola, o que é uma das principais características do time, o Santos chegou a ameaçar o gol de Helton Leite, principalmente nos 15 minutos iniciais. Mas a melhor chance foi do Botafogo, que aproveitou um erro de Matheus Ribeiro para efetivar um contra-ataque que colocou Rodrigo Pimpão sozinho na cara de Vanderlei. Ele resolveu passar pra Roger, que acabou desarmado por Thiago Maia. A partir daí, os donos da casa produziram pouco, muito em função do bom sistema defensivo dos visitantes. Com pouca criação no meio de campo, o Peixe insistiu nos cruzamentos, que em geral não davam em nada. Enquanto isso, os botafoguenses ameaçavam com estocadas rápidas no campo santista, provocando faltas e três cartões amarelos somente na etapa inicial. Na segunda metade do jogo, Elano voltou com Jean Mota no lugar de Matheus Ribeiro, improvisando o meia na ala esquerda assim como fazia Dorival. A toada mudou pouco, e o Botafogo continuou ganhando o jogo no meio de campo, evitando as investidas santistas e adiantando um pouco mais a marcação. Mais uma vez Elano tentou alterar o modo de jogar, colocando Rodrigão no lugar de Vecchio, deslocando Vitor Bueno para a meia e Kayke para a ponta. Seguindo em sua fase ruim, o camisa 7 alvinegro quase nada produziu, sendo sacado, sob vaias, por Vladimir Hernández. Ao fim, o interino entrou com uma equipe modificada para terminar a partida com uma formação semelhante àquela de Dorival, com o colombiano improvisado na criação. Às vezes, improviso não é capricho, é necessidade… O gol do triunfo peixeiro só veio aos 50, após jogada em que Victor Ferraz cavou uma falta próximo à entrada da área pelo lado esquerdo do ataque. Sim, o lateral muitas vezes no esquema de Dorival fechava pelo meio, mas sua presença ali era mais efeito do desespero e da desorganização do time do que uma arma tática. A cobrança forte, com efeito, e contando com inúmeros jogadores à frente de Helton Leite, fez com que o Santos completasse uma série de 20 vitórias seguidas no Pacaembu.

 

As novidades de Elano

A partir das mudanças feitas pelo treinador interino foi possível para Levir Culpi e para o próprio torcedor fazer uma avaliação, ainda que superficial, de algumas opções do elenco.

O garoto Arthur Gomes entrou com personalidade, mas com uma defesa bem postada e atuando com dois jogadores que não foram bem na parte ofensiva do seu lado — Matheus Ribeiro e Jean Mota — não conseguiu produzir tão bem, exceção feita a uma ou outra jogada. O mesmo vale para Kayke, que se esforçou, mas não contou com um meio de campo que o municiasse, ficando sem a bola durante boa parte do tempo. Mesmo com Thiago Maia chegando mais ao ataque, a pouca mobilidade de Vecchio não contribuía para que os espaços eventualmente abertos pelo avante peixeiro resultassem em chances de gol.

A opção por Vecchio, aliás, parece mais uma birra em relação a Dorival do que uma decisão consciente. Ainda que muitos gostem do estilo “meia armador clássico” do argentino, o fato é que ele pouco produziu. Muitas vezes voltando para buscar a bola, não conseguia fazer a transição rápida para o ataque com passes longos, já que a defesa do Botafogo estava bem postada, e tampouco conduzia a bola com agilidade para tentar abrir a defesa rival. No esquema em que o Santos joga, um atleta lento, com pouco cacoete para roubar a bola no meio de campo, não serve. Teria que ser muito mais talentoso para que a equipe se sacrificasse por ele.

Já Matheus Ribeiro mais uma vez decepcionou. Em todas as vezes que entrou, tem-se a nítida impressão que não entendeu como deve jogar. Sim, é preciso dizer que os laterais, dentro da proposta de jogo da equipe, são muito exigidos: tem função de marcação, mas são fundamentais na parte ofensiva, caindo pelo meio ou fazendo jogadas de ultrapassagem, ora como arco, ora como flecha. Parece que ele não conseguiu assimilar quando fazer uma e outra coisa, passando boa parte do tempo no gramado perdido. Difícil acreditar que ainda pode dar certo se o Santos seguir nessa forma de jogar.

