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Oito comentários sobre a oitava final seguida do Santos no campeonato paulista

Vanderlei e Prass

1 – O futebol não contempla a justiça. Mas dessa vez, ela apareceu

Na cena em que o xerife pede por sua vida contra o pistoleiro William Munny em Os Imperdoáveis, ele diz não merecer morrer, no que o matador responde, de forma fria: “merecer não tem nada a ver com isso”.

Assim é a vida. Assim é o futebol.

O Santos não “merecia” ser eliminado pelo que jogou. Teve 59,6% da posse de bola. Dominou a maior parte do tempo. Apanhou muito mais do que bateu. Mas tomou o empate em dois lances de desatenção. Causados um pouco pelo salto alto, outro tanto pelo cansaço. Mas a justiça, pelo menos uma vez, se fez valer nos pênaltis.

2 – Você pode não gostar do Dorival. Só que não foi por causa dele o empate

Os dois tentos do Palmeiras em um minuto foram um misto daquilo que o futebol apresenta. O imprevisível, o Sobrenatural de Almeida, a desatenção, o salto alto, as falhas individuais, a pressão de adversário que está perdendo, a sorte rival, o azar. Futebol tem disso, você que assiste já devia saber. E procurar o culpado sempre naquele que a gente não gosta é normal, faz até com que nos sintamos bem. Só não é verdade.

3 – O Santos tem que jogar o tempo todo como jogou na maior parte do primeiro tempo

Seria lindo que o time fizesse isso. Mas fisicamente é impossível. Não dá, por conta da questão do condicionamento, pra marcar o tempo todo no campo adversário e, ao mesmo tempo manter a concentração — aquela que desaparece quando estamos cansados. Esse sistema é alternado durante a partida por qualquer um que o aplique, e é preciso que o time tenha inteligência pra saber quando modificar o ritmo.

Daí, valem também as jogadas ensaiadas e o elenco para repor as peças. Isso o Santos não tem, mas Dorival tem trabalhado para adaptar jogadores a determinadas funções. A integração com as equipes de base pode ser fundamental no futuro próximo.

4 – A base não é solução pra tudo. Mas é fundamental. E a nossa marca

Poucos repararam, mas o Santos chega à sua oitava final consecutiva no campeonato paulista com seu quarto presidente diferente.  Em 2009, era Marcelo Teixeira. De 2010 a 2013, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro; 2014, Odílio Rodrigues; 2015 e 2016, Modesto Roma Júnior.

Isso acontece porque o campeonato paulista se decide, na prática, em poucas partidas, as da reta final. É quando você precisa de uma casa que te dê a vantagem, e nisso a Vila Belmiro tem sido decisiva, e jogadores que decidam. Os jovens têm feito esse papel em diferentes contextos. Porque, independentemente da gestão, as divisões de base do clube são fortes, e tem uma marca que transcende. Qualquer pai que goste de fato do filho, quer vê-lo brilhar na Vila. Porque sabe que ali ele não vai ter apenas a melhor estrutura como também contará com o apoio da torcida, que adora as pratas da casa.

5 – Gabriel, menino de ouro

O atacante Gabriel, Gabigol, tem 19 anos. É pouco mais de sete meses mais velho que o seu homônimo do Palmeiras, o Jesus, que já foi comparado com Neymar. Leviandade à parte, não é possível comparar um com o outro.

O garoto santista brilhou hoje. E já foi decisivo em partidas como os duelos da Copa do Brasil contra o Corinthians e o São Paulo. Na primeira final contra o Palmeiras pela mesma competição, perdeu um pênalti, não desanimou e fez o tento da nossa vitória. Oscila, como qualquer jogador, jovem ou veternado, e toda vez que atua mal chovem explicações sobre o porquê.

Mas ele é Gabriel, não é Pelé. Ninguém nunca será. Mas ele é muito bom sendo quem é. E ainda vamos nos alegrar demais com o que ele nos dará.

6- Cuca e a arbitragem

Dizem que o peixe morre pela boca. Mas também falam que o porco morre berrando. Cuca, como usual, pouco analisou a derrota da sua equipe, mas preferiu falar — sem ser perguntado — a respeito da sua expulsão após comemorar o segundo gol do Palmeiras entrando no campo. O quarto árbitro avisou o principal, que determinou a exclusão do comandante do jogo.

Daí vem o “craque” Neto dizer que a exclusão do treinador influenciou para a derrota de seu time na decisão por pênaltis. Claro, se fosse ele, os jogadores estariam mais confiantes… Devo lembrar ao comentarista que, em 2002, quando o Santos enfrentava o Corinthians na final do Brasileiro de 2002, o seu técnico Emerson Leão foi expulso de campo. E a quipe, mesmo assim, virou contra os adversários e garantiu um título após 18 anos de jejum. Com um time que tinha vários moleques.

Mas, quanto à arbitragem, se alguém pode reclamar são os donos da casa. Uma bola na mão, na melhor das hipóteses, que poderia ser pênalti, e um chute no rosto de Gustavo Henrique, infração evidente dentro da área. Além de uma jogada de expulsão de Gabriel Jesus que nem falta foi assinalada. Menos, Cuca, por conta desse tipo de atitude que suas trajetórias foram encurtadas em diversos lugares, inclusive no Santos.

