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Corinthians X Santos – Relembre duas vitórias do Peixe no clássico

Em 2014, Alvinegro Praiano goleou equipe comandada por Mano Menezes por 5 a 1. Na Arena Itaquera, palco da partida deste domingo, Santos venceu por 2 a 1 pela Copa do Brasil de 2015

Neste domingo, às 11h da manhã, o Santos vai a São Paulo enfrentar o Corinthians na Arena Itaquera. Como aquecimento para o clássico alvinegro, lembramos duas vitórias santistas contra o adversário.

A primeira delas aconteceu em 2014, em partida válida pelo campeonato paulista na Vila Belmiro. Foi o primeiro clássico paulista daquela temporada, realizado em 29 de janeiro,  e o Peixe era comandado por Oswaldo de Oliveira, enquanto os rivais tinham Mano Menezes como treinador.

Na ocasião, o Peixe foi impiedoso. Arouca teve atuação de gala, tanto na defesa quanto no apoio ao ataque, ajudando a desmontar o sistema defensivo adversário que tinha Gil, Paulo André e Ralf.

Após o volante abrir o placar aos 12, Gabriel Barbosa, o Gabigol, ampliou aos 21. Thiago Ribeiro marcou duas vezes, e o lateral Bruno Peres também deixou o seu. Os melhores momentos daquela partida estão abaixo.

O Santos terminou o campeonato paulista de 2014 como vice-campeão, perdendo nos pênaltis para o Ituano.

Outro momento recente marcante foi a vitória peixeira em 2015, na partida válida pela Copa do Brasil. Foi o primeiro triunfo santista na nova casa do rival.

O Santos havia vencido a primeira partida do duelo, válido pelas oitavas de final do torneio, por 2 a 0. Com a vantagem, Gabriel fez o primeiro aos 15 e, no segundo tempo, Ricardo Oliveira praticamente selou a classificação logo aos 20 da etapa final. Romero ainda faria o gol solitário do Corinthians.

O time de Dorival Júnior terminou a Copa do Brasil como vice-campeão.

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Santos enfrenta o Vasco nas oitavas de final da Copa do Brasil

Pelo sorteio de mandos de jogo, o Peixe vai jogar a primeira em casa e a segunda no Rio

A CBF realizou na manhã desta terça-feira o sorteio dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil 2016. O Santos vai enfrentar o Vasco da Gama, jogando a primeira partida em casa, no dia 24 de agosto, e a segunda na casa do clube carioca, em 21 de setembro.

Para esta fase do torneio, os cartões amarelos estão zerados. Nas quartas de final, haverá mais um sorteio, desta vez sem divisão das equipes em grupos, com todos os oito classificados podendo se enfrentar.

trofeu copa do brasil

Santos tem o Vasco no caminho do título da Copa do Brasil (Rafael Ribeiro/CBF)

Os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil

Atlético-MG x Ponte Preta
Corinthians X Fluminense
Cruzeiro X Botafogo
Grêmio X Atlético-PR
Internacional X Fortaleza
Palmeiras X Botafogo-PB
Santos X Vasco
São Paulo X Juventude

O histórico de confrontos de Santos X Vasco

Segundo o Acervo Histórico do Santos FC, foram 115 partidas disputadas entre Santos e Vasco na história, com 39 vitórias do Peixe, 34 empates e 42 triunfos vascaínos. O Alvinegro Praiano fez 183 gols, enquanto os cariocas fizeram 179.

Em disputas de mata-mata, os santistas levam a melhor. No Brasileiro de 1965, o Peixe eliminou os cruzmaltinos os derrotando duas vezes, 5 a 1 no Pacaembu e 1 a 0 no Maracanã. O feito se repetiu no Torneio Rio-São Paulo de 1997, quando os santistas empataram com os cariocas em 3 a 3 no São Januário, desclassificando-os nos pênaltis. O troco veio dois anos depois, no Rio-São Paulo de 1999, quando o Vasco foi campeão fazendo a final com o Santos, vencendo por 3 a 1 no Maracanã e 2 a 1 no Morumbi.

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O que fica da derrota do Santos na decisão da Copa do Brasil?