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Ponte Preta 1 X 2 Santos – E Dorival mudou o jogo…

Alvinegro mostra raça e técnica e consegue virada em Campinas, assumindo a vice-liderança do Brasileiro. Copete e Cittadini fazem a diferença
Já diria um ditado que todo brasileiro é (ou acha ser) técnico de futebol. Quando se envolve a paixão por um clube, tal sintoma da alma nacional fica ainda mais visível. Em geral, faltam elogios e sobram críticas. Dorival Júnior sabe bem disso.
Ultimamente muitos torcedores têm pego no pé do técnico do Santos. A maioria de boa fé, discordando de escalações, alterações ou pelo jeito que a equipe joga, responsabilizando o treinador por praticamente tudo de ruim que acontece com o time. Outros estão engajados em uma campanha pela volta de Vanderlei Luxemburgo à Vila, algo que beira o incompreensível, ainda mais tendo em vista as últimas entrevistas do comandante.
O ideal para analisar o trabalho de alguém é colocar isso em perspectiva, ou seja, fazer uma avaliação de um prazo mais longo que um ou dois jogos. Ver que tipo de dificuldades foram enfrentadas no decorrer desse período e ponderar também sobre o óbvio: às vezes um jogador erra, um árbitro idem, e aí é difícil culpar o homem que está no banco.
Dorival enfrentou desfalques por escalações da seleção brasileira e da seleção olímpica. Jogadores perderam o ritmo em função disso. Perdeu atletas por contusão, como Ricardo Oliveira, atacante com que pode contar em 34 pelejas no ano; Vitor Bueno, em um momento decisivo do campeonato brasileiro; além da zaga titular. Com um elenco limitado, penou para escalar o time.
Mesmo assim levou o Santos, hoje, à vice-liderança. No duelo contra a Ponte Preta, a equipe entrou pressionando a saída de bola, se movimentando bem ofensivamente e não deixando a Ponte atacar. Mas, em um lance rápido e uma falha individual de David Braz, o time tomou o gol quando jogava melhor, tento de pênalti aos 21. Custou a se encontrar novamente, voltando a atuar bem somente no segundo tempo, quando Dorival voltou do intervalo com Yuri no lugar de David Braz.
santos ponte preta

Léo Cittadini é celebrado por seus companheiros de equipe (Santos FC)

A alteração foi cornetada nas redes sociais, já que o 14 do Alvinegro, além de ter feito a penalidade, perdeu um gol na grande área. Mas fazia sentido. Com a Ponte jogando somente no contra-ataque, seria um risco deixar Noguera, que é lento, no mano a mano. Yuri melhorou a saída de bola e por vezes foi ao ataque, como no segundo gol do Peixe, revezando na zaga com Renato. Braz subiu de produção com o volante/meia do seu lado.
Mas a grande sacada de Dorival foi o “resgate” de Leo Cittadini. Ele entrou no lugar de Vitor Bueno e participou dos dois lances da virada santistas, finalizando para Ricardo Oliveira marcar no rebote e “servindo” Copete no segundo tento (a bola entraria mesmo que o colombiano não tocasse na redonda). O meia teve boas atuações no decorrer do ano, tanto como volante como substituto de Lucas Lima, mas teve problemas físicos e não conseguiu uma boa sequência. Foi decisivo e merece novas chances.
Outro destaque da equipe foi Copete. O colombiano, que errou bastante na primeira etapa, voltou bem no tempo final e foi o responsável por boa parte dos lances ofensivos da equipe. Também merece atenção a entrada do garoto Arthur Gomes, em sua primeira partida como profissional, substituindo Jean Mota. Mostrou personalidade.
O Santos mostrou que está vivo e muito desse sucesso, de 29 pontos obtidos dos últimos 33, se deve a Dorival Júnior. O time tem mais quatro “finais” até a última rodada. Dá pra ficar feliz.