7 – Campeonato Paulista não vale nada. Ah, é?

Sempre vai ter um rival que vai dizer que Paulista não vale nada. Pode valer menos que Libertadores, Brasileiro ou Copa do Brasil, mas… nós ganhamos esses torneios nos últimos anos, não? E nossos rivais?

Tem um que não ganha desde 2005; outro, que venceu somente uma vez no século 21, ou uma nos últimos vinte anos. Se você quiser falar pra um dos torcedores adversários específicos, pode falar que, nessas oito finais consecutivas em que o Peixe chegou, metade delas foi contra times pequenos; outra metade foi contra equipes ditas grandes. O São Paulo não está em nenhum desses dois grupos…

8 – Sobre Vanderlei e o outro goleiro

Antes do duelo por pênaltis, já se dizia em uma emissora de rádio que o Palmeiras gostaria de levar a decisão para as penalidades porque Fernadno Prass era um “especialista”. Ele acreditou.

Mas poucos falam ou falavam de Vanderlei. O goleiro é discreto. Não faz malabarismos porque, em geral, está bem colocado. Se falha, não se enerva. É bom em todos os fundamentos, inclusive na reposição de bola, algo pouco notado. Mostrou ainda hoje que é bom também para decidir.

Se queriam uma narrativa na qual Prass fosse o herói, o modesto Vanderlei derrubou o soberbo Prass. Que julgou ser o herói quando pegou o pênalti de Lucas Lima, alvo preferencial dos palmeirense de dentro e de fora do gramado. Mas sucumbiu diante do arqueiro alvinegro, que já havia pego duas penalidades. A jornada de herói foi nossa.

 

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Santos empata com o Atlético-PR em Curitiba e amplia série invicta

Na noite deste sábado, o Santos enfrentou o Atlético-PR na Arena da Baixada, em Curitiba, tentando melhorar o péssimo desempenho do clube quando joga fora de seus domínios no Brasileirão de 2015. Até então, o Alvinegro não tinha conseguido nenhuma vitória na competição, tendo meros 11% de aproveitamento antes do jogo. Dentro desse contexto, mantendo a toada de recuperação e ampliando a série invicta para cinco jogos no campeonato, o empate não foi mau resultado.

O Santos entrou jogando de uma forma bem distinta do início do jogo contra o Flamengo, a última peleja do time disputada fora de casa. Foi talvez a primeira vez no ano – e em muito tempo – que o Peixe exerceu marcação pressão na saída de bola do adversário jogando fora da Vila Belmiro.

Ricardo Oliveira, Gabriel, Geuvânio e Lucas Lima dificultaram em vários momentos da primeira etapa o trabalho de transição dos rubro-negros e a defesa do Atlético-PR errou em mais de uma ocasião por conta do expediente alvinegro. A principal falha resultou no pênalti marcado em roubada de bola de Geuvânio em cima de Alan Ruschel. O lateral paranaense, aliás, foi bem marcado pelo jogador santista, tomando um cartão amarelo por falta desnecessária sobre o rival, que lhe custaria a expulsão no final do jogo. Fugindo pela esquerda, o atacante cruzou dentro da área mas a bola tocou no braço de Kadu, que estava no chão.

Pela nova orientação da arbitragem, pode-se admitir a interpretação, mas é sempre difícil ver um lance destes, absolutamente involuntário, ser punido com pênalti. Ricardo Oliveira bateu, aos 41, da mesma forma como fez contra o Vasco. E o resultado foi o mesmo: defesa do goleiro, agora, Wewerton.

Fora isso, a grande chance do tempo inicial foi do Atlético-PR, que, aos 25, construiu uma tabela envolvendo Crysan e Marcos Guilherme, que finalizou pra fora. O Furacão marcou bem as jogadas feitas pelos lados do ataque santista, o forte do time, mas também não conseguiu furar o sistema defensivo dos visitantes. Fez falta para o Peixe o volante Renato, que tem um toque de bola e uma capacidade de dar passes ofensivos bem maior que a de seus substituto, Paulo Ricardo, que abusou dos erros, em especial no primeiro tempo.

Já no segundo tempo, o bom técnico Milton Mendes substituiu o meia Barrientos pelo atacante Walter, que perdeu uma chance logo aos 3, cabeceando sozinho para fora, em falha de marcação de David Braz. A alteração já mostrava que os donos da casa mudariam a forma de jogar. O Atlético-PR passou a abrir mais o jogo pelas laterais, buscando cruzamentos na área alvinegra.

Logo depois do lance de Walter, foi o Santos quem pressionou e, mais uma vez, Ricardo Oliveira desperdiçou. Geuvânio fez bela jogada no lado direito, passando por três marcadores, e cruzou certo para o Nove santista. Ele finalizou, Wewerton fez grande defesa mas rebateu, e Oliveira conseguiu chutar, de dentro da área, no travessão. Três metros separavam o atacante do gol.

