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Quando o gigante Maradona quase jogou no Santos…

O mundo ainda está estarrecido com a precoce morte, aos 60 anos, de Diego Armando Maradona, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Campeão pela seleção de seu país em um triunfo épico em 1986, brilhou nos gramados atuando pelo Napoli, Barcelona e Boca Juniors, e lutando contra condições físicas desfavoráveis e a dependência química. Genial, certa vez o escritor uruguaio Eduardo Galeano o definiu como o mais humano dos deuses. Talvez seja a melhor definição.

Durante muito tempo foi alimentada uma rivalidade entre Maradona e Pelé, na disputa por quem seria o maior da história. Pessoal e publicamente, tiveram rusgas, mas o brasileiro participou da estreia do programa do argentino na TV de seu país.

Em 31 de outubro, quando o craque portenho completou 60 anos, Pelé publicou uma postagem o parabenizando, e teve uma resposta afetuosa, mas melancólica, quase como uma despedida.

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Maradona (quase) no Santos

E Maradona quase jogou no Santos Futebol Clube em 1995. Em maio daquele ano, ainda suspenso do futebol por conta de uso de efedrina na copa de 1994, ele revelou ter sido convidado a jogar no Alvinegro Praiano.

No dia 16 de maio daquele ano, a Folha de S. Paulo trazia a declaração do então ministro dos Esportes afirmando que o atleta negociava seu passe com a Pelé Sports & Marketing, firma da qual Pelé era sócio.

O acordo previa que Maradona jogaria em um time brasileiro e, além do Santos, Botafogo e Corinthians estariam na disputa pelo argentino. Mas Pelé afirmou então que o Peixe estava na frente, já que o presidente da extinta Unicór, que patrocinava o clube, Renato Duprat, encontrou Maradona no Rio. “O Renato disse que bota o dinheiro que precisar para trazer o Maradona”, afirmou Pelé ao jornal.

Ao fim, a negociação não aconteceu e após a suspensão, Maradona retornou ao Boca Juniors, contratado por dez milhões de dólares pelo Grupo Eurnekian.

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Lembra dele no Santos? o ‘alemão’ Paulo Rink

Atacante foi o primeiro brasileiro nato a vestir a camisa da seleção alemã e ficou pouco menos de seis meses na Vila Belmiro

Em julho de 1999 o Bayer Leverkusen anunciava que o atacante de 26 anos que defendera o clube por quase três anos voltava ao seu país natal, o Brasil, para defender a camisa do Santos. Àquela altura, Paulo Rink já havia feito história ao se tornar o primeiro brasileiro a vestir a camisa da seleção da Alemanha, mas estava em má fase e buscava recuperar o bom futebol perdido.

Revelado nas divisões de base do Athletico Paranaense no início dos anos 1990, foi no time rubro-negro que Rink despontou, fazendo uma dupla de sucesso com Oseás. A dupla fez parte da equipe campeã da Série B do Brasileiro em 1995 e seguiu com grandes atuações na Série A de 1996, quando o clube terminou a competição em quarto lugar.

Oséas chegou a ser convocado para a seleção brasileira para três amistosos naquele ano, mas seu companheiro teve outro destino. No Bayer, naturalizou-se alemão e em 1998 foi foi convocado para a seleção germânica pelo técnico Berti Vogts. Esteve em 13 partidas pela seleção, sendo três na Eurocopa de 2000 e uma pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

A estreia de Paulo Rink no Santos

Quando veio para o Santos, a equipe estava na reta final do campeonato paulista de 1999. Logo em sua estreia, marcou um dos gols da vitória por 2 a 0 sobre o Guarani, última partida da segunda fase do torneio. O time acabou em primeiro lugar no seu grupo, mas com um ponto a menos na classificação geral que o Palmeiras, segundo colocado do grupo rival, com quem duelou por uma vaga na final.

Paulo Rink atuou nas duas partidas da semifinal, como uma espécie de ponta de lança, dando suporte ao ataque formado por Viola e Alessandro na equipe montada por Emerson Leão. Vitória alvinegra na partida de ida por 2 a 1 e derrota pela mesmo placar na volta. O Santos acabou eliminado.

Paulo Rink voltou a marcar pelo time em uma derrota em amistoso para o Parma (ITA), por 2 a 1, no Torneio Hispalis. No Brasileiro, fez 15 partidas, mas não se firmou no time titular, perdendo o lugar ao lado de Dodô ora para Rodrigão, e em outras ocasiões para Lúcio, Deivid e Adiel.

