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Lembra dele no Santos? Revelado pelo Guarani, Careca jogou (pouco) no Peixe

Um dos mais talentosos atacantes que o Brasil teve, Antonio de Oliveira Filho, o Careca, tinha o sonho de vestir a camisa do Santos. Seu pai, o ex-jogador de futebol Oliveira, havia jogado com Dondinho, pai de Pelé, no Bauru Esporte Clube (BAC) e a relação fez com que os dois se tornassem torcedores do Alvinegro.

Mas demorou para Careca realizar seu sonho. Revelado pelo Guarani em 1978, logo o atacante se destacou, sendo o autor do gol do título do Campeonato Brasileiro daquele ano pelo time de Campinas. Ficou no clube até 1982, com 109 gols em 252 jogos.

Naquele ano, disputaria a Copa do Mundo com o lendário time dirigido por Telê Santana, mas sofreu uma contusão a poucos dias do início do Mundial. “Num domingo de manhã, fazendo um jogo amistoso para a estreia na quinta-feira, levantei a perna direita, a esquerda ficou e rompi o adutor. Como tinha tempo para fazer uma nova inscrição, na segunda de manhã fui cortado e tive que voltar mais cedo para casa. A decepção foi muito grande. Era o primeiro sonho que estava realizando, em um grande momento com 21 anos, todas essas feras de 82…”, relembra o ex-atacante, nesta entrevista.

Na sequência, foi um dos principais nomes dos Menudos do Morumbi, ao lado de jovens como Muller, Silas e Sidney. Ali, foi campeão brasileiro em 1986, mais uma vez sendo decisivo, enfrentando na final seu ex-clube, o Guarani. No mesmo ano, foi vice-artilheiro da Copa do Mundo, com cinco gols, na seleção que foi eliminada pela França nas quartas de final.

Em 1987 foi transferido para o Napoli, onde atuou até 1993 em uma parceria com o craque argentino Diego Maradona. No clube, foi campeão da Liga Europa, marcando gol na final, e do Campeonato Italiano. Em 1990, disputou mais uma Copa, com uma nova eliminação da seleção, desta vez nas oitavas de final, para a Argentina.

Após a Itália, foi transferido para o Kashiwa Reysol, do Japão, onde atuou até 1996. Chegou a participar da seleção comandada por Carlos Alberto Parreira que seria campeão na Copa do Mundo de 1994, mas pediu dispensa após a terceira partida das eliminatórias, contra a Venezuela.

“Time estava difícil de pegar, não estava encaixando. Eu não estava sentindo ambiente saudável. Reuni os jogadores e pedi dispensa. Chamei a comissão, o presidente, agradeci todo o período que passei. Fui sincero, voltei para Campinas. Tive uma transferência para o futebol japonês, e no ano seguinte essa geração conseguiu o título. Podia ter engolido um monte de sapo e ganhado o título. Mas acho que não é por aí. Romário teve oportunidade, tinha uma rejeição muito grande da comissão. Era diferenciado, foi convocado e teve aquela classificação maravilhosa”, explicou.

No ano seguinte, jogaria pelo seu time do coração.

O craque Careca no Santos

Aos 36 anos, Careca chegou à Vila Belmiro no time dirigido por Vanderlei Luxemburgo. Apresentado em coletiva, assumiu um discurso de colaboração com a equipe. “Ficar na reserva não é problema. A comissão técnica está à vontade para decidir como me utilizar, mas eu vou estar sempre lutando por uma posição”, disse na ocasião.

Ele se recuperava de uma cirurgia nos pés e afirmava ter assinado um contrato “praticamente em branco” por três meses. “Primeiro quero entrar em forma. Depois a gente conversa sobre valores, que estão em segundo plano”, falou então.

Com a camisa santista, jogou pouco. Foram nove jogos, com dois gols marcados. O primeiro deles contra a Portuguesa Santista, uma goleada por 5 a 0 em que fez o quarto gol. Ali ele havia entrado no lugar de Macedo.

Já o segundo gol foi em sua última partida, outra goleada, desta vez um 4 a 0 contra o Palmeiras. A partida era válida pelo quadrangular decisivo do Campeonato Paulista e nenhuma das duas equipes tinham chance de título.

Apesar da despedida, Careca voltou aos gramados em 1998 pelo Campinas, clube do qual ele era um dos proprietários e, em 1999, defendeu o São José-RS, no Campeonato Gaúcho.