Aos 20, Dorival Júnior colocou Marquinhos Gabriel no lugar de Gabriel, tirando Geuvânio aos 26, e promovendo a entrada de Neto Berola. No entanto, foi o Atlético-PR que chegou perto em um cruzamento na área pelo lado esquerdo da intermediária, aos 29. Vanderlei saiu mal e Douglas Coutinho tocou na bola, que chegou perto da linha do gol mas, com o efeito da jogada, voltou pra trás e não entrou na meta. O mesmo atacante chegou com perigo mais uma vez aos 35, de novo de cabeça, mas Vanderlei evitou o pior em uma fantástica defesa.

Com a saída de Lucas Lima, que não atuou bem, para a entrada de Leandro, aos 36, o time na prática continuou na mesma toada, deixando a ação para os rubro-negros, que mantiveram o domínio do jogo tentando atacar pelos lados, e aguardando a chance do contra-ataque.

Ao fim, o resultado valeu pelo campeonato e por manter a equipe na rota da recuperação. Além disso, o adversário era muito mais qualificado que os últimos rivais do Alvinegro. No returno, pode-se esperar mais do Peixe. E a torcida espera.

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Vergonha alvinegra – Santos é goleado pelo Goiás no Serra Dourada

Parecia piada pronta. No dia do aniversário de um ano do vergonhoso 7 a 1 da seleção brasileira, o Alvinegro Praiano resolveu ser “solidário” e protagonizou um vexame no Serra Dourada.

Assim como aconteceu com o Brasil contra a Alemanha em 2014, o Peixe tomou quatro gols em um espaço curtíssimo de tempo. Começou com o pênalti desnecessário cometido por Lucas Otávio, que resultou no gol de Felipe Menezes. Eram dois minutos do segundo tempo. Aos 16, a vantagem dos donos da casa já era de quatro a zero.

Foi um show de falhas individuais. A zaga rebateu mal uma falta, Thiago Maia escorregou e o segundo gol veio com Fred. O terceiro veio com um erro do mesmo Thiago, passando mal a bola no meio de campo e deixando o ataque esmeraldino livre para avançar. Por fim, Daniel Guedes inverteu de forma equivocada a bola e deu o gol para o Goiás, feito por Carlos Eduardo. Ricardo Oliveira, de pênalti, descontou para o Santos.

goias santos

Carlos Eduardo comemora o quarto gol goiano no Serra Dourada (Reprodução)

Mas não se pode atribuir somente a erros individuais o resultado. Obviamente os garotos sentiram, também por não terem a retaguarda psicológica necessária por parte do então treinador. Marcelo Fernandes gosta de citar os meninos como forma de se desculpar, sempre aparentemente benevolente com eles, mas indiretamente jogando a responsabilidade sobre os jovens e sua inexperiência. Ao invés de empoderá-los, mina sua confiança.

Além disso, como já dito aqui, uma equipe, quando mal treinada, acaba revelando o que cada jogador tem de pior. Os medianos se tornam ruins e os bons não resolvem. Isso vai mudar com Dorival Júnior? Difícil acreditar em um técnico que teve uma passagem tão ruim tanto no Palmeiras como no Vasco, seus dois últimos trabalhos, clubes que estavam em situação similar à do Peixe.

Resta ao torcedor a fé. a sorte costuma sorrir para o Santos quando menos se espera, a história recente já mostrou isso. Mas está difícil de acreditar.

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Com desempenho e público de Série B, Santos é derrotado na Vila Belmiro pelo Grêmio

Antes de tudo, é preciso deixar claro. O árbitro da partida entre Santos e Grêmio, o paranaense Felipe Gomes da Silva, faz um sinal permitindo a entrada de Geuvânio, que estava fora de campo, no gramado. Depois, por dizer que não havia autorizado, deu o segundo amarelo para o jogador e o expulsou aos 27 do primeiro tempo.

O prejuízo foi grande, mas é preciso dizer. Até aquele momento, o Alvinegro não conseguia chegar ao gol do Grêmio, que marcou com Pedro Rocha logo aos 4 minutos. Mais uma vez pelo lado esquerdo da defesa, e cabe repetir o que já disse. Pode ser o Caju ou o Victor Ferraz ou o lateral que for naquele setor. O problema está na cobertura do meio de campo que não existe e também no atacante que fica por ali, já que em um 4-3-3 ou 4-2-3-1 o homem mais à frente tem que atrapalhar o início da armação do rival.

Ou seja, é mais um problema técnico – ou “de técnico” – que individual. Quando uma equipe tem esquema de jogo definido, é bem treinada e cada um conhece as funções que tem que desempenhar no decorrer de uma partida, jogadores medianos se tornam bons, e bons se tornam ótimos. Mas quando o time é mal treinado, atletas ficam no mano a mano, os erros se multiplicam e mesmo os bons se tornam medianos, e os craques se tornam na maior parte do tempo somente comuns.

