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Pelé X Messi – comparação de gols em partidas oficiais é complexo de vira-latas

Ignorar os gols do Rei do futebol feitos, por exemplo, contra equipes importantes da Europa (incluindo o próprio Barcelona) e seleções, é desrespeitar a própria história

No primeiro dia do ano, o perfil oficial do Barcelona no Twitter publicou uma postagem listando como um dos grandes desafios de Messi no ano superar Pelé como o maior goleador de um mesmo clube. O clube catalão contabiliza 618 gols do argentino, que seriam 25 a menos que Pelé no Santos.

A postagem foi tema de reportagem do Esporte Espetacular na manhã deste domingo (5). Na mídia, de forma geral, fala-se em “polêmica”. Mas o assunto é relativamente simples: clubes europeus adotam como estatística partidas oficiais, aquelas organizadas por federações e confederações, enquanto no Brasil adota-se outro tipo de contagem, que inclui amistosos.

Pelé Messi

Messi e Pelé, comparação difícil, mas nem tanto… (Fotos: Addesolen e Creative Commons)

Ou seja, aqui no Brasil, isso seria uma discussão sem sentido, mas o gosto por “polêmicas” rende cliques e audiência. Pelé fez 1091 gols pelo Santos e é o maior artilheiro do clube na história. A contagem inclui amistosos, obviamente. Como todas as listas de maiores artilheiros de clubes do país.

O Flamengo, em seu site oficial, fala que Zico foi seu maior artilheiro, com 508 gols em 732 jogos. Não há distinção entre partidas de competições oficiais e amistosos. E nenhum clube brasileiro faz essa diferenciação.

Os gols de Pelé no exterior

É preciso levar em conta ainda que, à época em que Pelé jogou, o Santos fazia muitos amistosos no exterior, chegando mesmo a abrir mão de disputar a Libertadores. Isso porque era mais vantajoso do ponto de vista financeiro obter recursos com excursões, enquanto a competição continental era deficitária.

Como o time era uma atração internacional, era atração por conde passava, inclusive nos grandes centros. Pela contagem do Barcelona, por exemplo, não estão os dois gols feitos por Pelé na goleada contra o time catalão em pleno Camp Nou em 29 de junho de 1959. Um jogo visto por 40 mil pessoas na casa do Barcelona. O jogo não valeu?

Três dias antes, o Peixe venceu a Internazionale, de Milão, por 7 a 1 no Torneio de Valência, com quatro gols do Rei. No total, Pelé fez 353 partidas pelo Santos fora do brasil, marcando 361 gols, uma média superior a um gol por jogo.

Aliás, se levarmos a ferro e fogo o conceito de se levar em conta gols apenas em partidas ditas oficiais, o mesmo deveria ser aplicado a jogos por seleções nacionais. Em seu site oficial, Lionel Messi mostra que anotou 70 gols pela seleção da Argentina. Do total no entanto, não se menciona que 30 deles foram anotados… em amistosos. Demos excluir da lista?

Leia também:

Messi deve chegar ao gol 500 na carreira. Sabe quando Pelé alcançou a mesma marca?

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Robinho já é o 16º maior artilheiro da história do Santos

Com gol feito contra o Sport na partida deste domingo, o atacante Robinho, em sua terceira passagem pelo Alvinegro, alcançou a marca de 11 gols com a camisa santista, empatando com Vasconcelos na lista dos maiores artilheiros da história do clube.

Robinho, 16º maior artilheiro da história do Santos (Ivan Storti/Santos FC)

Robinho, 16º maior artilheiro da história do Santos (Ivan Storti/Santos FC)

E Robinho não empatou em gols com qualquer jogador, mas com um dos craques da trajetória peixeira. O meia esquerda Válter Vasconcelos Fernandes, que nasceu em Belo Horizonte (MG), foi revelado pelo Vasco da Gama mas, sem espaço no clube após poucas pelejas na equipe principal, acabou indo para a Portuguesa Santista em 1951. Em 1953, já estava no Santos, sendo um dos principais jogadores do time que quebraria o jejum de títulos da equipe, sagrada campeão paulista em 1955 e 1956.