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Chapecoense X Santos – o jogo da virada

Alvinegro quer apagar má impressão deixada após empate com o Grêmio e derrota pra o Internacional pela Copa do Brasil. G3 é a meta

O Santos vai à Arena Condá, em Chapecó, disputar uma partida decisiva para as pretensões da equipe no campeonato brasileiro de 2016. O jogo, que será disputado neste domingo (23), às 19h30, é ainda a oportunidade do time apagar a má impressão das duas últimas partidas, empate em casa contra o time misto do Grêmio, pelo Brasileiro, e derrota para o também misto Internacional, que resultou na eliminação da Copa do Brasil. A peleja é válida pela 32ª rodada da competição.

dorival ricardo oliveira

Dorival Júnior e Ricardo Oliveira em treino. Cabeça fria para a hora da virada (Ivan Storti/Santos FC)

Muito se falou durante a semana a respeito do momento da equipe. Segundo a mídia esportiva – nem sempre confiável, já que boa parte vive à base de offs e segue fofocas de conselheiros – o presidente Modesto Roma Júnior teria se reunido três vezes com Dorival Júnior após a eliminação da equipe do torneio nacional na quarta-feira. A preocupação seria com a apatia dos jogadores em ambas as pelejas e existe a especulação sobre possíveis problemas “extracampo”. Só não se fala quais seriam esses problemas…

Que o time precisa mostrar disposição, isso é claro no contexto, mas precisa também demonstrar mais criatividade ofensiva e novidades em termos de disposição tática. O Alvinegro, apesar de competitivo, tem sido previsível na armação de jogadas no campo de ataque, sendo mais facilmente marcado pelos adversários.

Santos ainda sem Vitor Bueno

Artilheiro do Peixe no campeonato brasileiro, Vitor Bueno segue fora. Depois de 22 dias de tratamento médico, o atleta atuou alguns minutos contra o Grêmio, chegou a finalizar na trave, mas sentiu desconforto depois da partida. A conclusão do departamento médico é que ele necessita de fortalecimento muscular, podendo voltar somente no jogo contra o Palmeiras.

Jean Mota deve retornar à equipe em seu lugar. Como o meia havia disputado a Copa do Brasil pelo Fortaleza, não pode atuar contra o Internacional, tendo Paulinho no seu lugar.

Chape sonha com Sul-americana

O time catarinense está nas quartas-de-final da Copa Sul-americana, e vem de uma derrota, na Colômbia, para o atual campeão da Libertadores, Atlético Nacional-COL. Mesmo voltando de uma viagem desgastante, o técnico Caio Júnior descarta usar um time reserva para enfrentar o Santos. Ainda faltam três pontos para o time se garantir matematicamente na Série A no ano que vem.

Prováveis escalações de Chapecoense x Santos

Chapecoense – Danilo; Gimenez, Thiego, Neto e Dener; Matheus Biteco, Sérgio Manoel e Cleber Santana; Hyoran, Ananias e Kempes;

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato e Lucas Lima; Jean Mota, Copete e Ricardo Oliveira

Arena Condá, em Chapecó (SC)

Domingo, às 19h30 (horário de Brasília)

Arbitragem: Nielson Nogueira Dias apita a partida, auxiliado por Marcelino Castro de Nazare e Bruno Cesar Chaves Vieira

Onde ver Chapecoense X Santos

Premiere 1

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Com gols de Copete e Ricardo Oliveira, Santos bate Fluminense e cola no G3

Time consegue quinta vitória nas últimas seis rodadas e está a dois pontos do Atlético-MG, terceiro no Brasileiro

O Santos jogou bem a maior parte dos 90 minutos da partida contra o Fluminense, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, e derrotou os visitantes por 2 a 1. Com a vitória, o Alvinegro fica cinco pontos à frente do Tricolor carioca, quinto colocado, e a dois do Atlético-MG, terceiro na tabela. Os três primeiros do Brasileirão vão direto para a fase de grupos da Libertadores.

Diferentemente das últimas partidas, o Peixe jogou taticamente bem no primeiro tempo, exercendo uma marcação eficiente na saída de bola do adversário e evitando durante quase todo o tempo inicial as investidas rivais. Só no final da etapa inicial, quando o time deixou de fazer a dita marcação alta que os cariocas ameaçaram.

