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Casa cheia: Santos bate recorde de público da Neo Química Arena em 2024

A partida entre Santos e Bragantino, válida pela semifinal do Campeonato Paulista de 2024, marcou o recorde de público na Neo Química Arena em 2024. Foram 44.804 pagantes que assistiram à vitória alvinegra por 3 a 1.

No ano, o jogo que havia atraído maior público ao estádio foi o duelo entre Corinthians e Santo André, com 43.379 pagantes. A partida que teve o Santos como mandante é o 13º maior público da história da Arena.

O clube alvinegro já havia batido o recorde de torcida no ano no estádio de outro rival, o São Paulo. No Morumbis, a partida entre Santos e São Bernardo, vitória peixeira por 2 a 1, levou 50.132 pessoas, maior marca do Paulistão e do local até então. O número foi superado pelo clássico entre o Tricolor e o Palmeiras, com 55.030 espectadores.

Estádio da final do Paulistão

Agora, o Santos espera o outro finalista para decidir onde vai mandar um dos dois jogos da decisão. O São Paulo havia vetado o aluguel de seu estádio para a primeira fase da competição, mas a diretoria do clube pode negociar a locação agora. Outra opção é a própria Neo Química Arena e a Vila Belmiro parece estar descartada.

“Vamos aguardar a definição de quem será o finalista. Teremos a reunião na sexta na Federação Paulista, me parece que o Novorizontino faz questão de jogar na sua casa, o Palmeiras idem. Temos que aguardar o outro finalista para resolvermos essa situação. O Santos, se puder fazer essa decisão antecipada, vamos fazer desde já e vamos jogar em São Paulo”, declarou na noite desta quarta-feira (27), o presidente do clube, Marcelo Teixeira.

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Santos vence Corinthians e deixa rival na zona do rebaixamento do Campeonato Paulista

O Santos venceu na noite desta quarta-feira (7) o Corinthians, em partida válida pela 6ª rodada do Campeonato Paulista de 2024. O resultado de 1 a 0 consolidou a boa fase do Peixe, que conquistou sua quinta vitória em seis jogos da competição, enquanto o adversário conheceu sua quinta derrota seguida, permanecendo na zona do rebaixamento.

O jogo Santos X Corinthians

Começando a partida no ataque, o Alvinegro Praiano chegou com Otero, que conseguiu bela jogada pela direita e cruzou aos 7 minutos, mas Cássio conseguiu tirar a bola que ia na cabeça de Guilherme. Aos 16, Diego Pituca cruzou para Willian Bigode cabecear para fora.

O gol santista veio aos 22. Escanteio cobrado por Otero do lado direito. O homem das bolas paradas do Santos achou João Schmidt, praticamente sem marcação, que marcou.

Também de cabeça, e mais uma vez na bola parada de Otero, o Alvinegro chegou com Willian, em cabeçada que passou raspando a trave direita de Cássio aos 29.

Mais estável, mas sem imaginação ofensiva, o Corinthians tentou o empate por meio de bolas alçadas na área, mas não chegou a ameaçar de fato João Paulo.

No final do tempo inicial, o Santos voltou a tomar o controle do jogo e Guilherme forçou Cássio a fazer uma grande defesa aos 41. No minuto seguinte, mais uma vez ele finalizou para o goleiro corintiano defender em dois tempos.

O Peixe contou com 55% da posse de bola nos primeiros 45 minutos, com 7 finalizações contra 2 do rival.

No começo do segundo tempo, o Santos subiu a marcação e causou problemas para a defesa corintiana, com Willian finalizando para Nonato desviar para fora aos 5.

Após os 8 minutos, o Corinthians passou a ocupar mais o campo de defesa do Santos e Fábio Carille fez duas substituições aos 17, colocando Morelos e Pedrinho e tirando Otero e Willian Bigode.

Com mais movimentação no ataque, o Peixe chegou com perigo em finalização de Aderlan, no travessão, aos 26, e com um chute de Morelos, de fora da área, aos 28, que passou perto do gol de Cássio.