Sou “menino da fila”. No período da minha infância e adolescência, anos 80 e 90, o Santos mal chegava em finais e nestas duas décadas houve só um título, o Paulista de 84, relevante. O resto foi sofrimento e tiração de sarro contínua de rivais, ainda mais morando na Baixada, onde para muitos o Peixe é o inimigo número 1.

Mas no século 21 as coisas mudaram e chegar em decisões voltou a ser rotina, como nunca deveria ter deixado de ser para um clube monumental como o Alvinegro Praiano. Alguns dos nosso principais adversários, aliás, passaram a ter uma rotina inversa, com finais se tornando um evento raro para eles. Vencemos várias vezes, e também perdemos algumas. A derrota na final da Copa do Brasil, por um lado, faz parte desse contexto, e não deve nos deixar tão tristes. Por outro, leva a necessárias reflexões.

Em geral, mídia e torcedores justificam as derrotas de três formas, basicamente: 1 – faltou raça, garra; 2 – colocam a culpa em um ou mais jogadores; 3 – quem perdeu o título foi o técnico. Fazendo sempre esse tipo de análise, às vezes não se chega ao fundamental, aquele tal do planejamento, que envolve muitos fatores e é algo muito mais complexo.

Sim, as situações de jogo também devem ser analisadas. Mas é preciso tomar cuidado porque, quando uma equipe joga mal, sempre vai aparecer alguém dizendo que faltou brio. Afinal, é justamente essa a impressão que dá, mesmo que não seja verdade. O Santos não jogou bem ontem, e o Palmeiras, vendo friamente, tampouco. Não dominou de fato os visitantes em quase nenhum momento, mesmo tendo aberto 2 a 0, abusaram dos chutões e da ligação direta, e na base da insistência – e nos erros de um time que sofreu a perda de três atletas no decorrer da partida – chegou à vantagem.

O que dói, obviamente, é saber que o Alvinegro tinha um time titular tecnicamente melhor, e mostrou isso na primeira partida. Venceu por um a zero, perdeu um pênalti, um gol feito (poxa, Nílson…) e inúmeras outras chances de matar o torneio já naquela ocasião. Quando não foi efetivo (e isso, infelizmente, acontece não só conosco, mas com qualquer time), jogou tudo para a peleja da Allianz Arena. E, nesse contexto, era crível acontecer o que aconteceu.

Culpa do Dorival?

Em quase nenhum momento ontem o Santos utilizou a estratégia que o levou até a final da Copa do Brasil: marcação-pressão no campo do adversário, com retomada rápida da bola no meio de campo. O meio e o ataque também tiveram menos mobilidade que nas partidas realizadas durante o período em que Dorival assumiu o Peixe, mas talvez a explicação seja simples: o time não aguentou o desgaste físico da temporada.

“Ah, mas o Palmeiras fez o mesmo número de jogos do Santos.” Não é bem verdade. Além de ter tido uma trajetória mais fácil no início da competição em que o Peixe não consegue eliminar partidas de volta, o Alviverde ficou sem chances reais de entrar no G4 muito antes do Alvinegro. Ou seja, o mau desempenho no Brasileiro acabou “poupando” naturalmente os seus jogadores. Outro ponto é que a equipe de São Paulo não enfrentou o desgaste – físico e também mental, diga-se – de ter de fugir da zona do rebaixamento, o que exigiu muito dos atletas santistas.

Também é preciso considerar que o esquema implantado por Dorival, onde a marcação começa no ataque e os volantes e laterais participam ativamente no campo ofensivo, exige demais dos atletas. Em outros times não é assim, mas foi dessa forma que o Santos aprimorou a parte tática, que não existia no primeiro semestre, e se tornou um time de fato na temporada, e não um “catado”, como aquele que vinha atuando desde o Paulista. Jogar bem exige demais do corpo e da mente, vide as equipes do Corinthians armadas por Tite.

Colocando nessa conta o fato de ter jogadores constantemente convocados para as seleções principal (Lucas Lima e Ricardo Oliveira) e olímpica (Gabriel e Zeca) traz uma carga a mais de desgaste para esses atletas. O resultado de todos esses fatores somados se viu em campo na noite de quarta: o time perdeu três jogadores por lesão e outros, como Renato, chegaram a sentir durante a partida. Era um time esgotado e os exames médicos já deviam mostrar isso. Daí a opção de Dorival pela Copa do Brasil, que dava um título e uma vaga direta à fase de grupos, diferentemente do G4 do Brasileiro. Quase não foi uma opção, mas uma necessidade, lembrando que o time chegou a desperdiçar pontos mesmo com a formação titular, caso do empate com o Flamengo na Vila.