Mas se o Santos tinha a posse de bola e o domínio do jogo, errava demais no último passe. Sem Lucas Lima, na seleção brasileira, e Vitor Bueno, contundido, a equipe não conseguia, com Vecchio e Jean Mota, penetrar na bem postada defesa do Fluminense. Criou duas oportunidades roubando a bola na intermediária tricolor, mas não conseguiu marcar.

O gol peixeiro aconteceu no começo da etapa final. Aos três minutos, Renato, que estava na lateral direita, cruzou sem marcação, na medida para Copete cabecear firme. Essa foi uma solução encontrada por Dorival Júnior para furar o esquema defensivo de Levir Culpi: enquanto o 8 caiu pela direita, Thiago Maia caiu pela esquerda, com ambos combinando jogadas com os laterais, que por vezes fechavam na diagonal.

Com a vantagem no placar, o Peixe postou para contra-atacar, mas não conseguiu achar os lances mais agudos, ainda que, com a presença de Rafael Longuine, que entrou no intervalo no lugar de Vecchio, bastante apagado e travado na partida, a equipe tenha ganho mais velocidade na transição para o ataque. Contudo, em uma jogada aérea, com Marcos Júnior desviando na área para uma grande defesa de Vanderlei, Wellington Silva empatou no rebote.

ricardo oliveira marcou para o santos

Na estreia do uniforme número 3, Santos contou com o oportunismo de Ricardo Oliveira (SantosFC)

Foi o pior momento do jogo para o Santos, que chegou a ser ameaçado nesse meio tempo, quase tomando a virada. O alívio para o torcedor peixeiro veio aos 35. Após uma bonita cobrança de falta na trave, Jean Mota cobrou escanteio na primeira trave, com Ricardo Oliveira aproveitando a assistência. Depois disso, os donos da casa mantiveram a posse de bola e não sofreram pressão do Fluminense.

Com o resultado, o Santos chega ao quinto triunfo nas últimas seis partidas pelo Brasileirão. O fator positivo é que o time voltou a jogar bem, mesmo com desfalques sensíveis e um elenco nem tão qualificado como os dos rivais que estão acima dele na tabela. Mantendo o aproveitamento, é possível pensar sim no G3.

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Brasileirão 2016 – O histórico de Santos e Fluminense

Times fazem partida decisiva nesta quarta (5). O histórico de confrontos entre ambos é equilibrado, mas Peixe tem ampla vantagem na Vila Belmiro

Mais decisão. Em partida válida pela 29ª rodada do campeonato brasileiro de 2016, o Santos enfrenta nesta quarta-feira (5) o Fluminense, às 21h, na Vila Belmiro. O Peixe está dois pontos à frente do Tricolor, e precisa da vitória não apenas para afastar um concorrente direto, mas também para se aproximar do G3, o que garante o acesso direto à fase de grupo da Libertadores.

O histórico de jogos entre os dois é bastante equilibrado, com uma vitória de vantagem para os cariocas. Segundo o Acervo Histórico Santos Futebol Clube, são 92 partidas, com 36 vitórias santistas, 37 tricolores e 19 empates. O Peixe fez 149 gols e levou 152. Na Vila Belmiro, no entanto, a história é outra. São 30 duelos, com 15 triunfos peixeiros, 8 empates e 7 derrotas.

Vanderlei goleiro santos selecao

Vanderlei, destaque do Brasileiro, é peça fundamental no Peixe (Ivan Storti/Santos FC)

Para o torcedor do Santos, obviamente que o encontro entre as duas equipes remete à semifinal do Brasileiro de 1995, uma partida épica do Alvinegro na qual Giovanni fez uma das maiores partidas que eu e muitos outros torcedores viu um jogador fazer com o manto sagrado. Vale a pena relembrar.

Prováveis escalações de Santos e Fluminense

Com Lucas Lima na seleção brasileira e Vitor Bueno ainda no departamento médico, Dorival Junior deve colocar em campo os meias Jean Mota e Vecchio. David Braz segue no lugar do também contundido Gustavo Henrique.