Rincón entrou no lugar de Diego Pituca e Marcelinho substituiu Guilherme aos 35, mas a esta altura o time da Vila Belmiro já estava mais recuado e dando espaço para o Corinthians.

Sem ameaçar em contra-ataques, João Paulo teve que fazer o que praticamente não havia feito no jogo inteiro: defesas. Ele defendeu cobrança de falta de Rojas, aos 48, e uma finalização de Rodrigo Garro, aos 49.

Para prevenir o sufoco

É natural que o Santos seja pressionado pelo adversário que está atrás no placar, assim como também vai acontecer, ainda por conta da preparação física nesse estágio, que o time recue e dê espaço para o rival. O que não pode ocorrer é a equipe ficar sem opção de contra-ataque para incomodar o adversário.

A situação pôde ser vista no jogo contra o Botafogo e contra a Ponte Preta, e também no clássico desta quarta-feira. É preciso treinar saídas de bola em velocidade, em especial pelos lados do campo onde o Peixe tem boas opções. Mas Carille também terá que avaliar os atacantes que possui no elenco hoje, em especial para cumprir essa função de conduzir a bola do campo de defesa para frente. Pedrinho e Marcelinho entraram e não foram bem mais uma vez. Morelos mostrou alguma lucidez, mas ainda precisa de um condicionamento físico melhor.

Sem Felipe Jonatan e Keyvison, Fábio Carille voltou a improvisar Hayner na lateral esquerda, como fez na partida contra o Guarani, e ele foi bem. Em vez de forçar jogadas de linha de fundo, fechou pelo meio e conseguiu boas jogadas chegando próximo à área. Mostrou que tem versatilidade inclusive para compor o meio de campo na falta de um opção ofensiva no setor.

Com 15 pontos, o Santos ultrapassou a média feita nas três edições anteriores do Paulista, o que mostra o buraco em que o torcedor santista estava no período. O vento, definitivamente, virou.

Confira os melhores momentos de Santos 1 X 0 Corinthians

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Edinho, filho de Pelé, estreava em partidas oficiais pelo Santos há 30 anos

Durante muito tempo, em especial nos 18 anos em que ficou sem títulos relevantes, os torcedores do Santos escutavam dos rivais a provocação “Pelé parou, o Santos acabou”. Mas em meados da década de 1990, parte da torcida santista cantava, em resposta: Pelé parou, Edinho começou”.

Obviamente era um exagero, já que nenhum jogador, nem mesmo o filho do Rei, poderia ser comparado a Pelé. Mas também era uma demonstração de apreço pelo goleiro, que fez grandes partidas como titular do gol santista.

A primeira vez em que Edson Cholbi Nascimento atuou com a camisa alvinegra foi em um amistoso contra a Francana, realizado no estádio José Lancha Filho, em Franca, em 27 de fevereiro de 1991. Na ocasião, o Peixe venceu por 1 a 0, go de Edu Marangón. O jogo também marcou a estreia do zagueiro Armstrong, integrante da seleção dos Estados Unidos na Copa de 1990.

Antes de chegar a Vila Belmiro, Edinho morava nos Estados Unidos e em uma entrevista ao G1, conta que passou pelo que ele diz ter sido um “teste de fogo” para atuar como profissional no futebol. Pelé o levou para um sítio na cidade de Registro, no Vale do Ribeira, em São Paulo, para treiná-lo.”Foi um período intenso, de treinamento intenso. Foi um teste de fogo, de verdade, que ele me fez passar para me mostrar o nível”, relatou o ex-goleiro. “Foi um dos momentos mais incríveis e importantes que existiram na nossa história.”

Quem também teve participação no início do filho do Rei no Santos foi um histórico goleiro do clube, Sérgio Guedes.Em entrevista ao Diário do Peixe, o hoje técnico da Portuguesa Santista recordou que o próprio Pelé lhe pediu para ajudar o então atleta iniciante.