Confira os gols de Careca pelo Santos

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Edinho, filho de Pelé, estreava em partidas oficiais pelo Santos há 30 anos

Durante muito tempo, em especial nos 18 anos em que ficou sem títulos relevantes, os torcedores do Santos escutavam dos rivais a provocação “Pelé parou, o Santos acabou”. Mas em meados da década de 1990, parte da torcida santista cantava, em resposta: Pelé parou, Edinho começou”.

Obviamente era um exagero, já que nenhum jogador, nem mesmo o filho do Rei, poderia ser comparado a Pelé. Mas também era uma demonstração de apreço pelo goleiro, que fez grandes partidas como titular do gol santista.

A primeira vez em que Edson Cholbi Nascimento atuou com a camisa alvinegra foi em um amistoso contra a Francana, realizado no estádio José Lancha Filho, em Franca, em 27 de fevereiro de 1991. Na ocasião, o Peixe venceu por 1 a 0, go de Edu Marangón. O jogo também marcou a estreia do zagueiro Armstrong, integrante da seleção dos Estados Unidos na Copa de 1990.

Antes de chegar a Vila Belmiro, Edinho morava nos Estados Unidos e em uma entrevista ao G1, conta que passou pelo que ele diz ter sido um “teste de fogo” para atuar como profissional no futebol. Pelé o levou para um sítio na cidade de Registro, no Vale do Ribeira, em São Paulo, para treiná-lo.”Foi um período intenso, de treinamento intenso. Foi um teste de fogo, de verdade, que ele me fez passar para me mostrar o nível”, relatou o ex-goleiro. “Foi um dos momentos mais incríveis e importantes que existiram na nossa história.”

Quem também teve participação no início do filho do Rei no Santos foi um histórico goleiro do clube, Sérgio Guedes.Em entrevista ao Diário do Peixe, o hoje técnico da Portuguesa Santista recordou que o próprio Pelé lhe pediu para ajudar o então atleta iniciante.

“Lembro que logo quando Edinho chegou, Pelé me chamou de canto e pediu para eu cuidar dele. Aí ele chamou o Edinho e disse na minha frente: se precisar bater nele pode bater Sergião, você é o responsável por ele aqui. Pelé sempre me procurava para perguntar do filho. Com temperamento forte, Edinho era um pouco marrento e o preparador de goleiros da época não queria treinar com ele. Lembro que era eu quem o treinava. Ficávamos horas treinando. Além disso, eu sempre pedi para tentar esconder os treinos, pois a imprensa queria ver tudo dele e era difícil. Mas ele era um ótimo garoto, é difícil ser quem ele é, mas foi um grande goleiro”.

Edinho não teve espaço no clube e foi emprestado para a Portuguesa Santista e, depois, atuou no São Caetano até retornar ao Santos em 1994.

O goleiro Edinho no Santos

Sua estreia em partidas oficiais aconteceu em 6 de fevereiro de 1994. O time não passava por uma boa fase no Campeonato Paulista daquele ano, com dois empates e uma derrota até então. E, em sua quarta partida, contra o Santo André, no estádio Bruno José Daniel, no ABC, Edinho atuou mas não evitou a derrota por 1 a 0, mesmo fazendo grandes defesas durante o jogo.

O goleiro fez uma grande partida no embate seguinte, contra a Ponte Preta, um 0 a 0 que poderia ter sido pior, e seguiu se destacando mesmo com a campanha sofrível da equipe no primeiro turno. Já com Serginho Chulapa como treinador, o Alvinegro se recuperou no segundo turno e Edinho teve algumas atuações memoráveis, como em um histórico 4 a 3 do Santos contra o Corinthians. Confira abaixo, com comentários de Cléber Machado e Fausto Silva.

Outro embate contra o Corinthians, este em 1996, também marcou uma grande atuação de Edinho, que fez duas defesas em sequência em finalizações de Marcelinho Carioca e Edmundo.

Folclórico locutor de futebol, Silvio Luiz, à época na Band, costumava dizer seu bordão “Papai gostou” quando Edinho fazia uma boa defesa na meta alvinegra.

Como titular no gol santista, Edinho foi campeão da Copa Dener, em 1994, e vice-campeão brasileiro no Campeonato Brasileiro de 1995. Acabou tendo uma grave lesão em uma partida contra o Paraná, válida pelo Campeonato Brasileiro de 1996, rompendo os ligamentos do joelho. Em 1997, Zetti havia sido contratado para ser o arqueiro do time e Edinho foi para a Ponte Preta no ano seguinte, clube no qual se aposentou, em 1999, aos 28 anos.