Já o Fluminense não conta com o goleiro Diego Cavalieri, que será substituído por Júlio César, e segue sem o lateral Jonathan, substituído por Wellington Silva.

Ficha técnica de Santos e Fluminense

Local: Vila Belmiro – Santos (SP)
Horário: 21h
Árbitro: Igor Junio Benevenuto
Auxiliares: Pablo Almeida da Costa e Celso Luiz da Silva – MG
Santos – Vanderlei, Victor Ferraz, Luiz Felipe, David Braz, Zeca; Thiago Maia, Renato, Jean Mota, Vecchio, Copete; Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior.
Fluminense – Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e Willian Matheus, Pierre, Douglas, Cícero e Scarpa, Wellington e Marcos Junior.
Técnico: Levir Culpi.

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Ricardo Oliveira e Paulinho marcam em seus retornos e Santos vence Atlético-PR

Peixe cresce no segundo tempo e se mantém no G4 do campeonato brasileiro com vitória na Vila

Em uma partida fundamental contra um adversário direto por vaga no G4, o Santos bateu o Atlético-PR por 2 a 0 na tarde deste sábado (1º), na Vila Belmiro. Agora, o Alvinegro tem 48 pontos, dois à frente do Fluminense e seis atrás dos líderes Palmeiras (que joga amanhã) e Flamengo.

Diante de um público pequeno na Vila Belmiro (infelizmente, não é pra variar…), o Santos começou como sempre faz em casa, tentando pressionar o rival no campo de ataque. O problema é que, com Vecchio substituindo Vitor Bueno na equipe, o time perde um pouco dessa mobilidade na marcação à frente. O campo pesado, em função da chuva, também favoreceu o Atlético-PR, que conseguiu se resguardar e não sofrer pressão dos alvinegros.

A partir da metade do primeiro tempo, os visitantes passaram a ficar o maior tempo com a posse de bola, mas, tirando uma finalização de fora da área, também não ameaçavam o sistema defensivo do Peixe. Até ali, a falta de criatividade imperava no jogo e as chances de gol praticamente não existiam. Partida truncada, sofrível para quem assistia.

Lucas Lima, como em outros jogos, se esforçava, mas não conseguia. Talvez parte da irritação que tem demonstrado tenha a ver justamente com o excesso de erros cometidos, típicos da má fase pela qual todo jogador passa em algum momento. Mas foi dos pés dele que nasceu o lance do gol alvinegro. Um belo passe de longa distância para Vecchio, que dominou e foi derrubado (ou se chocou) pelo goleiro Weverton. Pênalti bem cobrado por Ricardo Oliveira, que voltava de contusão. Placar aberto aos 30.

Depois da inauguração do placar, o jogo continuou na mesma toada, com o Santos não criando e também não sofrendo com o rival. A etapa final começou mais agitada, com Hernani carimbando o travessão de Vanderlei, em cobrança de falta, aos 3, provocando um contra-ataque rápido do Alvinegro, e quase letal. Após rebote de Weverton na finalização de Thiago Maia, Lucas Lima chutou para fora, e Copete não alcançou a bola.

Ricardo Oliveira contusao santos

Ricardo Oliveira, em seu retorno, guardou (Reprodução)

Aos 15, Vecchio saiu para a entrada de Jean Mota, uma substituição que fazia sentido não pela qualidade, já que o meia argentino vinha fazendo uma boa partida taticamente, mas pelo contexto do jogo, que exigia mais opções de velocidade à frente, com uma transição mais rápida da defesa para o ataque.

Aos 18, quase saiu uma pintura de Lucas Lima, que passou por três defensores dos paranaenses, mas finalizou para fora. Com o jogo em uma zona em que pouca coisa acontecia, Dorival Júnior colocou Paulinho, voltando de contusão, no lugar de Copete, que simplesmente não produziu coisa alguma ofensivamente. E a alteração, vaiada pela torcida e cornetada nas redes sociais, deu resultado.

Foi o atacante que marcou o segundo, aos 40, depois de belo cruzamento de Renato. Ainda quase marcou o terceiro depois de passe de Ricardo Oliveira, que Weverton evitou com uma defesa sensacional. No fim, um triunfo fundamental que mantém o time no G4 e com um bom futebol, jogado no segundo tempo, contra um rival forte.