Um time bem treinado faz o que os tricolores fizeram no segundo gol do Grêmio, marcado pelo ex-santista Galhardo. “Ah, mas eles estavam com um jogador a mais”. Verdade. O Peixe, quando esteve em situação similar na segunda partida da final do campeonato paulista, não aproveitou. E quando ficou com dez contra dez, na peleja contra o Corinthians, quase viu sua vantagem no placar desaparecer.

santos gremio

Galhardo, ex-Santos, comemora o segundo gol do Grêmio (Reprodução)

Ricardo Oliveira até deu alguma esperança para o Santos, que melhorou com a entrada de Longuine no lugar de Lucas Otávio. Mas quando colocou Neto Berola no lugar de Thiago Maia, contundido, o “tudo ou nada” de Marcelo Fernandes virou “nada” muito rapidamente, com gol de Yuri Mamute que recebeu sem nenhuma marcação, livre para fazer o terceiro e não deixar dúvidas sobre o triunfo gremista na Vila, o segundo na era dos pontos corridos (os gaúchos já havia vencido em 2011, um a zero com gol de Escudeiro). Fim de uma invencibilidade de 14 jogos na Vila Belmiro e mais um jogo de triste memória para o santista.

A saída de Marcelo Fernandes é questão de tempo. Pode acontecer ainda hoje ou daqui a alguns dias, mas vai acontecer. De forma tardia. Porque se nem sempre os resultados conseguem mostrar justiça, uma série de partidas e as falhas apresentadas mostram o estágio de uma equipe. E o Santos tem falhado repetidas vezes do mesmo jeito, com falhas recorrentes no setor esquerdo da sua intermediária, independentemente de quem esteja atuando. A equipe tem dificuldades na saída de bola, não consegue acertar contra-ataques e até mesmo a noção de “jogar bem” se desvirtuou. Como dizer que um time que cria duas ou três situações de gol em uma partida “jogou bem”, como já se disse em partidas disputadas nesse Brasileiro? Rebaixamos nosso nível de avaliação?

E a diretoria do Santos?

Que a diretoria atual do clube pegou uma situação complicada financeiramente, é fato. A gestão Odílio foi catastrófica nesse aspecto. No entanto, seis meses de gestão depois, não se vê qualquer ação promovida para tirar o Santos desse buraco financeiro. A “promoção” feita para atrair torcedores na peleja de hoje, por exemplo, foi um fiasco: 4.942 pessoas no estádio. E nem é preciso ser da área pra saber que beira o amadorismo. O setor de comunicação também não ajuda. Sem isso, o clube não vai obter receitas.

“Nós vamos ter de jogar muito em Brasília, Cuiabá, Natal. Vamos, sim. Mas com planejamento. Não é avisando uma semana antes. Você tem que programar, marketing é isso, não é só vender patrocínio master, que nem isso venderam, mas não é só isso. Não é só licenciar produto. É criar produto, vender produto, planejar as ações do clube. Estão fazendo as coisas sem planejamento”, disse Modesto quando era candidato, nesta entrevista publicada em 9 de novembro de 2014. Parece, de verdade,q ue algo mudou?

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Ricardo Oliveira empata com Diego como 8º maior artilheiro do Santos no século 21

Com o gol feito contra o Corinthians, além de garantir a vitória em um clássico e a saída do Z-4, o atacante Ricardo Oliveira atingiu outro feito. Empatou com o meia Diego, campeão brasileiro de 2002, na oitava posição entre os principais artilheiros do Santos no século 21, com 38 gols.

Ricardo Oliveira tem média de gols superior à de Neymar (Ivan Storti/Santos FC)

Ricardo Oliveira tem média de gols superior à de Neymar (Ivan Storti/Santos FC)

No entanto, o atual nove alvinegro precisou de 61 partidas para atingir a marca, enquanto o meia precisou de 133. Mesmo levando-se em conta que ambos jogam em posições diferentes, é uma grande diferença. Já Paulo Henrique Ganso, que está atrás dos dois nesta tabela, fez 36 gols em 148 jogos pelo Santos. A média de Ricardo Oliveira, de 0,62 por partida, é superior às de Kléber Pereira (0,601) e Neymar (0,6).

Os números de Ricardo Oliveira no Santos impressionam. Em 2015, são 17 gols e 2 assistências em 29 jogos, tendo sido artilheiro do campeonato paulista e o atual goleador do Brasileirão, com cinco gols em oito duelos. Somente nos clássicos disputados até agora no ano, três partidas contra o São Paulo, três contra o Palmeiras e duas contra o Corinthians, o atacante balançou a rede contra todo o trio de ferro, sete gols em seis pelejas. Ou seja, além de goleador, é decisivo na hora que precisa ser.

Confira abaixo a lista atualizada dos dez maiores artilheiros do Santos no século 21:

1 – Neymar – 138 gols em 230 jogos

2 – Robinho – 111 gols em 253 jogos

3 – Kléber Pereira – 86 gols em 143 jogos

4 – Elano – 66 gols em 285 jogos

5 – Deivid – 60 gols em 140 jogos (não computados os feitos pelo atacante em 1999 e 2000)

6 – Basílio – 42 em 116 jogos

7 – André – 41 gols em 94 jogos

8 – Diego – 38 gols em 133 jogos

8 – Ricardo Oliveira – 38 gols em 61 jogos

10 – Paulo Henrique Ganso – 36 gols em 148 jogos

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Em horário de Desafio ao Galo, Santos tem empate com sabor de derrota contra o Sport

Na manhã/início de tarde deste domingo o Santos acabou sofrendo um empate no último minuto de jogo contra o Sport, na Vila Belmiro. Tomou dois gols em falhas individuais, mas há que se reconhecer o mérito do adversário, uma equipe bem armada por Eduardo Baptista. O Alvinegro, ao contrário, tem falhas crônicas que se repetem a cada partida.