O que se pode questionar, e muito, foi a opção da diretoria de liderar um movimento para adiar a decisão do torneio, inicialmente planejada para os dias 4 e 25 de novembro. Deu mais tempo para o desentrosado Palmeiras e desperdiçou a chance de jogar a primeira partida quando o Peixe estava no auge da forma técnica.

Gabigol do Santos

Gabriel, “recuperado” por Dorival Júnior, pode ter um grande ano de 2016 (Ricardo Saibun/ Santos FC)

E o planejamento do Santos?

Mais do que utilizar o time reserva, parte da derrocada peixeira na reta final do Brasileiro se deveu a não ter jogadores com qualidade para suprir a ausência dos titulares. Nesse aspecto, o Palmeiras, apesar de não ser um time dos sonhos, tinha um elenco mais homogêneo, a exemplo do Cruzeiro de 2013/2014, sofrendo menos com as perdas do que o Alvinegro. Basta ver que dois dos reservas que entraram em campo ontem, Werley e Paulo Ricardo, são jogadores duramente questionados pela torcida.

Assim, o que faltou mesmo foi a montagem de um elenco mais equilibrado e com opções. Dorival Júnior não participou desse processo, “herdou” atletas com os quais provavelmente não gostaria de contar e teve pouquíssimas alternativas. Mais um motivo para poupar os titulares. Foi um planejamento anterior equivocado do clube, que, embora limitado no aspecto financeiro, poderia contar com atletas de nível melhor se tivesse contado com um técnico de fato meses antes do atual assumir.

O problema do Peixe e de quase todos os times no Brasil é que o desempenho do clube depende quase exclusivamente de um técnico. Não há diretores que deem o suporte e a base necessários para quem está no banco trabalhar com foco maior no trabalho de campo, tendo ele que desempenhar diversas outras funções. Se não fosse Dorival, talvez estaríamos na zona intermediária do Brasileiro e já teríamos saído fora da Copa do Brasil no duelo contra o Sport. Sofrer por ter perdido num nível mais alto é muito mais saudável, convenhamos.

Agora é mirar 2016. Perder faz parte do esporte e, como foi para muitos “meninos da fila” como eu, molda o caráter. É preciso mirar mais as ações da diretoria, não só na contratação e manutenção de jogadores, mas também na área financeira, de marketing, captação de receitas, entre outras fundamentais para a sustentabilidade do clube. É exigir mais de quem tem mais poder e apoiar quem entrar em campo. Temos titulares, é preciso mantê-los e elevar a qualidade do banco. O ano que vem promete.

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Santos ultrapassa Corinthians como time que mais fez gols em Rogério Ceni

Antes da segunda partida válida pela segunda fase de grupos da Libertadores deste ano contra o São Paulo, corintianos aproveitavam que seu time passava por um grande momento para dizer que poderiam chegar ao centésimo gol feito contra Rogério Ceni. Neste post aqui, já mostrava que, apesar de ter feito menos gols àquela altura que o rival, o Peixe tinha uma média contra o ídolo tricolor similar à da equipe paulistana. O Corinthians havia marcado 94 vezes contra Ceni, em 65 partidas disputadas, média de 1,446. Uma vantagem milimétrica contra os peixeiros, que tinham feito 88 tentos em 61 pelejas, média de 1,44.

Mas naquela partida o São Paulo superou o Corinthians por 2 a 0. No primeiro turno do Brasileiro, ambos voltaram a se enfrentar, empate em 1 a 1. Ou seja, agora o Corinthians baixou sua média, tendo feito 95 gols em 67 partidas, 1,41 tentos por peleja.