Com a derrota da chapa apoiada pelo presidente Samir Abdul-Hak, o Santos não se interessou em continuar com o jogador por empréstimo. “Fui contratado nas férias para disputar as finais do Paulista e até fiz gol em minha estréia. Gostaram e joguei também o Brasileiro. Mas problemas internos no clube – o presidente que o contratou havia perdido as eleições – mudaram a minha cabeça e resolvi voltar para a Europa”, disse, em entrevista.

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Atlético-PR x Santos – histórico de confrontos, jogaços e o que esperar

Alvinegro, único invicto na Libertadores, tem vantagem nos confrontos contra o Furacão, mas em duelos eliminatórios foi desclassificado duas vezes pelo rival

Santos e Atlético-PR iniciam nesta quarta-feira (5) o duelo válido pelas oitavas de final da Libertadores 2017 na Vila Capanema, em Curitiba, às 19h15. Na última partida entre as duas equipes, pelo campeonato brasileiro, o Peixe se deu melhor, vitória por 2 a 0.

Os dois clubes promoveram trocas de jogadores na janela que permite a inscrição de novos atletas na competição. A diretoria santista inscreveu o lateral esquerdo Caju, o volante Alison e o meio campista Vecchio nos lutares do lateral Matheus Ribeiro, do volante Yan e do meio campista Matheus Ribeiro. Já os rubro-negros inseriram em sua lista o lateral-direito Gustavo Cascardo, o meia Guilherme, o volante Bruno Guimarães e o atacante Ederson. Cada clube podia promover seis mudanças antes da conclusão das oitavas. Assim, o Santos pode modificar mais três jogadores e o Atlético-PR dois até 48 horas antes da partida de volta, em 10 de agosto, na Vila Belmiro.

Agora, a lista de jogadores santistas na Libertadores até agora é:

Goleiros:
Vanderlei, Vladimir, João Paulo

Laterais:
Victor Ferraz, Zeca, Caju, Daniel Guedes

Zagueiros:
Cléber, David Braz, Lucas Veríssimo, Noguera,

Volantes:
Renato, Thiago Maia, Yuri, Leandro Donizete, Alison, Léo Cittadini

Meias:
Lucas Lima, Rafael Longuine, Jean Mota, Vecchio

Atacantes:
Ricardo Oliveira, Copete, Bruno Henrique, Arthur Gomes, Rodrigão, Kayke, Vladimir Hernández, Vitor Bueno, Thiago Ribeiro

Histórico de confrontos entre Santos e Atlético-PR

Neymar contra Atlético-PR

Em outubro de 2010, Neymar tirava os jogadores do Atlético-PR para dançar (Ricardo Saibun/Santos FC)

No total de confrontos entre os dois na história, a vantagem é alvinegra. De acordo com o Acervo Histórico do Santos FC, são 53 encontros, com 24 triunfos peixeiros, 14 empates e 15 vitórias rubro-negras, com 85 gols santistas e 60 atleticanos.

Contudo, em torneios eliminatórios, os dois duelos entre ambos terminaram com desclassificação santista. O primeiro deles foi na Copa do Brasil de 1996, quando o Furacão bateu o Peixe por 3 a 0 no jogo de ida, com empate em 1 a 1 na volta. Já na Libertadores de 2004, o Santos perdeu na ida por 3 a 2 e também na volta, por 2 a 0. No segundo jogo, o time jogou sem Robinho e Ricardinho, convocados por Carlos Alberto Parreira para a seleção brasileira, minando as chances da equipe.

Goleadas santistas – quando Neymar fez quatro gols

No dia 29 de outubro de 2011, Neymar fez uma apresentação de gala no Pacaembu, e esse jogo tive o prazer de ver in loco. Ele fez os quatro da goleada de 4 a 1 sobre os paranaenses, e só não fez o quinto porque o árbitro Francisco Carlos Nascimento anulou um legítimo. Naquela ocasião, além do futebol de encher os olhos, o craque entrou para a galeria de jogadores que marcaram em uma só partida ao menos quatro gols com a camisa do Santos.

Confira ainda nesse post cinco vitórias memoráveis do Santos sobre o Atlético-PR.

Oitavas de final da Libertadores 2017

Atlético-PR x Santos (partida de ida)

Local: Vila Capanema, Curitiba

Hiorário: 19h15

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Lembra dele no Santos? Fernando Fumagalli, um ex-menino da Vila

Herói da classificação do Guarani à final da Série C de 2016, meia foi levado da Ferroviária para a base do Peixe, mas não emplacou

Fernando Fumagalli tem sido destaque no noticiário esportivo por conta de sua grande atuação em uma sensacional virada do Guarani contra o ABC-RN, em duelo válido pela semifinal da Série C de 2016. Após perder de 4 a 0 a primeira partida, o Bugre de Campinas devolveu com juros a derrota atuando em casa: 6 a 0, com três gols de Fumagalli.