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Vitor Bueno e Renato comandam virada do Santos sobre o Corinthians

Mesmo sem jogar bem, Alvinegro Praiano consegue vitória crucial para continuar lutando na parte de cima da tabela do Brasileirão 2016

Quem viu o primeiro tempo da peleja entre Santos e Corinthians neste domingo (11), na Vila mais famosa, teve a impressão de que o Peixe continuaria em má fase. Afinal, desde malfadada mudança de mando de jogo contra o Flamengo, a equipe venceu o Atlético-MG, mas perdeu para o América-MG, Figueirense e Internacional. E na etapa inicial do clássico, nada indicava uma mudança. Sem Victor Ferraz, Lucas Lima e Ricardo Oliveira, o time sucumbia à marcação corintiana, dando um espaço incrível no meio de campo. A distância entre a linha ofensiva e os meias deixava um buraco onde os visitantes conseguiam desarmar e articular à vontade, castigando a defesa santista.

Renato fez o gol da virada santista. Para tristeza de Cássio e do Corinthians

Renato fez o gol da virada santista. Para tristeza de Cássio e do Corinthians

Foi assim que surgiu o gol da equipe paulistana. Pelo lado esquerdo, onde Zeca estava mal, mas em um lance que contou também com falhas de Renato e Gustavo Henrique. Com pouca movimentação no ataque, com Jean Mota mal e somente Vitor Bueno buscando o jogo, muitas vezes de forma improdutiva, o Peixe conseguia ter mais posse de bola, sem criar chances agudas. Enquanto isso, o Corinthians chegou a criar ao menos mais três chances de gol, exigindo grandes defesas de Vanderlei.

No segundo tempo, o panorama começou a mudar aos poucos. Dorival Júnior não mexeu de cara, mas alterou o posicionamento da equipe em campo. O Alvinegro voltou a marcar mais no campo adversário e os visitantes recuaram, dando espaço para o Peixe pressionar. Thiago Maia passou a atuar mais à frente e mesmo sem atuar bem, a mudança surtiu efeito, com os donos da casa mais atuantes na parte ofensiva. Acabou saindo para dar lugar ao argentino Vecchio, enquanto Cristovão Borges tirou o atacante Gustavo para promover a entrada do meia Marquinhos Gabriel. As duas propostas estavam clara: um iria tentar segurar o resultado e o outro buscar a virada.

O empate veio aos 24, com Wilson derrubando Luiz Felipe na área. Pênalti bem cobrado por Vitor Bueno, jovem que, mesmo quando joga mal, não tem como costume fugir da raia. Dorival, insatisfeito, jogou com as cartas que tinha, colocando Caju no lugar de Daniel Guedes e deslocando Zeca para a lateral esquerda. Embora contestado em geral pela torcida, o canhoto deu mais profundidade ao time, sendo que o substituto de Victor Ferraz também não conseguia grande eficiência no ataque.

A virada veio em cobrança de escanteio de Jean Mota, que subiu de produção na etapa final, e uma bela cabeçada de Renato, outro que não foi tão bem na partida. Ao final, o Santos conseguiu bater um rival direto pelo G4, elevando o moral da equipe, que precisava do triunfo. Vencer em jogar bem é algo necessário em um campeonato de pontos corridos. Ainda mais para quem almeja lutar na parte de cima.

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Santos 0 X 0 Flamengo – com empate, Peixe chega à liderança provisória do Brasileirão

Agora, Alvinegro seca Palmeiras e Grêmio no fim da rodada. Desfalques e mando “fora de casa” atrapalharam planos de Dorival

Um rival em ascensão no Brasileiro, cinco desfalques e uma partida que estava planejada para ser jogada na Vila Belmiro, com a torcida a favor, e que foi disputada em um estádio com grande maioria de torcida rival. Apesar dessas adversidades, o Santos saiu com um empate sem gols contra o Flamengo na noite desta quarta-feira (3) da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).