Já o Santos enfrentou o Tricolor quatro vezes desde aquela ocasião. Uma no primeiro turno do Brasileiro, única derrota da série, 3 a 2 no Morumbi, e três triunfos seguidos: 3 a 0 no segundo turno do Brasileiro e um duplo 3 a 1 na Copa do Brasil. Como Renan foi o arqueiro tricolor na partida do segundo turno do Brasileirão, foram mais oito gols peixeiros na conta de Ceni, totalizando 96 em 64 duelos, elevando a média para 1,5 por partida e se distanciando do Corinthians.

ricardo oliveira artilharia

Ricardo Oliveira é um dos jogadores que mais marcou contra Ceni (Ivan Storti (SantosFC)

Outro número: Ricardo Oliveira, só com os gols feitos com a camisa do Santos, já é um dos jogadores que mais marcou contra Rogério Ceni. Contabilizando uma partida válida pelo Paulista de 2003, na qual fez um gol, e outros seis marcados na semifinal do estadual de 2015, na partida disputada no primeiro turno do Brasileiro e nas duas válidas pelas semis da Copa do Brasil, são sete tentos contra o arqueiro em seis jogos, o que o torna o terceiro que mais marcou contra Ceni, ficando atrás apenas de Dodô (10) e Romário (11). Mas é bom lembrar que Oliveira precisou de bem menos jogos para chegar a essa marca e não estão na conta os gols feitos pela Portuguesa. O artilheiro peixeiro ainda marcou na vitória por 3 a 0 pelo Brasileiro na Vila Belmiro, contra Renan.

Como o Corinthians ainda vai jogar contra o São Paulo pelo Brasileiro, pode igualar ou passar o Santos como clube que mais fez gols contra Ceni, mas dificilmente vai chegar na média peixeira.

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Freguesia continua: Santos nunca perdeu para o São Paulo em mata-matas no século 21

O Santos, com a vitória de hoje sobre o São Paulo e a eliminação do rival nas semifinais da Copa do Brasil, segue invicto em partidas eliminatórias contra o adversário no século 21. São nove triunfos e dois empates em sete confrontos.

No total, desde 2002, o Peixe se saiu melhor em uma Copa Sul-Americana, cinco Paulistas e uma Copa do Brasil. Nenhuma criança que participa do MasterChef Júnior, por exemplo, sabe o que é ver o Alvinegro ser superado pelo Tricolor em uma disputa eliminatória. Confira embaixo como foi cada duelo, com base neste post, que continua muito atual (ainda bem):

Brasileirão de 2002

O São Paulo terminou a fase inicial do campeonato no primeiro lugar e enfrentou o Santos, oitavo colocado. A equipe que tinha Ricardinho, Kaká, Reinaldo e Luís Fabiano, sob o comando de Oswaldo de Oliveira, já havia sido apelidada de “Real Madrid” do Morumbi por conta desse quarteto. Do outro lado, o Peixe tinha Diego e Robinho, em ascensão, um até então desconhecido Alberto na frente e Elano, que fazia as vezes de falso ponta no esquadrão de Emerson Leão.

Na primeira partida, na Vila Belmiro, 3 a 1 para o Alvinegro. Durante a semana que antecedeu o segundo jogo, nem a imprensa esportiva, tampouco algumas das principais figuras do clube paulistano, como Rogério Ceni e Ricardinho, acreditavam que o Santos mantivesse a vantagem. A receita era clara para os “especialistas”: se o Tricolor fizesse um gol logo no início do jogo, os meninos se enervariam e a vitória por dois gols de diferença, que classificaria os sãopaulinos, viria naturalmente.

Luís Fabiano marcou logo nos primeiros minutos, mas o Peixe não esmoreceu. Léo empatou a peleja e no final Diego deixou Ceni de joelhos e marcou o gol da vitória. Estava aberto o caminho do Santos para sair da fila e conquistar o Brasileiro de 2002.

Copa Sul-americana de 2004

O técnico campeão brasileiro de 2002, Emerson Leão, estava à frente da equipe do Morumbi no segundo semestre de 2004. Vanderlei Luxemburgo treinava o Santos e priorizava o campeonato brasileiro, onde a disputa com o Atlético-PR era cabeça a cabeça. Por conta disso, na primeira partida, na Vila Belmiro, o time da casa entrou com os reservas. Mesmo enfrentando os titulares tricolores, o Santos venceu por 1 a 0 com gol de Elano, que entrou aos 25 minutos do segundo tempo. Na ocasião, o Peixe atuou com Mauro, Leonardo, André Luís e Ávalos (Ricardinho); Paulo César, Fabinho, Bóvio, Preto Casagrande e Márcio (Léo 29 do 2.º); Marcinho e William (Elano). O São Paulo veio com Rogério Ceni, Alex Bruno, Lugano e Rodrigo; Cicinho, Alê (Gabriel), Renan, Danilo e Júnior (Souza); Nildo (Diego Tardelli) e Grafite.