Os donos da casa começaram a partida pressionando no campo adversário, e até os 14 minutos levaram muito perigo ao rival dominando a partida. Mesmo assim, o Peixe tomou contra-ataque dos rubro-negros logo no início, em seu setor esquerdo da intermediária, uma falha que se repete constantemente e que tem origem na marcação do ataque, se consolida com a falta de cobertura no meio de campo, e estoura nos laterais/zaga.

Justiça seja feita, o ataque se movimentou bastante, e Ricardo Oliveira saiu muito da área, ao contrário do que vinha fazendo nas últimas pelejas. Porém, o time teve problemas na finalização e naquele chamado último passe. Só chegou ao gol quando Daniel Guedes, que teve boa atuação até ser substituído por Chiquinho no começo do segundo tempo, aparentemente contundido, subiu ao ataque.

O jovem acertou um cruzamento para Robinho, que cabeceou certo, para o chão, seguindo-se uma defesa espetacular de Danilo Fernandes. Ricardo Oliveira, em impedimento crasso, cabeceou no travessão e, na volta, o Rei das Pedaladas finalizou de voleio. Tento irregular, mas que coroava uma boa partida do Peixe até ali. Eram 42 do primeiro tempo e o Alvinegro podia ir para o intervalo e se armar para ampliar a vantagem na etapa final.

Robinho marcou, mas não foi suficiente para o Santos vencer o Sport (Ivan Storti/Santos FC)

Robinho marcou, mas não foi suficiente para o Santos vencer o Sport (Ivan Storti/Santos FC)

Não foi o que aconteceu. Se o Santos martelou mas teve dificuldade para chegar à abertura de placar, o Sport empatou com facilidade. Diego Souza, ainda se recuperando de uma virose, entrou em campo e deu mais dinâmica ao time pernambucano, e os visitantes conseguiram empatar em falha de Lucas Lima. Ele deu um passe errado na intermediária e Rithely roubou, passando para o bom Joelinton, sozinho em uma defesa pega de surpresa.

O meia peixeiro, sempre se entregando demais na partida, se redimiu ao cobrar um escanteio preciso na cabeça de Werley, que caprichou mais que seus colegas atacantes e deu a vantagem ao Santos aos 24. Àquela altura, o Alvinegro já contava com Gabriel, pela primeira vez no Brasileiro e depois de muito tempo entrando no gramado antes dos 35 da etapa final. Ele substituiu Geuvânio, aos 20.

Depois, outro fato incomum. Ricardo Oliveira, já visivelmente cansado como costuma acontecer nos últimos 45 minutos, deu lugar a Rafael Longuine. O meia entrou bem e a equipe, mais leve com as duas alterações, passou a frequentar mais o ataque, desperdiçando chances. Uma, em especial, poderia ter definido a partida quando Robinho serviu Lucas Lima, que cruzou para Gabriel, sozinho, bater para fora aos 42. Não se pode culpar o garoto, que tem sido pouco utilizado talvez de forma injusta, mas jogador que está na reserva e tem uma chance de ouro dessas, tem que fazer.

O castigo para o Santos veio aos 47. Renato perdeu a bola também na intermediária, o Sport trançou a bola no campo santista e, de novo, o meia inexplicavelmente abriu a marcação sobre Neto, que passou para Renê servir Samuel Xavier. Vladimir tocou na bola, mas não evitou o tento.

Ao fim, o Sport, mais bem arrumado e tendo sofrido um gol irregular, mereceu o empate. O Sport marca forte no meio de campo e sabe apertar o assédio ao adversário no campo rival, o que resultou em seus dois tentos. Quando colocou Diego Souza e o meio de campo ficou mais frágil, colocou Élber no lugar de Joelinton e, mesmo com uma armação diferente, não deixou de atacar. Soube variar para conseguir um ótimo resultado. Falta essa versatilidade ao Santos.

Grande público na Vila Belmiro

Fruto da promoção feita pela diretoria alvinegra e talvez também pelo novo horário, 11h do domingo, o que lembra as partidas do antigo Desafio ao Galo, o público foi grande na Vila Belmiro. Foram 13.481 pessoas, com uma renda, contudo, baixa: R$ 321.055.

Confira os gols e melhores momentos de Santos X Sport

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Santos pega Sport, que não terá o “goleiro-meia” Diego Souza

O Santos pega o Sport na noite desta quarta-feira, às 22 horas, em partida válida pela 3ªa fase da Copa do Brasil de 2015. E a lógica indica que vai ser uma parada bem mais dura que os duelos anteriores do Peixe no torneio, contra Londrina e Maringá.