O jogador tem 81 gols em 251 pelejas pela equipe campineira, mas no Santos, onde surgiu para o futebol profissional, não brilhou. Trazido da Ferroviária aos 18 anos, ele fez parte do sub-20 que disputou bem a Copa São Paulo de Juniores em 1997. A equipe chegou à semifinal da competição, desclassificada pelo clube que seria campeão naquele ano, o Lousano Paulista.

Além de Fumagalli, à época chamado só de Fernando, estavam outros atletas que mais adiante subiram para o profissional do Santos. Os companheiros de ataque Adiel e João Fumaça, o meia Eduardo Marques, os laterais Michel e Gustavo Nery, e o centroavante Rodrigão.

fumagalli menino da vila

Fernando Fumagalli, herói do Guarani, iniciou sua trajetória profissional no Santos

O então jovem Fernando fez sua primeira partida pelo Peixe em 13 de abril daquele mesmo ano, entrando no lugar do atacante Macedo. Marcou um gol na vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa Santista, no Ulrico Mursa, em partida válida pelo campeonato paulista. O outro tento foi marcado por João Fumaça.

Foi titular da equipe dirigida por Vanderlei Luxemburgo nas duas partidas seguintes, empates em 1 a 1 contra a Internacional de Limeira, quando formou o ataque ao lado de João Fumaça e anotou o gol de empate alvinegro, e outro em 2 a 2 contra o São Paulo, quando atuou ao lado de Muller e foi substituído por Careca.

Na sequência, perdeu espaço para Alessandro e para o próprio atacante veterano, deixando de participar das nove partidas que a equipe disputou no Paulista. Só voltou a atuar no terceiro jogo do Brasileiro, vitória contra o Grêmio por 2 a 1. Mas sua participação parou por aí, ainda mais com a chegada de mais concorrência no ataque, com as vindas de Caio (o hoje comentarista Caio Ribeiro) e o paraguaio Edgar Baez. Fumagalli só teve chances em uma excursão que o Alvinegro fez na Europa.

Em 1998, já com Émerson Leão como técnico, teve que conviver com mais concorrência no ataque, com as vindas de Lúcio e Viola e, no segundo semestre, Aristizábal, Robson Luís e Fernandes, além das ascensões de Messias e do retorno de Adiel. Entrou em duas partidas no Brasileiro, fora um amistoso com a seleção da Jamaica. Fumagalli foi emprestado ao Tokyo Verdy e, na sequência, ao América de Rio Preto, retornando ao Peixe em 1999. Com poucas chances, rescindiu seu contrato e foi para o Guarani, em sua primeira passagem, indo para o Corinthians logo depois. Passou ainda por clubes como Fortaleza, Sport, Vasco, entre outros, até voltar para o Bugre em 2012.

No Peixe, Fernando Fumagalli marcou quatro gols em 19 partidas.

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Santos enfrenta o Vasco nas oitavas de final da Copa do Brasil

Pelo sorteio de mandos de jogo, o Peixe vai jogar a primeira em casa e a segunda no Rio

A CBF realizou na manhã desta terça-feira o sorteio dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil 2016. O Santos vai enfrentar o Vasco da Gama, jogando a primeira partida em casa, no dia 24 de agosto, e a segunda na casa do clube carioca, em 21 de setembro.

Para esta fase do torneio, os cartões amarelos estão zerados. Nas quartas de final, haverá mais um sorteio, desta vez sem divisão das equipes em grupos, com todos os oito classificados podendo se enfrentar.

trofeu copa do brasil

Santos tem o Vasco no caminho do título da Copa do Brasil (Rafael Ribeiro/CBF)

Os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil

Atlético-MG x Ponte Preta
Corinthians X Fluminense
Cruzeiro X Botafogo
Grêmio X Atlético-PR
Internacional X Fortaleza
Palmeiras X Botafogo-PB
Santos X Vasco
São Paulo X Juventude

O histórico de confrontos de Santos X Vasco

Segundo o Acervo Histórico do Santos FC, foram 115 partidas disputadas entre Santos e Vasco na história, com 39 vitórias do Peixe, 34 empates e 42 triunfos vascaínos. O Alvinegro Praiano fez 183 gols, enquanto os cariocas fizeram 179.