Na partida a volta, no Morumbi, o empate em 1 a 1 assegurou a vaga para o Peixe. Rodrigo marcou para o São Paulo e Preto Casagrande fez o tento santista.

Campeonato Paulista de 2010

O Santos era o time-sensação do primeiro semestre mas, mais uma vez, parte da mídia esportiva e dos torcedores adversários colocavam em dúvida o desempenho do clube alvinegro, que poderia amarelar em uma semifinal. Como em 2002, os garotos não tremeram. O Santos venceu o São Paulo, no jogo de ida, no Morumbi, por 3 a 2, gol contra de Júnior César, André e Durval.

Na volta, na Vila Belmiro, um passeio: o Alvinegro venceu por 3 a 0, Neymar, por duas vezes, e Madson marcaram para o time da Vila. Ao final da disputa, o zagueiro Alex Silva desabafou: “O Santos engoliu a gente. Não jogamos nada, não merecemos a vitória. Deixamos eles criarem, principalmente pelas laterais.” Em 2010, os dois times jogaram cinco vezes, e o Santos venceu quatro e perdeu uma.

Campeonato Paulista 2011

Mais um capítulo da “freguesia” sãopaulina diante do Santos em partidas eliminatórias foi escrita no sábado. Leia mais aqui e veja o vídeo abaixo.

Campeonato Paulista 2015 – golaço de Geuvânio abre caminho da final
Bom, essa partida ainda está fresca na memória do torcedor peixeiro, e o gol de Geuvânio com certeza será lembrado por muito tempo, exemplo de velocidade e técnica. Também vale destacar o oportunismo de Ricardo Oliveira, artilheiro da equipe com dez gols no Paulista. A boa notícia para o Santos, além da vitória e da sétima decisão seguida, é que, desde 2008, quem bateu o São Paulo em uma semifinal de Paulista foi campeão, exceção feita a 2014, quando o Tricolor foi eliminado nas quartas de final.

Copa do Brasil 2015

Com um triunfo fora de casa no primeiro jogo por 3 a 1, a tarefa na Vila Belmiro foi facilitada. Duas vitórias por 3 a 1 marcaram a classificação peixeira, com Ricardo Oliveira fazendo três, Marquinhos Gabriel anotando dois e Gabriel fazendo o primeiro e decisivo tento no Morumbi. Veja os melhores momentos dos dois duelos.

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Santos joga pro gasto, supera Figueirense e enfrenta São Paulo nas semis da Copa do Brasil 2015

O Santos bateu o Figueirense no Pacaembu, em partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil. A equipe não fez uma grande apresentação, algo compreensível dada a maratona enfrentada pelos comandados de Dorival Júnior. Um 3 a 2 justo, com um adversário que valorizou a vitória.

Se o Figueirense veio para o Pacaembu com o chamado “time alternativo”, o Santos teve desfalques importantes na partida. Lucas Lima E Victor Ferraz não foram a campo, lesionados, e Geuvânio segue em recuperação. Mas o Alvinegro contou com um 12º jogador fundamental. A torcida desde cedo fez a festa no estádio paulistano, ainda que a desorganização tenha ocasionada filas imensas do lado de fora, atrasando a entrada dos torcedores.

Gabigol celebra

Gabriel, o cara do jogo. E só precisou atuar um tempo…

Como esperado, o Figueira veio retrancado, mas buscando também apertar a saída de bola santista com três atacantes. O problema é que esse tipo de esquema, sem compactação, dá espaço entre os atacantes e a intermediária, e alguns jogadores santistas pegavam a bola com liberdade, como Renato, que buscou enfiadas de bola à frente, em especial para Gabriel.