Apontado como favorito absoluto no campeonato pernambucano deste ano, o Rubro-Negro decepcionou seus torcedores ao ser desclassificado nas semifinais pelo Salgueiro, equipe do interior do estado e com muito menos recursos que o rival. Mas já tem um começo de campeonato brasileiro mais animador, com uma goleada sobre os reservas do Internacional na Ilha do Retiro (4 a 1) e um empate no Maracanã contra o Flamengo (2 a 2). Para a partida de hoje, o único representante do Nordeste no Brasileirão tem desfalques.

O goleiro Magrão, com a lesão no ombro sofrida no Rio, deve ficar fora da equipe por 60 dias. Na partida contra o Peixe, ele se tornaria o atleta, isoladamente, que mais vezes vestiu a camisa do Sport. Será substituído por Danilo Fernandes, ex-Corinthians.

Começando por Diego Souza, destaque do time. Após ir para o gol na peleja contra o Flamengo, discutir com Vanderlei Luxemburgo no campo e reclamar de falta de “fair play” dos jogadores flamenguistas, foi diagnosticado com uma virose e não joga hoje, assim como Rodrigo Mancha, volante de lembranças não tão boas com a camisa do Santos.

Diego Souza é desfalque no Sport (Foto: Site do Sport)

Diego Souza é desfalque no Sport (Foto: Site do Sport)

Outras ausências são o meia-atacante Elber e o atacante Samuel, que já estava lesionado. O zagueiro Matheus Ferraz e o lateral Samuel Xavier, que já defenderam outros clubes na competição. Assim, devem entrar em campo como substitutos Vitor, na lateral direita; o ex-santista Ewerton Páscoa como zagueiro; Joelinton, no ataque; Neto Moura, na vaga de Elber, e Régis no lugar de Diego.

No Santos, Valencia volta

A única novidade do Alvinegro no Recife deve ser o retorno do volante Valencia, que havia viajado para a Colômbia para conhecer sua filha. Confira abaixo as prováveis escalações:

Copa do Brasil 2015 – Sport X Santos

Ilha do Retiro, Recife (PE), 22h

Sport – Danilo Fernandes; Vitor, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely, Wendel, Neto Moura e Régis; Mike e Joelinton. Técnico: Eduardo Baptista.

Santos – Vladimir; Victor Ferraz, Werley, David Braz e Chiquinho; Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Ricardo Oliveira e Robinho. Técnico: Marcelo Fernandes

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Santos 1 X 0 Cruzeiro – três boas notícias para o Santos

Além da vitória sobre uma equipe que deve brigar na parte de cima da tabela – embora enfraquecida em relação ao ano passado –, Alvinegro tem três boas notícias a partir do que foi o jogo contra os mineiros.

1 – A defesa funcionou

O Cruzeiro teve ligeiramente maior posse de bola no primeiro tempo (50,3%), mas a verdade é que conseguiu fazer uma finalização apenas, errada, pouco antes do intervalo. Na etapa final, até pela necessidade, tentou mais o gol, mas chance real foi somente aos 41, uma jogada pelo lado esquerdo da defesa peixeira que culminou em uma cabeçada pra fora. Meio de campo e defesa souberam segurar o ímpeto cruzeirense, ao contrário da partida contra o Avaí, em que o time só não foi derrotado por conta da mira dos atacantes rivais.

2 – O time não se acomodou

Quanto tem a vantagem na primeira etapa, o Santos tem mostrado um comportamento mais acomodado, com uma postura defensiva e abrindo mão mesmo do contra-ataque. Dessa vez, o Alvinegro sofreu um pouco no início da etapa final e achou espaços para o contragolpe. Isso porque houve mais movimentação e os laterais não ficaram tão presos, dando opção de jogo ofensivo.

3 – O contra-ataque funcionou

Grande parte desse êxito se deve a Lucas Lima, que fez uma partida estupenda no segundo tempo. Recuou para ajudar na saída de bola e chegou no ataque com facilidade para servir seus companheiros. O Peixe poderia ter feito mais gols graças fundamentalmente ao meia.

Lucas Lima Santos

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Santos sofre pra bater Maringá. Pragmatismo ou preguiça?

Quem viu o jogo do Santos contra o Maringá ontem deve ficar na dúvida. Como um time que é campeão paulista, perdeu apenas um de seis clássicos disputados em 2015 e que tem jogadores à altura da seleção brasileira como Robinho e Lucas Lima pode ter tanta dificuldade para fazer um mísero gol no Maringá?

Poderia ser preguiça/ressaca pós título paulista, insatisfação com direitos de imagem atrasados, efeitos de uma Vila Belmiro mais uma vez vazia, adversário que não motiva… Talvez tenha sido um pouco ou muito de cada coisa para alguns jogadores, mas uma entrevista de Marcelo Fernandes pouco antes do início do segundo tempo dá a dica do que foi. Ele citou o cuidado que o Santos deveria ter com o rival, que “jogava por uma bola” para se classificar. Bingo. A postura do Peixe era fruto de pragmatismo.

Um pragmatismo justificado pelo resultado da primeira partida. Afinal, o Alvinegro entrava em campo classificado, já que os empates em 0 a 0 e 1 a 1 eram favoráveis ao clube. Mas o excesso de zelo poderia cair por terra justamente em alguma jogada fortuita, por mais que o Maringá, na partida, não tivesse ameaçado o gol de Vladimir. O arqueiro fez somente uma fácil defesa na etapa inicial e assistiu o resto da peleja. Mesmo assim, valia a pena ter corrido esse risco? Não era melhor sufocar o adversário, tecnicamente mais fraco?

