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Santos volta à final do Campeonato Paulista após 8 anos

O Santos venceu o Bragantino na Neo Química Arena na noite desta quarta-feira (27) e se tornou o primeiro finalista do Campeonato Paulista de 2024. Agora, o time espera o jogo entre Palmeiras e Novorizontino, que será disputado nesta quinta, para saber quem será seu adversário.

Com recorde de público no ano no estádio do Corinthians, o Santos abriu o placar logo aos 8 minutos, com uma cabeçada de Joaquim após escanteio cobrado pela direita do ataque por Guilherme.

Aos 45 da primeira etapa, Pedrinho fez jogada também pela direita e cruzou para Guilherme completar. O 2 a 0 coroou a tática santista de bloquear o adversário, que só chegou a ameaçar com finalizações de fora da área.

E foi em um desses chutes que veio o gol do Bragantino no início da etapa final, com direito à chamada “lei do ex”. Aos 51, Eduardo Sasha acertou o canto direito de João Paulo, que ainda chegou a encostar na bola mas não evitou o gol.

O Massa Bruta ensaiou uma pressão em busca do empate, mas foi o Santos que voltou a marcar. Aos 18, Pedrinho fez jogada pelo lado direito e cruzou para Giuliano cabecear sem defesa pra o goleiro Cleiton.

Hayner ainda foi expulso pelo árbitro Matheus Delgado Candançan, aos 39, em uma decisão considerada excessiva por muitos. Mas o placar já estava definido.

Confira os melhores momentos de Santos e Bragantino

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Soteldo faz a diferença em vitória do Santos sobre o Botafogo

Venezuelano, junto com Carlos Sánchez, foi fundamental na vitória por 2 a 0 do Alvinegro na 5ª rodada do campeonato paulista

Na Vila Belmiro em um dia chuvoso, o Santos não fez força para vencer o Botafogo de Ribeirão Preto. O que saltou aos olhos foi a partida feita pelos estrangeiros que são titulares absolutos da equipe desde o ano passado.

Em sua primeira partida pelo time no ano, Soteldo mostrou o quão diferente fica o ataque da equipe com sua presença. Na primeira etapa, atuou tanto pela esquerda quanto pela direita, com ótima movimentação e variação de jogadas. Buscou tabelas e passes em velocidade, características quase ausentes nas partidas anteriores do Peixe, dando mais qualidade para o setor ofensivo.

Foi ele quem começou a construção da jogada que resultou no primeiro gol alvinegro. Pela esquerda, de um belo passe por elevação para Eduardo Sasha, que cruzou para Carlos Sánchez marcar aos 20 minutos. O uruguaio também se destacou, tendo seu trabalho de iniciar as jogadas de frente facilitado, já que podia dividir a função com o colega venezuelano.

Após conseguir o gol, o Santos tentou algumas jogadas de ultrapassagem pelas laterais e cruzamentos que priorizaram o segundo pau, mas faltou a famosa intensidade, cobrada nos jogos anteriores. Mesmo com um adversário frágil, que não conseguia armar qualquer contra-ataque – sua proposta de jogo inicial –, o time agrediu bem menos do que poderia. Terminou o primeiro tempo com 70% de posse de bola, mas com somente 6 finalizações.

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Soteldo e Sánchez fizeram a vitória do Santos ser tranquila na noite desta segunda-feira (Santos/divulgação)

Na etapa final o Botafogo até ensaiou sair um pouco mais para o jogo, mas a resposta alvinegra foi rápida. Aos 10 minutos, Soteldo recebeu pela esquerda, passou pelo marcador e cruzou no primeiro pau para Eduardo Sasha marcar seu primeiro gol no campeonato paulista.

Com o domínio da partida, o time conseguiu fazer trocas rápidas de passe, e Jesualdo Ferreira promoveu a entrada de Kaio Jorge no lugar de Raniel, aos 23. Aos 35, Jobson e Renyer entraram nos lugares de Diego Pituca e Eduardo Sasha.

Um jogo contra um time frágil, que não finalizou nenhuma vez ao gol de Vladimir, que ganho uma chance de Jesualdo Ferreira mas não teve como mostrar serviço. Difícil como parâmetro da evolução da equipe.