Hoje, Edinho é técnico profissional, por enquanto sem clube. No total, Edinho fez 195 partidas pelo Santos.

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Lembra dele no Santos? Destaque na Ponte Preta, Sérgio Guedes chegou à seleção pelo Peixe

Após a saída do lendário Rodolfo Rodríguez da equipe, em 1988, o Santos precisava de alguém no gol que fosse ao menos próximo ao arqueiro uruguaio. Ele foi substituído inicialmente por Nílton, campeão pelo Peixe da Copa São Paulo de Juniores, em 1984, que sofreu uma grave contusão em uma partida contra o Bahia, substituído por Ferreira. A camisa 1 alvinegra teria um novo dono, por quatro anos, a partir de março de 1989, quando estreou Sérgio.

Hoje conhecido como Sérgio Guedes, ele veio contratado da Ponte Preta, clube que o revelou para o futebol. Foi campeão da Copa São Paulo de Juniores em 1982, quando a Macaca superou justamente o Santos na final. Foi emprestado para o Araçatuba em 1983 e retornou no ano seguinte, conquistando a posição de titular após a saída de Carlos para o Corinthians. Atuou no time até 1989, tornando-se o quarto goleiro com maior número de partidas na equipe campineira.

Logo de cara, destacou-se no Santos pelas ótimas atuações, ajudado ainda pelo regulamento do Campeonato Paulista daquele ano. Na primeira, fase, jogos que terminavam em empate contavam com disputas de pênaltis para definir qual time levaria o ponto extra. Foram várias penalidades defendidas por ele.

“Acho que peguei uns 80 pênaltis jogando pelo Santos”, disse ele, em entrevista ao Diário do Peixe. Disputou 242 jogos com a camisa alvinegra.

Seleção brasileira

Sérgio chegou à seleção brasileira pela primeira vez em 1990, depois do fracasso do time que disputou a Copa da Itália, estando presente em 11 partidas com a equipe.

Inclusive pôde disputar uma peleja histórica: foi titular na partida que celebrou os 50 anos do Rei Pelé, em 31 de outubro daquele ano.

Ivanílton Sérgio Guedes ficou no Santos até o final de 1992, sempre como um dos principais, senão o principal, atleta do elenco. Depois disso, foi para Cruzeiro, Internacional, Botafogo-SP, Lousano Paulistano, e voltou ao Santos, em 1996, permanecendo somente seis meses no clube. Encerrou a carreira em 2003, na Portuguesa Santista, clube no qual é o atual técnico. Foi campeão da Copa Paulista de 2023 e garantiu a participação da Mais Briosa na Copa do Brasil de 2024.

Confira algumas defesas de Sérgio no gol do Santos

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Quando o gigante Maradona quase jogou no Santos…

O mundo ainda está estarrecido com a precoce morte, aos 60 anos, de Diego Armando Maradona, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Campeão pela seleção de seu país em um triunfo épico em 1986, brilhou nos gramados atuando pelo Napoli, Barcelona e Boca Juniors, e lutando contra condições físicas desfavoráveis e a dependência química. Genial, certa vez o escritor uruguaio Eduardo Galeano o definiu como o mais humano dos deuses. Talvez seja a melhor definição.

Durante muito tempo foi alimentada uma rivalidade entre Maradona e Pelé, na disputa por quem seria o maior da história. Pessoal e publicamente, tiveram rusgas, mas o brasileiro participou da estreia do programa do argentino na TV de seu país.

Em 31 de outubro, quando o craque portenho completou 60 anos, Pelé publicou uma postagem o parabenizando, e teve uma resposta afetuosa, mas melancólica, quase como uma despedida.

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Maradona (quase) no Santos

E Maradona quase jogou no Santos Futebol Clube em 1995. Em maio daquele ano, ainda suspenso do futebol por conta de uso de efedrina na copa de 1994, ele revelou ter sido convidado a jogar no Alvinegro Praiano.

No dia 16 de maio daquele ano, a Folha de S. Paulo trazia a declaração do então ministro dos Esportes afirmando que o atleta negociava seu passe com a Pelé Sports & Marketing, firma da qual Pelé era sócio.

O acordo previa que Maradona jogaria em um time brasileiro e, além do Santos, Botafogo e Corinthians estariam na disputa pelo argentino. Mas Pelé afirmou então que o Peixe estava na frente, já que o presidente da extinta Unicór, que patrocinava o clube, Renato Duprat, encontrou Maradona no Rio. “O Renato disse que bota o dinheiro que precisar para trazer o Maradona”, afirmou Pelé ao jornal.