Mais uma vez Marcelo Fernandes optou por não atacar o oponente. Opção, aliás, da grande maioria dos treinadores. Mas contra um adversário de nível mais baixo, é duro para o torcedor aguentar… O time ensaiou uma marcação-pressão só em parte do primeiro tempo e chegou com perigo uma vez na etapa inicial, com uma bola de David Braz na trave. Muito pouco.

Um jogo de paciência

“Eles não deram um chute no gol, faltou caprichar na finalização, quando um não quer, dois não brigam. Os caras não vieram para jogar, eles vieram pra fazer um monte de falta, pararam o jogo, ficou um jogo feio”, disse Robinho após o fim da partida. Bom, o Maringá e muitas outras equipes, inclusive grandes, vão enfrentar o Alvinegro da mesma forma na Vila, então é bom que a equipe esteja preparada pra esse tipo de situação. Além disso, a violência dos visitantes foi punida: Eurico foi expulso aos 16 do segundo tempo.

Mais uma vez, o Santos não aproveitou uma expulsão para agredir o adversário, a exemplo do que aconteceu na final contra o Palmeiras. O time tocou a bola no campo do Maringás, teve a posse e trocou passes, mas com muito pouca objetividade. Marcelo Fernandes demorou novamente para fazer alterações que fizessem o Peixe aproveitar a vantagem numérica. Foram 16 minutos desde a expulsão para colocar Elano, em sua 300ª peleja pelo Peixe, no lugar de Valencia, e só aos 36 Gabriel entrou em campo, substituindo Lucas Lima.

O gol peixeiro só saiu aos 46, em lançamento de Cicinho, que fez sua centésima partida pelo clube, para Ricardo Oliveira, que não desperdiçou, apesar de ter feito uma partida pra lá de mediana, se movimentando pouco e ficando muito preso à área. E isso foi tudo.

“Era um jogo difícil, o Maringá vinha por uma bola só. Ficaram atrás. Não deram problema para o Vladimir. Na bola aérea fomos exemplares, no que era o jogo deles. No demais, me coloco no lugar da torcida, procuramos abrir o time no começo e no intervalo, mas foi um jogo de paciência”, disse Marcelo Fernandes ao final da peleja.

Jogo de paciência, principalmente pro torcedor santista. Até onde ela vai, não se sabe.

Jogadores comemoram gol contra o Maringá (Ivan Storti/Santos FC)

Jogadores comemoram gol contra o Maringá (Ivan Storti/Santos FC)

Agora, o adversário é o Sport

O adversário do Santos na 3ª fase da Copa do Brasil será o Sport. O time pernambucano superou a Chapecoense nos pênaltis, após devolver o 2 a 0 sofrido na Arena Condá.

E é bom a equipe se preparar. No Brasileiro de 2014, o alvinegro não venceu o rival. Empatou na Vila Belmiro em 1 a 1 na estreia da competição, e perdeu por 3 a 1 na Ilha do Retiro.

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Avaí 1 X 1 Santos – Marcelo Fernandes, não seja um Claudinei

O empate de ontem entre Avaí e Santos mostrou, como no segundo jogo da final do Paulista contra o Palmeiras, o Santos caindo de produção e de intensidade no segundo tempo. Com a vantagem, conseguida na etapa inicial pelo gol de Robinho, o Alvinegro mais uma vez mostrou uma certa acomodação e aceitou a mudança de postura do adversário sem reagir, mesmo tomando o empate.

Na partida decisiva do estadual, Oswaldo de Oliveira colocou Cleiton Xavier em campo após perder Dudu expulso, passando a explorar as laterais do campo. O Peixe, que teve Geuvânio punido com o cartão vermelho, não conseguiu acertar sua marcação pelos lados, lembrando que o onze santista era responsável por barrar o avanço do lateral adversário pelo lado direito. Resultado da inação santista: Ricardo Oliveira estava na marcação do lateral Lucas no tento do adversário, mostrando que a equipe demorou a responder à mudança do rival.

Ontem, mais uma vez a lateral foi o calcanhar de Aquiles peixeiro na etapa final. Desta vez, no segundo tempo Gilson Kleina colocou Roberto, que atuou no lado esquerdo da defesa santista, forçando a jogada individual e fazendo com que os donos da casa por vezes tivessem superioridade numérica no setor. A pressão era evidente e, mais uma vez, o Santos pouco fez para responder à alteração tática do Avaí.

Pra voar alto no Brasileirão, Santos vai ter que ousar...

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É pelos lados o mapa da mina. Do Santos e do adversário

Marcelo Fernandes precisa treinar para que o Peixe possa sair dessa situação de jogo. Treinadores adversários já perceberam que o potencial ofensivo santista depende da subida de seus laterais/alas, que apoiam o ataque dando opções para os meias e os homens de frente. Quando o técnico adversário ocupa esse setor, prega na defesa Victor Ferraz e Chiquinho. Com uma deficiência quase crônica dos dois volantes de fazerem a cobertura pelos lados – defeito em especial de Valencia – a pressão se intensifica e o gol passa a ser questão de tempo.