“Lembro que logo quando Edinho chegou, Pelé me chamou de canto e pediu para eu cuidar dele. Aí ele chamou o Edinho e disse na minha frente: se precisar bater nele pode bater Sergião, você é o responsável por ele aqui. Pelé sempre me procurava para perguntar do filho. Com temperamento forte, Edinho era um pouco marrento e o preparador de goleiros da época não queria treinar com ele. Lembro que era eu quem o treinava. Ficávamos horas treinando. Além disso, eu sempre pedi para tentar esconder os treinos, pois a imprensa queria ver tudo dele e era difícil. Mas ele era um ótimo garoto, é difícil ser quem ele é, mas foi um grande goleiro”.

Edinho não teve espaço no clube e foi emprestado para a Portuguesa Santista e, depois, atuou no São Caetano até retornar ao Santos em 1994.

O goleiro Edinho no Santos

Sua estreia em partidas oficiais aconteceu em 6 de fevereiro de 1994. O time não passava por uma boa fase no Campeonato Paulista daquele ano, com dois empates e uma derrota até então. E, em sua quarta partida, contra o Santo André, no estádio Bruno José Daniel, no ABC, Edinho atuou mas não evitou a derrota por 1 a 0, mesmo fazendo grandes defesas durante o jogo.

O goleiro fez uma grande partida no embate seguinte, contra a Ponte Preta, um 0 a 0 que poderia ter sido pior, e seguiu se destacando mesmo com a campanha sofrível da equipe no primeiro turno. Já com Serginho Chulapa como treinador, o Alvinegro se recuperou no segundo turno e Edinho teve algumas atuações memoráveis, como em um histórico 4 a 3 do Santos contra o Corinthians. Confira abaixo, com comentários de Cléber Machado e Fausto Silva.

Outro embate contra o Corinthians, este em 1996, também marcou uma grande atuação de Edinho, que fez duas defesas em sequência em finalizações de Marcelinho Carioca e Edmundo.

Folclórico locutor de futebol, Silvio Luiz, à época na Band, costumava dizer seu bordão “Papai gostou” quando Edinho fazia uma boa defesa na meta alvinegra.

Como titular no gol santista, Edinho foi campeão da Copa Dener, em 1994, e vice-campeão brasileiro no Campeonato Brasileiro de 1995. Acabou tendo uma grave lesão em uma partida contra o Paraná, válida pelo Campeonato Brasileiro de 1996, rompendo os ligamentos do joelho. Em 1997, Zetti havia sido contratado para ser o arqueiro do time e Edinho foi para a Ponte Preta no ano seguinte, clube no qual se aposentou, em 1999, aos 28 anos.

Hoje, Edinho é técnico profissional, por enquanto sem clube. No total, Edinho fez 195 partidas pelo Santos.

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Santos nunca perdeu para o Água Santa, que já eliminou o São Paulo, goleou o Palmeiras e derrotou o Corinthians

Na curta trajetória do Água Santa na Primeira Divisão do Campeonato Paulista (foram quatro temporadas completas até agora: 2016, 2020, 2022 e 2023), a equipe de Diadema, adversária do Santos nesta noite de quarta-feira (31), conseguiu alguns feitos. Além do vice-campeonato no ano passado, derrotou ou eliminou todos os integrantes do chamado Trio de Ferro, mas não conseguiu vencer o Santos. Foram três partidas, duas com vitória do Alvinegro e um empate.

O primeiro triunfo foi uma surpresa, no Campeonato Paulista de 2016. No Prudentão e na zona do rebaixamento, o Netuno contava com a estreia do técnico Marcio Bittencourt para tentar reverter sua má situação contra o Palmeiras. No fim, uma vitória por 4 a 1 do Água Santa, que acabou rebaixado naquele ano.

Já na primeira partida da final do Paulistão de 2023, nova vitória, desta vez por 2 a 1. Nas outras quatro oportunidades em que os clubes se enfrentaram, quatro triunfos palmeirenses, incluindo o segundo jogo da final que consagrou o Alviverde como campeão.