Ao fim, a negociação não aconteceu e após a suspensão, Maradona retornou ao Boca Juniors, contratado por dez milhões de dólares pelo Grupo Eurnekian.

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Lembra dele no Santos? o ‘alemão’ Paulo Rink

Atacante foi o primeiro brasileiro nato a vestir a camisa da seleção alemã e ficou pouco menos de seis meses na Vila Belmiro

Em julho de 1999 o Bayer Leverkusen anunciava que o atacante de 26 anos que defendera o clube por quase três anos voltava ao seu país natal, o Brasil, para defender a camisa do Santos. Àquela altura, Paulo Rink já havia feito história ao se tornar o primeiro brasileiro a vestir a camisa da seleção da Alemanha, mas estava em má fase e buscava recuperar o bom futebol perdido.

Revelado nas divisões de base do Athletico Paranaense no início dos anos 1990, foi no time rubro-negro que Rink despontou, fazendo uma dupla de sucesso com Oseás. A dupla fez parte da equipe campeã da Série B do Brasileiro em 1995 e seguiu com grandes atuações na Série A de 1996, quando o clube terminou a competição em quarto lugar.

Oséas chegou a ser convocado para a seleção brasileira para três amistosos naquele ano, mas seu companheiro teve outro destino. No Bayer, naturalizou-se alemão e em 1998 foi foi convocado para a seleção germânica pelo técnico Berti Vogts. Esteve em 13 partidas pela seleção, sendo três na Eurocopa de 2000 e uma pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

A estreia de Paulo Rink no Santos

Quando veio para o Santos, a equipe estava na reta final do campeonato paulista de 1999. Logo em sua estreia, marcou um dos gols da vitória por 2 a 0 sobre o Guarani, última partida da segunda fase do torneio. O time acabou em primeiro lugar no seu grupo, mas com um ponto a menos na classificação geral que o Palmeiras, segundo colocado do grupo rival, com quem duelou por uma vaga na final.

Paulo Rink atuou nas duas partidas da semifinal, como uma espécie de ponta de lança, dando suporte ao ataque formado por Viola e Alessandro na equipe montada por Emerson Leão. Vitória alvinegra na partida de ida por 2 a 1 e derrota pela mesmo placar na volta. O Santos acabou eliminado.

Paulo Rink voltou a marcar pelo time em uma derrota em amistoso para o Parma (ITA), por 2 a 1, no Torneio Hispalis. No Brasileiro, fez 15 partidas, mas não se firmou no time titular, perdendo o lugar ao lado de Dodô ora para Rodrigão, e em outras ocasiões para Lúcio, Deivid e Adiel.

Com a derrota da chapa apoiada pelo presidente Samir Abdul-Hak, o Santos não se interessou em continuar com o jogador por empréstimo. “Fui contratado nas férias para disputar as finais do Paulista e até fiz gol em minha estréia. Gostaram e joguei também o Brasileiro. Mas problemas internos no clube – o presidente que o contratou havia perdido as eleições – mudaram a minha cabeça e resolvi voltar para a Europa”, disse, em entrevista.

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Atlético-PR x Santos – histórico de confrontos, jogaços e o que esperar

Alvinegro, único invicto na Libertadores, tem vantagem nos confrontos contra o Furacão, mas em duelos eliminatórios foi desclassificado duas vezes pelo rival

Santos e Atlético-PR iniciam nesta quarta-feira (5) o duelo válido pelas oitavas de final da Libertadores 2017 na Vila Capanema, em Curitiba, às 19h15. Na última partida entre as duas equipes, pelo campeonato brasileiro, o Peixe se deu melhor, vitória por 2 a 0.

Os dois clubes promoveram trocas de jogadores na janela que permite a inscrição de novos atletas na competição. A diretoria santista inscreveu o lateral esquerdo Caju, o volante Alison e o meio campista Vecchio nos lutares do lateral Matheus Ribeiro, do volante Yan e do meio campista Matheus Ribeiro. Já os rubro-negros inseriram em sua lista o lateral-direito Gustavo Cascardo, o meia Guilherme, o volante Bruno Guimarães e o atacante Ederson. Cada clube podia promover seis mudanças antes da conclusão das oitavas. Assim, o Santos pode modificar mais três jogadores e o Atlético-PR dois até 48 horas antes da partida de volta, em 10 de agosto, na Vila Belmiro.