Em disputas de mata-mata, os santistas levam a melhor. No Brasileiro de 1965, o Peixe eliminou os cruzmaltinos os derrotando duas vezes, 5 a 1 no Pacaembu e 1 a 0 no Maracanã. O feito se repetiu no Torneio Rio-São Paulo de 1997, quando os santistas empataram com os cariocas em 3 a 3 no São Januário, desclassificando-os nos pênaltis. O troco veio dois anos depois, no Rio-São Paulo de 1999, quando o Vasco foi campeão fazendo a final com o Santos, vencendo por 3 a 1 no Maracanã e 2 a 1 no Morumbi.

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Lembra dele no Santos? Piá, de possível craque às páginas policiais

Meia vindo da Internacional de Limeira chegou como grande promessa à Vila Belmiro, aos 22 anos, mas sua conturbada vida extracampo acabou fazendo com que seu talento não sobressaísse

O Bola da Vez, da ESPN Brasil, programa de entrevistas da emissora, traz nesta terça-feira um ex-jogador do Santos que apareceu como um futuro craque, mas que não vingou. Pior, ficou mais famoso, de uma forma nada boa, fora do que dentro dos gramados.

Piá chegou ao Santos em agosto de 1996, vindo da Inter de Limeira como maior revelação da Série A-2 daquele ano. Na final do quadrangular, ele marcou dois dos gols da vitória de 4 a 0 da Inter sobre a Portuguesa Santista. Ambas as equipes subiram à divisão principal do futebol de São Paulo.

Aos 22 anos, reportagem da Folha de S. Paulo ressaltava que o garoto chegava com os cabelos pintados de vermelho e bastante elogiado por José Teixeira, técnico do clube à época (na Inter, havia sido treinado por José Macia, o Pepe). Evitava comparações com Giovanni, que havia deixado o clube poucas semanas antes de sua chegada.

Atuando em um time grande e com salário generoso, a fama e o dinheiro aliados à falta de estrutura familiar acabaram atrapalhando a carreira do atleta. Segundo ele mesmo adianta na chamada do programa da ESPN e também de acordo com o site Historiador do Futebol, foi nesse período que ele passou a sair com frequência na noite de Santos, chegando a provocar quebradeiras nos estabelecimentos locais. O comportamento lhe valeu uma chamada do próprio Rei Pelé, que foi a sua casa conversar.

pia jogando no santos

Piá jogando pelo Santos: alta expectativa, baixo rendimento

Piá estreou pelo Peixe em uma partida amistosa contra o Comercial de Ribeirão Preto, entrando no lugar de Andradina, e oficialmente em uma partida contra o Guarani, pelo campeonato brasileiro de 1996, substituindo mais uma vez o meia. Teve oportunidade como titular na polêmica partida contra o Fluminense no Ícaro de Castro Mello, marcada pela presença do colombiano Usuriaga. Formou o meio de campo naquele dia junto com Marcos Assunção, Carlinhos e Robert.

Manteve a condição de titular por mais quatro partidas, voltando ao banco quando José Teixeira resolveu recuar Jamelli do ataque para a posição de meia-atacante. Com a chegada do meia Vágner e depois de Élder, passou a ser cada vez menos escalado entre os onze, entrando eventualmente em algumas pelejas.

Em 1997, com a vinda de Vanderlei Luxemburgo, atuou como titular em quatro dos seis jogos do Torneio Rio-São Paulo, inclusive na segunda partida da final contra o Flamengo, quando teve a seu lado no meio de campo Marcos Assunção, Vágner e o recém-chegado Alexandre. Mas no início do campeonato paulista perdeu seu posto com a volta de Robert e enfrentou a concorrência para entrar nas partidas com outros meias, Caíco e o prata da casa Eduardo Marques.

Com as atuações instáveis e os problemas extracampo, Piá foi emprestado seguidamente para outros clubes, já em 2007, quando foi para Coritiba, São José, Matonense (2 vezes) e Ponte Preta antes de retornar ao Peixe no ano 2000, quando chegou a ter oportunidades com Giba. “Agora, estou mais maduro. Fora do campo, sou outra pessoa. Não tem mais aquele negócio de sair à noite, de mulherada. Sou casado, tenho dois filhos e ganhei experiência”, disse o meia quando foi relacionado pela primeira vez pelo técnico.