Contra o São Paulo, foram quatro partidas disputadas, com três vitórias do Tricolor e um empate. Contudo, o histórico conta com a eliminação sofrida pelo clube do Morumbi nas quartas de final do Campeonato Paulista de 2023. Atuando como visitante no Allianz Park, o Água Santa venceu nas penalidades por 6 a 5, após igualdade em 0 a 0 nos 90 minutos.

O clube de Diadema disputou duas partidas contra o Corinthians, com uma vitória para cada lado. Foi em 2020 que o Água Santa derrotou a equipe da capital, 2 a 1 em casa.

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Lembra dele no Santos? Marcelinho Carioca na Vila Belmiro

Após saída conturbada do Corinthians, Marcelinho Carioca teve passagem rápida pelo Alvinegro Praiano, disputando parte do Campeonato Brasileiro de 2001 pelo time

O primeiro semestre do ano de 2001 não foi nada fácil para o chamado “Xodó da Fiel”, Marcelinho Carioca, no Corinthians. Foram diversos desentendimentos com o técnico da equipe à época, Vanderlei Luxemburgo, e também com outros jogadores, como o zagueiro Scheidt e o meia Ricardinho (a quem teria chamado de “traíra”, segundo parte da mídia esportiva, o que foi negado por Marcelinho).

A polêmica tomou tal forma que o meia-atacante, sem clima, foi à Justiça para conseguir sair do Parque São Jorge. O imbróglio inclusive foi tema da disputa televisiva que se dava nos domingos àquela época, quando Fausto Silva e Gugu Liberato duelavam a liderança da audiência. O “Pé de Anjo” foi ao SBT atacar de forma indireta Luxemburgo, confirmando que tinha, em 13 de agosto, um acerto com o Santos.

“O Santos me acolheu, vou por empréstimo até o final do ano. Não vou por dinheiro, porque quando a gente morre não leva nenhum bem material”, disse, com os olhos marejados.

Após uma disputa judicial que durou até o dia da partida com o Flamengo, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2001, Marcelinho estreou pelo Santos fazendo dupla com outro ex-corintiano, Viola, em 5 de setembro. Em Taguatinga, no Distrito Federal, o Peixe do técnico Serginho Chulapa foi derrotado pelo Rubro-negro de Zagallo por 2 a 0.

O primeiro gol de Marcelinho no Santos. E uma campanha frustrante

Na partida seguinte, Marcelinho marcaria seu primeiro gol com a camisa do Santos. Foi no empate com o Guarani, no Brinco de Ouro, em 1 a 1.

Na sequência, três vitórias alvinegras, com Marcelinho marcando na vitória contra o América-MG, por 3 a 0, e brilhando com quatro assistências na goleada do Peixe contra o Bahia por 5 a 1. Confira abaixo:

A derrota para o Paraná por 1 a 0 acabou sendo um banho de água fria nas pretensões do Alvinegro de chegar à próxima fase. O Santos acabou em 15º lugar, a 9 pontos do Bahia, oitavo e último entre os classificados para as quartas de final da competição.

Após três meses, Marcelinho saiu do Brasil para jogar no Gamba Osaka, no Japão. No total, foram 15 partidas pelo Santos, com 5 gols marcados.

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Corinthians X Santos – Relembre duas vitórias do Peixe no clássico

Em 2014, Alvinegro Praiano goleou equipe comandada por Mano Menezes por 5 a 1. Na Arena Itaquera, palco da partida deste domingo, Santos venceu por 2 a 1 pela Copa do Brasil de 2015

Neste domingo, às 11h da manhã, o Santos vai a São Paulo enfrentar o Corinthians na Arena Itaquera. Como aquecimento para o clássico alvinegro, lembramos duas vitórias santistas contra o adversário.

A primeira delas aconteceu em 2014, em partida válida pelo campeonato paulista na Vila Belmiro. Foi o primeiro clássico paulista daquela temporada, realizado em 29 de janeiro,  e o Peixe era comandado por Oswaldo de Oliveira, enquanto os rivais tinham Mano Menezes como treinador.