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Santos X Corinthians – a chance de Jair Ventura virar o jogo

Diz um dos jargões utilizados por jogadores de futebol que eles costumam ficar ansiosos pela próxima partida após uma derrota para se livrar da sensação ruim que fica após um revés. Se isso se aplicar aos atletas do Santos, não é possível reclamar da sorte. Após a pior partida da equipe comandada por Jair Ventura no ano, justamente na estreia da equipe na Libertadores contra o adversário teoricamente mais fraco do grupo, a chance da recuperação vem logo em seguida, e contra um de seus maiores rivais.

Não que seja uma tarefa fácil. Além do desfalque de Gabriel Barbosa, jogadores e comissão técnica chegaram apenas na sexta da viagem de volta de Cuzco e o Corinthians tem um dia a mais de descanso para o clássico que será disputado no Pacaembu, às 17h do domingo. Mas também por isso, e diante de uma casa cheia de santistas (até sexta, 34 mil ingressos tinham sido vendidos), que um triunfo peixeiro pode dar mais confiança aos jogadores, selar a paz já abalada com a torcida e dar mais tranquilidade ao treinador para seguir com eventuais experiências nesta fase do Paulista e centrar a recuperação na Libertadores.

É sabido que Jair Ventura gosta de atuar esperando o erro do adversário e fechando espaços para fazer a transição rápida ao ataque. No Santos, em algumas partidas buscou variar adiantando a linha de marcação, mas em nenhuma ocasião conseguiu uma formação compacta que ou sufocasse o rival ou bloqueasse os espaços na defesa para criar chances de contra-ataque.

No Peru, isso ficou mais evidente, inclusive pela própria escalação, com Renato e Vecchio no meio de campo. Ambos tinham que fazer a função de municiar o ataque e voltar para fechar os espaços na intermediária, mas o condicionamento físico não permitiu que fossem bem sucedidos nem na frente, nem atrás. E outro problema fica evidente: a falta de opções.

Um jogador que poderia atuar na meia, por exemplo, seria Jean Mota, aliás, sua posição de origem. Mas vejam o primeiro gol do Real Garcilaso contra o Santos. Quem vacila na marcação é justamente o lateral improvisado. Não é a primeira vez. No ano passado, também na Libertadores, contra o Atlético-PR, ele falhou em jogada semelhante, que resultou no gol rubro-negro.

Jair Ventura no Santos Futebol Clube

Jair tem no clássico alvinegro a oportunidade de se recuperar da má estreia na Libertadores 2018 (Ivan Storti/Santos FC)

Isso mostra duas coisas: primeiro que, de fato, Jair tem hoje poucas opções no elenco, o que pode melhorar com o aproveitamento de alguns jovens, a estreia de Dodô e o retorno de Bruno Henrique. Isso não o exime de erros na escalação e nas substituições no jogo contra o Garcilaso, como a entrada tardia de Rodrygo e a saída de Eduardo Sasha, um dos melhores em campo.

O segundo ponto é algo que vem desde os tempos de Dorival Júnior, em seus últimos meses como treinador na Vila Belmiro, manteve-se na passagem de Levir Culpi e aparece em jogadas como a do gol da equipe peruana. Jogadores do Santos simplesmente “desligam” durante períodos da partida, se perdendo no posicionamento tático e cometendo o que no tênis seria chamado de “erros não forçados”. Não é à toa que a equipe tomou gols no Campeonato Paulista durante o início de vários jogos, evidenciando esse comportamento.

É algo que precisa ser trabalhado, caso contrário, torna-se impossível emplacar qualquer tipo de novo esquema tático. Fábio Carille soube dar sequência no trabalho iniciado por Tite no Corinthians, fazendo com que jogadores, alguns bem limitados, cumprissem o plano de jogo determinado e trouxessem resultados positivos para a equipe, como o surpreendente troféu de campeão brasileiro em 2017.

Jair Ventura tem capacidade técnica para fazer algo semelhante no Santos e para isso foi contratado. Mas é preciso mostrar mais variações de jogo, principalmente quando a equipe tem o domínio da bola, e principalmente um pouco mais de ousadia, elemento que faltou no Peru. Que o treinador aproveite a chance que tem no domingo.

Santos X Corinthians no Pacaembu

Domingo (5) – 17h

Histórico do Santos como mandante no Pacaembu – em 17 partidas como mandante no clássico alvinegro, atuando no estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, foram nove empates, cinco vitórias do Santos e três vitórias corintianas. A última partida entre ambos com o Peixe como dono da casa aconteceu em 1994, com derrota santista por 2 a 1. Na ocasião, o gol peixeiro foi marcado por Neto, ídolo do rival.

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