Mas não durou. Seguiu para a Ponte Preta novamente, desta vez ficando até 2003, tornando-se ídolo da torcida. Seu desempenho fez com que fosse contratado pelo Corinthians em 2004, mas também foi mal. Passou por dez clubes depois e se aposentou pelo União São João, em 2013. Depois disso, começou a ser destaque nas páginas policiais, sendo preso por furto a caixa eletrônico em Campinas, em 2014, depois de tentar “pescar” notas também em caixas eletrônicos em abril de 2015 e, em agosto do mesmo ano, quando utilizou dinheiro furtado. Antes, já havia sido absolvido em julgamento no qual era acusado de, em 2009, ter sido coautor de um homicídio.

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Palmeiras X Santos – relembre cinco vitórias do Peixe fora de casa no “clássico da saudade”

Alvinegro já superou o adversário desta terça-feira fazendo grandes jogos na casa do rival. Relembre

Santos e Palmeiras vão disputar nesta terça-feira (12) o chamado “clássico da saudade”, apelido dado à peleja por conta dos grandes duelos entre ambos vividos anos anos 1960.

No histórico de confrontos entre Santos e Palmeiras, o clube paulistano leva vantagem: são 314 jogos, com 101 triunfos santistas, 82 empates e 132 vitórias palmeirenses. Mas, como sempre acontece quando se faz esse cálculo do Peixe com seus rivais do Trio de Ferro, é preciso ressaltar que a grande maioria das partidas foi disputada em São Paulo, fora do Urbano Caldeira. Nesse caso, por exemplo, somente 105 encontros, pouco mais de um terço, foram jogados na Vila.

Em seu estádio, o Santos tem vantagem (44 vitórias contra 42), assim como no Pacaembu (29 contra 25). Contudo, perde no Morumbi (12 a 18) e no Parque Antártica (12 a 35). Para inspirar a peleja que vai ser disputada no campo rival, vamos relembrar algumas grandes vitórias do Alvinegro em São Paulo.

1 – Palmeiras 0 X 7 Santos (1915)

Em 3 de outubro de 1915, o então Palestra Itália, criado um ano antes, queria disputar o campeonato paulista, mas a Associação Paulista de Esportes Atléticos impôs como condição o clube enfrentar uma equipe considerada de ponta para provar que possuía condições técnicas. O escolhido foi o Santos, que não disputava o estadual mas era reconhecido como um time forte.

A partida, disputada no Velódromo de São Paulo, foi um massacre. Um 7 a 0 com três gols de Ary Patusca, dois de Anacleto Ferramenta, um de Aranha e outro de Arnaldo Silveira. De acordo com o Almanaque Santos FC, 250 torcedores subiram a serra nos vagões da SPR Railway para vibrar pelo Alvinegro.

Depois da derrota, o Palmeiras quase fechou as portas, mas foi beneficiado pela expulsão do Scottish Wandereres do campeonato e conseguiu sua vaga mesmo assim.

2 – Palmeiras 2 X 3 Santos (Taça Cruz Azul/1927)

Além da vitória e do título do torneio, a partida de 3 de abril de 1927 é histórica para o Peixe por marcar a estreia de um de seus maiores ídolos.

Artilheiro do Paulista anterior e contratado junto ao São Bento, Feitiço jogava sua primeira partida pelo clube e marcou um dos gols do Alvinegro na peleja. Os outros foram anotados por Araken e Camarão que, com Omar e Evangelista, formariam a primeira linha dos cem gols do futebol nacional.

3 – Palmeiras 1 X 4 Santos (Campeonato Paulista/1967)

O Alvinegro seria o campeão paulista daquele ano, e quando foi visitar o Alviverde em 29 de outubro de 1967 não foi um visitante agradável.

O time comandado por Antoninho bateu a bela esquadra palmeirense em seus domínios, a equipe de Mário Travaglini que contava com Valdir de Moraes no gol, Djalma Santos, Dudu, Ademir da Guia, César Maluco. Mas o dia foi de Toninho Guerreiro, que marcou duas vezes, Silva e Pelé, que completaram o placar.

4 – Palmeiras 1 X 3 Santos (Torneio Rio-São Paulo/1997)

Naquele início de ano o Alvinegro havia contratado Vanderlei Luxemburgo, vindo justamente do Palmeiras, para tentar retomar sua trajetória de títulos. E a primeira competição do técnico e do clube em 1997 foi o Rio-São Paulo.

Após superar o Vasco, o Peixe pegava na semifinal o Palmeiras, que ainda contava com o suporte da Parmalat e tinha em sua equipe vários jogadores de alto nível como Veloso, Cafu, Júnior, Djalminha e Luizão. Mas o Peixe superou o adversário com gols de Baiano, Marcos Assunção e Robert. Jogaram ainda pelo Santos naquele dia Zetti, Sandro, Rogério Seves (que entrou no lugar de Baiano), Ronaldão, Dutra, Vágner, Piá (Eduardo Marques), Robert, Macedo (João Fumaça) e Alessandro Cambalhota. O time atuou com calções estrelados.