Uma alternativa para ser utilizada nesse tipo de cenário é justamente explorar as costas da defesa rival pelos lados. E aí entra a coragem e a vontade de vencer do treinador. Ontem, por exemplo, o Alvinegro usou pouco os lados na etapa final, mesmo quando um jogador chegava ao ataque, Robinho, por exemplo, fechava no meio em vez de abrir pela ponta esquerda. Atuava assim também porque não adiantaria ele fazer a jogada pela ponta com apenas Ricardo Oliveira na área contra dois ou mais defensores. Sem a chegada dos homens do meio ou do lateral, a jogada pelo lado, em um campo de grandes dimensões, tem grandes chances de não dar em nada, daí a tentativa do Rei das Pedaladas de jogar perto do centroavante.

Sobre Ricardo Oliveira, aliás, outro pecado do técnico. Ele jogou mal o tempo todo, mesmo assim atuou até o final da partida. Perdeu lances preciosos, chegou a travar contra-ataques matando errado a bola. Estava em um dia ruim, até aí, todos nós temos os nossos. Mas não foi sacado. Fernandes preferiu abrir mão de Geuvânio, que também não tinha boa atuação, e colocar Gabriel fora de seu habitat natural, a área. A alteração foi inócua, ainda mais por ter sido feita aos 34, como tem sido o costume do técnico. Sempre um pouco tarde demais.

Quanto Claudinei Oliveira assumiu o Santos depois da saída de Muricy Ramalho em 2013, dirigia um time que sentia a falta de Neymar. Conseguiu arrumar o sistema defensivo alvinegro, a equipe jogou bem algumas partidas e chegou quase perto de brigar pelo G4. Mas, quando teve oportunidades de ganhar partidas que poderiam mudar a situação do clube na tabela, preferiu não ousar e se satisfazer muitas vezes com um empate, não tentando vencer. Achou que assim, com um desempenho mediano, conseguiria manter o cargo. Não percebeu que um técnico novato precisa na verdade mostrar mais do que os “medalhões”, sendo diferente. E, por que não, ousado.

Marcelo Fernandes não pode repetir o erro de Claudinei. Como já dito aqui, tem um elenco acima dos que o Peixe possuía nos últimos dois anos e, com o relativo enfraquecimento de alguns adversários no Brasileiro, sonhar com o G4 não é nenhum absurdo ainda mais se vierem alguns reforços. Mas precisa saber que deve ter coragem em determinados momentos e situações de jogo. Arroz com feijão não seguram um treinador em início de carreira no banco.

No final das contas, foi o Avaí, que perdeu dois gols inacreditáveis na etapa final, quem deixou de vencer. Não pode ser assim contra um candidato ao rebaixamento.

Gustavo Henrique e Vladimir

Desnecessário dizer que Gustavo Henrique, que entrou no lugar de Werley, dono da imagem do jogo, teve uma atuação ruim. Fez a falta desnecessária que gerou o gol de Marquinhos, ex-Santos, e, ao cometer outra falta similar, tomou o segundo amarelo e foi expulso. Mas é preciso destacar também que, nas duas ocasiões, estava bem longe da área, e só teve essa atitude por conta da inação santista com a blitz que o Avaí promoveu no lado canhoto da intermediária do time. Entrou em uma fria e não foi bem. Mas a culpa não é só dele.

Já Vladimir tomou um gol em uma cobrança de falta bem feita por Marquinhos. Não, não era uma bola indefensável. Além disso, repôs mal a bola em mais de uma ocasião, colocando em risco a defesa ao despachar a redonda no próprio campo. Na partida contra o Palmeiras, ensaiou o erro que cometeu contra o Maringá, ao tentar encaixar a bola e soltá-la em duas ocasiões. É um goleiro que tem um reflexo apurado, fazendo defesas à queima-roupa, mas não adianta ter essa virtude se falha em outros fundamentos.

Ficha técnica – Avaí 1 X 1 Santos

Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC)
Data:10 de maio de 2015, domingo
Horário:18h30 (horário de Brasília)
Público: 7.677 pagantes
Renda: R$ 138.100
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA)
Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias e Lucio Ipojucan Ribeiro da Silva de Mattos (ambos do PA)

Avaí: Vagner; Pablo, Antonio Carlos, Jéci e Eltinho; Uelliton, Renan, Renan Oliveira (Roberto) e Marquinhos; André Lima e Anderson Lopes (Everton Silva). Técnico: Gilson Kleina.

Santos: Vladimir; Victor Ferraz, Werley (Gustavo Henrique), David Braz e Chiquinho (Cicinho). Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio (Gabriel), Robinho e Ricardo Oliveira. Técnico: Marcelo Fernandes.

Cartões amarelos: Anderson Lopes e Eltinho (Avaí); Cicinho (Santos)
Cartão vermelho: Gustavo Hernique (Santos)

Gols – Robinho, aos 26 minutos do primeiro tempo; Marquinhos, aos 18 minutos do segundo tempo

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