Foi ele quem cuidou do Gasolina, aquele garoto vindo de Bauru que depois ficaria conhecido como Pelé. Também quis o destino que fosse em sua vaga que o futuro Rei do Futebol se tornasse titular. Em uma partida contra o São Paulo disputada em 1956, uma disputa de bola com o zagueiro que mais tarde defenderia o Santos, Mauro Ramos de Oliveira, seria responsável pela contusão mais séria da sua carreira. Com a perna quebrada, Vasconcelos abriu espaço para o garoto de quem era o tutor.

Boêmio, Vasconcelos entrou em uma fase descendente após a lesão. Ainda assim anotou, em 181 jogos pelo Peixe, 111 gols entre 1953 e 1959, marca que Robinho alcançou após 253 pelejas. Saiba mais sobre a trajetória desse grande jogador aqui.

O Rei das Pedaladas tem, em 105, oito gols em vinte partidas. Se renovar o seu contrato com o Santos, pode ultrapassar Raul Cabral Guedes, que fez 120 tentos entre 1933 e 1942, 15º maior artilheiro do Peixe. Como, de qualquer forma, pode ficar até sete jogos fora do clube em função da Copa América – se a seleção brasileira chegar à final – teria mais 27 jogos para subir mais um posto na tábua de goleadores. Podem entrar na conta ainda pelejas da Copa do Brasil ou da Sul-Americana.

Entre os maiores artilheiros pós-Era Pelé, Robinho continua na segunda colocação. O primeiro desta lista é Neymar, com 138 gols.

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Após fazer dois, Robinho sobe duas posições no ranking dos maiores artilheiros do Santos

robinho santos linense

Robinho comemora primeiro gol do Peixe contra o Linense (Foto Ivan Storti/Santos FC)

Em sua terceira passagem pelo Santos, aos 31 anos, Robinho continua fazendo história com a camisa alvinegra. Após o jogo contra o Linense, quando brilhou mais uma vez, o atacante anotou dois tentos e chegou a quatro gols e duas assistências no campeonato paulista. Mas não foi só isso.

Com os gols na partida de ontem, Robinho, que já havia se tornado, após o jogo contra a Portuguesa, o segundo maior artilheiro do Santos pós-Era Pelé, subiu duas posições no ranking dos maiores artilheiros da história do Alvinegro.

Ele estava empatado com Del Vecchio, com 105 gols, antes do jogo no Pacaembu. A propósito, uma curiosidade. Quase 10% dos gols anotados pelo atacante Del Vecchio foram feitos contra o Linense, rival contra o qual marcou nove vezes. Robinho também ultrapassou Álvaro, que tem 107 tentos pelo Alvinegro, e passou da 19ª para a 17ª posição. O próximo na lista é Vasconcelos, que fez 11 gols pelo Peixe. Veja abaixo quem são os jogadores que estão próximos do Rei das Pedaladas:

10 – Tite – 151 (1951-1957/1960-1963)

11 – Camarão – 150 (1923-1934)

12 – Antoninho – 145 (1941-1954)

13 – Neymar – 138 (2009-2013)

14 – Odair – 134 (1943-1952)

15 – Raul Cabral Guedes – 120 (1933-1942)

16 – Vasconcelos – 111 (1953-1959)

17 – Robinho – 107 (2002-2005/2010/2014 até hoje)

18 – Álvaro – 106 (1953-1961)

19 – Del Vecchio – 105 (1953-1957/1965-1966)

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Os maiores artilheiros do Santos no século 21

A revista Placar publicou uma matéria nesta semana com os cinco maiores artilheiros do século 21 dos doze maiores clubes brasileiros. Na lista do Santos, Neymar lidera, com 138 gols em 230 jogos, seguido por Robinho, 103 gols em 235 partidas; Kléber Pereira, 86 em 143 jogos; Elano, 66 tentos em 285 pelejas, e Deivid, 54 gols. No caso deste último, não estão computados todos seus tentos marcados pelo Santos, já que ele atuou e marcou pela equipe em 1999 e 2000. Marcou 60 vezes em 140 partidas, no total de participações pelo Alvinegro.

Dada a lista, algumas curiosidades. Os dois primeiros, Neymar e Robinho, são crias da base e só atuaram pelo Peixe no Brasil, sendo que o Rei das Pedaladas está em sua terceira passagem pelo clube, tendo atuado profissionalmente com a camisa peixeira entre 2002 e 2005 e no primeiro semestre de 2010.