5 – Palmeiras 1 X 2 Santos (Campeonato Paulista/2009)

Depois de um ano ruim em 2008, reflexo da crise financeira que se abatia sobre o clube no final da última gestão de Marcelo Teixeira, o Peixe ressucitou no início de 2009 ao fazer um bom campeonato paulista sob o comando de Vágner Mancini. Ele lançou Neymar na competição e o time chegou à final, sendo derrotado pelo Corinthians que tinha um elenco bem mais robusto.

Mas nas semifinais o Alvinegro cruzou com o Palmeiras. Os peixeiros já haviam vencido a primeira partida na Vila, por 2 a 1, e repetiram a dose no Parque Antártica, em um jogo pra lá de tumultuado. O Santos dominou as ações e o rival, e só tomou um gol em um frango incrível de Fábio Costa. Madson (1 gol), Neymar, Kleber Pereira (1 gol) e PH Ganso envolveram a defesa alviverde e Mauricio Ramos, Diego Souza e Domingos foram expulsos.

Leia também:

Cinco vitórias memoráveis do Santos sobre o Palmeiras no Clássico da Saudade

Palmeiras X Santos – as prováveis escalações e o que esperar do jogo

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Lembra dele no Santos? Quando o “craque Neto” vestiu a camisa alvinegra

Meia veio do Atlético-MG jogar na Vila Belmiro, marcou contra o Corinthians no Brasileiro de 1994, mas não vingou

Conhecido por sua identificação com o Corinthians e herói do primeiro título brasileiro do clube, em 1990, o hoje apresentador e comentarista José Ferreira Neto, o Neto, também vestiu a camisa do Santos, embora poucos saibam ou se lembrem.

No meio de 1994 o meia vinha do Atlético-MG, que no primeiro semestre havia tentado montar um supertime com o jogador, vindo do Millionarios-COL, mas ainda vinculado ao Corinthians. O clube apostava ainda em outros nomes conhecidos como os atacantes Éder e Renato Gaúcho, o meia Darci e o lateral Luís Carlos Winck. Com o fracasso da equipe, vice-campeão estadual, Neto foi visto como uma solução para o Santos. Para o Galo, foi a chance de repassar o atleta, já que não havia conseguido saldar o valor integral do passe junto ao Corinthians.

O Peixe vinha de um quarto lugar no campeonato paulista que, na prática, tinha sido um feito, dado que a equipe chegara a ocupar a lanterna no primeiro turno. A recuperação veio pelas mãos do então estreante treinador Serginho Chulapa, ex-auxiliar de Pepe, e o elenco tinha nomes como Edinho, Índio, Narciso, Maurício Copertino, Cerezo, Dinho, Gallo, Carlinhos, Ranielli, Marcelinho Paraíba, Paulinho Kobayashi, Zé Renato, Demétrius, Serginho Fraldinha, Macedo e Guga.

Definitivamente não era um time dos sonhos e Neto era substituído frequentemente durante os jogos. Em algumas vezes ficou na reserva de Ranielli, que fazia a dupla de meias ofensivos ora com Kobayashi, ora com Carlinhos (os dois volantes Dinho e Gallo completavam o meio de campo). Mais à frente no Brasileiro de 1994, um outro jogador passou a despontar como opção: Giovanni, lançado por Serginho e mias utilizado por seu substituto, Joãozinho.

No clássico contra seu ex-time, o Corinthians, Neto fez o gol peixeiro na derrota por 2 a 1 e também teria sofrido um pênalti não marcado pelo árbitro Antônio Cláudio Perin. Após o jogo, no vestiário, Serginho Chulapa agrediu o repórter Gilvan Ribeiro, do Diário Popular, sendo demitido em função do episódio.

O Santos terminou o Brasileiro de 1994 em nono lugar, uma posição abaixo dos classificados. E Neto, após 18 jogos e 3 gols, saiu no fim do ano para o Matsubara, do Paraná.