Agora, a lista de jogadores santistas na Libertadores até agora é:

Goleiros:
Vanderlei, Vladimir, João Paulo

Laterais:
Victor Ferraz, Zeca, Caju, Daniel Guedes

Zagueiros:
Cléber, David Braz, Lucas Veríssimo, Noguera,

Volantes:
Renato, Thiago Maia, Yuri, Leandro Donizete, Alison, Léo Cittadini

Meias:
Lucas Lima, Rafael Longuine, Jean Mota, Vecchio

Atacantes:
Ricardo Oliveira, Copete, Bruno Henrique, Arthur Gomes, Rodrigão, Kayke, Vladimir Hernández, Vitor Bueno, Thiago Ribeiro

Histórico de confrontos entre Santos e Atlético-PR

Neymar contra Atlético-PR

Em outubro de 2010, Neymar tirava os jogadores do Atlético-PR para dançar (Ricardo Saibun/Santos FC)

No total de confrontos entre os dois na história, a vantagem é alvinegra. De acordo com o Acervo Histórico do Santos FC, são 53 encontros, com 24 triunfos peixeiros, 14 empates e 15 vitórias rubro-negras, com 85 gols santistas e 60 atleticanos.

Contudo, em torneios eliminatórios, os dois duelos entre ambos terminaram com desclassificação santista. O primeiro deles foi na Copa do Brasil de 1996, quando o Furacão bateu o Peixe por 3 a 0 no jogo de ida, com empate em 1 a 1 na volta. Já na Libertadores de 2004, o Santos perdeu na ida por 3 a 2 e também na volta, por 2 a 0. No segundo jogo, o time jogou sem Robinho e Ricardinho, convocados por Carlos Alberto Parreira para a seleção brasileira, minando as chances da equipe.

Goleadas santistas – quando Neymar fez quatro gols

No dia 29 de outubro de 2011, Neymar fez uma apresentação de gala no Pacaembu, e esse jogo tive o prazer de ver in loco. Ele fez os quatro da goleada de 4 a 1 sobre os paranaenses, e só não fez o quinto porque o árbitro Francisco Carlos Nascimento anulou um legítimo. Naquela ocasião, além do futebol de encher os olhos, o craque entrou para a galeria de jogadores que marcaram em uma só partida ao menos quatro gols com a camisa do Santos.

Confira ainda nesse post cinco vitórias memoráveis do Santos sobre o Atlético-PR.

Oitavas de final da Libertadores 2017

Atlético-PR x Santos (partida de ida)

Local: Vila Capanema, Curitiba

Hiorário: 19h15

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Lembra dele no Santos? Fernando Fumagalli, um ex-menino da Vila

Herói da classificação do Guarani à final da Série C de 2016, meia foi levado da Ferroviária para a base do Peixe, mas não emplacou

Fernando Fumagalli tem sido destaque no noticiário esportivo por conta de sua grande atuação em uma sensacional virada do Guarani contra o ABC-RN, em duelo válido pela semifinal da Série C de 2016. Após perder de 4 a 0 a primeira partida, o Bugre de Campinas devolveu com juros a derrota atuando em casa: 6 a 0, com três gols de Fumagalli.

O jogador tem 81 gols em 251 pelejas pela equipe campineira, mas no Santos, onde surgiu para o futebol profissional, não brilhou. Trazido da Ferroviária aos 18 anos, ele fez parte do sub-20 que disputou bem a Copa São Paulo de Juniores em 1997. A equipe chegou à semifinal da competição, desclassificada pelo clube que seria campeão naquele ano, o Lousano Paulista.

Além de Fumagalli, à época chamado só de Fernando, estavam outros atletas que mais adiante subiram para o profissional do Santos. Os companheiros de ataque Adiel e João Fumaça, o meia Eduardo Marques, os laterais Michel e Gustavo Nery, e o centroavante Rodrigão.

fumagalli menino da vila

Fernando Fumagalli, herói do Guarani, iniciou sua trajetória profissional no Santos

O então jovem Fernando fez sua primeira partida pelo Peixe em 13 de abril daquele mesmo ano, entrando no lugar do atacante Macedo. Marcou um gol na vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa Santista, no Ulrico Mursa, em partida válida pelo campeonato paulista. O outro tento foi marcado por João Fumaça.