Na ocasião, o Peixe foi impiedoso. Arouca teve atuação de gala, tanto na defesa quanto no apoio ao ataque, ajudando a desmontar o sistema defensivo adversário que tinha Gil, Paulo André e Ralf.

Após o volante abrir o placar aos 12, Gabriel Barbosa, o Gabigol, ampliou aos 21. Thiago Ribeiro marcou duas vezes, e o lateral Bruno Peres também deixou o seu. Os melhores momentos daquela partida estão abaixo.

O Santos terminou o campeonato paulista de 2014 como vice-campeão, perdendo nos pênaltis para o Ituano.

Outro momento recente marcante foi a vitória peixeira em 2015, na partida válida pela Copa do Brasil. Foi o primeiro triunfo santista na nova casa do rival.

O Santos havia vencido a primeira partida do duelo, válido pelas oitavas de final do torneio, por 2 a 0. Com a vantagem, Gabriel fez o primeiro aos 15 e, no segundo tempo, Ricardo Oliveira praticamente selou a classificação logo aos 20 da etapa final. Romero ainda faria o gol solitário do Corinthians.

O time de Dorival Júnior terminou a Copa do Brasil como vice-campeão.

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O Santos na Copinha: relembre o título de 1984

Na primeira vez em que o Alvinegro se sagrou campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior o adversário da final foi o Corinthians

O primeiro título do Santos na Copa São Paulo de Júniores, a Copinha, veio em sua 16ª edição, em 1984, mesmo ano em que a equipe profissional se sagrou campeão paulista. Coincidentemente, o adversário no jogo final foi o mesmo nos dois torneios.

Naquele ano, a competição, então organizada somente pela Secretaria Municipal de Esportes paulistana, contou com 24 equipes divididas em oito chaves com três times cada. Bem diferente das edições mais recentes, com mais de uma centena de clubes participando.

O grupo do Santos era sediado em São Bernardo do Campo e tinha o Matsubara e o Cruzeiro.

Não era uma chave fácil. O clube paranaense, da cidade de Cambará, norte do estado, tinha como forte justamente suas categorias de base, sendo chamado de “fábrica de revelações”. Mas, após derrota para o Cruzeiro por 1 a 0, os sulistas também foram derrotados pelo Santos, por 3 a 0.

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Equipe campeã da Copinha de 1984 (Arquivo Melhores da Base)

A decisão do campeão do grupo que passaria à fase seguinte foi entre o Peixe e o clube mineiro, e deu Santos: 2 a 1.

O adversário do Alvinegro na fase seguinte foi a Ponte Preta, outra equipe que, à época, era reveladora de talentos para o futebol, tendo sido campeã do torneio em 1981 e 1982. Após um empate duro em zero a zero, a vaga nas semifinais foi decidida nos pênaltis, com triunfo santista por 5 a 4.

Outro páreo difícil para os alvinegros antes da decisão. O Nacional, também forte na base, já havia sido campeão da Copinha em 1972 e voltaria a triunfar em 1988, mas naquela ocasião perdeu para o Santos por 2 a 1.

Na final contra o Corinthians, no Canindé, o Peixe saiu na frente com Gérson, aos 18 do primeiro tempo, mas sofreu o empate aos 32, gol de Rogério. Próximo ao final da partida, aos 44, o Santos marcou o segundo com Flávio, garantindo sua primeira conquista na Copinha.

Menos de uma semana mais tarde, quando começou o Campeonato Brasileiro, jogadores da equipe foram incorporados ao profissional e disputaram a competição, caso do meia Paulo Leme, que permaneceu na equipe até 1986, e do atacante Gérson, que depois faria sucesso no Internacional, campeão gaúcho e da Copa do Brasil em 1992.

O zagueiro Pedro Paulo fez parte do plantel que foi campeão paulista naquele ano e ficou na Vila Belmiro até 1992, quando saiu para o Fortaleza. Fez 200 partidas pelo Alvinegro e marcou 10 gols. Já o goleiro Nílton ficou no clube até 1995, mas nunca se efetivou como titular.