O menino, inspirado, era quem mais dava trabalho à defesa catarinense, assim como Marquinhos Gabriel. O meia, com Rafael Longuine entre os titulares, fez a função de Lucas Lima, se movimentando por todo o campo. Nada mais natural que os gols saíssem da dupla. Primeiro com um lançamento de Marquinhos para Gabigol, que colocou por baixo das pernas de Felipe para marcar aos 20. Depois, um incrível passe de trivela do garoto, que devolveu o presente para Marquinhos fazer de cabeça aos 28 Com o tento, Gabigol se tornou o maior artilheiro do Santos na Copa do Brasil junto com Neymar, com 13 gols, e fez o seu sexto na edição de 2015, chegando também ao topo dos artilheiros.

O Peixe ainda sofreu um gol aos 37 do primeiro tempo, em cobrança de escanteio pelo lado direito. Bruno Alves anotou em uma falha de marcação e um pouco também do goleiro Vanderlei, já que foi uma bola no canto em que estava. Com a vantagem, a missão dos visitantes ficava bem mais difícil…

E ficou ainda pior com o gol aos 2 minutos de Neto Berola, que entrou após o intervalo no lugar de um apagado Longuine. Com 3 a 1 logo no início da etapa final, os jogadores naturalmente relaxaram e o Figueirense chegou a criar oportunidades, todas desperdiçadas por uma cominação de nervosismo e falta de técnica mesmo. Dorival ainda colocou Serginho no lugar de Gabriel e Marquinhos substituindo Marquinhos Gabriel.

O Figueira ainda chegou ao segundo gol com Carlos Alberto (aquele), aos 41, e até deu até algum medo ao torcedor mais cauteloso do Peixe. Mas a classificação era nossa e agora é enfrentar o São Paulo nas semis da Copa do Brasil.

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Sorteio das quartas de final da Copa do Brasil: Santos enfrenta o Figueirense

Após eliminar Corinthians, torcida segue confiante no time na Copa do Brasil (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Após eliminar Corinthians, torcida segue confiante no time na Copa do Brasil (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

A Confederação Brasileira de futebol (CBF) realizou no início da tarde de hoje o sorteio que definiu os confrontos das quartas de final da Copa do Brasil 2015. O Santos vai enfrentar o Figueirense e, caso avance, vai enfrentar o vencedor do duelo entre São Paulo e Vasco.

Até agora, o Alvinegro já eliminou na competição, pela ordem, o Londrina, o Maringá, o Sport e o Corinthians. O artilheiro do time é Gabriel, com quatro gols, seguido por Ricardo Oliveira, Elano e Marquinhos Gabriel, com dois cada um. Anotaram ainda uma vez pelo Peixe Robinho, Geuvânio e Lucas Lima.

O cruzamento das semifinais da Copa do Brasil 2015 vai se dar entre os classificados da chave 1 contra o da chave 2 e o da chave 3 contra o da chave 4.

 

Confira abaixo como ficou a tabela da Copa do Brasil:

Chave 1 – São Paulo X Vasco

Chave 2 – Figueirense X Santos

Chave 3 – Palmeiras X Internacional

Chave 4 – Grêmio X Fluminense

 

Semifinais da Copa do Brasil 2015

Classificado da chave 1 X Classificado da chave 2

Classificado da chave 3 X Classificado da chave 4

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Santos não dá chances ao Corinthians e vai às quartas de final da Copa do Brasil

Ampliando sua série invicta para nove partidas (seis no Brasileirão e três na Copa do Brasil) e obtendo a terceira vitória sobre o Corinthians em três jogos disputados em 2015, o Santos não deu sopa para o azar e definiu rápido o segundo duelo válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Tendo uma vantagem de 2 a 0 na primeira peleja, o Alvinegro Praiano não se intimidou com o campo e a torcida adversárias, indo para o jogo exercendo sua marcação pressão, com muita mobilidade dos homens da frente e dificultando ao máximo a saída de bola dos donos da casa. Foi só com tiros a longa distância que o Corinthians tentou ameaçar o Peixe, que, além do gol de Gabriel, aos 14 minutos, obrigou Cássio a fazer outras três defesas na etapa inicial, enquanto Vanderlei não foi exigido.