Foi titular da equipe dirigida por Vanderlei Luxemburgo nas duas partidas seguintes, empates em 1 a 1 contra a Internacional de Limeira, quando formou o ataque ao lado de João Fumaça e anotou o gol de empate alvinegro, e outro em 2 a 2 contra o São Paulo, quando atuou ao lado de Muller e foi substituído por Careca.

Na sequência, perdeu espaço para Alessandro e para o próprio atacante veterano, deixando de participar das nove partidas que a equipe disputou no Paulista. Só voltou a atuar no terceiro jogo do Brasileiro, vitória contra o Grêmio por 2 a 1. Mas sua participação parou por aí, ainda mais com a chegada de mais concorrência no ataque, com as vindas de Caio (o hoje comentarista Caio Ribeiro) e o paraguaio Edgar Baez. Fumagalli só teve chances em uma excursão que o Alvinegro fez na Europa.

Em 1998, já com Émerson Leão como técnico, teve que conviver com mais concorrência no ataque, com as vindas de Lúcio e Viola e, no segundo semestre, Aristizábal, Robson Luís e Fernandes, além das ascensões de Messias e do retorno de Adiel. Entrou em duas partidas no Brasileiro, fora um amistoso com a seleção da Jamaica. Fumagalli foi emprestado ao Tokyo Verdy e, na sequência, ao América de Rio Preto, retornando ao Peixe em 1999. Com poucas chances, rescindiu seu contrato e foi para o Guarani, em sua primeira passagem, indo para o Corinthians logo depois. Passou ainda por clubes como Fortaleza, Sport, Vasco, entre outros, até voltar para o Bugre em 2012.

No Peixe, Fernando Fumagalli marcou quatro gols em 19 partidas.

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Santos enfrenta o Vasco nas oitavas de final da Copa do Brasil

Pelo sorteio de mandos de jogo, o Peixe vai jogar a primeira em casa e a segunda no Rio

A CBF realizou na manhã desta terça-feira o sorteio dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil 2016. O Santos vai enfrentar o Vasco da Gama, jogando a primeira partida em casa, no dia 24 de agosto, e a segunda na casa do clube carioca, em 21 de setembro.

Para esta fase do torneio, os cartões amarelos estão zerados. Nas quartas de final, haverá mais um sorteio, desta vez sem divisão das equipes em grupos, com todos os oito classificados podendo se enfrentar.

trofeu copa do brasil

Santos tem o Vasco no caminho do título da Copa do Brasil (Rafael Ribeiro/CBF)

Os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil

Atlético-MG x Ponte Preta
Corinthians X Fluminense
Cruzeiro X Botafogo
Grêmio X Atlético-PR
Internacional X Fortaleza
Palmeiras X Botafogo-PB
Santos X Vasco
São Paulo X Juventude

O histórico de confrontos de Santos X Vasco

Segundo o Acervo Histórico do Santos FC, foram 115 partidas disputadas entre Santos e Vasco na história, com 39 vitórias do Peixe, 34 empates e 42 triunfos vascaínos. O Alvinegro Praiano fez 183 gols, enquanto os cariocas fizeram 179.

Em disputas de mata-mata, os santistas levam a melhor. No Brasileiro de 1965, o Peixe eliminou os cruzmaltinos os derrotando duas vezes, 5 a 1 no Pacaembu e 1 a 0 no Maracanã. O feito se repetiu no Torneio Rio-São Paulo de 1997, quando os santistas empataram com os cariocas em 3 a 3 no São Januário, desclassificando-os nos pênaltis. O troco veio dois anos depois, no Rio-São Paulo de 1999, quando o Vasco foi campeão fazendo a final com o Santos, vencendo por 3 a 1 no Maracanã e 2 a 1 no Morumbi.

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Lembra dele no Santos? Piá, de possível craque às páginas policiais

Meia vindo da Internacional de Limeira chegou como grande promessa à Vila Belmiro, aos 22 anos, mas sua conturbada vida extracampo acabou fazendo com que seu talento não sobressaísse

O Bola da Vez, da ESPN Brasil, programa de entrevistas da emissora, traz nesta terça-feira um ex-jogador do Santos que apareceu como um futuro craque, mas que não vingou. Pior, ficou mais famoso, de uma forma nada boa, fora do que dentro dos gramados.

Piá chegou ao Santos em agosto de 1996, vindo da Inter de Limeira como maior revelação da Série A-2 daquele ano. Na final do quadrangular, ele marcou dois dos gols da vitória de 4 a 0 da Inter sobre a Portuguesa Santista. Ambas as equipes subiram à divisão principal do futebol de São Paulo.