 

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Santos X Corinthians – a chance de Jair Ventura virar o jogo

Diz um dos jargões utilizados por jogadores de futebol que eles costumam ficar ansiosos pela próxima partida após uma derrota para se livrar da sensação ruim que fica após um revés. Se isso se aplicar aos atletas do Santos, não é possível reclamar da sorte. Após a pior partida da equipe comandada por Jair Ventura no ano, justamente na estreia da equipe na Libertadores contra o adversário teoricamente mais fraco do grupo, a chance da recuperação vem logo em seguida, e contra um de seus maiores rivais.

Não que seja uma tarefa fácil. Além do desfalque de Gabriel Barbosa, jogadores e comissão técnica chegaram apenas na sexta da viagem de volta de Cuzco e o Corinthians tem um dia a mais de descanso para o clássico que será disputado no Pacaembu, às 17h do domingo. Mas também por isso, e diante de uma casa cheia de santistas (até sexta, 34 mil ingressos tinham sido vendidos), que um triunfo peixeiro pode dar mais confiança aos jogadores, selar a paz já abalada com a torcida e dar mais tranquilidade ao treinador para seguir com eventuais experiências nesta fase do Paulista e centrar a recuperação na Libertadores.

É sabido que Jair Ventura gosta de atuar esperando o erro do adversário e fechando espaços para fazer a transição rápida ao ataque. No Santos, em algumas partidas buscou variar adiantando a linha de marcação, mas em nenhuma ocasião conseguiu uma formação compacta que ou sufocasse o rival ou bloqueasse os espaços na defesa para criar chances de contra-ataque.

No Peru, isso ficou mais evidente, inclusive pela própria escalação, com Renato e Vecchio no meio de campo. Ambos tinham que fazer a função de municiar o ataque e voltar para fechar os espaços na intermediária, mas o condicionamento físico não permitiu que fossem bem sucedidos nem na frente, nem atrás. E outro problema fica evidente: a falta de opções.

Um jogador que poderia atuar na meia, por exemplo, seria Jean Mota, aliás, sua posição de origem. Mas vejam o primeiro gol do Real Garcilaso contra o Santos. Quem vacila na marcação é justamente o lateral improvisado. Não é a primeira vez. No ano passado, também na Libertadores, contra o Atlético-PR, ele falhou em jogada semelhante, que resultou no gol rubro-negro.

Jair Ventura no Santos Futebol Clube

Jair tem no clássico alvinegro a oportunidade de se recuperar da má estreia na Libertadores 2018 (Ivan Storti/Santos FC)

Isso mostra duas coisas: primeiro que, de fato, Jair tem hoje poucas opções no elenco, o que pode melhorar com o aproveitamento de alguns jovens, a estreia de Dodô e o retorno de Bruno Henrique. Isso não o exime de erros na escalação e nas substituições no jogo contra o Garcilaso, como a entrada tardia de Rodrygo e a saída de Eduardo Sasha, um dos melhores em campo.

O segundo ponto é algo que vem desde os tempos de Dorival Júnior, em seus últimos meses como treinador na Vila Belmiro, manteve-se na passagem de Levir Culpi e aparece em jogadas como a do gol da equipe peruana. Jogadores do Santos simplesmente “desligam” durante períodos da partida, se perdendo no posicionamento tático e cometendo o que no tênis seria chamado de “erros não forçados”. Não é à toa que a equipe tomou gols no Campeonato Paulista durante o início de vários jogos, evidenciando esse comportamento.

É algo que precisa ser trabalhado, caso contrário, torna-se impossível emplacar qualquer tipo de novo esquema tático. Fábio Carille soube dar sequência no trabalho iniciado por Tite no Corinthians, fazendo com que jogadores, alguns bem limitados, cumprissem o plano de jogo determinado e trouxessem resultados positivos para a equipe, como o surpreendente troféu de campeão brasileiro em 2017.

Jair Ventura tem capacidade técnica para fazer algo semelhante no Santos e para isso foi contratado. Mas é preciso mostrar mais variações de jogo, principalmente quando a equipe tem o domínio da bola, e principalmente um pouco mais de ousadia, elemento que faltou no Peru. Que o treinador aproveite a chance que tem no domingo.