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Jonathan Copete, Mauricio Molina, Rincón… Os colombianos que jogam e jogaram no Santos

No total, oito atletas do país vizinho já atuaram pelo Peixe. Relembre os que mais se destacaram

copete no santos

Jonathan Copete, na matada de peito do lance do primeiro gol do Santos (Ivan Storti/Santos FC)

Com dois gols e três assistências em duas partidas, o colombiano Jonathan Copete, que abriu mão de disputar as semifinais da Libertadores pelo Atletico Nacional de Meddelin para vir ao Santos Futebol Clube, já começa a chamar a atenção. Atuando pelos lados do ataque e também fechando pelo meio, o colombiano camisa 36 pode ser o titular da equipe em breve, já que Gabriel servirá a seleção brasileira que vai disputar as Olimpíadas a partir do dia 18 de julho. Ele é um dos oito jogadores nascidos na Colômbia que já defenderam o manto alvinegro.

Usuriaga

Usuriaga, figurinha não carimbada (Foto: Outros Meninos da Vila)

Talvez o mais polêmico tenha sido o primeiro a jogar na Vila Belmiro, em 1996. Albeiro Palomo Usuriaga protagonizou um episódio que quase custou perda de cinco pontos para o Peixe no Brasileiro daquele ano. O atacante chegou a marcar contra o Alvinegro na vitória por 4 a 0, em 1994, do Independiente de Avellaneda, na Argentina, peleja válida pela Supercopa da Libertadores da América. Em 1996, estava atuando pelo Barcelona de Guayaquil, do Equador, e aí começa o imbróglio.

Os direitos do atleta ainda pertenciam ao clube argentino, que o emprestou ao Peixe, segundo consta, sem cobrar pela transação. Mas, ao que tudo indica, os portenhos mudaram de ideia e seguraram a documentação que sacramentava a transferência do jogador. Mesmo assim, a CBF liberou a carteira do jogador, que foi escalado para disputar uma partida contra o Fluminense, pelo Brasileiro, no Ibirapuera. Vitória alvinegra por 1 a 0, gol de Anderson Lima.

Ao saber da falta de documentação, o Fluminense foi ao Tapetão pedir os pontos da partida, mas acabou perdendo. Temeroso, o Peixe, que havia escalado o atleta antes em um amistoso contra a Inter de Limeira, na qual o colombiano fez um gol, não mais colocou o jogador em campo. Ele acabou devolvido ao Independiente e, em 2004, foi assassinado a tiros aos 37 anos, em Cali.

dodo e aristizabal no santos

Dodô e Aritizábal no Santos

Dois anos depois, Victor Hugo Aristizábal Posada, ou simplesmente Aristizábal, vestiria a camisa santista. Emprestado pelo São Paulo, estreou no Brasileiro de 1998, em um duelo contra o Palmeiras, em agosto, entrando no lugar de Alessandro Cambalhota. Quando começava a se firmar no esquema do técnico Emerson Leão, que tinha Lúcio na ponta esquerda e Viola pelo meio, se contundiu gravemente no joelho em partida contra o Guarani no Brinco de Ouro e ficou seis meses fora.

Ao retornar, não conseguiu muitas chances com Leão e nem com seu sucessor, Paulo Autuori, sendo devolvido ao Morumbi no final de 1999. Fez 23 partidas pelo Peixe, anotando seis gols em sua passagem. Mais à frente, em 2003, faria parte do Cruzeiro campeão do Brasileiro daquele ano, o primeiro da era dos pontos corridos.

rincon jogando no santos

Rincón em campo contra seu ex-time. Quase um ano Vila Belmiro

Talvez o colombiano que tenha chegado com mais pompa tenha sido Freddy Rincón. Assim como Aristizábal, ele fazia parte constante das convocações da seleção de seu país e havia tido grandes atuações pelo Corinthians entre 1997 e aquele ano. Chegou para tirar o clube da Vila Belmiro da fila de títulos, mas não conseguiu.

Sua transferência quase foi “melada” pela Justiça, e só saiu depois de um acordo entre os clubes da Vila Belmiro e do Parque São Jorge. Jogou e marcou na segunda partida da final do Paulistão contra o São Paulo naquele ano, mas saiu ao fim de 2000 depois após reclamar de salários atrasados, indo para o Cruzeiro. Rincón fez 38 partidas pelo Santos e marcou 4 gols.

henao no santos

Henao em sua pouca saudosa passagem pelo Santos (Jose Patrici/Reuters)

Já em 2005 uma das contratações mais frustrantes do Peixe. Juan Carlos Henao, goleiro do Once Caldas, campeão da Libertadores de 2004 eliminando o próprio Santos, o São Paulo, e superando o Boca Juniors na finalíssima. Na decisão, brilhou a estrela do arqueiro, que defendeu as cobranças de Cascini e Cangele na disputa por pênaltis.