Robinho, que tem contrato de empréstimo com o Santos até junho deste ano, é hoje o terceiro colocado na lista dos maiores artilheiros do clube na era pós-Pelé, com 103 gols, um atrás de João Paulo e Serginho Chulapa, empatados na segunda colocação. Na tabela dos maiores artilheiros do Alvinegro na História, o eterno menino da Vila é o 20º, empatado com Ary Patusca, que atuou pelo Santos entre 1915 e 1922.

Mas há que se destacar Kléber Pereira. Entre os cinco, é ele, por pouco, que tem a mais elevada média de gols, 0,601 por jogo, superando Neymar, que tem 0,6 redondos. Robinho, com 0,43 gol por partida, está acima de Deivid, com 0,42. Elano tem média de 0,23, mesmo assim algo invejável para um meio-campista.

Com seu estilo de centroavante puramente marcador de gols, Kléber Pereira chegou ao Santos no segundo semestre de 2007 e em muitas ocasiões irritava a torcida com alguns gols fáceis perdidos. Costumava argumentar à época que se ele marcasse a maioria que perdia, não seria Kléber Pereira, mas sim algo próximo de Pelé, visto sua ótima média de gols mesmo com o desperdício… Além de ter inegável bom posicionamento dentro e próximo à área, há outro dado que valoriza sua passagem pelo Santos, o fato de o clube ter montado times fracos em 2008, quando a equipe lutou contra o rebaixamento em boa parte do Brasileiro, e em 2009, quando foi um figurante sem brilho no Nacional, após chegar à final do Paulista.

O Acervo Histórico Santos Futebol Clube fez um levantamento no qual lista 21 dos maiores artilheiros do clube no século 21. Completando os dez maiores, aparece o surpreendente Basílio, que segurou o rojão de substituir Robinho na reta final do Brasileiro de 2004, com 42 gols; André, com 41; Diego, com 38; Paulo Henrique Ganso, com 36, e Cícero, 35. No elenco atual do Santos, estão ainda na lista dos 21, além de Robinho e Elano, Renato, com 25; Gabriel Barbosa, o Gabigol, com 23, e Ricardo Oliveira, com 21.

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Neymar, maior artilheiro do Santos na Era pós-Pelé

Após a primeira partida da final do campeonato paulista de 2012 entre Guarani e Santos, Neymar chegou aos 104 gols e já é o maior artilheiro do Alvinegro pós-Pelé, empatado com Serginho Chulapa e João Paulo (confira a lista dos 25 maiores artilheiros do Peixe aqui).

E falta pouco para Neymar e o Santos continuarem fazendo história. Isso vai ocorrer se o clube conquistar o tricampeonato estadual, algo que nenhuma equipe consegue desde 1969, quando o próprio Alvinegro, com Pelé e companhia, obteve o segundo tri.

E, como homenagem a Serginho Chulapa, acompanhando a celebração feita por Neymar, abaixo os melhores momentos da última peleja do campeonato paulista de 1984, em que o centroavante fez o gol decisivo para o Peixe.

E, para homenagear o artilheiro Neymar, que vem tentando se especializar nas carretilhas (ou lambretas, conforme o gosto do freguês), segue também o gol de letra de Toninho Guerreiro, feito após o belo lance de Kaneko, que passou a bola por cima do marcador e cruzou para a finalização do quarto maior artilheiro da história do Peixe.

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Neymar já é o quarto maior artilheiro santista pós Era Pelé

Após a vitória do Santos contra o Guaratinguetá, Neymar já é o quarto maior artilheiro do Santos pós Era Pelé, com 173 pelejas disputadas pelo clube. Com 95 gols, o garoto, que fez três contra a equipe do interior, ultrapassou Robinho, que tem 94. Agora, o atacante segue no encalço de três atletas. O primeiro é Juary, um dos meninos da Vila campeão paulista em 1978 e que, atuando entre 1976 e 1979 e, já veterano, em 1989, marcou 101 vezes pelo Santos.

Já os dois que pontuam a lista têm 104 tentos cada. O ponta-esquerda João Paulo, outro menino da Vila, jogou no Peixe entre 1977 e 1984, voltando em 1992. Serginho Chulapa o acompanha no topo por conta de suas quatro passagens pelo Peixe, em 1983-1984, 1986, 1988 e 1990. Pouco mais de três anos de sua estreia como profissional, Neymar pode ocupar o topo da lista ainda no primeiro semestre.