Santos X Corinthians no Pacaembu

Domingo (5) – 17h

Histórico do Santos como mandante no Pacaembu – em 17 partidas como mandante no clássico alvinegro, atuando no estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, foram nove empates, cinco vitórias do Santos e três vitórias corintianas. A última partida entre ambos com o Peixe como dono da casa aconteceu em 1994, com derrota santista por 2 a 1. Na ocasião, o gol peixeiro foi marcado por Neto, ídolo do rival.

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Corinthians 1 X 0 Santos – O que fica da derrota

Segunda derrota em clássicos em um mês, com atuação apagada, pode levar torcedores a pensar que time será um fiasco na Libertadores. Mas avaliações precipitadas não costumam ser boas conselheiras…

O Santos saiu derrotado pelo Corinthians por 1 a 0 na noite deste sábado (5), no estádio rival, e mais uma vez deixou os torcedores irritados. Não à toa. Afinal, é a segunda derrota em dois clássicos em um mês, sendo que um deles foi disputado na Vila Belmiro e o resultado poderia até ter sido pior do que foi.

A reação nas redes sociais foi variada. Sempre é citada a falta de vontade dos jogadores quando uma equipe vai mal, e agora não foi diferente. Pessoas pedindo a cabeça do técnico nesse tipo de cenário também é um fato recorrente. Como diria Augusto dos Anjos, a mão que afaga é a mesma que apedreja. Não adianta lembrar que Dorival Júnior pegou o time na zona de rebaixamento do Brasileiro em 2015, muitos vão lembrar é que ele perdeu a oportunidade de levar o time à Libertadores no mesmo ano. O vice brasileiro, com uma campanha boa que não se via há muito tempo no ano passado, também não adianta como argumento. Torcedor quer resultado. E a cultura de troca de treinadores no Brasil faz com que os amantes dos clubes ajam desta forma.

Especificamente no jogo de ontem, o técnico tem culpa na derrota, assim como os jogadores. Dorival entrou em um 4-4-2, deixando de lado seu esquema com um zagueiro só e colocando dois defensores de ofício. Isso não livrou o time de sofrer com bolas aéreas, até porque um de seus principais problemas, a marcação das jogadas adversárias pelas laterais, continuou.

Santos perde para o Corinthians no Paulista 2017

Poucos momentos de perigo para o Santos (Foto: Ivan Storti/ Santos FC)

Culpa não só dos alas santistas, mas também dos posicionamento dos volantes. Contudo, no gol do Corinthians, há que se destacar não somente a falha de Cleber Reis, que viu Jô mas preferiu marcar a bola, mas também a ausência absoluta de Zeca na diagonal, fechando na área para fazer a marcação. Aliás, em 2017, o lateral-esquerdo santista, uma das principais peças do ano passado e dos mais talentosos jogadores brasileiros na sua posição, vem tendo um desempenho pífio atrás do outro. Contra o São Paulo, por exemplo, o pênalti cometido foi infantil, além de cometer erros na saída de bola tão graves quanto repetidos nos últimos jogos.

Na primeira etapa, o Santos chegou apenas uma vez com perigo ao gol rival, em uma bola enfiada por Thiago Maia para Kayke. Difícil atuar com um meio de campo que não cria ou não arma contra-ataques, o que torna óbvia a ausência de outro alvo de xingamentos da torcida, Lucas Lima. Vitor Bueno é, com muita boa vontade, discreto na mesma função, sendo incapaz de dar os passes longos que Lima costuma acertar no decorrer do jogo, fazendo a transição rápida em determinados momentos cruciais da partida.

O Peixe só atuou pelo lado esquerdo praticamente em todo o primeiro tempo, só na segunda metade do jogo que Bruno Henrique foi acionado. Mesmo sem contar com o auxílio de um mais que apagado Victor Ferraz, o meia-atacante deu trabalho para Arana, impedindo o lateral corintiano de apoiar o ataque. Se fosse mais acionado antes, talvez a história fosse outra.