Aos 22 anos, reportagem da Folha de S. Paulo ressaltava que o garoto chegava com os cabelos pintados de vermelho e bastante elogiado por José Teixeira, técnico do clube à época (na Inter, havia sido treinado por José Macia, o Pepe). Evitava comparações com Giovanni, que havia deixado o clube poucas semanas antes de sua chegada.

Atuando em um time grande e com salário generoso, a fama e o dinheiro aliados à falta de estrutura familiar acabaram atrapalhando a carreira do atleta. Segundo ele mesmo adianta na chamada do programa da ESPN e também de acordo com o site Historiador do Futebol, foi nesse período que ele passou a sair com frequência na noite de Santos, chegando a provocar quebradeiras nos estabelecimentos locais. O comportamento lhe valeu uma chamada do próprio Rei Pelé, que foi a sua casa conversar.

pia jogando no santos

Piá jogando pelo Santos: alta expectativa, baixo rendimento

Piá estreou pelo Peixe em uma partida amistosa contra o Comercial de Ribeirão Preto, entrando no lugar de Andradina, e oficialmente em uma partida contra o Guarani, pelo campeonato brasileiro de 1996, substituindo mais uma vez o meia. Teve oportunidade como titular na polêmica partida contra o Fluminense no Ícaro de Castro Mello, marcada pela presença do colombiano Usuriaga. Formou o meio de campo naquele dia junto com Marcos Assunção, Carlinhos e Robert.

Manteve a condição de titular por mais quatro partidas, voltando ao banco quando José Teixeira resolveu recuar Jamelli do ataque para a posição de meia-atacante. Com a chegada do meia Vágner e depois de Élder, passou a ser cada vez menos escalado entre os onze, entrando eventualmente em algumas pelejas.

Em 1997, com a vinda de Vanderlei Luxemburgo, atuou como titular em quatro dos seis jogos do Torneio Rio-São Paulo, inclusive na segunda partida da final contra o Flamengo, quando teve a seu lado no meio de campo Marcos Assunção, Vágner e o recém-chegado Alexandre. Mas no início do campeonato paulista perdeu seu posto com a volta de Robert e enfrentou a concorrência para entrar nas partidas com outros meias, Caíco e o prata da casa Eduardo Marques.

Com as atuações instáveis e os problemas extracampo, Piá foi emprestado seguidamente para outros clubes, já em 2007, quando foi para Coritiba, São José, Matonense (2 vezes) e Ponte Preta antes de retornar ao Peixe no ano 2000, quando chegou a ter oportunidades com Giba. “Agora, estou mais maduro. Fora do campo, sou outra pessoa. Não tem mais aquele negócio de sair à noite, de mulherada. Sou casado, tenho dois filhos e ganhei experiência”, disse o meia quando foi relacionado pela primeira vez pelo técnico.

Mas não durou. Seguiu para a Ponte Preta novamente, desta vez ficando até 2003, tornando-se ídolo da torcida. Seu desempenho fez com que fosse contratado pelo Corinthians em 2004, mas também foi mal. Passou por dez clubes depois e se aposentou pelo União São João, em 2013. Depois disso, começou a ser destaque nas páginas policiais, sendo preso por furto a caixa eletrônico em Campinas, em 2014, depois de tentar “pescar” notas também em caixas eletrônicos em abril de 2015 e, em agosto do mesmo ano, quando utilizou dinheiro furtado. Antes, já havia sido absolvido em julgamento no qual era acusado de, em 2009, ter sido coautor de um homicídio.

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Palmeiras X Santos – relembre cinco vitórias do Peixe fora de casa no “clássico da saudade”

Alvinegro já superou o adversário desta terça-feira fazendo grandes jogos na casa do rival. Relembre

Santos e Palmeiras vão disputar nesta terça-feira (12) o chamado “clássico da saudade”, apelido dado à peleja por conta dos grandes duelos entre ambos vividos anos anos 1960.

No histórico de confrontos entre Santos e Palmeiras, o clube paulistano leva vantagem: são 314 jogos, com 101 triunfos santistas, 82 empates e 132 vitórias palmeirenses. Mas, como sempre acontece quando se faz esse cálculo do Peixe com seus rivais do Trio de Ferro, é preciso ressaltar que a grande maioria das partidas foi disputada em São Paulo, fora do Urbano Caldeira. Nesse caso, por exemplo, somente 105 encontros, pouco mais de um terço, foram jogados na Vila.