Pra quem gosta de comparações, Messi, que estreou no Barcelona em 2003, fez seu centésimo gol pelo clube em seu 188º jogo pela equipe azul-grená, aos 22 anos e 206 dias.

Sobre a lista de artilheiros do Santos

Muitos podem estranhar o porquê de existir uma lista de artilheiros pós Era Pelé. O fato é que a divisão é mais que necessária, já que o Alvinegro, que se notabiliza por ser o clube com maior número de gols marcados no mundo do futebol profissional, foi também o primeiro no Brasil a ter uma linha de cem gols em uma competição. Muito antes do grande time dos anos 60, os santistas já se habituavam a balançar as redes.

João Paulo e Chulapa estão em 18º no rol de maiores artilheiros da história santista. Acima deles, há Pelé, líder absoluto com 1091 gols, e outros dez atletas que atuaram com o Rei: Pepe, Coutinho, Toninho Guerreiro, Dorval, Edu, Pagão, Tite, Vasconcelos, Álvaro e Del Vecchio. Da linha dos cem gols há Feitiço, 5º em todos os tempos com 216 gols e Camarão, além de Araken Patusca, Antoninho, Odair e Raul Cabral Guedes.

Para se ter uma ideia da grandeza da lista dos maiores artilheiros do Peixe, Coutinho, o terceiro maior, com o número de gols marcados pelo Peixe seria com sobras o maior goleador de qualquer um dos membros do Trio de Ferro. Claro que se tivesse atuado nos rivais o parceiro de Pelé não teria marcado tanto…

Após a vitória do Santos contra o Guaratinguetá, Neymar já é o quarto maior artilheiro do Santos pós Era Pelé, com 173 pelejas disputadas pelo clube. Com 95 gols, o garoto, que fez três contra a equipe do interior, ultrapassou Robinho, que tem 94. Agora, o atacante segue no encalço de três atletas. O primeiro é Juary, um dos meninos da Vila campeão paulista em 1978 e que, atuando entre 1976 e 1979 e, já veterano, em 1989, marcou 101 vezes pelo Santos.

Já os dois que pontuam a lista têm 104 tentos cada. O ponta-esquerda João Paulo, outro menino da Vila, jogou no Peixe entre 1977 e 1984, voltando em 1992. Serginho Chulapa o acompanha no topo por conta de suas quatro passagens pelo Peixe, em 1983-1984, 1986, 1988 e 1990. Pouco mais de três anos de sua estreia como profissional, Neymar pode ocupar o topo da lista ainda no primeiro semestre.

Pra quem gosta de comparações, Messi, que estreou no Barcelona em 2003, fez seu centésimo gol pelo clube em seu 188º jogo pela equipe azul-grená, aos 22 anos e 206 dias.

Os 25 maiores artilheiros da História do Santos

  1. Pelé – 1091 (1956-1974)
  2. Pepe – 405 (1954-1969)
  3. Coutinho – 370 (1958-1970)
  4. Toninho Guerreiro – 283 (1963-1969)
  5. Feitiço – 216 (1927-1932/1936)
  6. Dorval – 198 (1956-1967)
  7. Edu – 183 (1966-1976)
  8. Araken Patusca – 177 (1923-1929)
  9. Pagão – 159 (1955-1963)
  10. Tite – 151 (1951-1957/1960-1963)
  11. Camarão – 150 (1923-1934)
  12. Antoninho – 145 (1941-1954)
  13. Odair – 134 (1943-1952)
  14. Raul Cabral Guedes – 120 (1933-1942)
  15. Vasconcelos – 111 (1953-1959)
  16. Álvaro – 106 (1953-1961)
  17. Del Vecchio – 105 (1953-1957/1965-1966)
  18. João Paulo – 104 (1977-1984/1992)
  19. Serginho Chulapa – 104 (1983-1984/1986/1988/1990)
  20. Ary Patusca – 103 (1915-1922)
  21. Juary – 101 (1976-1979/1989)
  22. Gradim – 97 (1936-1944)
  23. Rui Gomide – 97 (1937-1947)
  24. Neymar – 95 (2009-)
  25. Robinho – 94 (2002-2005/2010)

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