No segundo tempo, com a vantagem ampliada, o Santos seguiu com sua compactação e marcação forte no campo adversário. Tite colocou Cristian no lugar de Bruno Henrique, que tinha cartão amarelo, mas a mudança não alterou o jogo no setor em que o Alvinegro dominou: o meio de campo. Mesmo que Renato não tenha feito uma partida brilhante – foi em um erro seu que saiu o único tento corintiano na partida –, errando passes acima da sua média, seu papel tático ao encurtar a marcação do principal atleta adversário na armação, Renato Augusto, foi fundamental. E Thiago Maia, mais uma vez, mostrou que é uma das mais importantes peças no time.

Só quando Dorival Júnior promoveu a entrada de Chiquinho, totalmente sem ritmo de jogo, e de Leandrinho, nos lugares de Geuvânio e Thiago Maia, o time começou a perder terreno para o rival. Mas àquela altura a fatura estava liquidada, com o segundo tento do time feito por Ricardo Oliveira, aos 19.

Lucas Lima mais uma vez foi quem deu o ritmo para a equipe, prendendo a bola quando necessário e dando o belo passe para Geuvânio servir Gabriel no primeiro gol. Mas é necessário destacar o papel de Dorival Júnior, não só no confronto de hoje como desde sua chegada à vila Belmiro. No intervalo, o camisa 11 do Peixe, quando questionado por um repórter sobre o espaço oferecido pelo Corinthians que ele aproveitou, respondeu que a equipe sabia que espaços seriam dados e a situação de jogo foi treinada no decorrer da semana. E uma equipe bem montada, com o talento que alguns jogadores do Santos têm, é a receita da alegria do torcedor santista.

Na Copa do Brasil, o Santos agora aguarda o seu adversário que virá no sorteio realizado na próxima segunda-feira (31).

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Oitavas de final da Copa do Brasil: Santos X Corinthians, um duelo inédito na competição

O Santos entra em campo nesta quarta-feira (19), às 22h, para duelar com o Corinthians na Vila Belmiro em um confronto inédito na história da Copa do Brasil. E se o momento do Alvinegro paulistano é melhor que o do praiano no Brasileiro, o fator casa e a recuperação que a equipe santista vem tendo desde a chegada do técnico Dorival Júnior dão novo ânimo para o torcedor peixeiro.

Historicamente, o Peixe se dá melhor que o rival na Vila Belmiro. São 45 vitórias, 22 empates e 35 derrotas. Contudo, as pelejas disputadas no estádio Urbano Caldeira não representam sequer um terço das pelejas disputadas entre ambos (algo semelhantes acontece com os outros dois membros do Trio de Ferro), o que se reflete na vantagem corintiana no histórico do clássico alvinegro, sendo 126 triunfos corintianos, 99 santistas e 90 empates. Já no século 21, o Santos tem 20 vitórias, contra 16 do rival e 14 empates.

Para a partida de hoje, Dorival Júnior deve contar com o retorno do meia-volante Renato, desfalque no último jogo contra o Atlético-PR. Provavelmente entra no lugar de Paulo Ricardo, que volta para o banco, formando a dupla de meias defensivos com Thiago Maia, que tem se apresentado bem nas últimas partidas. Assim, o Peixe deve entrar em campo com Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique, Zé Carlos; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima; Geuvânio, Ricardo Oliveira e Gabriel Barbosa.

Como atrativo, a partida também será a centésima peleja como profissional do atacante Geuvânio. Ele já avisou que, caso marque um gol, dedicará ao ex-ponta peixeiro Manoel Maria, que o levou para a Vila Belmiro.

Geuvânio, centésimo jogo como profissional contra o Corinthians

Geuvânio, centésimo jogo como profissional contra o Corinthians (Foto Santos FC)

Ficha técnica – Santos X Corinthians

Copa do Brasil – 22 horas, 19 de agosto

Vila Belmiro

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Auxilares: Vicente Romano Neto e Danilo Ricardo Simon Manis

Santos – Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique, Zé Carlos; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima; Geuvânio, Ricardo Oliveira e Gabriel Barbosa. Técnico: Dorival Júnior.

Corinthians – Cássio, Fagner, Felipe, Gil, Uendel; Bruno Henrique, Elias, Renato Augusto, Jadson. Malcom; Luciano. Técnico: Tite.