Em seu estádio, o Santos tem vantagem (44 vitórias contra 42), assim como no Pacaembu (29 contra 25). Contudo, perde no Morumbi (12 a 18) e no Parque Antártica (12 a 35). Para inspirar a peleja que vai ser disputada no campo rival, vamos relembrar algumas grandes vitórias do Alvinegro em São Paulo.

1 – Palmeiras 0 X 7 Santos (1915)

Em 3 de outubro de 1915, o então Palestra Itália, criado um ano antes, queria disputar o campeonato paulista, mas a Associação Paulista de Esportes Atléticos impôs como condição o clube enfrentar uma equipe considerada de ponta para provar que possuía condições técnicas. O escolhido foi o Santos, que não disputava o estadual mas era reconhecido como um time forte.

A partida, disputada no Velódromo de São Paulo, foi um massacre. Um 7 a 0 com três gols de Ary Patusca, dois de Anacleto Ferramenta, um de Aranha e outro de Arnaldo Silveira. De acordo com o Almanaque Santos FC, 250 torcedores subiram a serra nos vagões da SPR Railway para vibrar pelo Alvinegro.

Depois da derrota, o Palmeiras quase fechou as portas, mas foi beneficiado pela expulsão do Scottish Wandereres do campeonato e conseguiu sua vaga mesmo assim.

2 – Palmeiras 2 X 3 Santos (Taça Cruz Azul/1927)

Além da vitória e do título do torneio, a partida de 3 de abril de 1927 é histórica para o Peixe por marcar a estreia de um de seus maiores ídolos.

Artilheiro do Paulista anterior e contratado junto ao São Bento, Feitiço jogava sua primeira partida pelo clube e marcou um dos gols do Alvinegro na peleja. Os outros foram anotados por Araken e Camarão que, com Omar e Evangelista, formariam a primeira linha dos cem gols do futebol nacional.

3 – Palmeiras 1 X 4 Santos (Campeonato Paulista/1967)

O Alvinegro seria o campeão paulista daquele ano, e quando foi visitar o Alviverde em 29 de outubro de 1967 não foi um visitante agradável.

O time comandado por Antoninho bateu a bela esquadra palmeirense em seus domínios, a equipe de Mário Travaglini que contava com Valdir de Moraes no gol, Djalma Santos, Dudu, Ademir da Guia, César Maluco. Mas o dia foi de Toninho Guerreiro, que marcou duas vezes, Silva e Pelé, que completaram o placar.

4 – Palmeiras 1 X 3 Santos (Torneio Rio-São Paulo/1997)

Naquele início de ano o Alvinegro havia contratado Vanderlei Luxemburgo, vindo justamente do Palmeiras, para tentar retomar sua trajetória de títulos. E a primeira competição do técnico e do clube em 1997 foi o Rio-São Paulo.

Após superar o Vasco, o Peixe pegava na semifinal o Palmeiras, que ainda contava com o suporte da Parmalat e tinha em sua equipe vários jogadores de alto nível como Veloso, Cafu, Júnior, Djalminha e Luizão. Mas o Peixe superou o adversário com gols de Baiano, Marcos Assunção e Robert. Jogaram ainda pelo Santos naquele dia Zetti, Sandro, Rogério Seves (que entrou no lugar de Baiano), Ronaldão, Dutra, Vágner, Piá (Eduardo Marques), Robert, Macedo (João Fumaça) e Alessandro Cambalhota. O time atuou com calções estrelados.

5 – Palmeiras 1 X 2 Santos (Campeonato Paulista/2009)

Depois de um ano ruim em 2008, reflexo da crise financeira que se abatia sobre o clube no final da última gestão de Marcelo Teixeira, o Peixe ressucitou no início de 2009 ao fazer um bom campeonato paulista sob o comando de Vágner Mancini. Ele lançou Neymar na competição e o time chegou à final, sendo derrotado pelo Corinthians que tinha um elenco bem mais robusto.

Mas nas semifinais o Alvinegro cruzou com o Palmeiras. Os peixeiros já haviam vencido a primeira partida na Vila, por 2 a 1, e repetiram a dose no Parque Antártica, em um jogo pra lá de tumultuado. O Santos dominou as ações e o rival, e só tomou um gol em um frango incrível de Fábio Costa. Madson (1 gol), Neymar, Kleber Pereira (1 gol) e PH Ganso envolveram a defesa alviverde e Mauricio Ramos, Diego Souza e Domingos foram expulsos.

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