É preciso lembrar também que o Alvinegro atuou com os desfalques de Vanderlei, Renato (no banco), Ricardo Oliveira e o já citado Lucas Lima. São jogadores fundamentais, pilares do Peixe e sem eles, há uma evidente ausência de lideranças no campo. O fato de Victor Ferraz ostentar a faixa de capitão mostra a carência da equipe nesse aspecto.

Os reforços ainda estão em fase de adaptação e, mesmo com resultados adversos, ainda é possível acreditar no Santos. O que não cabe é crer que a volta de um técnico com carreira em declínio, que já teve três passagens no clube, seja a solução para os problemas da Vila Belmiro. Paciência e bom senso são bem vindos.

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Vitor Bueno e Renato comandam virada do Santos sobre o Corinthians

Mesmo sem jogar bem, Alvinegro Praiano consegue vitória crucial para continuar lutando na parte de cima da tabela do Brasileirão 2016

Quem viu o primeiro tempo da peleja entre Santos e Corinthians neste domingo (11), na Vila mais famosa, teve a impressão de que o Peixe continuaria em má fase. Afinal, desde malfadada mudança de mando de jogo contra o Flamengo, a equipe venceu o Atlético-MG, mas perdeu para o América-MG, Figueirense e Internacional. E na etapa inicial do clássico, nada indicava uma mudança. Sem Victor Ferraz, Lucas Lima e Ricardo Oliveira, o time sucumbia à marcação corintiana, dando um espaço incrível no meio de campo. A distância entre a linha ofensiva e os meias deixava um buraco onde os visitantes conseguiam desarmar e articular à vontade, castigando a defesa santista.

Renato fez o gol da virada santista. Para tristeza de Cássio e do Corinthians

Renato fez o gol da virada santista. Para tristeza de Cássio e do Corinthians

Foi assim que surgiu o gol da equipe paulistana. Pelo lado esquerdo, onde Zeca estava mal, mas em um lance que contou também com falhas de Renato e Gustavo Henrique. Com pouca movimentação no ataque, com Jean Mota mal e somente Vitor Bueno buscando o jogo, muitas vezes de forma improdutiva, o Peixe conseguia ter mais posse de bola, sem criar chances agudas. Enquanto isso, o Corinthians chegou a criar ao menos mais três chances de gol, exigindo grandes defesas de Vanderlei.

No segundo tempo, o panorama começou a mudar aos poucos. Dorival Júnior não mexeu de cara, mas alterou o posicionamento da equipe em campo. O Alvinegro voltou a marcar mais no campo adversário e os visitantes recuaram, dando espaço para o Peixe pressionar. Thiago Maia passou a atuar mais à frente e mesmo sem atuar bem, a mudança surtiu efeito, com os donos da casa mais atuantes na parte ofensiva. Acabou saindo para dar lugar ao argentino Vecchio, enquanto Cristovão Borges tirou o atacante Gustavo para promover a entrada do meia Marquinhos Gabriel. As duas propostas estavam clara: um iria tentar segurar o resultado e o outro buscar a virada.

O empate veio aos 24, com Wilson derrubando Luiz Felipe na área. Pênalti bem cobrado por Vitor Bueno, jovem que, mesmo quando joga mal, não tem como costume fugir da raia. Dorival, insatisfeito, jogou com as cartas que tinha, colocando Caju no lugar de Daniel Guedes e deslocando Zeca para a lateral esquerda. Embora contestado em geral pela torcida, o canhoto deu mais profundidade ao time, sendo que o substituto de Victor Ferraz também não conseguia grande eficiência no ataque.

A virada veio em cobrança de escanteio de Jean Mota, que subiu de produção na etapa final, e uma bela cabeçada de Renato, outro que não foi tão bem na partida. Ao final, o Santos conseguiu bater um rival direto pelo G4, elevando o moral da equipe, que precisava do triunfo. Vencer em jogar bem é algo necessário em um campeonato de pontos corridos. Ainda mais para quem almeja lutar na parte de cima.

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