Um acordo feito em 2015 negociando-se o mando de jogo teve que ser cumprido agora, justamente quando o Alvinegro tinha a possibilidade de, em seus domínios, derrotar um adversário direto e garantir a liderança da competição. Agora, tem que torcer para Palmeiras e Grêmio não vencerem para terminar a 18ª rodada no topo da tabela.

O acordo revela duas coisas: primeiro, uma visão míope do clube e, segundo, uma descrença na própria equipe. Se o clube estava em condições difíceis do ponto de vista financeiro no ano passado, que se negociassem somente mandos relativos àquele campeonato, e não ao de agora. Ou não era possível conceber uma equipe brigando por títulos nesse ano?

Outro dado denuncia a miopia. A renda total da partida, que teve um público de 21.799 pessoas e R$ 1.748.455. O clube tem direito a 60% dessa renda (R$ 1.049.073) e mais um valor pago em 2015 e não divulgado. Se a partida tivesse sido disputada na Vila Belmiro, talvez a renda se aproximasse dos R$ 500 mil, tomando-se como referência o jogo contra o Cruzeiro, o que dá uma diferença de R$ 600 mil. Mas se pegarmos um dado como a premiação do Brasileiro de 2015, isso vale a pena?

As premiações da CBF no ano passado foram de R$ 10 milhões para o campeão, R$ 6,3 milhões para o vice, R$ 4,3 milhões para o 3º, R$ 3,2 milhões para o 4º e R$ 2,2 milhões para o quinto. Ou seja, para quem briga na parte de cima da classificação, um, dois pontos ou mesmo gols de saldo podem representar uma diferença de R$ 1 milhão a mais de R$ 3 milhões Isso sem se levar em consideração o retorno em imagem e marketing de estar disputando o título ou o G4. E de se sagrar campeão.

Falta ver um pouquinho mais longe.

O jogo Santos X Flamengo

Mesmo com os desfalques dos três olímpicos, de Lucas Lima e de Ricardo Oliveira, o Santos fez um jogo quase equilibrado com o Flamengo. Criou oportunidades, é verdade, mas também sofreu apuros, em especial na parte final do jogo quando os rubro-negros pressionaram em busca do gol.

Na primeira etapa, o Alvinegro sofreu com as descidas de Pará pelo lado direito, em especial quando encostavam ali Willian Arão e Marcelo Cirino. No segundo tempo, Dorival Júnior corrigiu essa falha, buscando marcar melhor os lados do campo e dobrando a marcação com os meias e atacantes. Deu certo em boa parte do tempo, mas o time perdeu também parte do poderio ofensivo, apostando mais nos contra-ataques.

Vitor Bueno e Copete chamaram a responsabilidade diante das ausência da equipe. O primeiro se saiu melhor que o segundo, e Rodrigão, embora esforçado e até criando uma ou outra oportunidade, é de uma diferença técnica grande para Ricardo Oliveiras. Em relação às opções de banco, Dorival não tinha nomes que efetivamente pudessem mudar o jogo à sua disposição. Tanto que o “clamor” das redes sociais era pela entrada de Yuri, um volante. O comandante alvinegro colocou o volante no final da partida, além de Joel e Elano, que pouco produziram.

vanderlei goleiro santos fc

Vanderlei, destaque no empate contra o Flamengo (Santos FC)

Jean Mota, assim como Vecchio nas duas partidas anteriores, mostra desentrosamento, mas não só. Também tem dificuldades para acelerar o jogo, tal o meia argentino, nas horas em que isso é preciso. Com a proposta de jogar com velocidade, várias vezes isso trava o contra-ataque da equipe e permite a recomposição da defesa rival. Isso aconteceu na partida de ontem.

Os destaque positivos foram o goleiro Vanderlei, discreto mas muito eficiente quando foi chamado, e Gustavo Henrique. O zagueiro marcou a maior parte do tempo o atacante Guerrero, que quase não viu a cor da redonda nos 90 minutos. O nível de concentração do jogador foi muito bom e sua presença nas bolas aéreas, ferramenta bastante usada pelos cariocas na etapa inicial, foi crucial para o Santos sair com um empate da Arena Pantanal.

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Arquivado em futebol, História, Santos, Século 21