Henao chegou no início do ano e a justificativa era que o clube precisava de um arqueiro experiente para a Libertadores. Mas o colombiano ficou diversas vezes na reserva de Mauro, campeão brasileiro de 2004 pelo Alvinegro, e não se firmou, saindo da Vila ainda em 2005, após 13 partidas disputadas.

Em 2008, a parceria da gestão Marcelo Teixeira com a DIS anunciava grandes reforços, que, na prática, nunca vieram. Surgiram nomes como Michael Jackson Quinõnez, Sebastían Pinto, Mariano Trípodi e o único que, de fato, ganhou o coração do torcedor com sangue, suor e muita técnica: Mauricio Molina.

Molina veio como principal reforço da equipe para a disputa da Libertadores daquele ano, mas nem seu talento salvaram o fraco elenco santista que faria o time brigar para fugir do rebaixamento no Brasileiro. Mas o meia marcou história ao entrar para a galeria dos atletas que fizeram quatro gols com a camisa alvinegra, feito realizado contra o San Jose, da Bolívia. Ganhou o apelido de “Deus que sangra” após permanecer em campo mesmo com o nariz quebrado em partida contra o América do México e também ficou marcado por dar lugar a Neymar, em sua estreia como profissional, na partida contra o Oeste, no Pacaembu, disputada pelo Paulista de 2009. Saiu no mesmo ano para a equipe sul-coreana do Seongnam Ilhwa após 79 partidas e 17 gols.

 

renteria no santos

Rentería no Santos: jogou pouco, nos dois sentidos

Wason Rentería chegou em 2011 após atuar pelo Once Caldas, em um time que tinha opções marcantes no ataque como Neymar, Borges e Alan Kardec. Ficou na reserva a maior parte do tempo e saiu no meio de 2012 para o Millionarios, depois de 22 jogos disputados e dois gols marcados. Não deixou saudades.

volante valencia santos fc

Valencia tem contrato com o Santos até o fim de 2016 (Ivan Storti/Santos FC)

Além de Jonathan Copete, o Santos conta com outro colombiano em seu elenco atualmente. Edwin Valencia, volante, chegou ao clube em 2015, contratado em janeiro depois de cinco temporadas atuando pelo Fluminense. Jogou 16 partidas pela equipe, sendo titular na campanha do título paulista de 2015, mas se lesionou no joelho direito atuando pela Colômbia na Copa América.

Valencia voltou a ser relacionado por Dorival Júnior em maio, na partida contra o Galvez-AC, pela Copa do Brasil, e tem feito parte do banco alvinegro, embora sem muito espaço para atuar. Tem contrato até dezembro de 2016.

Resta saber qual a história que Copete escreverá pelo Santos. Pelo início, podemos esperar uma bela trajetória.

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Há 20 anos, Santos vencia o Real Madrid na Vila Belmiro

Clássico mundial marcou a despedida de Giovanni do Peixe. Relembre como foi

Em junho de 1996, o Santos sacramentava a venda de um de seus ídolos para o Barcelona. Giovanni, denominado pela torcida como o Messias, saía do clube após resgatar a autoestima do santista, não se sagrando campeão brasileiro em 1995 por motivos que todos já estão fartos de saber.

Para a despedida do craque, nada como um jogo de gala. O adversário escolhido foi o Real Madrid, que veio ao Brasil jogar contra o Alvinegro no dia 20 de junho, na Vila Belmiro. Antes disso, ambos haviam se encontrado apenas uma vez, em 1959, no Santiago Bernabeu, ocasião em que Pelé e Di Stéfano se cruzaram. Cansado após uma verdadeira maratona de jogos (foram 13 partidas na Europa em um período de 21 dias), o Santos perdeu por 5 a 3.

Outra partida poderia ter acontecido em 1965, mas os madrilenhos “declinaram”… Haveria outro cruzamento em 1968, só que os espanhóis mais uma vez não quiseram: abriram mão de disputar a Recopa Intercontinental contra o Peixe.

Naquela peleja de 1996, o Alvinegro, comandado por José Teixeira, entrou em campo com Edinho; Claudio, Sandro, Narciso e Marcos Adriano; Gallo (Cerezo), Baiano (Marcos Paulo), Robert (Marcelo Passos) e Jamelli; Macedo (Camanducaia) e Giovanni (Batista). O Real tinha jogadores como Fernando Redondo, o colombiano Rincón, que entrou no decorrer do jogo, e o artilheiro chileno Ivan Zamorano.

O resultado? 2 a 0 para o Peixe, com gols de Jamelli, de pênalti, e Camanducaia. Confira abaixo:

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