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Santos bate Sport com dois de Gabigol e vai às oitavas de final da Copa do Brasil

O Santos conseguiu na noite desta quarta-feira (22) uma vitória que não só deu a vaga para a equipe nas oitavas de final da Copa do Brasil como também dá moral para o campeonato brasileiro. Afinal, um 3 a 1 sobre um time que está no G4 da competição é algo a ser celebrado no momento atual do Alvinegro.

Fazer um gol logo no início facilita sempre as coisas. O passe de Zeca para Gabriel, que se aproveitou da postura do Sport e de sua zaga para “encurtar” o campo, refletiu o clima da Vila, que cantava o “Time da Virada”.

Os minutos que se seguiram continuaram sendo de vantagem peixeira. O Alvinegro aproveitava os lados do campo com uma intensa movimentação dos três homens de frente. Ricardo Oliveira, Gabriel e Geuvânio facilitaram a vida de Marquinhos Gabriel, que substituiu o suspenso Lucas Lima. Como não tem o talento e nem as características do meia titular de conduzir a bola, o suplente teve uma ajuda preciosa graças ao posicionamento do trio de ataque.

Mesmo diminuindo o ritmo, o Santos chegou ao segundo gol aos 35, mais uma vez com Gabriel , que recebeu bola de Ricardo Oliveira pela direita e só cumprimentou. Agora, o garoto, em 101  partidas como profissional com a camisa alvinegra, tem 30 gols, sete neste ano. No entanto, embora a equipe apresentasse mais uma vez um bom posicionamento em campo, com os jogadores bem mais conscientes taticamente, duas falhas resultaram no gol do Sport.

Werley já havia dado praticamente uma assistência de cabeça para Diego Souza, que devolveu o presente ao finalizar em cima do zagueiro. No entanto, quase aos 40, o zagueiro cometeu falta desnecessária em cima do meia, que cobrou e contou com a colaboração de Marquinhos Gabriel. O meia alvinegro saiu da barreira ficando de costas para o lance, a bola desviou nele e foi para o gol sem chances para Vanderlei. A essa altura, o jogo iria para os pênaltis.

No início da etapa final, após dois erros, Marquinhos Gabriel, que não tinha mais a intensidade do início da partida quando foi útil na ocupação de espaços no meio, deu lugar a Elano logo aos 7 minutos.

Buscando mais a bola longa para os homens de frente, foi em um belo lançamento de Renato que o Peixe chegou ao terceiro tento. Geuvânio recebeu nas costas de Éwerton Pascoa e deslocou Danilo Fernandes para fazer.

Geuvânio celebra o terceiro gol alvinegro contra o Sport (Reprodução)

Geuvânio celebra o terceiro gol alvinegro contra o Sport (Reprodução)

Eduardo Baptista queimou as três alterações entre os 19 e os 22, com as entradas de Samuel, Régis e Wendel. Rafael Longuine entrou no lugar de Gabriel aos 24, com Dorival Júnior tentando reforçar o meio de campo, um setor também fortalecido pelo rival com as mudanças promovidas pelo técnico rubro-negro.

Embora tenha tomado um ou outro susto, natural já que o Sport precisava somente de um gol para se classificar, o Santos conseguiu permanecer mais tempo no campo adversário, mostrando mais uma vez um jogo coletivo eficiente, como foi contra o Figueirense e o Palmeiras. Mas Dorival precisa observar a substituição de Werley, que vem falhado seguidamente e parece ter perdido a confiança. Como a equipe está mais organizada coletivamente, não se pode arriscar esse momento com a insistência em um erro.

Agora, o Alvinegro deve ter parada dura nas oitavas de final da Copa do Brasil. O oponente do Peixe vai sair de um sorteio e será do pote A, com times que vieram da Libertadores e mais dois pelo ranking da CBF: Grêmio, São Paulo, Atlético-MG, Internacional, Cruzeiro, Corinthians, Fluminense e Flamengo.

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Algo vexatório o Santos ter uma partida transmitida pela TV aberta com duas marcações de campos menores (veja abaixo a foto do Lance). O clube alugou o gramado da Vila Belmiro para um torneio de futebol infantil e o resultado foi visto nacionalmente. Mostra pouco senso de profissionalismo do comando peixeiro, mas isto, infelizmente, está se tornando algo corriqueiro.

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